https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/issue/feedRevista Memória em Rede2024-12-05T14:35:42+00:00Revista Memória em Redememoriaemrede@gmail.comOpen Journal Systems<p>A revista Memória em Rede é um periódico eletrônico que publica trabalhos inéditos que versem sobre os temas processos de patrimonialização, políticas públicas para o patrimônio, patrimônio material e imaterial, estudos em memória social, estudos sobre memória e identidade ou ainda tratem da organização de acervos, sua conservação e restauro, recuperação e acessibilidade para pesquisa e outros temas relacionados.</p> <p><strong>Qualis:</strong> A2</p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN:</strong> 2177-4129</span></p> <p><object id="1939290a-18c8-bb9e-fb99-6b8419adbcb9" type="application/gas-events-abn" width="0" height="0"></object></p> <p> </p>https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/27387Decolonizar museus e patrimônios: breve manifesto2024-12-05T14:35:42+00:00Diego Lemos Ribeirodlrmuseologo@yahoo.com.brElizabete de Castro Mendonçaelizabete.mendonca@unirio.brCamila A. de Moraes Wicherscamila.wichers@gmail.com<p>Este dossiê, denominado “<a href="https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/announcement/view/611">Decolonizar Museus e Patrimônios: Teorias e Práticas</a>”, traduz-se como uma tomada de partido. Trata-se de uma provocação ao debate, que é ao mesmo tempo teórico, político, epistêmico e prático. Reveste-se, assim, de um compromisso com a ação, com a práxis que transcende a adoção de um pretenso discurso decolonial. Firma-se com esse conjunto de potentes artigos que compõe o dossiê uma estaca no tempo e no espaço, cujo desafio coletivo é demarcar a relevância de um movimento amplo que está em curso, que tem como norte os processos de decolonização de museus e patrimônios. Mais do que isso: é um potente condutor que retira as subalternidades da periferia e as empurra para o centro.</p>2024-07-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/27149Entre (des)encontros, controvérsias e inovações2024-12-05T14:35:42+00:00Julia Moraesjulia.moraes.unirio@gmail.comBruna Pinto Monteirobruna.pinto.monteiro@edu.unirio.brCarolina de Oliveira Silvacarolina.silva@edu.unirio.br<p>O artigo pretende discutir sobre a participação social na construção de narrativas nos museus, destacando complexidades, desafios e inovações de exposições de autoridade compartilhada. Primeiramente, aborda transformações no papel dos museus, investigando o conceito de participação social em sua aplicação nesses espaços e experiências e elencando estratificações que evidenciam complexidades, desafios e controvérsias da infiltração dos públicos na construção de representações e narrativas museais multivocais. Num segundo momento, explora e analisa a exposição <em>Îandé: aqui estávamos, aqui estamos</em>, no Museu Histórico Nacional, que contou com participação indígena, em princípio fazendo uma breve abordagem sobre a instituição e, na sequencia, apresentando e analisando (des)encontros, controvérsias e inovações que emergiram dessa experiência e tensionaram as práticas institucionais, impondo novas relações, fluxos e soluções criativas ao museu</p>2024-07-28T23:38:44+00:00Copyright (c) https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/27041Memórias do “sonho desagradável”2024-12-05T14:35:41+00:00Desirree dos Reis Santosdesirsantos@gmail.comElizabete Castro Mendonçadesirsantos@gmail.comMonica Lima e Souzamonicalimaesouza@gmail.com<p>O Rio de Janeiro foi o maior porto escravagista das Américas. Esta afirmativa ganhou maiores proporções a nível local e global, a partir do reconhecimento do Cais do Valongo como Patrimônio Mundial em 2017. Em torno do Valongo, um antigo complexo escravista, diferentes atores sociais vinham exigindo a criação de um museu público, de modo a narrar a presença negra na história do Cais, do Brasil e do mundo atlântico. Este artigo analisa tais demandas por musealização, visando identificar enquadramentos de narrativas de dor e sofrimento associadas a este lugar de memória sensível e utilizados em releituras do passado escravista desenvolvidas por diferentes agentes na cena pública. Para tanto, tem como foco de análise textos publicados em redes sociais virtuais e na imprensa, em janeiro de 2017, acerca da intenção da municipalidade de criar um museu sobre a escravização atlântica. Considera, por fim, que a complexidade da construção de narrativas públicas de dor e sofrimento transita entre o não reconhecimento social da violência política dos crimes da escravidão e do racismo, a dificuldade de suplantar memórias coloniais de desumanização e as lutas políticas históricas pela afirmação de resistências negras.