Branquitude e eurocentrismo na História escolar
desafios e possibilidades na construção de um currículo antirracista no Brasil
Resumo
O artigo propõe uma análise crítica da configuração do ensino no Brasil, com ênfase nos processos de naturalização da branquitude e do eurocentrismo como referenciais epistemológicos centrais. Examina-se a forma como tais paradigmas, consolidados ao longo da formação do sistema educacional, sustentam hierarquias raciais e contribuem para a invisibilização das trajetórias e contribuições de populações negras. A partir da promulgação da Lei 10.639/03, discute-se o caráter conflituoso da implementação de políticas públicas voltadas à valorização da história e cultura afro-brasileira, evidenciando limites, resistências institucionais e possibilidades de superação. Por meio de revisão bibliográfica, o estudo busca problematizar as dinâmicas de poder que orientam a seleção e legitimação dos conteúdos escolares, apontando caminhos para a constituição de um currículo efetivamente antirracista e decolonial.
Copyright (c) 2025 Matheus Goulart Tanhote

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