Revista Memória em Rede
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<p>A revista Memória em Rede é um periódico eletrônico que publica trabalhos inéditos que versem sobre os temas processos de patrimonialização, políticas públicas para o patrimônio, patrimônio material e imaterial, estudos em memória social, estudos sobre memória e identidade ou ainda tratem da organização de acervos, sua conservação e restauro, recuperação e acessibilidade para pesquisa e outros temas relacionados.</p> <p><strong>Qualis:</strong> A2</p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN:</strong> 2177-4129</span></p> <p><object id="1939290a-18c8-bb9e-fb99-6b8419adbcb9" type="application/gas-events-abn" width="0" height="0"></object></p> <p> </p>Universidade Federal de Pelotaspt-BRRevista Memória em Rede2177-4129A revista se reserva o direito de efetuar nos originais alterações de ordem normativa,ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando,porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores.O Conselho Editorial não se responsabiliza por opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos publicados. Os trabalhos aceitos para publicação passam a ser de propriedade da Revista Memória em Rede, não podendo, o autor, reclamar, em qualquer época ou sob qualquer pretexto,remuneração ou indenização pela publicação. A reimpressão, total ou parcial, dos trabalhos publicados é sujeita à autorização expressa do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural.OBS. Cabe(m) ao(s) autor(es) as devidas autorizações de uso de imagens com direito autoral protegido (Lei nº 9610, de 19 de fevereiro de 1998), que se realizará com o aceite no ato do preenchimento da ficha de inscrição via web.Dossiê Memórias Adormecidas: Traumas, Silêncios e Apagamentos
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Inês Virgínia P. SoaresJosé Ricardo Oriá Fernandes
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2023-07-152023-07-15152914Museologia de memórias traumáticas: a experiência brasileira e as memórias da ditadura
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<p> </p> <p>A preservação das memórias traumáticas da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985) tem suas primeiras ações ainda durante o período repressivo, com mobilizações de preservação de documentos, como o projeto Brasil Nunca Mais. Mas foi na democracia que as iniciativas de memorialização e patrimonialização ocuparam as vias públicas e foram paulatinamente sendo ressignificadas. Nesse processo, observa-se uma demanda crescente da contribuição da Museologia brasileira em benefício da ampliação do uso do passado dessas memórias traumáticas no presente. Sob esse prisma, a partir da análise da produção do conhecimento acadêmico brasileiro elaborado no campo da Museologia e de áreas congêneres, entre os anos 2014 e 2020, e de um mapeamento dos sítios de Memória e Consciência no Brasil dedicados à Ditadura, propõe-se a discussão sobre uma nova vertente de estudos museológicos: a Museologia de memórias traumáticas.</p>Ana Paula BritoLetícia Julião
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2023-07-152023-07-15152953110.15210/rmr.v15i29.24880Ecos de um colonialismo em chamas: a iconoclastia antirracista em disputa pela memória
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<p>Buscamos apresentar uma reflexão acerca da iconoclastia antirracista das consequências trazidas pelo ativismo para os estudos e práticas patrimoniais. Situamos a discussão numa dimensão iconográfica. O título deste artigo traz por um lado a referência ao incêndio da figura colonial brasileira Borba Gato, ao mesmo tempo que evoca as discussões de Georges Didi-Huberman sobre as imagens que queimam, rasgam e nos afetam profundamente. Temos também o eco, enquanto parte das memórias dentro das imagens, e igualmente como metáfora para os limites deste movimento social. Acreditamos e argumentamos a fim de demonstrar que se trata de uma tomada do patrimônio pela sociedade cível, sua reação às imagens violentas do genocídio e da colonização, mais que a queima de uma materialidade, trata-se de despertar no povo o que Frantz Fanon chamou de <em>dite de combat</em>,que nos faz ver a história colonial mais claramente pondo-a <em>em chamas</em>.</p> Nathan dos Santos Alves
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2023-07-152023-07-151529325110.15210/rmr.v15i29.24882O “silêncio” dos erveiros: patrimônio cultural e turismo no mercado Ver-o-Peso/Pa
