História em Revista https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev <p>O periódico <em>História em Revista</em>, uma publicação semestral do Núcleo de Documentação Histórica da Universidade Federal de Pelotas e vinculada ao Programa de Pós-Graduação em História da UFPel,&nbsp; tem como objetivo a divulgação da produção historiográfica ou de áreas afins, na forma de artigos, ensaios bibliográficos e resenhas. Buscando contribuir com o desenvolvimento da pesquisa, publica, também, matérias sobre organização de acervos documentais e depoimentos ou documentos históricos inéditos de significativo interesse para a pesquisa histórica.</p> <p><strong>Qualis:</strong>&nbsp; B1</p> <p><span data-sheets-value="{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:&quot;A4&quot;}" data-sheets-userformat="{&quot;2&quot;:2627,&quot;3&quot;:{&quot;1&quot;:0},&quot;4&quot;:{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:16776960},&quot;9&quot;:1,&quot;12&quot;:0,&quot;14&quot;:{&quot;1&quot;:3,&quot;3&quot;:1}}"><strong>ISSN:</strong>2596-2876</span></p> UFPel pt-BR História em Revista 1516-2095 <p><span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</span></p><p><span>1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a </span><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a><span> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</span></p><p><span><span>2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</span></span></p><span><span><span>3. 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Devido à sua natureza multidisciplinar, o patrimônio cultural da saúde e da assistência necessita ser estudado, preservado, difundido e valorizado, levando em consideração suas características próprias.</p> <p>Tal diversidade tipológica evidencia a riqueza deste campo de estudos, que convoca múltiplas disciplinas, incluindo a história, a arquitetura, a museologias e a conservação e restauro. É por esta razão, também, que a temática do patrimônio cultural da saúde e da assistência tem recebido uma crescente atenção por parte de historiadores, arquivistas, arquitetos e médicos. Foi no sentido de promover e divulgar as investigações que vêm sendo feitas sobre a temática do patrimônio da saúde e da assistência que se organizou este dossiê.</p> <p>Os artigos que o compõem evidenciam o interesse na temática e a potencialidade das pesquisas realizadas em diferentes estados brasileiros e no exterior, através do acionamento da documentação disponível em acervos arquivísticos, bibliográficos, museológicos e iconográficos. Apontam, em razão disso, para a constituição de um campo multidisciplinar da história do patrimônio cultural da saúde e da assistência a nível nacional e internacional.</p> Eliane Cristina Deckmann Fleck Joana Balsa De Pinho Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 07 10 10.15210/hr.v29i2.27373 Reconhecendo um Patrimônio Cultural da Saúde: o Casarão do Lazareto em Nova Friburgo/RJ https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev/article/view/27376 <p>O objetivo deste artigo é refletir sobre os usos e interpretações dos patrimônios culturais da saúde e da assistência, a partir do estudo de caso do <em>Casarão do Lazareto</em>, localizado no município de Nova Friburgo, Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. Esta análise foi estimulada pelo início das obras de revitalização da edificação, construída no final do século XIX para servir de hospital de isolamento durante períodos de emergências sanitárias na cidade. A História da Saúde está intrinsicamente ligada à História de Nova Friburgo desde sua criação e sua materialidade passou a fazer parte da rotina da população, sendo constantemente ressignificada por ela. Por isso, é necessário articular fontes que nos revelem informações sobre as relações construídas entre este local de memória e a sociedade, assim como a influência dos interesses políticos e médico-sanitários que o envolveram em diversos contextos.