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Musealização; Museu da Escravidão e da Liberdade (MEL), Cais do Valongo.</p>2024-07-28T23:41:06+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26984Memórias do passado fabril e operário da cidade do Rio Grande2024-12-05T14:35:41+00:00Olivia Silva Neryolivianery@gmail.comVanessa Avila Costavanessaavilacosta@hotmail.com<p>A cidade do Rio Grande (RS) ficou conhecida como “cidade das chaminés” em detrimento da sua consolidação como um polo industrial do Rio Grande do Sul. A presença de centenas de fábricas transformou Rio Grande em uma cidade operária. Entretanto, esse passado é constantemente invisibilizado e desvalorizado. Este artigo tem por intuito analisar de que forma o patrimônio industrial é representado nos museus e narrativas patrimoniais oficiais. As análises aqui realizadas são frutos de dois projetos de pesquisa e extensão, que atuam como parceiros em diferentes iniciativas locais. Em termos teóricos, baseamos as análises em uma leitura interdisciplinar do patrimônio industrial, da memória e dos museus. Nossos resultados apontam que os bens relativos ao período colonial e de presença portuguesa são mais valorizados do que os do passado operário, contribuindo para a falta de representatividade da maior parte da população nas narrativas patrimoniais e museológicas.</p>2024-07-28T23:55:51+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26969Decolonialidade e as vozes do Sul Global2024-12-05T14:35:41+00:00Juliana Maria de Siqueiraju.de.siqueira@gmail.com<p>Partindo da constatação da cumplicidade dos museus na construção da colonialidade do ser/do saber, refletimos sobre o papel que desempenham na manutenção do sistema mundo moderno/capitalista e a necessidade de sua revisão. Examinamos sinais da iminente falência do modo de vida ocidental, seu imperialismo e unipolaridade, bem como evidências da emergência de um mundo multipolar, abrindo a possibilidade de constituir-se uma nova ordem mundial entre Estados-civilizações em bases não necessariamente ocidentais. Propomos que, nessa nova ordem, o Brasil possa inserir-se como articulador de vozes do Sul Global, mediante o reconhecimento da civilização afro-pindorâmica que aqui se formou nas confluências históricas e de resistências contra-coloniais. Entendendo ser mais profícuo que a decolonialidade na Museologia se manifeste como compromisso em vez de performance discursiva, compartilhamos algumas ações culturais experimentadas entre 2018 e 2021 no distrito do Campo Grande, Campinas, a fim de colher aprendizagens significativas para repensarmos políticas públicas interculturalizantes.</p>2024-07-28T23:58:29+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26966“Para mim já começa não sendo um objeto, ele vem de um presente de um céu”2024-12-05T14:35:41+00:00Kátia Silene Souza de Britokatyasowza@gmail.comClovis Carvalho Brittoclovisbritto@unb.brDeborah Silva Santosdeborahsantos@unb.br<p>O artigo analisa algumas soluções e dificuldades encontradas na fortuna crítica sobre repatriação e restituição de coleções museológicas, evidenciando como esse debate possui aderência com as epistemologias decolonais. Elege como fio condutor os conceitos de epistemicídio, giro decolonial e ferida colonial visando compreender como esses desafios são ampliados no âmbito da repatriação e restituição digital de coleções. A metodologia da pesquisa é descritiva e exploratória com abordagem qualitativa, privilegiando alguns estudos de caso apontados na revisão de literatura. A hipótese é que a restituição digital consiste em um entre-lugar que tem a potencialidade de ser, ao mesmo tempo, causa e efeito de um giro decolonial, embora ainda enfrente diversos desafios erigidos pelo sistema-mundo moderno/colonial.