A Revolução Copernicana na filosofia de Kant: breves considerações a partir do prefácio da segunda edição da Crítica da Razão Pura

  • Felipe Alves da Silva Graduando em Direito pela Faculdade Cidade Verde (FCV) e Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Palavras-chave: Kant, Revolução Copernicana, inversão metodológica, metafísica.

Resumo

A obra de Kant é considerada um marco, ou divisor de águas, para a filosofia moderna. No prefácio da segunda edição da Crítica da Razão Pura, Kant busca, nos moldes da revolução proposta por Copérnico na astronomia, estabelecer uma revolução completa no pensamento filosófico, de modo a encontrar um caminho seguro para a metafísica, fazendo com que, em seus termos, ela não mais fique no mero tateio. O termo Revolução Copernicana diz respeito a uma analogia que Kant faz com a proposta de Copérnico, na passagem do antropocentrismo para o heliocentrismo, em que o mesmo poderia ser aplicado na metafísica, deslocando o sujeito da periferia do conhecimento para colocá-lo no centro. Trata-se, portanto, de uma proposta de inversão da metodologia predominante até o período a qual Kant está inserido, em que não mais o sujeito se regulará pela natureza do objeto, mas este que irá regular-se pela natureza do sujeito do conhecimento. O presente trabalho tem por finalidade apresentar, ainda que minimamente, uma breve introdução à essa inversão metodológica proposta por Kant, mesmo sem qualquer pretensão de aprofundamento ou esgotamento da discussão.

Referências

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Publicado
2017-04-10
Seção
Artigos