Revista Discente Ofícios de Clio
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<p>A Revista Discente Ofícios de Clio é um projeto ligado ao Laboratório de Ensino de História (LEH), e ao Programa de Pós-Gradução em História (PPGH), ambos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A Revista tem periodicidade semestral e objetiva proporcionar aos nossos graduandos e pós graduandos, bem como aos alunos de áreas afins e/ou de outras Instituições, um espaço qualificado de debate e de incentivo ao incremento da pesquisa. Como se sabe, um grande número de revistas acadêmicas não aceitam artigos de alunos não formados e, em alguns casos, apenas de portadores de título de Mestrado. A Ofícios de Clio almeja oportunizar aos discentes o incremento de seus currículos, visando seu futuro desenvolvimento acadêmico e profissional. </p> <p><strong>Qualis:</strong> B3</p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN:</strong> 2527-0524</span></p>Universidade Federal de Pelotaspt-BRRevista Discente Ofícios de Clio2527-0524<p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:<br><br></p> <ol type="a"> <ol type="a"> <li class="show">Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">LICENÇA CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> </ol> </ol> <p> </p> <ol type="a"> <ol type="a"> <li class="show">Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> </ol> </ol> <p> </p> <ol type="a"> <ol type="a"> <li class="show">Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O EFEITO DO ACESSO LIVRE</a>).</li> </ol> </ol> <p><br><br></p>Apresentação do Número 16
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<p>Apresentação volume 9, número 16/ janeiro-junho de 2024.</p>Márcia Janete EspigAmanda Rodrigues GuelsoBethânia Luísa Lessa WernerFrancine Sedrez Bunde Laura Bergozza PereiraLeonardo Silva AmaralLucas Viscardi MarquesVíctor Blaskoski Lehugeur
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2024-12-172024-12-1791691310.15210/clio.v9i16.28316Apresentação do Dossiê
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<p>Apresentação do Dossiê Povos indígenas e história: sujeitos, saberes e temporalidades.</p>Ramon Nere de LimaDanilo Rodrigues do NascimentoAndrisson Ferreira da Silva
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2024-12-172024-12-17916141810.15210/clio.v9i16.28317Onde se ausculta o saber ancestral
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<p>O livro Meu avô Apolinário (2001) é uma sensível e profunda narrativa autobiográfica do escritor indígena Daniel Munduruku. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo central traçar reflexões acerca de três propriedades presentes na sociedade munduruku: a instituição do sonho, a práxis xamânica e as relações tecidas entre os humanos e não humanos, a partir da respectiva obra. Analisamos como esses três elementos constituem maneiras ancestrais de compreensão da vida e da existência do povo munduruku, retratando uma parcela das suas cosmologias. Nesse sentido, o que fazemos é observar, no texto literário, as reverberações de tais cosmovisões, uma vez que o autor indígena dificilmente não se associa a sua vivência indígena, sendo um emissário do seu povo, em que a escrita compreende um compromisso e uma tentativa de resistência e de não apagamento por meio da arte.</p>Cristhyan Emanoel Monteiro Gomes
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2024-12-172024-12-17916193710.15210/clio.v9i16.28319Uwa'kürü