</p>2024-07-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26942Confluências e coerências do acesso a museus2024-12-05T14:35:40+00:00Carla Grião da Silva Bernardinocarlagriao@alumni.usp.br<p class="western">O artigo apresenta uma análise reflexiva sobre o conceito de acessibilidade em museus a partir de contribuições teóricas de autores de outras áreas como Nego Bispo, Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Françoise Vergès e Bruno Latour. A partir dessas leituras, o texto questiona concepções arraigadas sobre a relação entre ser humano e ambiente, destacando a interconexão entre diferentes formas de conhecimento e experiência. As "cartilhas de orientação de acessibilidade" são aqui criticadas por sua abordagem fragmentada e simplificada que não considera a diversidade de necessidades e experiências dos visitantes. Por fim, são apresentadas duas experiências: a exposição <em>Diálogo no Escuro e a 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível</em>. Ambos os casos demonstram como o acesso sensorial está além de adaptações circunscritas, enfatizando a importância da inclusão, representatividade e ampliação das vivências corporais. O artigo propõe uma reflexão sobre as práticas de acessibilidade nos museus, instigando uma abordagem mais holística e inclusiva que reconheça e celebre a diversidade e interconexão de diferentes formas de conhecimento e experiência humana.</p>2024-07-29T00:09:56+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26784Decolonialidade e Educação nos museus do IBRAM2024-12-05T14:35:41+00:00Karlla Kamylla Passoskamylla.passos@hotmail.com<p>O objetivo do presente artigo é refletir sobre museus e práticas decoloniais a partir da educação. Para isso foi feito um recorte das instituições geridas pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Usarei referências que estudaram os educativos de alguns desses espaços e respostas das educadoras/es do Ibram a um questionário nacional (Anônimo, 2023)<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>. A partir das ponderações realizadas ao longo do texto, veremos uma intenção de reflexo nos museus brasileiros como um todo (Castro, 2013). Também uso outras referências para refletir sobre decolonizar os museus como Ballestrin (2013) e Vergès (2023). Identifiquei precariedade nos educativos dos museus do Instituto, ainda que suas equipes se esforcem para construir relações mais atualizadas com os públicos. Encerro o resumo convidando você a ler e refletir se a decolonização do museu ocidental é possível.</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> O artigo é fruto de um recorte dos dados apresentados em uma tese defendida em 2023.</p>2024-07-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26779Entre Memórias e Resistências: 2024-12-05T14:35:41+00:00Nathalia Vieira Ribeiroribeirovnathalia09@gmail.comCarla Rodrigues Gastaudcrgastaud@gmail.com<p>Este artigo reflete sobre a persistente ausência da descolonização no Museu Municipal Parque da Baronesa, localizado em Pelotas - RS, destacando os processos de disputa que resultaram na não implementação efetiva de projetos que visavam o questionamento da narrativa hegemônica. Tais projetos, embora não representassem uma abolição completa, geraram conflitos que refletem uma pluralidade de narrativas e visões de nação. A posição que prevaleceu nessas disputas tem como consequência a permanência do racismo e do silêncio dentro do museu. Desse modo, o artigo destaca a possibilidade de reinterpretar esses espaços como contra-museus, capazes de desafiar as estruturas de poder que os criaram. Ao refletir sobre essas estruturas e os silenciamentos que perpetuam, o artigo argumenta que as revoluções do crível representam os primeiros passos para uma ruptura e para a descolonização do Museu da Baronesa.</p>2024-07-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26774Os espíritos e as instituições2024-12-05T14:35:40+00:00Bruna Marina Portelabruna.portela@ufpr.brRenata Simone Domitrenata.domit@ufpr.brSady Pereira do Carmo Júniorsady.carmojr@ufpr.brVictor Hugo Oliveira Silvavictor.silva108@ufpr.br<p>Museus são espaços privilegiados para a prática de ações decoloniais e, nesse sentido, os povos indígenas atuam como um dos principais agentes desse movimento. O que se discute nesse artigo é uma ação colaborativa desenvolvida em parceria entre comunidades Avá-Guarani do oeste paranaense, o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal do Paraná(MAE-UFPR) e a Superintendência do IPHAN no Paraná. As questões aqui propostas partem de um evento específico que foi a transferência de uma coleção, chamada Ygá-Miri, composta principalmente por dois fragmentos de canoas guarani, do Museu Paranaense para o MAE-UFPR. Ao longo do artigo são apresentadas as diferentes ações, os desafios, trocas e diálogos necessários para que o traslado fosse bem-sucedido, o que incluiu uma cerimônia xamânica realizada pelos Avá-Guarani. Partindo dessa ação colaborativa, procuramos discutir em que extensão a participação indígena, no caso específico dessa ação no MAE-UFPR, tem o potencial de reconfigurar e de questionar as práticas institucionais dos museus, muitas delas permeadas pela colonialidade.