Novos Rumos Sociológicos
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<p>A Novos Rumos Sociológicos (NORUS) é a revista científica do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A revista publica artigos inéditos, ensaios bibliográficos, entrevistas, traduções, resenhas, que podem ser enviados em português, inglês, francês ou espanhol.</p> <p><strong>Qualis:</strong> B1</p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN: </strong>2318-1966</span></p>Ufpelpt-BRNovos Rumos Sociológicos2318-3721<p>Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do(a) autor(a), com direitos de primeira publicação para a revista. Os artigos são de uso gratuito em aplicações exclusivamente acadêmicas e educacionais e, portanto, não-comerciais.</p>Editorial
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<p>A Revista Novos Rumos Sociológicos (NORUS), do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pelotas (PPGS-UFpel), finaliza este ano de 2022 com um novo número, o que nos deixa extremamente satisfeitos com a tarefa cumprida. Neste décimo oitavo número, publicamos o Dossiê: "Interseccionalidades: experiências, olhares e engajamento", organizado por Marilis Lemos de Almeida e Marcus Vinícius Spolle do PPGS/UFpel, Marcella Beraldo de Oliveira da UFJF e Luciana Garcia de Mello PPGS/UFRGS. O dossiê é composto por sete artigos que avançam na compreensão do conceito de interseccionalidades, de importância central no desenvolvimento recente da sociologia e das ciências humanas em geral, em suas diferentes facetas.</p>Pedro Alcides Robertt NizAna Paula Ferreira D'ÁvilaMarcos LacerdaArielson Teixeira do CarmoHenrique JeskeJair José Gauna QuirozLaylson Mota MachadoNatália Azevedo PereiraSabrina Sampaio Rakow
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2024-12-152024-12-15101814Apresentação
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<p>O conceito de interseccionalidade ocupa um lugar cada vez mais central no debate acadêmico. Hirata (2014), retomando uma ideia de Elsa Dorlin, considera que interseccionalidade tornou-se um hit concept, que na segunda metade dos anos 2000 alcançou um franco sucesso. A autora explica que a ideia foi desenvolvida nos países anglo-saxônicos, a partir dos desenvolvimentos iniciais do Black Feminism e, posteriormente, o conceito passou a ser incorporado por autoras inglesas, norte-americanas, canadenses e alemãs. Contudo, é preciso ressaltar que há um pensamento interseccional mesmo antes do conceito ter sido cunhado em 1989 pela jurista negra Kimberlé Crenshaw.</p>Marilis Lemos de AlmeidaMarcus Vinícius SpolleMarcella Beraldo de OliveiraLuciana Melo
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2024-12-152024-12-15101852010.15210/norus.v10i18.4840CONHECIMENTO, CRENÇAS E QUESTÃO RACIAL NO BRASIL
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<p>O sistema de crenças atua segundo uma combinação não regular de modos de conhecer e de lidar com o conhecimento dentro e fora da academia no Ocidente. Embora ele tenha suas distinções onto-epistêmicas, o campo de atuação do sistema de crenças é o sujeito do conhecimento e suas dimensões (subjetividades, cosmovisões, quadros de compreensões). O presente estudo objetiva compreender filosoficamente as narrativas do sistema de crenças e o fazer acadêmico no macro sistema que os envolve: o colonialismo e suas performances. As crenças (sobretudo, aquelas vinculadas às religiões e aos segmentos hegemônicos) transitam entre categorias de estudos científicos e do senso comum, mas demarcando sempre o interesse principal de manutenção da dominação colonial pela alienação de massa. Apresento, também, uma nova academia que vem juntando inteligências, identidades e epistemes contracoloniais para inscrever na história da ciência outras formas de conhecimento, especialmente a partir das questões de raça, de gênero e de classe.</p>Adeir Ferreira Alves
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2024-12-152024-12-151018214810.15210/norus.v10i18.4841PROCESSUALIDADES E CONSTRUÇÕES
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<p>A perspectiva interseccional, enquanto ferramenta político-teórico-metodológica, apresenta a dimensão de aglutinar simultaneamente as diversas camadas de estratificação e opressão. Tal funcionalidade contém a vantagem de conferir nitidez e visibilidade às novas e distintas discriminações que emergem desse cenário de agregação das múltiplas adscrições. Nessa trilha, sob a retícula interseccional, este artigo aborda as processualidades e os movimentos políticos não lineares que orbitam em torno do histórico de construção da agenda de ações afirmativas destinadas à população negra no Brasil. Para tanto, o trabalho foi estruturado conforme os seguintes eixos: 1) perspectiva conceitual da expressão ações afirmativas e discussões quanto à sua origem; 2) retrospectiva histórica da agenda de concretização das ações afirmativas no Brasil; 3) problematização à luz do olhar interseccional quanto ao rol de opressões e estratificações agenciado no roteiro de implementação das ações afirmativas no contexto brasileiro. Essa mirada permitiu compreender, em linhas gerais, que a demanda dos movimentos negros pela operacionalização de ações afirmativas possibilitou a construção de amplo conglomerado de ferramentas de direitos humanos.</p>Mara Beatriz Nunes GomesMarcus Vinícius Spolle
