REAL DIRETO DE IR E VIR: ESTUDO SOBRE A SEGURANÇA DE MULHERES BRASILEIRAS EM SEUS DESLOCAMENTOS
Resumo
A pesquisa busca, por meio da aplicação de questionário, detectar os principais obstáculos e desafios de segurança de mulheres brasileiras em seus trajetos cotidianos. De acordo com Sabino (2019), por muitos anos, projetos de mobilidade urbana e locais de passagem e permanência nas cidades têm sido projeto por homens, negligenciando uma perspectiva que poderia proporcionar cidades mais seguras e diversas para variados públicos. Através do recorte de gênero ao entrevistar exclusivamente pessoas do sexo feminino, a pesquisa tem como intuito principal evidenciar e dar visibilidade aos fatores que comprometem a segurança de mulheres que buscam circular e apropriar da cidade de maneira plena. A pesquisa obteve 163 respondentes de 11 estados brasileiros diferentes, contando com residentes de locais de variadas escalas, desde cidades de pequeno porte a grandes metrópoles. Constatou-se, através dos dados obtidos no recorte da pesquisa, o percentual de vulnerabilidade e de situações de assédio existentes em diversas partes do deslocamento cotidiano das entrevistadas. Dentre os estudos levantados durante a pesquisa, além de realizar o enfrentamento e dar visibilidade ao problema de assédio e violência contra mulheres, o trabalho busca trazer reflexões do desenho urbano atual para que a cidade proporcione melhores condições de qualidade de vida e diversidade.Referências
A ARTIGO 19. Dados sobre feminicídio no Brasil. Disponível em: https://artigo19.org/wp-content/blogs.dir/24/files/2018/03/Dados-Sobre-Feminic%C3%ADdio-no-Brasil-.pdf. Acesso em junho de 2020.
ActionAid. A cidade é de quem? Disponível em: http://actionaid.org.br/wp-content/files_mf/1512135627DeQuemeaCidadeLow.pdf. Acesso em junho de 2020.
Agência Brasil. Casos de feminicídio crescem 22% em 1 estados durante a pandemia. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-06/casos-de-feminicidio-crescem-22-em-12-estados-durante-pandemia Acesso em junho de 2020.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Estudo Analisa Casos Notificados de Estupro. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=21849. Acesso em junho de 2020.
JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.
Migra Mundo. Resiliência durante a pandemia. Disponível em: https://www.migramundo.com/resiliencia-durante-a-pandemia/. Acesso em junho de 2020.
NASCIMENTO, A. G. O caminhar é para todas? Uma abordagem de mulheres latino-americanas sobre derivas e flâneries na contemporaneidade. In: XVIII ENANPUR. Anais... Natal, 2019. P. 1-13.
ROLNIK, Raquel. Mulheres têm direito de ir e vir limitado nas cidades. Disponível em: https://raquelrolnik.wordpress.com/2018/03/08/mulheres-tem-direitode- ir-e-vir-limitado-nas-cidades/. Acesso em junho de 2020.
SABINO, Leticia. Mulheres são as que mais caminham e as que menos decidem nas cidades. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/blogs/mulheres-sao-as-que-mais-caminham-e-as-que-menos-decidem-nas-cidades/. Acesso em junho de 2020.
SILVA, Luiza de Meideiros. Assédio Sexual Contra Mulheres em Transporte Público: Das passageiras à empresa. 2018. 68 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2018.
SOLNIT, Rebecca. A história do caminhar. 1 ed. Martins Fontes: São Paulo, 2016.
Think Olga. Chega de Fiu-fiu: Resultado da Pesquisa. Disponível em: https://olga-project.herokuapp.com/2013/09/09/chega-de-fiu-fiu-resultado-da-pesquisa/. Acesso em junho de 2020.
United Nations Population Fund. Brasil continua sendo o país que mais mata travestis e pessoas trans no mundo. Disponível em: https://brazil.unfpa.org/pt-br/news/brasil-continua-sendo-o-pa%C3%ADs-que-mais-mata-travestis-e-pessoas-trans-no-mundo-alerta-relat%C3%B3rio. Acesso em junho de 2020.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a LICENÇA CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O EFEITO DO ACESSO LIVRE).