</p>2024-07-29T00:23:39+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26763Repatriação virtual X repatriação física: avanços e limitações na descolonização museal2024-12-05T14:35:40+00:00Karine Costakakalima1@gmail.comKimberly Pireskimterrany@gmail.com<p>A repatriação de bens culturais vem ganhando novos contornos e problemáticas nas últimas décadas. Entre elas, um conceito novo vem sendo atribuído à prática realizada em diversos projetos pelo mundo: as repatriações virtuais. O conceito de repatriação determina a devolução material de algo reivindicado ao seu território ou grupo originário, enquanto as repatriações virtuais são realizadas por meio da criação de produtos virtuais de amplo acesso. Este estudo propõe, a partir de um aporte teórico que entrelaça os campos da Antropologia, História e Museologia, abordar por meio de estudos de caso projetos que atuam como repatriações virtuais, no contexto nacional e internacional. Apontamos para as diferenças entre democratização de acesso por meio de produtos virtuais e os processos de repatriação em sua conceituação teórica e prática, evidenciando a necessidade de repensar a utilização do conceito de “repatriação” na perspectiva virtual.</p>2024-07-29T00:25:19+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26758Bases de uma política municipal de patrimônio museológico na Amazônia Mato-grossense: 2024-12-05T14:35:40+00:00Saulo Augusto de Moraessaulo.augusto.moraes@unemat.brRenato Fonseca de Arrudarenato.fonseca@unemat.brJairo Luís Fleck Falcãojairofalcao@unemat.brKawayp-Katu Kayabirenato.fonseca@unemat.brMarcelo Manhuari Mundurukurenato.fonseca@unemat.brEvanilson Crixi Morimãrenato.fonseca@unemat.brDineva Maria Kayabirenato.fonseca@unemat.brFrancine Suélen Assis Leitesaulo.augusto.moraes@unemat.brMárcio Ferreira Rangelmarciorangel@mast.br<p>Este artigo objetiva apresentar resultados de diálogos e reflexões interculturais e interétnicas a partir da criação, implementação e estruturação do Museu do Vale do Arinos (MuVA) entre os anos de 2015 e 2024, localizado na cidade de Juara, na mesorregião norte de Mato Grosso. Metodologicamente, o desenvolvimento deste estudo se fundamentou nas pesquisas bibliográfica, documental e de campo, considerando os debates que fundamentam a abordagem da pesquisa-ação. Apesar de ser uma instituição recente no contexto das políticas de memória e de preservação do patrimônio cultural nesta região, busca-se promover uma reflexão sobre como esse museu se configura inovador quando se trata de gestão museal compartilhada, haja vista que desde a fundação conta com a participação direta de povos indígenas e membros da sociedade civil, alcançando hoje a integração dos povos Apiaká, Munduruku, Rikbaktsa e Kayabi. A partir da musealização e ocupação da instituição sob um novo modelo de organização institucional, o museu vem promovendo a valorização e promoção das referências culturais dos diferentes povos dessa região, pautada principalmente na busca pela ruptura com os modelos de museus públicos que possuem acervos de diversos povos indígenas. Esse movimento tem-se demonstrado desafiador devido as tensões e disputas em torno das memórias, do compartilhamento e ocupação dos espaços de tomada de decisão, bem como mediante aos acervos expostos e narrativas apresentadas no contexto da diversidade cultural local e regional. </p>2024-07-29T00:43:03+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26746Patrimônio cultural e decolonialidade2024-12-05T14:35:40+00:00Adson Rodrigo Pinheiroadson.rodrigo@gmail.comJanaildo Soares de Sousajanaildo18@hotmail.com<p>A relação entre patrimônio cultural e decolonialidade tem aparecido como tema nas discussões acadêmicas e práticas contemporâneas no sentido de pensar bens culturais representativos e que as populações se identifiquem e se apropriem de acordo com suas realidades. Este artigo discute de forma teórica a relevância da decolonialidade como uma ferramenta para questionar e transformar os quadros teóricos, metodológicos e práticas no campo do patrimônio cultural. Destaca-se que a decolonialidade não é apenas um estado a ser reivindicado por movimentos isolados, mas sim uma interrogação contínua que deve ser incorporada em todos os aspectos da profissão de patrimônio. Através da análise da "matriz patrimonial de poder", é evidenciado como as noções convencionais de preservação e gestão do patrimônio frequentemente perpetuam dinâmicas que refletem as persistências coloniais em termos de estruturas de poder.