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<p>Este estudo versa sobre os erveiros do Mercado Ver-o-Peso, em Belém/PA, que dominam o saber das ervas,produzindo os produtos para cura dos males do corpo e da alma. Entretanto, o ofício das ervas tem seu valor enquanto alteridade local subjulgada, ao ser esse ofício representado como atrativo exótico autêntico, palatável ao fluxo turístico, visitado como uma vitrine do Ver-o-Peso, enquanto cartão postal. Portanto, este trabalho visa a rastrear a memória oral dos erveiros, bem como seus desdobramentos enquanto legado de resistência ao discurso hegemônico patrimonial e turístico do mercado. Metodologicamente, a pesquisa foi realizada antes e pós pandemia. Na primeira fase foi realizada análise qualitativa da natureza da arte dos erveiros, enquanto na segunda foi realizado um estudo etnográfico, concatenado com a história oral. Entre os resultados, foi possível discutir uma proposta alternativa de patrimônio, germinada pelos constructos antropológicos, em que o olhar dos erveiros enquanto “outros” é trazido para o centro do debate. </p>Khalla Ribeiro TupinambáMaria Lúcia Bastos Alves Josenildo Campos Brussio
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2023-07-162023-07-161529528110.15210/rmr.v15i29.24883Cais do Valongo: a luta antirracista pela memória da escravidão afro-atlântica
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<p>O artigo discute o tratamento patrimonial conferido atualmente ao Cais do Valongo, sítio arqueológico reconhecido como patrimônio mundial pela Unesco, em 2017, por constituir a mais importante evidência física associada à chegada de africanos escravizados no continente americano. O artigo considera o monumento como lugar de memória difícil, e analisa o estágio atual do problema à luz das ideias sobre os usos da memória e do esquecimento coletivos desenvolvidas pelo filósofo francês Paul Ricœur.</p>Sergio Gardenghi Suiama
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2023-07-162023-07-1615298210310.15210/rmr.v15i29.24884Disputa pelo passado e “efeito bumerangue”: um estudo sobre o ex-centro clandestino de detenção Dopinha (Porto Alegre, 1960-...)
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<p>Este artigo reflete sobre a construção da memória social da ditadura civil-militar brasileira e as possibilidades de ensino e aprendizado a partir de iniciativas de reconhecimento de espaços que materializam determinados relatos sobre o período, notadamente as cartografias de memória. Analisa-se não somente as dinâmicas entre a lembrança e o esquecimento que permeiam as intencionalidades de diferentes agentes, mas também as formas de representação desse passado e para o ensino de história em espaços não-formais. O caso escolhido para estudo são as batalhas memoriais a respeito do centro clandestino de detenção Dopinha, localizado em Porto Alegre, Brasil, e sua definição como um dos pontos que compõem o projeto Caminhos da Ditadura em Porto Alegre. Argumenta-se que as disputas sobre a narrativa da ditadura são permanentes, e que iniciativas como o Caminhos contribuem na consolidação de direitos e na reparação histórica ao explicitar o potencial educativo das cidades.</p> <p> </p> <p><strong> </strong></p>Anita Natividade CarneiroCaroline Silveira Bauer
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2023-07-162023-07-16152910412910.15210/rmr.v15i29.24885O tambor de sopapo e a ressignificação de memórias traumáticas
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<p>O tambor de sopapo é um instrumento de grandes dimensões, feito originalmente com tronco de árvore e couro, cuja origem é associada às charqueadas. Este artigo aborda o seu papel na cultura, memória e identidade da comunidade afro-sul-riograndense, percorrendo sua trajetória, desde suas origens até a contemporaneidade. A discussão aponta o sopapo como um dos elos que conecta a herança africana, as memórias traumáticas do período da escravidão e o contexto cultural contemporâneo. Nesse caminho, o risco de esquecimento se revela como potência na promoção de uma reinvenção e reinserção do tambor como elemento identitário, em diferentes situações e lugares. As conclusões indicam que a memória e a identidade associadas ao sopapo parecem se metaforizar na intensidade e duração do seu som grave, ou seja, na sua capacidade de resistência e reinvenção em cada contexto, conectando gerações.</p>Fernanda Tomiello Maurício Couto Polidori Miguel Delanoy Polidori
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2023-07-162023-07-16152913015310.15210/rmr.v15i29.24886Museus contracoloniais e patrimônios cosmológicos no Antropoceno
