“Não fui eu que possuí essa mulher”
uma breve reflexão sobre prostituição, representação feminina e desejo (1890-1920)
Palavras-chave:
Primeira República, Prostituição, Gênero, Crime
Resumo
A prostituição se mostrou, nas primeiras décadas da república brasileira, um assunto controverso entre populares e autoridades. Num contexto de moral burguesa; repressão policial intensa contra as “classes perigosas” e estabelecimento da vadiagem como patologia social; não se encontrava um consenso sobre como lidar com as “mulheres públicas”. Portanto, este artigo busca – através de bibliografia acadêmica, literária e impressos do período – lançar um olhar sobre como a sexualidade feminina divergente do padrão da dama burguesa foi tratada pela medicina no período. Acredita-se que, na medicalização da prostituição, encontram-se indícios dos motivos pelos quais essa prática não foi criminalizada na época, apesar da evidente perseguição as prostitutas e a representação negativa destas mulheres na sociedade, enquanto personagens, criminosas ou vítimas.Downloads
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Publicado
2024-12-17
Seção
Artigos Livres
Copyright (c) 2024 Pedro Heineck Moraes
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