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<p>Este artigo visa refletir sobre alguns aspectos presentes na Amazônia Sul-Ocidental relacionados ao processo histórico de racialização dos povos originários da região, a partir da ideia de seringalidade (Souza, 2016). Do ponto de vista teórico-metodológico se trata de uma pesquisa histórica (Barros, 2017), qualitativa (Godoy, 1995), descritiva (Gil, 2008), bibliográfica (Severino, 2007). Percebe-se que parte da história da Amazônia Sul-Ocidental, especialmente do Acre, construiu-se dentro de uma perspectiva epopeica, patriótica (Carneiro, 2017) elevando determinados grupos e sujeitos ao primeiro plano e relegando alguns indivíduos e agrupamentos a um silênciamento (Pimenta, 2004), assim sendo, necessário uma história crítica contrapondo a narrativa ufanica que racializou os povos indígenas.</p>Ramon Nere de Lima
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2024-12-172024-12-17916385910.15210/clio.v9i16.28320Reivindicações por terras indígenas a partir do passado no jornal Porantim
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<p>No contexto de abertura política da ditadura civil-militar brasileira, o debate pelos direitos dos povos indígenas foi intenso. Algumas mídias, como o jornal Porantim, acompanharam essas articulações e publicaram diversas matérias que traziam uma variedade de discussões. Entre os destaques, estavam as disputas por terra, tema presente durante toda a década de 1980. Para esta escrita, nosso objetivo é analisar um aspecto em comum observado nestas publicações: o uso do passado como uma forma de legitimar o direito ao território. De maneira geral, argumentamos que os materiais veiculados pelo jornal foram muito efetivos em colocar essa questão em seus escritos, apresentando grande diversidade de usos.</p>Laura Oeste
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2024-12-172024-12-17916607910.15210/clio.v9i16.28321A trajetória de Domingo Manduré
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<p>O artigo tem por objetivo analisar a trajetória de Domingo Manduré, uma liderança indígena guarani que teve destacada atuação em meio aos conflitos de independência na região do Rio da Prata, em princípios do século XIX. A partir de um exercício de micro-história, se busca compreender as possibilidades que se abriam aos indígenas nessa conjuntura, bem como identificar as maneiras como agiram e, mais especificamente, a partir de quais interesses tomaram suas decisões. Através do exame de correspondências entre autoridades envolvidas nesses conflitos, foi possível evidenciar que a relevância que assumiam lideranças como Manduré nesse contexto, permitia que pudessem negociar seu posicionamento, angariando uma melhor condição social. Da mesma forma, explicitou-se que esse posicionamento podia levar mais em conta interesses econômicos do que a crença num projeto político específico.</p>Felipe Schulz Praia
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2024-12-172024-12-17916809910.15210/clio.v9i16.28322Concessões de sesmarias e Agência Indígena
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<p>Os povos originários exerceram diversas formas de agência durante a ocupação dos europeus nas Américas, apesar de muitas vezes serem apresentados como sujeitos passivos da sociedade colonial. Esta pesquisa analisa a participação de indígenas nas concessões de sesmarias na região ao pé da “Serra do Pitavary”, durante a ocupação da Capitania do Siará Grande. Foram levantadas sesmarias entre os anos de 1683 e 1722, as quais foram observadas a partir da literatura jurídica e da “Nova História Indígena”. Os registros mostram que indígenas aldeados solicitaram terras a partir de vínculos criados com outras figuras da colonização e da necessidade de subsistência. Os resultados apontam que aqueles sujeitos não se limitaram à subordinação ao regime tutelar da ordem colonial, mas se apropriaram desse regime em seus discursos para resguardar direitos e interesses vinculados à proteção da terra.</p>João Victor Diniz Ribeiro
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2024-12-172024-12-1791610012110.15210/clio.v9i16.28323“Feliz se puede llamar el Paraguay, abastecido de muchos bellos ríos [...]”