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<p>O artigo<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> propõe uma reflexão sobre o papel político das práticas museais e patrimoniais em tempos de catástrofes ecológicas planetárias. Ao considerar que essas transformações biogeofísicas estão intimamente relacionadas ao colonialismo, o artigo defende a construção de museus contracoloniais colaborativos como forma de potencializar redes de resistência ecológica. O artigo também considera que os saberes ecológicos tradicionais de povos ameríndios e afrodiaspóricos conformam “patrimônios cosmológicos”, ligados a temporalidades e territorialidades contracoloniais, também chamando a atenção para o cuidado necessário para que essas heranças não sejam mais uma vez apropriadas por práticas coloniais. A viabilidade de uma prática patrimonial e museal contracolonial é demonstrada a partir do projeto Museus das Rexistências, que tem se dedicado a pensar e construir museus colaborativos e sustentáveis a partir de uma perspectiva contracolonial.</p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> Walter Francisco Figueiredo Lowande
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2023-07-162023-07-16152915417410.15210/rmr.v15i29.24887A Cápsula do Tempo do Museu Nacional/UFRJ: uma iniciativa para a preservação da memória acadêmica, cultural e científica
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/24888
<p>Este artigo tem como objetivo problematizar a iniciativa de uma instituição museológica bicentenária – o Museu Nacional, em relação à idealização e confecção de sua Primeira Cápsula do Tempo. O Museu Nacional sofreu um incêndio de fortes proporções em 02 de setembro de 2018. Posteriormente, foi dado início a um processo de ações para a reconstrução de sua edificação, a recomposição de seu acervo e a reestruturação acadêmico-científica. Motivados pelo momento das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, elaborou-se uma Cápsula do Tempo que merece ser registrada (com apresentação de seu processo de constituição e seu conteúdo). A Cápsula representa a preocupação com a preservação das principais ações realizadas pela instituição, assim como os sentimentos e expectativas das instituições parceiras e dos incentivadores, trazendo suas reflexões para o futuro, com base na experiência do passado. As ações objetivaram salvaguardar a memória acadêmica, cultural e científica do Museu Nacional/UFRJ.</p>Maria Gabriela Evangelista Soares da SilvaMariáh dos Santos MartinsRegina Maria Macedo Costa DantasAlexander Wilhelm Armin Kellner
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2023-07-162023-07-16152917520610.15210/rmr.v15i29.24888Tempo, variação e esquecimento: seis operações da ética da memória
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<p>Este artigo aborda a memória desde uma perspectiva trágica que a afirma enquanto um devir em constante transformação. Na sua relação indissociável e paradoxal com o esquecimento, busca-se visibilizar a possibilidade de metabolização do vivido e de incorporação das formas constantemente devolvidas às forças de criação e destruição inerentes às paisagens de dois vilarejos atravessados pela ferrovia: São Salvador e Paranapiacaba. Seis operações distintas acompanham o percurso de um pensamento debruçado sobre imagens e intensidades que se aglutinam em camadas: o tempo não é compreendido mais em estágios, mas em estratos que podem ser escavados e reunidos de modo fragmentário. São elas: a evaporação, a decomposição, a oxidação, a preservação, a digestão e a decomposição. Não existem homogeneidades e generalizações: cada qual enseja a sua própria travessia num ritmo dessemelhante e assimétrico, assim como cada qual estabelece as suas alianças, rizomas e desvios no encontro com as sobrevivências e suas metamorfoses.</p>Brida Emanoele Spohn CezarLuis Artur Costa
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2023-07-162023-07-16152920722710.15210/rmr.v15i29.24271Vivências e memórias, poéticas de afetos [re]experienciadas em referência aos fenômenos paisagísticos de Carmo do Rio Claro - Minas Gerais