</p>2024-07-29T00:45:16+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26676Para decolonizar os museus: desafios e possibilidades2024-12-05T14:35:40+00:00Roberta Madeira de Meloroberta91melo@gmail.comElza Viera da Rosaelzavrosa@gmail.comZita Rosane Possamaizitapossamai@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Trata-se de uma reflexão crítica que problematiza a decolonização dos museus através da análise de algumas práticas decoloniais em curso no Brasil. Dentre estas iniciativas, este artigo destaca o Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre como uma experiência concebida na perspectiva decolonial e antirracista. Compreende-se que os projetos que buscam a decolonização dos museus, mesmo passíveis a equívocos, potencializam a agência dos espaços museais no âmbito da valorização patrimonial, cultural e histórica de grupos que, historicamente, foram negligenciados por estas instituições.</span></p>2024-07-29T00:48:43+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26618Sociomuseologia: perspectivas de uma disciplina pretensamente decolonial2024-12-05T14:35:40+00:00Atila Tolentinoatilabt@gmail.com<p>Este trabalho tem como foco refletir sobre a concepção da Sociomuseologia como uma disciplina decolonial como propõem os pesquisadores Judite Primo e Mário Moutinho (2020, 2021), da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia. Com embasamento em autores e autoras das teorias críticas decoloniais, como também em pensadores ligados às ciências sociais, Primo e Moutinho advogam que a Sociomuseologia é uma Escola de Pensamento decolonial pautada na pedagogia decolonial”, inspirada em Catherine Walsh, e numa “pedagogia da libertação”, calcada no pensamento de Paulo Freire, bem como é uma disciplina que reconhece o papel e a voz de grupos historicamente subalternizados ou marginalizados. Neste artigo, o debate é retomado de modo a repensar a Sociomuseologia à luz da realidade brasileira, contribuindo para que a disciplina se engaje, ainda mais, em seu posicionamento ético e político com a decolonialidade como uma utopia emancipatória (VERGÈS, 2023). Defende-se que, no Brasil, a Sociomuseologia se conforma a partir das redes difusas de museologia social e comunitária, como também a partir dos processos participativos de construção de políticas públicas para o campo dos museus. E ainda temos como desafio o enfrentamento aos nossos colonialismos internos no campo da Museologia.</p>2024-07-29T00:51:28+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26562Arqueología de los desahucios en las colecciones del Museo Histórico Nacional, Río de Janeiro/Brasil:2024-12-05T14:35:40+00:00alejandra saladinoalejandrasaladino@gmail.com<p>O Rio de Janeiro é um palimpsesto a partir do qual a Arqueologia e a Museologia comunicam fragmentos dos processos de renovação urbana. Se articuladas, essas disciplinas contribuem para a criação e comunicação de narrativas sobre a relação entre memória e espaço. No Museu Histórico Nacional são observados os processos de musealização da materialidade relacionados a episódios que moldaram a paisagem: o desmantelamento do Monte del Castilo e o despejo da Villa Autódromo. Questionando-nos sobre as possibilidades de tornar visível a dimensão arqueológica destes contextos, refletimos sobre o papel e o contributo da Arqueologia para a musealização das transformações urbanas a partir de acervos museológicos. A análise dos processos curatoriais e da composição narrativa da exposição permanente aponta um conjunto de desafios para que o potencial interpretativo da Arqueologia seja explorado na construção de narrativas museais.</p>2024-07-29T01:03:19+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26383Canoa de um Pau Só, Patrimônio Cultural do Pantanal2024-12-05T14:35:40+00:00Luciano Pereira da Silva lucianopatrimoniomt@gmail.comManuela Areias Costamanuela.costa@uems.br<p>Propomos reflexões sobre a relação entre meio ambiente, território e patrimônio cultural de povos indígenas e pescadores tradicionais do Pantanal brasileiro, por meio da análise do modo de fazer a “canoa de um pau só”. A compreensão dessa relação intrínseca será fundamental para refletir sobre a salvaguarda desse bem cultural e o processo de musealização. A “canoa de um pau só” é o símbolo maior da pesca tradicional, agregando saberes e fazeres representados em diversos objetos e técnicas. Esse tipo de canoa apresenta-se como alternativa para a pesca dentro da mata em período de cheias do Pantanal, e vincula sua produção e uso à crise climática. A embarcação é o principal meio de transporte para os Guató, retratados em fontes escritas como os “índios canoeiros” do Pantanal, e objeto de desejo para pescadores artesanais. Em termos metodológicos, o levantamento sobre a “canoa de um pau só” tomou como base os dados coletados em entrevistas com detentores do saber e o termo de doação de um exemplar desse bem, da Colônia Z-2 de pescadores para o “Museu Histórico Municipal de Cáceres, Emilia Darci de Souza Cuyabano”.