Robert Johnson e o racismo em Mississipi nas décadas de 1910-1930 no documentário "O Diabo na Encruzilhada"
Resumo
Neste estudo busca-se analisar a trajetória do músico Robert Johnson em razão da sua vivência como homem negro no Mississipi entre as décadas de 1910 e 1930, período de tensões sociais extremas para a comunidade negra nas condições existentes no estado e no país em si. Para realizar este objetivo, a investigação toma como ponto de partida o documentário “O diabo na encruzilhada”, do diretor Brian Oakes, que aborda a vida de Johnson desde suas origens, destacando os conflitos de classe e raça entre membros de sua família e o Klu Klux Klan, até sua morte, aos 27 anos. Sua vida conturbada é marcada tanto pelo racismo institucional como simbólico. Desmistifica-se Johnson, documentando os aspectos sociopolíticos da época, de forma a explicar seu legado deturpado pela mentalidade racista.Palavras-chave: Blues. História Afroamericana. Racismo.AbstractThis study intends to analyze the trajectory of Robert Johnson, an established african-american musician, about his experiences with racism during the decades of 1910 to 1930. This period was a time of extreme social tension for the black community, especially in the existing conditions of Mississippi, and the entirety of the United States at the time. "The Devil at the Crossroads," a documentary directed by Brian Oakes, approaches Johnson's life focusing from the conflicts of class between Johnson's family and members of the Klu Klux Klan to details of Johnson's life up until his untimely death at 27. Johnson's life was turbulent, stained by institucional and symbolic racism. By demythologizing Johnson, documenting the sociopolitical aspects of the period, Oakes explains how Johnson's legacy was perverted by the racist mentality.Keywords: Blues. African-American History. Racism.
Publicado
2019-12-05
Seção
Dossiê "Intolerâncias, preconceitos e racismos na Era Moderna [...]
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