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<p>O presente artigo é um exercício de cruzamentos poéticos-artísticos-geográfico. Desse modo, a problemática proposta para essa prática direciona-se à compreensão de fenômenos paisagísticos vivenciados na cidade de Carmo do Rio Claro-MG, através de experiências de mundo encarnadas em obras de arte. Como objeto de reflexão e fundamentação teórica-metodológica, propõe-se o recorte de caminhos-questionamentos-proposições traçados pela geografia humanista em diálogo com a arte e a fenomenologia, cujo interesse de discussão, sobressai sobre as categorias espaciais de paisagem e lugar. Nesse direcionamento, o presente trabalho não se trata de um exercício poético focado num ‘produto final’, de um objeto fixo, mas de um exercício processual e relacional que se converge numa proposta metodológica de articulação da paisagem como um modo de ver e sentir e, que fundamenta <em>uma ontologia geográfica</em> de Carmo do Rio Claro no entrecruzamento da vida e a criação artística.</p>Fábio MartinsAlmir Nabozny
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2023-07-162023-07-16152922825510.15210/rmr.v15i29.24476Reflexiones para la construcción del discurso de patrimonialización desde la interculturalidad
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<p>Partiendo de las prácticas patrimoniales en Brasil y Venezuela, el presente escrito asume como intencionalidad, abordar críticamente, la construcción discursiva de los objetos, colecciones y expresiones inmateriales, estudiadas por los investigadores culturales, procurando honrar la interculturalidad como fenómeno sociocultural de los pueblos, a fin de ofrecer posibles vías de solución que contribuyan a la integración en total horizontalidad de la institucionalidad del Estado, la academia y todos los grupos sociales que conforman los públicos como consumidores finales. Por tal razón, se realizó un trabajo de campo, declarado onto-epistemológicamente desde los postulados del paradigma socio-construccionista, además se desarrolló un abordaje etnográfico, fundamentado en entrevistas a profesionales del área, las cuales fueron analizadas hermenéuticamente y complejizadas con autores de gran trayectoria que estudian las políticas de patrimonialización, musealización, dignificación, salvaguarda y proyección de bienes y manifestaciones de interés público, como: Prats (1998), (2005), Poulot (2006), Brulon (2018) y García Canclini (2021).</p>Henry Rafael Vallejo InfanteRonaldo Bernardino Colvero
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2023-07-162023-07-16152925628610.15210/rmr.v15i29.24891Inventário de bens culturais e a revisão do plano diretor: as contribuições de um processo participativo em Rio das Ostras- RJ
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<p>Neste artigo relatamos a experiência de um processo participativo no campo dacultura ocorrido em 2019,em Rio das Ostras, município da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro. O inventário de bens culturais se mostrou uma ferramenta estratégica para promover inclusão e transformação social aos vários grupos envolvidos. Tal processocontribui para a legitimidade da revisãodo Plano Diretor local. Nesta jornada, jovens graduandos se tornaram protagonistas aoestimular a participação de outros cidadãos dasociedade civilnas questões das políticas públicas de gestão do território na esfera da governança municipal. As mediações promovidas pela setorial de Memória e Patrimônio, do Conselho Municipal de Cultura e pela Universidade Federal Fluminense, Campus Rio das Ostras, foram seminais para descobertas e apropriação deste território.</p>Adriana RussiRita de AlmeidaVerônica AlvesMonique Abrantes
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2023-07-162023-07-16152928730810.15210/rmr.v15i29.24075O tempo como mecanismo da colonialidade: uma análise crítica do direito de consulta prévia, da justiça de transição e da tese do marco temporal à luz da temporalidade indígena
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/Memoria/article/view/24889
<p class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; background: #ffffff;" align="justify"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;">Este ensaio analisa como o uso do tempo tem sido um mecanismo de violação dos direitos dos povos indígenas, desde a colonização até os dias atuais. Destaca a diferença na concepção de tempo entre os indígenas, que o veem como cíclico e interconectado com a ancestralidade e a natureza, e a compreensão ocidental linear do tempo, influenciada pelo pensamento grego e por Santo Agostinho. O eurocentrismo e o colonialismo estabeleceram a ideia de uma temporalidade única, progressista e eurocêntrica, posteriormente relativizada por Einstein. A colonialidade persiste ao desrespeitar as temporalidades indígenas nos dias de hoje, como nos projetos de infraestrutura, na consulta prévia, no reconhecimento de direitos territoriais, na justiça de transição e na reparação por violações passadas. Por fim, o julgamento da tese do marco temporal pelo Supremo Tribunal Federal também é abordado como um exemplo do uso do tempo para negar os direitos indígenas.</span></span></p>Natália Albuquerque DINOMaíra PANKARARULarissa Carvalho FURTADO