</p>2024-07-29T01:10:39+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26335Das ruínas à ressignificação2024-12-05T14:35:40+00:00André Fabrício Silvaandrefabricio.sil@gmail.com<p>O rompimento da barragem do fundão ocorrido no ano de 2015 arrasou o subdistrito de Bento Rodrigues em apenas 15 minutos. No instante da destruição, uma diversidade de objetos afetivos materiais ficara para trás, soterrados na lama, enquanto os moradores lutavam por suas vidas. Meses após o evento, retornaram as ruínas de Bento Rodrigues e, nesse processo, conseguiram resgatar alguns objetos os quais tornaram-se referências emotivas de rememoração da territorialidade. Diante dessa problemática, buscamos propor neste trabalho uma análise desses objetos na perspectiva da musealidade e das emoções patrimoniais, compreendendo-os a partir das suas propriedades e qualidades comunicacionais. Destaca-se os aspectos das emoções patrimoniais direcionados as práticas de atribuição de valor ao objeto patrimonial. A emoção sentida pelas vítimas representou a agregação de distintas qualificações aos objetos, transpassando o seu valor de uso. A lama os transformou em múltiplos testemunhos, atravessados pelo trauma, estruturando-se como objetos únicos relevadores de outras memórias, de identidades construídas na vivência do território destruído.</p>2024-07-29T01:14:38+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26713Colonialidades e decolonialidades no Museu do Ipiranga2024-12-05T14:35:39+00:00Lucia Santa-Cruzlucia.santacruz@espm.brPriscila F. Perazzoprisperazzo2@gmail.com<p> </p> <p><span class="Apple-converted-space"> </span>A interseção entre decolonialidade e museus tem ganhado destaque nas discussões sobre representação e identidade cultural. Este estudo parte da análise crítica de Françoise Vergès sobre museus coloniais, para examinar a reabertura do Museu do Ipiranga durante o Bicentenário da Independência do Brasil. Analisa-se como o museu lidou com a renovação e as novas propostas expográficas em meio a narrativas decoloniais emergentes. Ao investigar o papel do museu na formação da memória histórica e da identidade nacional, pretende-se provocar reflexões críticas sobre o potencial de decolonização das narrativas museográficas do Museu do Ipiranga. Por meio de uma abordagem metodológica que combina análise documental e trabalho de campo, este estudo se soma aos debates sobre descolonização das narrativas históricas dentro dos espaços museológicos, ecoando o apelo de Vergès para desafiar os fundamentos ideológicos dos museus na formação e mediação da história.<span class="Apple-converted-space"> </span></p>2024-07-29T01:19:14+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26653O Núcleo pioneiro de Brasília e suas presenças invisibilizadas2024-12-05T14:35:39+00:00Artani Pedrosaartani@discente.ufg.br<p><span style="font-weight: 400;">Os museus-casa exploram a memória coletiva e individual, para fazer as conexões entre passado e presente, habitante e visitante, almejando um espaço de diálogo por meio de narrativas expográficas. Utilizando o Museu do Catetinho como exemplo, são exploradas teorias de Nora, Pollak e Halbwachs, para contextualizar a memória em patrimônios musealizados. A análise se aprofunda na definição de museus-casa e nos elementos distintivos do Museu do Catetinho, destacando o papel das narrativas na perspectiva da memória coletiva, com ênfase na exposição "Catetinho, a flama inspiradora". A curadoria dessa exposição buscou incluir uma variedade de personagens, indo além dos "notáveis", conceito de Vergès, para abranger mulheres e trabalhadores envolvidos na construção de Brasília. Considerando a dimensão política dos museus, entendemos que o silenciamento de certas vozes não significa sua inexistência, e que são influenciadas pela hegemonia das classes dominantes na preservação do patrimônio histórico.