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<p>missionários desta ordem religiosa, no entanto, não ficaram restritos às atividades religiosas, e muitos deles se dedicaram à medicina, ao ensino, ao estudo de outras áreas como a filosofia e, ainda, à observação da natureza. Essas atividades eram de extrema importância para identificação de novas plantas e animais, a expansão do conhecimento geográfico dos territórios americanos em que atuavam como missionários e a identificação das possibilidades de exploração econômica. Foi observando a natureza que o jesuíta José Sánchez Labrador escreveu a obra Paraguay Natural Ilustrado, que será analisada no presente trabalho. Nela, além podermos identificar as impressões do autor sobre a natureza americana, baseadas em pressupostos religiosos e científicos do século XVIII, pode-se constatar seu empenho em descrever como os indígenas se relacionavam com a fauna, a flora e com os demais recursos naturais. Neste artigo, enfocamos, especialmente, as descrições das características e dos diferentes usos que os indígenas faziam dos recursos hídricos existentes na Província Jesuítica do Paraguai, que, em sua extensão, abrangia também o território que hoje denominamos de Paraguai.</p>Lóren Cantiliano Ximendes
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2024-12-172024-12-1791612213710.15210/clio.v9i16.28324Os Processos de Inserção dos Povos Indígenas no Ordenamento Jurídico Brasileiro
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<p>O presente artigo visa analisar os processos de omissão ou inserção dos povos indígenas nas constituições e de que forma eles foram representados no ordenamento jurídico brasileiro, além de dar um maior enfoque da participação destes na promulgação da Constituição de 1988. Para isso, foi realizado uma análise documental das sete Constituições que já foram promulgadas no país e da Emenda Constitucional n°1/1969 através da descrição e interpretação destes documentos, utilizando de maneira complementar as produções bibliográficas sobre os povos originarios e o período histórico da criação das constituições, afim de fornecer um maior entendimento do contexto dos documentos. Assim, o artigo infere que a visão esteriotipada dos colonizadores acerca dos indigenas delineou a sua representação no ordenamento juridico e contribuiu para a sua longa omissão neste importante documento.</p>Stefany Caroline Pantoja Amorim
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2024-12-172024-12-1791613815410.15210/clio.v9i16.28325“Indigenismo emancipatório” e “lugar de memória subterrânea” na região amazônica
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<p>O presente artigo analisa a vigilância, por parte do governo brasileiro, da atuação indigenista do Grupo Magüta - por meio do Centro de Documentação e Pesquisa do Alto Solimões (CDPAS) - junto aos Tikuna a fim de assim classificar suas agências sob dois conceitos: “lugar de memória subterrânea” e “indigenismo emancipatório”. Mesmo após o fim da Ditadura Militar, durante o processo de Redemocratização, indígenas Tikuna e antropólogos do Museu Nacional/UFRJ sofreram um processo de vigilância constante por parte do governo brasileiro. Com a presente análise, afirmo que, ao criar o Centro de Documentação e Pesquisa do Alto Solimões (CDPAS), o Grupo Magüta opunha-se às práticas indigenistas tutelares hegemônicas do Estado que possuem raízes históricas coloniais e colonialistas3 que se estabelecem, ainda, em relação aos povos indígenas no Brasil. Nesse sentido é que argumento que o Magüta/CDPAS se constituiu enquanto um lugar de memória subterrânea exercendo um indigenismo emancipatório junto aos Tikuna.</p>Vitória Luyza Cardoso Barbosa
Copyright (c) 2024 Vitória Luyza Cardoso Barbosa
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2024-12-172024-12-1791615517510.15210/clio.v9i16.28326Acusados pela fé
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<p>Este artigo tem por objetivo analisar a atuação da Inquisição no Rio Grande entre os anos de 1691 a 1806, tendo como referência teórica central os documentos oficiais relativos à jurisdição da Capitania, que sem encontra depositados no ANTT (Arquivo Nacional da Torre do Tombo). Analisaremos como a Igreja interpretava as práticas religiosas dos indígenas, a sua imposição da fé sob os povos nativos e a representação do indígena como sujeito ligado ao demônio. A fonte que alimenta a nossa abordagem contempla os registros de denúncias transcritas presentes no livro “Hereges e degredados na capitania do Rio Grande (séculos XVII-XIX)” produzido por Carmen Alveal, Ana Pereira e Marcos Fonseca, organizado pela editora Flor do Sal, publicado no ano de 2018.</p>Ana Luiza Fernandes Bezerra