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2023-07-162023-07-16152930934510.15210/rmr.v15i29.24889A importância dos trabalhos de memória em Os amnésicos, de Géraldine Schwarz
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<p class="western" style="line-height: 150%; text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;">Escrito em um momento de avanço da extrema direita na Europa, </span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Os amnésicos – História de uma família europeia</em></span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;"> (</span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Les amnésiques</em></span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;">, no original), de autoria de Géraldine Schwarz foi originalmente publicado na França em 2017 pela </span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Éditions Flammarion</em></span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;"> e no Brasil em 2021 pela Editora Ayiné, com tradução de Ana Martini. Entre 2018 e 2021, o livro recebeu seis prêmios, entre eles o </span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Prix du Livre Européen –</em></span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;"> que objetiva promover os valores europeus e contribuir com a difusão do “espírito europeu” como uma entidade cultural entre os cidadãos do continente </span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>– </em></span></span><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;">na categoria “romances e narrativas”.</span></span></p>Deborah NEVES
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2023-07-162023-07-16152934635710.15210/rmr.v15i29.24890Quem somos? De onde viemos? A que mundo visamos?O Movimento LGBTI+ em xeque
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<p class="western" style="line-height: 150%; text-indent: 1.25cm; margin-bottom: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: medium;">O que é um livro? Se consultarmos o dicionário, encontraremos como significado, de modo bem geral, um conjunto de folhas de papel, coladas ou costuradas e cobertas por uma capa. Ele se distingue pelo gênero, pelo formato, pela edição. Mas, se perguntássemos como um livro pode funcionar, as respostas seriam as mais diversas, tamanha a subjetividade que enseja o questionamento. Particularmente, penso que um livro pode ser, a depender de algumas variáveis, um portal. </span></span></p>Paulo Souto MAIOR
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2023-07-162023-07-16152935836410.15210/rmr.v15i29.24893Resenha: O Patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil.
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<p>Este texto busca retomar e conhecer a trajetória da proteção e da preservação do patrimônio no Brasil. Algo que se reveste de ainda mais importância na atualidade, principalmente diante dos atos de vandalização e de terrorismo contra o patrimônio perpetrados por radicais de extrema direita, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. Diante desse cenário se torna urgente e oportuno aprofundar a reflexão a respeito desse tema.</p><p>Dito isso, justifico o interesse em realizar uma resenha da obra <em>O Patrimônio em processo: Trajetória da Política Federal de Preservação no Brasil</em>, de Maria Cecília Londres Fonseca que é uma espécie de manual sobre a trajetória da proteção e da preservação do patrimônio no Brasil, pois permite conhecer os desafios de dois momentos importantes nos processos de tombamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que são os períodos de 1930-1940 e de 1970-1980. A referida obra é um livro acadêmico que está em sua quarta edição, resultado da tese de doutorado em Sociologia da autora na Universidade de Brasília (concluído na década de 1990, em sua quarta edição foi revisado e ampliado). A publicação de 328 páginas divide-se em cinco capítulos: <em>O patrimônio: uma questão de valor, A construção do patrimônio: perspectiva histórica, A fase heróica, A fase moderna, e A prática de tombamento 1970-1990</em>.</p>Gisele Dutra Quevedo
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