</span></p>2024-07-29T01:22:27+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26379O narrador benjaminiano presente nas memórias dos(as) trabalhadores(as) rurais em Araruna-PR2024-12-05T14:35:41+00:00Gabriel Henrique de Souzagabrielhenriquedesouza21@hotmail.comCyntia Simioni Françacyntiasimioni@yahoo.com.br<p>Este artigo destaca nossa pesquisa na qual investigamos as práticas socioculturais dos trabalhadores rurais em Araruna-PR. Inspirados pelo filósofo, ensaísta e literato Walter Benjamin, buscamos compreender o município através das lentes dos trabalhadores, no qual realizamos encontros com os trabalhadores rurais denominados "cultivos", promovendo uma abordagem dialógica com as memórias. O filósofo Walter Benjamin inspirou a pesquisa para pensar o narrador benjaminiano nas experiências dos trabalhadores rurais: o camponês sedentário. Destacamos a resistência desses narradores em meio ao declínio da experiência narrativa com o avanço da modernidade capitalista (BENJAMIN, 1985). O aporte teórico-metodológico de memórias de Benjamin foi expresso em narrativas orais com os trabalhadores ruais e materializado em mônadas. A pesquisa propõe uma abordagem participativa e interativa durante o modo de produção de conhecimento histórico.</p>2024-07-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26740Representação e Inclusão das Travestis nos Espaços Museológicos2024-12-05T14:35:39+00:00Sol Alvessol.alves.067@ufrn.edu.brLisabete Coradinilisabete.coradini@ufrn.br<p>Este artigo aborda a ausência e a necessidade de representação das travestis nos espaços museológicos, destacando a importância de uma abordagem inclusiva e sensível para superar essa lacuna. Inserido no contexto da museologia social e dos estudos pós-coloniais, o texto propõe reflexões sobre como os museus podem desafiar hierarquias de poder históricas e promover uma narrativa mais diversa e representativa. Destaca-se o papel crucial da memória social das travestis como forma de resistência e afirmação de identidade, bem como a necessidade de reconhecimento e preservação de suas histórias e culturas. Por meio de exemplos como o Museu Transgênero de História e Arte (MUTHA) e Arquivo de Memória Trans Argentina (ATM), o artigo enfatiza a importância de dar voz às comunidades travestis e confrontar as injustiças históricas dentro dos espaços museológicos. Conclui-se que uma abordagem contextualizada e sensível é essencial para uma representação autêntica e inclusiva da memória social das travestis nos museus.</p>2024-07-29T01:29:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26380Memória e identidade nos sistemas de manejo e de produção do município de Maricá - Rj2024-12-05T14:35:39+00:00André Räbelandreraebel2@hotmail.comRichieri Antonio Sartorichesesartori@yahoo.com.brLuiz Henrique Chad Pellonluiz.pellon@unirio.br<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo fará uma análise das transformações históricas recentes, que aconteceram no município de Maricá, localizado no estado do Rio de Janeiro, no âmbito dos sistemas de produção rural e do manejo dos recursos naturais. Tais mudanças, caracterizadas pela expansão urbana, a partir da década de 50, impactaram sobre as comunidades rurais do município, que sofreram, através do declínio da produção rural, uma desterritorialização. O artigo analisa este impacto, sobre a identidade e a memória da população rural e sobre a paisagem. Serão apresentados relatos coletados em campo e, a partir da contextualização histórica, será feita uma ponte com conceitos teóricos analisados através de uma discussão filosófica, como a memória, identidade e as suas relações com o trabalho, os processos produtivos e a paisagem. A partir da contextualização histórica e da discussão teórica sobre os conceitos filosóficos ligados às transformações históricas ocorridas no município, serão apresentadas as considerações finais.</span></p>2024-07-29T01:31:31+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/25450Centros de Documentação: Patrimônio, Memória, História e Construção de Identidades2024-12-05T14:35:39+00:00José Antonio Moraes do Nascimentojosenasc@unisc.br<p>O Centro de Documentação da Unisc (CEDOC) tem a pretensão de contribuir com a construção da identidade e da história regional do Vale do Rio Pardo, via preservação de um patrimônio, que é seu acervo documental. Os centros de documentação são arquivos surgidos em universidades com a finalidade de organizar, preservar e divulgar um acervo cultural que reuniram para servir de apoio às suas pesquisas. Com esse intuito, os centros de documentação são patrimônios que possibilitam problematizar memórias, escrever histórias e construir identidades regionais. Dessa forma, o presente texto pretende apresentar o CEDOC e sua contribuição para o conhecimento dessa região.