</p> Anne Thereza de Almeida Proença Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 10.15210/hr.v29i2.27376 Entre Modernismo e Modernidade: a Escola de Enfermagem de São Paulo https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev/article/view/27374 <p>O presente artigo relacionou a modernidade da enfermagem profissional com o modernismo do prédio da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo tombado como patrimônio histórico-arquitetônico. Considerou-se, reforçando pressupostos sobre o tema, que a construção do edifício rompeu o padrão tradicional em relação à arquitetura hospitalar, refletindo o ensino de enfermagem e o lugar do feminino no Estado Novo. A partir de uma documentação histórica diversa, o artigo destacou efeitos de sentido da modernização do Estado brasileiro refletidos na arquitetura e na enfermagem, reiterando a primazia do edifício modernista como patrimônio da arquitetura hospitalar no Brasil pós-1930.</p> Paulo Fernando de Souza Campos Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 28 50 10.15210/hr.v29i2.27374 Construções “modelo” para a saúde durante o Estado Novo no Rio Grande do Sul https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev/article/view/26889 <p>O Departamento Estadual de Saúde (DES) do Rio Grande do Sul realizou, durante o Estado Novo, um programa conjunto com a Secretaria de Obras Públicas elaborando uma série de “projetos modelares” de acordo com as novas normas sanitárias do estado – que se encontravam em voga desde 1938. Engenheiros, médicos e técnicos projetaram edificações procurando padronizar os espaços físicos em diversas áreas: processamento de alimentos, venda e produção de gêneros alimentícios, hospitais, escolas etc. Por mais que existisse uma intencionalidade, naquele contexto autoritário, de padronizar e submeter as condutas construtivas à lógica econômica, procurando tornar os alimentos e prédios mais seguros, nem sempre esses projetos se concretizaram. Esse texto discutirá, inicialmente, as indicações para a higiene das edificações durante o Estado Novo no Rio Grande do Sul utilizando-se de regulamentos, plantas e projetos dos prédios modelares. E, por fim, abordaremos a abrangência e limitações de aplicação dos conceitos de “patrimônio cultural da saúde” a essas edificações.</p> Cristiano Enrique de Brum Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 51 70 10.15210/hr.v29i2.26889 Arquitetura da saúde no Território Federal do Amapá entre os anos de 1940 e 195050 https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev/article/view/26890 <p style="font-weight: 400;">Esse trabalho visa apresentar alguns equipamentos de saúde instalados no período de implantação do Território Federal do Amapá entre as décadas de 40 e 50, objetivando a caracterização arquitetônica e a linguagem adotada para esse uso no primeiro Governo Territorial do Estado. A pesquisa enfoca modelos catalogados no documento “Relatório das atividades do Governo do Território Federal do Amapá em 1946”, elaborado pelo primeiro governador do Território, Janary Gentil Nunes, o qual apresenta descrição do cenário do território e a narrativa de construção de modernidade para o Amapá. O trabalho utiliza a documentação oficial, assim como artigos de jornais da primeira metade do século XX e a revisão bibliográfica sobre o tema.</p> Dinah Tutyia Carina Quaresma Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 71 95 10.15210/hr.v29i2.26890 Hospital São Francisco de Assis como Patrimônio da Saúde. Um legado de Frei Alberto Beretta em Grajaú, Estado do Maranhão https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev/article/view/27375 <p>Este artigo tem como objetivo destacar a importância da fundação do Hospital São Francisco de Assis, o primeiro hospital da região de Grajaú, no Estado do Maranhão, como um patrimônio da saúde da cidade. A pesquisa integra a tese de doutorado em História defendida na UNISINOS/RS, intitulada “O padre médico de Grajaú: A trajetória de Frei Alberto Beretta no sertão maranhense (1949 a 1981)”. A problemática central reside na constatação de que, embora a patrimonialização de edifícios, monumentos e outros bens materiais seja frequentemente realizada por meio do tombamento no país, isso não implica que aqueles que não são oficialmente tombados não mereçam tratamento de conservação patrimonial. Isso é particularmente relevante na área da saúde, considerando a recente preocupação com a preservação desses espaços e instrumentos. A pesquisa utilizou uma metodologia bibliográfica e documental, baseada no acervo compilado durante o doutorado. A inclusão do Hospital São Francisco de Assis no rol de patrimônios materiais da saúde representa um reconhecimento da importância histórica e cultural das instituições de saúde na formação da identidade social e na memória coletiva. Preservar sua estrutura e história é essencial para garantir que futuras gerações possam compreender e valorizar as contribuições significativas desses espaços para a sociedade.