Copyright (c) 2024 Ana Luiza Fernandes Bezerra
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2024-12-172024-12-1791617619410.15210/clio.v9i16.28327O ensino de História indígena do Amapá colonial
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<p>O artigo tem como objetivo analisar o referencial curricular amapaense (RCA) dos anos finais do ensino fundamental em relação à História indígena do Amapá, bem como, propor uma metodologia de como os professores podem utilizar fontes do período colonial para tornar as aulas de História significativas. Identificou-se que o RCA obliterou as Histórias indígenas e que esta quase ausência pode afetar as aprendizagens dos estudantes, não obstante, é possível subverter a “norma” e inserir os povos indígenas na prática docente.</p>Bruno Rafael Machado Nascimento
Copyright (c) 2024 Bruno Rafael Machado Nascimento
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2024-12-172024-12-1791619521210.15210/clio.v9i16.28328O “Partido Holandês” como política potiguara
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<p>Entre os anos de 1630 e 1654, a Companhia holandesa das Índias Ocidentais (WIC) ocupou as Capitanias do Norte do Brasil. Nesse contexto, o apoio das lideranças indígenas, em especial dos potiguaras, foi crucial para viabilizar os planos dos governos luso e flamengo. Em 1625, uma pequena comitiva potiguara foi levada à República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos para serem educados e transformados em mediadores confiáveis, transformando-se em verdadeiros diplomatas de seus povos. Disputados por cada lado da guerra, esses chefes possuíam conhecimentos das táticas, dos caminhos da terra e do poder de diálogo, sendo homens que souberam jogar no contexto conflitivo do Brasil seiscentista. Por isso, o objetivo desse trabalho é mostrar como essas lideranças usaram suas posições para balizar seus interesses no mundo colonial e no interior de seus próprios povos.</p>Carmelita Costa Zuzart
Copyright (c) 2024 Carmelita Costa Zuzart
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2024-12-172024-12-1791621323210.15210/clio.v9i16.28329Movimento Indígena no Brasil e no México
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<p>A América Latina é um continente pluriétnico, marcado por uma grande diversidade cultural, porém unificado pela opressão e exploração impostas pelo capitalismo, racismo estrutural, colonialidade e pelo Estado burguês moderno. Este texto busca compreender as formas de organização do movimento indígena no Brasil e no México, com foco na Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB, fundada em 2005) e no Congresso Nacional Indígena (CNI, criado em 1996). O trabalho visa analisar as estratégias de mobilização indígena no contexto republicano, que estimula os movimentos sociais a se adequarem às estruturas institucionais. Assim, procura-se identificar as dinâmicas entre ações que ocorrem tanto dentro quanto fora da lógica colonial e capitalista, em defesa das pautas comunitárias indígenas. A análise se baseia em documentos, programas políticos e memórias dessas organizações, disponíveis online. O texto aborda a emergência do movimento indígena durante a ditadura militar no Brasil e a fundação da APIB, bem como a criação do CNI e as lutas indígenas nos anos 1990 no México em meio a difusão das políticas neoliberais, além de destacar as conexões entre esses dois movimentos.</p>Amanda de Oliveira
Copyright (c) 2024 Amanda de Oliveira
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2024-12-172024-12-1791623324710.15210/clio.v9i16.28330O Caminho de Peabiru como espaço de disputa turística e a conexão com o passado histórico
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<p>O Caminho de Peabiru é um antigo trajeto que ligava o litoral dos estados de São Paulo e Santa Catarina ao interior do Brasil, passava pelo Paraguai e conectava-se ao Império Inca. Atualmente, ele tem se transformado em alvo de disputa em torno da sua exploração turística. Isso possibilita uma análise de seus aspectos históricos, como origens e formas de uso ao longo do tempo. Então, demonstra-se neste artigo como esse caminho pode ser interpretado como um espaço geográfico conectado à história.</p>Vinícius Oliveira Pinheiro Machado
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2024-12-172024-12-1791624826010.15210/clio.v9i16.28331“O que é História?”
