Teatro Grego e Gênero
Palavras-chave:
Teatro Grego, Gênero, Tragédia
Resumo
O presente artigo apresenta como a tragédia grega pode ser analisada a partir da perspectiva de gênero, uma vez que, a sociedade grega clássica, especificamente o século V a.C, vivia a partir de determinações generificadas. Neste sentido, ao discutirmos a tragédia e os papéis atribuídos a ambos os gêneros, podemos observar tantos os desvios, como também, os limites de atuação desses indivíduos. Para tanto, utilizamos como fonte a tragédia Medeia de autoria de Eurípides para demonstrar por meio da fala dos personagens a tensão existente entre o feminino e o masculino no interior da cidade. Além disso, indicar como as estruturas de parentesco presentes na sociedade ateniense favoreciam a manutenção da instituição casamento e a funcionalidade de ambos os gêneros.Referências
CAIRNS, Douglas. Medea: Feminism or Misogyn? 2017.
DETIENNE, Marcel. Mestres da Verdade na Grécia Arcaica. Tradução de Ivone Beneditti. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
JÁCOME, Felix. Qual felicidade? A Medeia em Eurípides e em Jean Anouilh. In: SILVA, Maria de Fátima Sousa e; BARBOSA, Tereza Virgínia Ribeiro. Tradução e Recriação. Coimbra, 2010.
GIVEN, John. Constructions of Motherhood in Euripides Medea. 2009.
GOLDHILL, Simon. Amor, sexo & tragédia: como os gregos e romanos influenciaram nossas vidas até hoje. Tradução de Cláudio Bardella. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2007.
GOLDHILL, Simon. The audience of greek tragedie. In: EASTERLING, P. E. Companion to greek tragedie. Cambridge, 1997.
GONÇALVES, Jussemar Weiss. Relações de parentesco e política: uma crise trágica. IN: SILVA, Semiramis; CAMPOS, Carlos (Org.). Corrupção, crimes e crise na Antiguidade. Rio de janeiro, Desalinho, 2018. p.105-123.
KONSTAN, David. A amizade no mundo clássico. Tradução de Marcia Epstein Fiker. São Paulo: Editora Odysseus, 2005.
LEVÊQUE, Pierre. A aventura Grega. São Paulo: Edições Cosmos 1967.
LORAUX, Nicole. Maneiras Trágicas de Matar uma Mulher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1981.
MARSHALL, Francisco. Édipo Tirano: a tragédia do saber. Porto Alegre: Ed Universidade UFRGS, 2000.
MUELLER, Melissa. The language of reciprocity in Euripides Medea. The American Journal of Philology, vol 22, nº 4. The Johns Hopkins University Press, 2008.
MEIER, Christin. De la Tragédia comme art Politique. Paris, Belles Lettres, 1991.
ROMILLY, Jacqueline de. A tragédia grega. Tradução de Leonor Santa Bárbara. 2. ed. Lisboa: Editora 70, 2008.
RUBIN, Gayle. Políticas do Sexo. Tradução de Jamille Pinheiro Dias. São Paulo: Ubu Editora, 2017.
SILVA, Lisiana Lawson Terra da. A fabricação androcêntrica do feminino: a construção das relações de gênero como um processo educativo na tragédia Agamenon de Ésquilo. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Rio Grande, 2017.
SISSA, Giulia. Filosofia do gênero: Platão, Aristóteles e a diferenças dos sexos. In: DUBY, Georges; PERROT, Michelle (Org.). História das Mulheres: A Antiguidade. Porto: Edições Afrontamento, 1990.
SNELL, Bruno. A Cultura Grega e as Origens do Pensamento Europeu. Tradução de Pérola de Carvalho. São Paulo: Perspectiva, 2005.
VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Tradução de Ísis Borges B. da Fonseca. 4. ed. São Paulo: Dipel, 1984.
VERNANT, Jean-Pierre. Mito e Religião na Grécia antiga. Tradução de Constança Marcondes Cesar. Campinas: Papirus, 1992.
VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e tragédia na Grécia antiga. 2. ed. São Paulo: Pespectiva, 2005.
ZAIDMAN, Louise Bruit. As filhas de Pandora - mulheres e rituais nas cidades. In: DUBY, Georges; PERROT, Michelle (Org.). História das Mulheres: A Antiguidade. Porto: Edições Afrontamento, 1990.
DETIENNE, Marcel. Mestres da Verdade na Grécia Arcaica. Tradução de Ivone Beneditti. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
JÁCOME, Felix. Qual felicidade? A Medeia em Eurípides e em Jean Anouilh. In: SILVA, Maria de Fátima Sousa e; BARBOSA, Tereza Virgínia Ribeiro. Tradução e Recriação. Coimbra, 2010.
GIVEN, John. Constructions of Motherhood in Euripides Medea. 2009.
GOLDHILL, Simon. Amor, sexo & tragédia: como os gregos e romanos influenciaram nossas vidas até hoje. Tradução de Cláudio Bardella. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2007.
GOLDHILL, Simon. The audience of greek tragedie. In: EASTERLING, P. E. Companion to greek tragedie. Cambridge, 1997.
GONÇALVES, Jussemar Weiss. Relações de parentesco e política: uma crise trágica. IN: SILVA, Semiramis; CAMPOS, Carlos (Org.). Corrupção, crimes e crise na Antiguidade. Rio de janeiro, Desalinho, 2018. p.105-123.
KONSTAN, David. A amizade no mundo clássico. Tradução de Marcia Epstein Fiker. São Paulo: Editora Odysseus, 2005.
LEVÊQUE, Pierre. A aventura Grega. São Paulo: Edições Cosmos 1967.
LORAUX, Nicole. Maneiras Trágicas de Matar uma Mulher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1981.
MARSHALL, Francisco. Édipo Tirano: a tragédia do saber. Porto Alegre: Ed Universidade UFRGS, 2000.
MUELLER, Melissa. The language of reciprocity in Euripides Medea. The American Journal of Philology, vol 22, nº 4. The Johns Hopkins University Press, 2008.
MEIER, Christin. De la Tragédia comme art Politique. Paris, Belles Lettres, 1991.
ROMILLY, Jacqueline de. A tragédia grega. Tradução de Leonor Santa Bárbara. 2. ed. Lisboa: Editora 70, 2008.
RUBIN, Gayle. Políticas do Sexo. Tradução de Jamille Pinheiro Dias. São Paulo: Ubu Editora, 2017.
SILVA, Lisiana Lawson Terra da. A fabricação androcêntrica do feminino: a construção das relações de gênero como um processo educativo na tragédia Agamenon de Ésquilo. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal do Rio Grande, 2017.
SISSA, Giulia. Filosofia do gênero: Platão, Aristóteles e a diferenças dos sexos. In: DUBY, Georges; PERROT, Michelle (Org.). História das Mulheres: A Antiguidade. Porto: Edições Afrontamento, 1990.
SNELL, Bruno. A Cultura Grega e as Origens do Pensamento Europeu. Tradução de Pérola de Carvalho. São Paulo: Perspectiva, 2005.
VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Tradução de Ísis Borges B. da Fonseca. 4. ed. São Paulo: Dipel, 1984.
VERNANT, Jean-Pierre. Mito e Religião na Grécia antiga. Tradução de Constança Marcondes Cesar. Campinas: Papirus, 1992.
VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e tragédia na Grécia antiga. 2. ed. São Paulo: Pespectiva, 2005.
ZAIDMAN, Louise Bruit. As filhas de Pandora - mulheres e rituais nas cidades. In: DUBY, Georges; PERROT, Michelle (Org.). História das Mulheres: A Antiguidade. Porto: Edições Afrontamento, 1990.
Publicado
2024-10-29
Seção
Anais do VI Encontro Discente do Programa de Pós-Graduação em História da Univer
Copyright (c) 2024 Darcylene Pereira Domingues
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a LICENÇA CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O EFEITO DO ACESSO LIVRE).