</p> Paula Regina Pereira dos Santos Marques Dias Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 96 117 10.15210/hr.v29i2.27375 O Tempo Suspenso. Dos Rituais Históricos do Termalismo ao Património Associado em Portugal https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev/article/view/27377 <p>Numa perspetiva integrada de diferentes saberes, o termalismo tem merecido o olhar do autor na compreensão do percurso da água e dos rituais dos aquistas, na vida regrada, em que a única obrigação é a terapia prescrita, logo, tudo o resto é um relaxamento de tensões, de que o espaço (arquitetura e urbano) se torna essencial. O termalismo português tem episódios singulares, desde a fundação do primeiro grande hospital termal, quatrocentista e o mais antigo do mundo, à invenção do parque termal delimitado, distribuído por diferentes geografias, como microcosmo encerrado em si mesmo, onde a vida se transforma a bem da saúde física e psíquica e se afasta do quotidiano normal dos seus utilizadores. Presentemente, depois de um tempo suspenso devido à pandemia, os recursos endógenos são de novo capitais para o desenvolvimento de setores de atividade e regiões, bem como para a promoção da saúde da população. O património físico e imaterial é um recurso inegavelmente importante.</p> Jorge Mangorrinha Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 118 138 10.15210/hr.v29i2.27377 Um olhar humanista sobre a formação médica e a leitura do livro “Uma casa chamada Leiga” https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev/article/view/27378 <p>No momento em que nos referimos a um dado espaço físico, normalmente uma edificação, como “casa” provavelmente pressupomos que ali é um lar no qual reside uma família, como nos diz uma das definições dos dicionários da língua portuguesa. Pois bem, na escrita de “Uma casa chamada Leiga: os 60 anos da Medicina-UFPel”, Lorena Almeida Gill conseguiu capturar exatamente este aspecto vinculado ao sentimento de professores, discentes e egressos do curso de medicina da Universidade Federal de Pelotas. Em textos, publicações diversas e especialmente nas 48 entrevistas (realizadas em 63 sessões) com ex-alunos, primeiros formados, ex-diretores, professores e servidores técnico-administrativos, um aspecto perpassa todas as falas: o sentimento de que para aqueles profissionais a FAMED-UFPel é mais do que um curso, uma formação profissional, fazendo parte do sentimento pessoal de pertencimento a um lar, uma família, uma casa.</p> Paulo Koschier Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 139 144 10.15210/hr.v29i2.27378 A trajetória de Edson Tadeu Holthausen na Instituição Pró- Ensino Superior no sul do Estado (IPESSE) e na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/HistRev/article/view/27379 <p>Entrevista<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> realizada pelas historiadoras Lorena Almeida Gill e Elisiane Medeiros Chaves, com o médico Edson Tadeu Holthausen, no dia 29 de setembro de 2022, no Núcleo de Documentação Histórica da UFPel.</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> A entrevista com o Dr. Edson Holthausen foi realizada para compor o livro “Uma casa chamada Leiga: os 60 anos da FAMED/UFPel”, escrito por Lorena Almeida Gill. Ele foi aluno da primeira turma da Faculdade Leiga de Medicina e uma daquelas pessoas que foi convidada para logo retornar e fazer parte do corpo docente da instituição, na área de radiologia. A ideia da publicação da narrativa se deu como uma maneira de homenageá-lo, em função de sua morte recente, no dia 1º de maio de 2023. Edson também foi o primeiro presidente da Associação dos Docentes da Universidade (ADUFPel). O texto apresentado é um extrato da entrevista, já que a narrativa é bastante longa. O acesso à narrativa, em sua totalidade, está disponível no NDH-UFPel.</p> Lorena Almeida Gill Elisiane Medeiros Chaves Copyright (c) 2024 História em Revista 2024-07-25 2024-07-25 29 2 10.15210/hr.v29i2.27379