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<p>O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as diversas possibilidades de criação e uso de fanzines na área da educação, especialmente de História, em espaços convencionais ou não de ensino. Através da discussão sobre o surgimento dos fanzines, abordaremos também o conceito de transposição didática para apontar a conexão profunda entre os conhecimentos acadêmicos e escolares, pensando que o diálogo permanente destes são também possibilidades para o uso de ferramentas tais como os zines. Por fim, uma experiência prática junto a jovens em privação de liberdade será utilizada para pensar a relevância do uso dos zines na contemporaneidade.</p>Giovanna Kopp da Cruz
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2024-12-172024-12-1791626127510.15210/clio.v9i16.28332Do saber acadêmico ao saber escolar
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<p>O presente trabalho discorre acerca da construção de uma fanzine para utilização como material didático para o ensino de história, com objetivo de ser uma ferramenta no combate ao negacionismo histórico. A proposta aborda a temática dos sistemas econômicos que estiveram em confronto durante a segunda metade do século XX (comunismo e capitalismo). A fanzine foi construída a partir das obras dos teóricos Karl Marx e Friedrich Engels, bem como da obra de Afrânio Mendes Catani. O "saber acadêmico" produzido pelos autores, passou pelo processo de didatização afim de torná-lo um "saber escolar", orientado e fundamentado teoricamente pelo trabalho de Ana Maria Monteiro (2009), bem como pela pelas concepções de aprendizagens em História de Circe Maria Fernandes Bittencourt (2005).</p>Laura Pereira MarquesMaria Eduarda FingerYasmin Favaron
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2024-12-172024-12-1791627629110.15210/clio.v9i16.28333A importância dos museus virtuais e seu impacto positivo para aprendizagem
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<p>Este artigo é fruto de uma pesquisa de mestrado, que se encontra na fase de levantamento de literatura, e espera-se, com ela, compreender como a educação museal pode contribuir para ampliar o repertório cultural de estudantes da educação básica tendo como base as visitas a museus. Esta é uma pesquisa qualitativa. O texto discute ainda a proposta de criação de um museu virtual, a partir do Quilombo Vó Rita, localizado na zona urbana da cidade de Trindade - GO, para que os estudantes e a comunidade conheçam a história do quilombo. O intuito do museu virtual, nesse caso, é contribuir para melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem de História, ao possibilitar que os alunos conheçam realidades distantes e de outros tempos de uma forma interativa e contemporânea e se desenvolvam enquanto cidadãos mais conscientes e críticos.</p>Mariana Archanjo Soares
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2024-12-172024-12-1791629230710.15210/clio.v9i16.28334Tecnologias digitais aplicadas ao ensino de História
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/CLIO/article/view/28335
<p>Este artigo tem o objetivo de abordar sobre a utilização da plataforma Google Arts & Culture como recurso didático no ensino de História, ao realizar uma breve contextualização sobre o desenvolvimento de tecnologias digitais e como esse recurso passou a ser usufruído na educação. Além disso, expõe, em seguida, um descritivo sobre a plataforma, utilizando-se de duas exposições virtuais disponíveis em seu acervo, e apresenta seu potencial didático em uma aula de História sobre o barroco mineiro. O percurso metodológico partiu de uma pesquisa bibliográfica a respeito da história do ensino de História e da utilização de tecnologias digitais aplicadas à educação, de natureza qualitativa, com viés exploratório. Os resultados apontaram que o tema do barroco não possui certo destaque entre os temas presentes na BNCC, mas que este se conecta com outros temas mais abrangentes do currículo de História do 7º ano do Ensino Fundamental Anos Finais.</p>Rhulio Rodd Neves de AguiarRicael Spirandeli Rocha
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2024-12-172024-12-1791630832810.15210/clio.v9i16.28335A Historiografia como laboratório de epistemologia