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2024-12-152024-12-151018497610.15210/norus.v10i18.4842Racialización, alteridad y política de la mirada en Argentina
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<p><span class="Y2IQFc" lang="pt">Este artigo realiza uma reflexão crítica sobre a produção e reprodução das formações de alteridade que ocorreram na Argentina desde a emergência do Estado-Nação até a atualidade. A partir de uma sociologia das sensibilidades, e com base em uma estratégia documental, investigamos. as tensões e transformações que convergiram para a categoria “negra”, como lócus privilegiado dos processos de subalternização no país. Para atingir este objetivo, primeiro são sistematizadas algumas estratégias de “invisibilização” da população afrodescendente que têm operado em nível nacional. Em segundo lugar, o processo de “negrificação” da alteridade é abordado como parte da política das sensibilidades, oferecendo um conjunto de reflexões sobre a “política do olhar” como nó analítico para observar as práticas atuais de racialização. Conclui-se que, desde o século XIX, operou-se na Argentina um processo contínuo e complexo de racialização da alteridade que, em clara ligação com a classe, levou à extinção da negritude, primeiro, e à sua subalternização generalizada, posteriormente. das “humanidades excedentes” que perpetuam a matriz de exploração e dominação colonial no século XXI.</span></p>Ana Lucía Cervo
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2024-12-152024-12-1510187710210.15210/norus.v10i18.4843INTERSECCIONALIDADE OU CONSUBSTANCIALIDADE
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<p>O artigo propõe um estudo teórico-exploratório de duas perspectivas analíticas diferentes para a compreensão de gênero, raça e classe, além de outros marcadores sociais, como idade, sexualidade, nacionalidade, etnia, religião e deficiência: a interseccionalidade e a consubstancialidade. Busca-se desenvolver um exercício reflexivo sobre elas, apresentando seus fundamentos teóricos, assim como articulando possíveis pontos de encontro e divergência. Para tanto, parte-se da interseccionalidade, a perspectiva mais difundida nos estudos sobre gênero atualmente, cuja origem remonta ao feminismo negro estadunidense, para seguir para a apresentação daquela menos destacada no debate, a consubstancialidade, ligada sobretudo ao feminismo materialista francês. A análise das divergências entre as duas perspectivas é organizada em quatro itens: primeiro, o uso de categorias descritivas de identidade ou relações sociais; segundo, a mobilização de metáforas de entrecruzamento de eixos ou de espiral; terceiro, as diferentes concepções acerca da relacionalidade; quarto, o favorecimento de determinadas dimensões de gênero, raça e classe. Por fim, argumenta-se que o uso da interseccionalidade e da consubstancialidade produz diferentes implicações analíticas, tanto de ordem metateórica quanto de abrangência dos fenômenos sociais, de maneira que sua aplicação pelos pesquisadores deve ser estratégica, consciente e não intercambiável. Sem sugerir a primazia de uma perspectiva sobre a outra, objetiva-se contribuir para complexificar o debate sobre os marcadores sociais da diferença, acrescentando pluralidade às discussões teórico-analíticas.</p>Amanda Kovalczuk de Oliveira Garcia
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2024-12-152024-12-15101810312910.15210/norus.v10i18.4845FEMINISMO INTERSECCIONAL
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<p>O artigo analisa as conexões entre o feminismo transnacional, a interseccionalidade e a decolonialidade. Primeiramente, a <br>análise consistiu em um resgate histórico e conceitual da interseccionalidade, relacionando-a com os movimentos sociais e, <br>posteriormente, com o campo científico. Nessa análise, as experiências do movimento feminista negro permitiram relacionar a <br>prática de resistência e luta com o campo teórico, o que gerou a ampliação do conceito de interseccionalidade para além do <br>trinômio gênero, raça e classe. No decorrer do estudo, exploramos a transnacionalidade como proposta de um movimento <br>feminista sem fronteiras, o qual se expande exponencialmente, especialmente nos países da América Latina. Assim, <br>conceituamos a transnacionalidade e a relacionamos