Arquitetura e resiliência: o centro histórico de vitória em tempos epidêmicos e no "novo normal"

  • Luciana Nemer Diniz UFF
  • Philipe Lopes Cantreva UFF

Resumo

A arquitetura capixaba que será abordada no presente trabalho, compôs o Centro da Villa da Victoria, hoje Centro Histórico da cidade, e foi testemunha de períodos epidêmicos desde o tempo do Brasil colônia. O conjunto de nove edifícios públicos selecionados faz parte de pesquisa que se desenvolve a partir de iconografias, cartografias e documentos governamentais. Às vésperas de ser decretado o isolamento social no Brasil, como forma de conter a propagação do vírus, foram captadas imagens no anseio “de não se perder o objeto estudado”, invertendo o cronograma, adaptando o trabalho para que nesse período possa ser desenvolvido, em parte, remotamente. Diante das incertezas do que estava por vir, o ajustamento do método permitiu a continuidade da pesquisa. Da mesma forma a população das cidades começou a viver em reclusão imposta e o esvaziamento das ruas conferiu destaque à arquitetura. A resiliência - habilidade de uma substância retornar à sua forma original quando a pressão é removida – passa então a ser observada nos edifícios, que sem a presença do homem “se tornam solitários” em ruas vazias e nas pessoas que se recolhem e procuram se adaptar com vistas à superação da adversidade.

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Biografia do Autor

Luciana Nemer Diniz, UFF
Professora da Universidade Federal Fluminense - Departamento de Arquitetura e Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Especialista em Arquitetura eUrbanismo na área de Expressão e Maquetes é líder do Grupo de Pesquisa em Análise e Representação da Forma. Pesquisadora do GPTA - Grupo de PesquisaTransdisciplinares em Artes e Arquitetura da Universidade Federal do Espírito Santo. Autora de dois livros e inúmeros artigos científicos trabalha há 24 anos na áreaacadêmica. Com experiência em projetos arquitetônicos atua como orientadora da Empresa Júnior da UFF. Possui graduação na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo daUniversidade Federal do Rio de Janeiro (1991), mestrado em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense (1995), doutorado em Engenharia de Produção da COPPE- Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002) e Pós-Doutorado no Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espírito Santo(2016). Realiza Pós-Doutorado no Programa de Pós Graduação em História da Universidade Federal do Espírito Santo.
Philipe Lopes Cantreva, UFF
Graduando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal Fluminense - UFF, atualmente trabalha como Bolsista PIBIC no grupo de pesquisa GARF. Trabalhou como voluntário na AIESEC (2014). Possui experiência em apoio didático como monitor na disciplina Fundamentos para Modelagem de Sistemas Estruturais, reconhecido e classificado em 1º lugar na apresentação de monitorias do Departamento de Arquitetura - TAR (2017). Formação em MBA Jr. de Negócios pelo Instituto de Engenharia de Gestão - IEG (2018). Trabalhou como oficiante selecionado no Encontro Regional de Estudantes de Arquitetura - EREA em Recife (2018). Finalizou o Minor em Empreendedorismo & Inovação pela Universidade Federal Fluminense - UFF no ano de 2019. 

Referências

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Publicado
2021-01-10
Seção
Artigos