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<p>O presente trabalho parte da concepção de Wehling (2006) de analisar a história da historiografia como laboratório de uma epistemologia histórica. Neste sentido, o respectivo texto, tem como seu objetivo examinar a obra historiográfica de Voltaire, Ensaio sobre os Costumes e o Espírito das Nações de 1756. Enquanto fonte possibilidade observar o processo de construção da explanação histórica pelo autor, bem como visa identificar, a partir de um diálogo de Lopes (2001) e Foucault (2010), o que Voltaire guarda em seu programa do chamado antigo regime historiográfico e o que apresenta de novo à historiografia como campo de saber e discurso.</p>João Damaceno de Almeida Neto
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2024-12-172024-12-1791632935010.15210/clio.v9i16.28336Os opostos, se não se atraem, se complementam
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<p>A longa revolução francesa é um dos temas sobre os quais os que lidam com passado mais se debruçaram e produziram, entre esses estão Alexis de Tocqueville e Karl Marx. No presente artigo, apresentarei a conjuntura dessa revolução sobre a qual tratam os autores. Em seguida, compararei as duas visões tendo como tese que, embora sejam tradicionalmente entendidos como ideologicamente opostos, Tocqueville e Marx, quando analisados em conjunto, possibilitam uma visão mais “diversa” desse processo.</p>Guilherme Costa Silva
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2024-12-172024-12-1791635137010.15210/clio.v9i16.28337Para todas as grandes senhoras
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<p>Este artigo busca compreender qual a alquimia destinada às mulheres e a relação dessa com o contexto em que viviam. Para tal, utiliza como fonte o livro de segredos escrito por Isabella Cortese e intitulado I secreti de la signora Isabella Cortese, ne'quali si contengono cose minerali, medicinali, arteficiose, & Alchimiche, & molte de l'arte profumatoria, appartenenti a ogni gran Signora. Con altri bellissimi Secreti aggiunti. A análise de tal documento foi feita articulando os conceitos de diferentes campos historiográficos, tais como gênero, história cultural e esoterismo. Com isso, percebemos como a alquimia para mulheres pode ser entendida tanto de forma espiritual quanto prática, relacionando-se com aquela destinada aos homens. Ainda, dialoga com o contexto do movimento renascentista dos territórios italianos do século XVI, com aspectos econômicos e da dimensão do trabalho possível para aquelas mulheres.</p>Isabel Antonello Flores
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2024-12-172024-12-1791637139010.15210/clio.v9i16.28338Reflexões sobre a historicização da violência
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<p>O presente artigo busca discutir a historicização do conceito de violência ao analisar a prática do castigo físico perpetrado contra os escravizados na Bahia do século XVIII, por meio da literatura setecentista sobre o governo cristão dos escravos, mais especificamente as obras de Jorge Benci (1700), André João Antonil (1711) e Manuel Ribeiro Rocha (1758). Busca-se, com isso, investigar como a prática da punição corporal aparece nas obras desses autores e entender como a violência era classificada no contexto de uma sociedade escravista e desigual, como era a Bahia do século XVIII, uma das maiores capitanias do Brasil colonial.</p>Lucas Guilherme Lima de Freitas
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2024-12-172024-12-1791639140510.15210/clio.v9i16.28339“Não fui eu que possuí essa mulher”
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/CLIO/article/view/28340
<p>A prostituição se mostrou, nas primeiras décadas da república brasileira, um assunto controverso entre populares e autoridades. Num contexto de moral burguesa; repressão policial intensa contra as “classes perigosas” e estabelecimento da vadiagem como patologia social; não se encontrava um consenso sobre como lidar com as “mulheres públicas”. Portanto, este artigo busca – através de bibliografia acadêmica, literária e impressos do período – lançar um olhar sobre como a sexualidade feminina divergente do padrão da dama burguesa foi tratada pela medicina no período. Acredita-se que, na medicalização da prostituição, encontram-se indícios dos motivos pelos quais essa prática não foi criminalizada na época, apesar da evidente perseguição as prostitutas e a representação negativa destas mulheres na sociedade, enquanto personagens, criminosas ou vítimas.</p>Pedro Heineck Moraes
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2024-12-172024-12-1791640641910.15210/clio.v9i16.28340A Campanha da Mulher pela Democracia (Camde) durante o governo João Goulart (1961-1964)
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/CLIO/article/view/28341