com o viés interseccional, destacando a possibilidade de se pensar <br>territórios discriminatórios a partir das realidades das/os sujeitas/os e não do recorte geográfico. Nesse sentido, percebemos <br>também que a decolonialidade é um fator essencial para análise e para o fortalecimento de um movimento feminista <br>internacional, que seja capaz de atuar com diferentes grupos de mulheres sem apagar as diferenças daquelas localizadas nas <br>fronteiras. Ao final, podemos constatar que o feminismo transnacional depende de um caminho trilhado a partir da <br>decolonialidade, como consciência, e da interseccionalidade, como teoria crítica social e metodologia de resistência, pois, caso <br>contrário, o movimento pode incidir nas correntes da homogeneidade e gerar novas formas de silenciamento.</p>Lorena de OliveiraEduarda Maria Murad
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2024-12-152024-12-15101813015110.15210/norus.v10i18.4846Un concepto viajero
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<p>El uso de grandes volúmenes de datos, el diseño de algoritmos y la utilización de técnicas de aprendizaje automático parecen ser cada vez más frecuentes para la toma de decisiones en diferentes ámbitos como la salud, educación y seguridad pública, entre otros. El campo de estudio de la ciencia de datos, en la línea de investigación de justicia o fairness, investiga cómo estos sistemas pueden reproducir y acentuar sesgos y desigualdades presentes en nuestras sociedades. Se han detectado sesgos mayoritariamente de género y raciales en sistemas predictivos de reincidencia criminal, algoritmos que asisten decisiones médicas, entre muchos otros. Recientemente se han manifestado carencias en la detección de sesgos cuando se toman las variables de forma independiente, debido a que las desigualdades pueden presentarse en la intersección de las mismas, siendo indetectables en el análisis individual. En tanto concepto viajero, la interseccionalidad viene a permear este campo y habilita la posibilidad de pensar los sesgos que se dan cuando se cruzan múltiples categorías de opresión, complejizando los análisis hasta el momento centrado en un solo eje de opresión a la vez. Aquí identificamos y analizamos, a partir de una revisión sistemática de la bibliografía disponible sobre justicia interseccional, cómo la interseccionalidad “viaja” hacia la ciencia de datos, provocando nuevas preguntas en torno a la justicia. Destacamos, entre las conclusiones, la necesidad de conformar grupos interdisciplinarios de trabajo para generar diagnósticos y alternativas que se nutran de la interseccionalidad en toda su riqueza y complejidad.</p>Noelia Beltramelli GulaCamila FerroMaría Goñi MazzitelliLorena EtcheverryMartín Rocamora
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2024-12-162024-12-16101815218010.15210/norus.v10i18.4847A participação do Brasil na revisão periódica universal da Organização das Nações Unidas (2008- 2017)
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/NORUS/article/view/28292
<p>Este artigo analisa os três ciclos (2008, 2012 e 2017) do mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU) da Organização das Nações Unidas (ONU) nos quais o Brasil participou até o momento. Com foco no modo como são abordas as questões concernentes às mulheres indígenas por parte do Estado brasileiro e dos demais atores internacionais ali atuantes, elaboramos, com aportes de Kimberlé Crenshaw, uma análise que utiliza a interseccionalidade como ferramenta analítica. Utilizamos a metodologia da análise de conteúdo (AC) conforme proposta por Bardin, para a análise de 38 documentos oficiais coletados na pesquisa. Esta nos permite concluir que houve uma baixa menção às mulheres indígenas nos três ciclos – apenas 11 vezes. Esse e outros dados detalhados no texto demonstram que as questões relacionadas às mulheres indígenas na participação brasileira na RPU ora está totalmente ausente, ora surge de modo periférico. Esses resultados se conectam com uma característica já identificada em pesquisas anteriores sobre o posicionamento brasileiro em sua política externa e nacional: a ausência de abordagens interseccionais quando se trata do acesso aos direitos humanos das mulheres.</p>Maria Celeste LachiniGabriela M. Kyrillos
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2024-12-162024-12-16101818120510.15210/norus.v10i18.4848Ensino remoto durante a pandemia