</p>2024-07-29T01:32:57+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26301Diagnóstico situacional como subsídio para o plano museológico da Casa de Memória Edmundo Cardoso - CMEC2024-12-05T14:35:39+00:00Marta Rosa Borinmarta.borin@ufsm.brJovana Souza de Oliveirajovana.oliveira@acad.ufsm.br<p>A presente produção está relacionada a pesquisa de Mestrado do curso de Pós-graduação Profissionalizante em Patrimônio Cultural, da Universidade Federal de<br>Santa Maria - UFSM, e traz uma abordagem das áreas de História, Patrimônio e Memória, evidenciando a importância em se manter e preservar museus como<br>importantes espaços de memória, sejam as memórias coletivas ou individuais. Tem-se como exemplo, a Casa de Memória Edmundo Cardoso, sendo a mesma objeto<br>de pesquisa do referido trabalho no qual tem-se como foco realizar a elaboração Diagnóstico Situacional como Subsidio para o Plano Museológico da Casa de<br>Memória Edmundo Cardoso – CMEC.</p>2024-07-29T01:35:35+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/25601Museus do Seridó Potiguar: possibilidades de Apropriação pelo Turismo Cultural2024-12-05T14:35:41+00:00Eduardo Cristiano Hass da Silvaeduardohass.he@gmail.comMaria Edicleide da Silva Pereiracleidepereirasilva22@gmail.com<p>O artigo apresentado tem o objetivo de identificar possibilidades de apropriação dos museus da Região do Seridó potiguar pelo Turismo Cultural. Para atender ao objetivo geral, foram mobilizados como objetivos específicos: realizar o levantamento e a sistematização dos museus presentes na Região do Seridó potiguar; construir um quadro informativo sobre os museus, a partir de um questionário aplicado às gestoras e gestores e; identificar possibilidades de apropriação dos museus a partir de atividades do turismo cultural. A pesquisa tem caráter interdisciplinar, articulando História Cultural, Turismo Cultural e Museologia, articulados a partir dos estudos sobre patrimônio cultural, museus e cidades. Os resultados são parciais, mas já evidenciam a possibilidade de articulação dos museus na construção de roteiros culturais tanto para turistas quanto para visitantes.</p>2024-07-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/26747O Aspecto pitoresco das ruínas: o caso da Igreja de Piria, Piriápolis/UY2024-12-05T14:35:41+00:00Marcela da Rosa Diasmarcelar.dias@outlook.comLarissa Mörschbächerlarissa.morschbacher@gmail.comAline Montagna da Silveiraalinemontagna@yahoo.com.br<p>Ruína é um estado de degradação que acomete edificações e evoca, sob um aspecto simbólico, ideias sobre a fragilidade das criações humanas diante da ação do tempo. John Ruskin, em seus estudos, aponta para o aspecto pitoresco encontrado nas ruínas, formado por características sublimes ocasionadas pela ação do tempo sobre as edificações. O ensaio apresenta um recorte do levantamento fotográfico realizado durante uma pesquisa acadêmica, que teve como objeto de estudo as ruínas da Igreja de Piria, localizada na cidade de Piriápolis, no Uruguai. O enfoque deste ensaio são as imagens que refletem os elementos pitorescos encontrados na edificação em estado de arruinamento.</p> <p>Palavras-chave: Patrimônio Cultural; Ruína; Piriápolis/UY;</p>2024-07-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Redehttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/27358 Análise crítica do museu universal2024-12-05T14:35:40+00:00Eliana Delgado Gonzálezeldelgadogo@gmail.com<p style="line-height: 150%; text-indent: 1.27cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify">Françoise Vergès, autora de “<em>Decolonizar o Museu – Programa de desordem absoluta” </em>(2023), é uma cientista política francesa, ativista, organizadora de exposições e oficinas em diversos museus e especialista em estudos pós-coloniais. Em sua obra, Vergès discute os problemas, falhas e contradições da noção de “museu universal”. Para a autora, o museu universal é o local de encenação da grandeza do Estado-Nação, um verdadeiro campo de “batalha ideológica com cujo auxílio os que lucram com as guerras retocam sua reputação e normalizam sua violência” (VERGÈS, 2023, p. 24).</p> <p style="line-height: 150%; text-indent: 1.27cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"> </p>2024-07-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Memória em Rede