<p>O presente artigo realiza um estudo da participação e dos discursos de uma das principais associações cívicas femininas no contexto do governo João Goulart: a Campanha da Mulher pela Democracia (Camde). Inicialmente, objetiva-se elencar alguns dos personagens da sociedade civil daquele período que fizeram oposição ativa a Jango, passando posteriormente a fundação da Camde no auditório do jornal do O Globo, no Rio de Janeiro. Para finalizar, utiliza-se o histórico da associação e o próprio jornal O Globo para se analisar, através do método de Análise de Conteúdo, as manifestações das mulheres da Camde. As associadas usavam de conceitos como religiosidade, família e valores identificados ao conservadorismo para se posicionarem e defenderem a manutenção do status quo naquela sociedade.</p>Eric Patrick Silva de Faria Rocha
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2024-12-172024-12-1791642043910.15210/clio.v9i16.28341Jornal “O Combatente” de Santa Maria e o enaltecimento do passado em prol do Partido Republicano Rio-Grandense
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/CLIO/article/view/28342
<p>O presente artigo analisa no jornal O Combatente de Santa Maria, RS, as representações acerca do passado feitas entre janeiro e junho de 1892, durante o período do governo da dissidência republicana, e como essas representações são usadas para a criação de uma tradição política para o Partido Republicano Rio-grandense (PRR). Como fontes foram usados os 23 primeiros exemplares lançados pelo jornal no ano de 1892, a partir desse escopo documental, foram selecionados para análise artigos que possuíssem vinculações entre o PRR e o passado. A análise da narrativa do jornal revelou como o PRR foi representado de forma positiva, tendo sua imagem vinculada à memória coletiva. Trata-se de uma associação que relaciona uma continuidade entre a ideologia do partido e um passado de valores positivos, algo possível de exercer influência no imaginário social e, por conseguinte, na política do estado.</p>Eduardo Prates Bordinhão
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2024-12-172024-12-1791644045110.15210/clio.v9i16.28342Melhoramentos nos Subúrbios
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/CLIO/article/view/28343
<p>O subúrbio do Rio de Janeiro atravessou diversas transformações materiais nas duas primeiras décadas do século XX, em decorrência das reformas urbanas levadas adiante pelas sucessivas administrações federais e municipais. Utilizando as revistas ilustradas como fontes de análise para observar como eram representados os processos de urbanização nos bairros suburbanos da cidade, buscamos entender os impactos da modernização dos espaços suburbanos através dos ideais de progresso vigentes. Diante da perspectiva de uma belle époque suburbana, o presente artigo traz observações sobre as influências da modernidade em outras áreas da então capital federal.</p>Vitor de Almeida
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2024-12-172024-12-1791645246910.15210/clio.v9i16.28343Desejo de Matar
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<p>A primeira metade da década de 1970 é marcada por uma sucessão de crises políticas e econômicas nos Estados Unidos. Essa conjuntura vem favorecer a Nova Direita, uma vertente mais radical do conservadorismo norte-americano, que busca se consolidar por meio de uma retórica inflamada, fortemente atravessada pela ética individualista, o moralismo e a religião. Lançado em 1974, o filme Desejo de Matar, estrelado por Charles Bronson, assimila os valores e as ideias dessa corrente, constituindo-se como uma espécie de precursor do ultraconservadorismo que irá caracterizar a cultura política da Era Reagan, uma década depois. Esse trabalho tenta rastrear, por meio da análise da produção, da circulação e da recepção do filme, em articulação com seu contexto histórico, o caminho percorrido pela Cultura das Armas na sociedade estadunidense até seu estabelecimento definitivo, sua disseminação e sua assimilação em países como o Brasil.</p>Paulo Morganti Alcaraz
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2024-12-172024-12-1791647048710.15210/clio.v9i16.28344Histórias das mulheres nas ditaduras do Cone Sul
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<p>Resenha. </p>Avelino Pedro Nunes Bento da Silva
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2024-12-172024-12-1791648849110.15210/clio.v9i16.28345Dossiê Povos indígenas e história
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/CLIO/article/view/28315
<p>Edição completa v. 9, n. 16/ janeiro-junho de 2024.</p>Revista Discente Ofícios de Clio
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