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<p>Este texto tem como objetivo analisar a situação dos docentes da rede estadual de educação básica do Ceará em relação ao ensino remoto emergencial durante a pandemia de Covid-19. Foi realizada uma pesquisa quantitativa com amostra válida: 281 professores responderam a um questionário online autoadministrado com nível de confiança de 90% e com erro amostral<br>de 5%. A aplicação ocorreu entre abril e maio de 2021, sendo utilizada a técnica “bola de neve”. O formulário online possuía “travas de segurança” que encerravam a aplicação, caso o respondente não atendesse ao perfil. Os dados coletados indicam que os docentes realizaram mais trabalho extraclasse. O atendimento personalizado a alunos também aumentou,<br>ocorrendo principalmente por meio de aplicativo de mensagens, o que requer conectividade 24h por dia, 7 dias por semana. A consequência disso (a partir da percepção dos sujeitos) é que o adoecimento docente se intensificou, principalmente problemas relacionados à saúde mental, à visão e à coluna, perna ou pé. Por outro lado, problemas vocais foram<br>amenizados.</p>Márcio Kleber Morais PessoaManoel Moreira de Sousa Neto
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2024-12-162024-12-16101820623710.15210/norus.v10i18.4849Formação em Ciências Sociais a partir das experiências dos/as egressos/as do curso de Ciências Sociais da UFMT
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<p>O presente estudo busca analisar a formação em Ciências Sociais, considerando os significados dessa formação, construídos a partir das experiências narradas por algumas pessoas egressas do curso. Para isso, realizou-se um levantamento com egressos/as das turmas de 2009 a 2015 de Ciências Sociais da UFMT, realizando 12 entrevistas semiestruturadas em caráter<br>de profundidade; também se coletaram alguns depoimentos de professores/as e da secretária do curso. Conforme os resultados, constata-se que os significados construídos pelos egressos em relação à escolha pela graduação em Ciências Sociais são variáveis e envolvem questões vinculadas à geração e à classe social, assim como questões de cunho acadêmico e político.<br>Conclui-se que analisar diferentes trajetórias estudantis é relevante na medida em que podemos dialogar com os diferentes elementos que moldam a formação dos cientistas sociais, considerando os diversos cursos de ciências sociais existentes hoje no Brasil. No entanto, apesar dos diversos motivos apresentados, estamos ainda longe de compreender o fenômeno estudado, pois a formação deve ser analisada a partir da relação entre a grade curricular proposta e as condições do estudante que ingressa<br>no curso.</p>Silvana Maria Bitencourt
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2024-12-162024-12-16101823825910.15210/norus.v10i18.4850Os repasses do poder
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<p>O artigo efetua uma análise da política no Amazonas, no século XXI, a partir do conceito de coronelismo, conforme delimitado por Vitor Nunes Leal. A ênfase dinâmica e relacional do conceito é acentuada, pois ele difere do mandonismo local dos prefeitos do interior, dependentes dos poderes estadual e federal. A reciprocidade entre o controle eleitoral efetuado pelos<br>prefeitos e sua dependência dos recursos oriundos de outros entes configura essa relação. A carência das cidades, aliada ao isolamento geográfico e à história da colonização da região, favorece o exercício do poder local. Porém, a ausência de recursos próprios torna esses prefeitos dependentes do governador e do presidente, atualizando noções como a de coronelismo<br>e personalismo como formas vigentes de poder nessa região. Toda uma rede de compromissos, envolvendo deputados, senadores, vereadores e prefeitos percorre o interior amazonense, configurando uma forma singular de gestão pública e política. O acesso às autoridades torna-se um dispositivo de poder regional, que desenha as relações sociais cotidianas e políticas do Amazonas.</p>Gilson Pinto Gil
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2024-12-162024-12-16101826029010.15210/norus.v10i18.4851Linchamientos sociales
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<p>El trabajo se adentra en el abordaje de los linchamientos como objeto de estudio para las ciencias sociales. Se tiene por objetivo intentar tramar el estado actual del conocimiento sobre este fenómeno como primer momento para adentrarse en el estudio de los linchamientos en Latinoamérica, y específicamente en Argentina. En función de este objetivo, se observa que el<br>conjunto de producciones teóricas e investigativas en la región centró la atención en esta modalidad de accionar colectivo dada su creciente magnitud en las décadas recientes, constituyendo un fenómeno extendido en las distintas ciudades de América Latina y el Caribe, lo que impulsa los analistas a problematizar acerca de las motivaciones de la acción y su<br>implicancia para/en la sociedad. De esta manera, se avanza en una sistematización de distintos trabajos que han abordado la temática en Latinoamérica y Argentina, organizándolos en base a las hipótesis de explicación que desarrollan para su estudio. Luego, se postula la perspectiva adoptada como punto de partida para el abordaje de este fenómeno social, argumentando la potencialidad de un análisis a la luz de la teoría de la acción colectiva y la sociología de los cuerpos y las emociones, en tanto que implique una hermenéutica de los conflictos sociales. Hacia el final, se concluye con una reflexión de las ideas expuestas a lo largo del escrito, introduciendo una serie de interrogantes y planteando desafíos a partir de estudios emergentes que ponen en juego la dimensión ‘digital’ de los linchamientos en las sociedades actuales.</p>Francisco Falconier
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2024-12-162024-12-16101829131610.15210/norus.v10i18.4852Para una perspectiva centro-periferia de la transición energética
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/NORUS/article/view/28305
<p>A questão da transição energética ganha relevância em função do problema da mudança climática. Nesse contexto, emergem inúmeros artigos e documentos de agências mundiais enfatizando os atuais e potenciais desenvolvimentos tecnológicos para uma maior utilização das energias renováveis e, a título de exemplo, o potencial de uso do chamado hidrogênio verde. O artigo parte dessas considerações para argumentar que, para além de otimismos fáceis, nessa questão também se continuará produzindo uma polarização – intrínseca à economia-mundo – entre regiões centrais de acumulação e regiões periféricas. Argumenta-se que embora as transições energéticas não constituam uma questão nova na economia-mundo, a atual apresenta especificidades que precisam ser examinadas em estreita relação com a revolução informacional. O foco estará colocado em uma perspectiva de e para a América Latina, o que possibilita relacionar esse processo com as dinâmicas extrativistas. Finalmente, argumenta-se que, mais do que um macroconceito que designa a passagem para uma nova era com base apenas na evolução tecnológica do século XXI, a questão deveria ser analisada como um campo complexo que envolve mutações geopolíticas e geoeconômicas. Nesse sentido, e considerando também os projetos de sociedade que emergem ao integrar mais claramente a questão ambiental na análise, as ciências sociais da região são desafiadas a contribuir com elementos para pensar o presente e os futuros possíveis.</p>Alfredo Falero
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2024-12-162024-12-16101831734910.15210/norus.v10i18.4853Caiilé, Alain & Vandenbeghe, Frédéric. Por uma nova Sociologia Clássica: re-unindo Teoria Social, Filosofia Moral e os Studies. Editora Vozes, 2021.
https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/NORUS/article/view/28306
<p>O ano é 2020. De forma imprevista, começa a se desenvolver uma pandemia cujas consequências são alarmantes. Países fecham as suas fronteiras. Pode-se ver cenas como as do Vaticano vazio, com o Sumo Pontífice caminhando melancolicamente. Ruas e ruas pelas cidades do mundo em silêncio. O momento é de dúvida, indagação e, mesmo, pânico difuso. Pelas redes digitais, espaço de ampliação – ou degradação? – da esfera pública, começam os debates. Textos e mais textos escritos com angústia, algum cuidado aqui ou ali. O que fazer? Fortalecer os laços sociais e morais, em respeito aos profissionais que precisam trabalhar e não podem ter acesso ao isolamento social? Tentar unir cuidado de si e cuidado dos outros, com atenção especial aos mais vulneráveis? Revelar supostas “assimetrias” e “privilégios” entre os que podem ou não podem se defender da pandemia? Repensar o papel do Estado de bem-estar social, os serviços de saúde pública e universal em tempos de “neoliberalismo”? Estender as políticas de proteção social e médica, a despeito da tanatopolítica explícita do populismo digital de extrema direita?</p>Marcos Lacerda
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2024-12-162024-12-16101835036210.15210/norus.v10i18.4854Cárcel, Juan A. Roche (editor). Las sociedades difusas: La construcción/deconstrucción sociocultural de fronteras y márgenes. 336p. Barcelona: Anthropos Editorial; 1ª edição, 2021.
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<p>Deparar-se com as margens e com as fronteiras, onde a normalidade aparente das coisas se difunde e a ordem social se desconstrói, construindo formas de vida possíveis dentro de contextos de construção e desconstrução sociocultural. Um mergulho em contextos de difícil determinação, marcadospor outras formas de viver e sentir os espaços sociais. É isso que encontramos ao ler “Las sociedades difusas: La construcción/deconstrucción sociocultural de fronteras y márgenes”, obra organizada pelo pesquisador Juan A. Roche Cárcel, que reúne textos escritos por 27 autores, cuja mirada foge ao convencional.</p>Carla Michele RechAna Paula Ferreira D’AvilaArielson Teixeira do CarmoPedro Marchioro
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