Preconceito e o isolamento social: Como a pandemia do Coronavírus afeta a percepção social da comunidade LGBTQIA+.
Resumo
Nesse estudo o problema de pesquisa centra-se nas diversas formas de preconceitos e restrições que o universo LGBTQIA+ vivencia e que foram agravados pela pandemia do Coronavírus. Dessa forma, o objetivo dessa investigação é avaliar como a pandemia do COVID-19 afeta a percepção do convívio social da população LGBTQIA+. Com a aplicação do método grupo focal, foi possível verificar que o espaço urbano é um ambiente heteronormativo e violento, fazendo com que pessoas LGBTQIA+ tendem a serem mais reclusas. O que se observa com esse estudo é que o isolamento social causado pela pandemia do Coronavírus, só aumentou uma tendência natural da pessoa LGBTQIA+ ao enclausuramento. Por fim, conclui-se que o convívio social de pessoas LGBTQIA+ está mais difícil no momento que predominam as políticas e discursos de direita no Brasil. O que se observa durante a pandemia do Coronavírus no Brasil é uma regente necropolítica, que quando se volta para os LGBTQIA+ fica percebível a intensão de dizimar essa comunidade.Downloads
Referências
BENTO, B. “Pinkwashing à brasileira”: do racismo cordial à LGBTTTfobia cordial. Revista Cult, São Paulo, 16 de dezembro de 2015. Disponível em: < https://revistacult.uol.com.br/home/pinkwashing-brasileira-do-racismo-cordiallgbtttfobia-cordial/>. Acesso em: 02 ago. 2020.
BORILLO, Daniel. Homofobia: História e crítica de um preconceito. Trad. Guilherme João de Freitas Tei-xeira. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
BORRILLO, Daniel. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Belo horizonte: Autêntica, 2010.
BRAZIL; BRAZIL. CONGRESSO NACIONAL. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Constituição 1988. Centro de Documentação e Informação, Coordenação de Publicações, 2003.
CARDOSO, Maria Heloisa Melo; FELDENS, Dinamara Garcia; LUCINI, Marizete. Juventude LGBTQIA+ e a educação. Revista Educação Em Questão, v. 58, n. 55, 2020.
CARRARA, Sérgio. Políticas e direitos sexuais no Brasil contemporâneo. Bagoas-Estudos gays: gêneros e sexualidades, v. 4, n. 05, 2010.
DE OLIVEIRA DUARTE, Marco José. VIDAS PRECÁRIAS E LGBTQIFOBIA NO CONTEXTO DA PANDEMIA: A NECROPOLÍTICA DAS SEXUALIDADES DISSIDENTES.
FERREIRA, R. C.; SIQUEIRA, M. V. S. O gay no ambiente de trabalho: análise dos efeitos de ser gay nas organizações contemporâneas. 2007. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade de Brasília, Distrito Federal, 126p.
FONTES, Malu. Ilustrações do silêncio e da negação: a ausência de imagens da diversidade sexual em livros didáticos. Revista psicologia política, v. 8, n. 16, p. 363-378, 2008.
FREITAS (H.), OLIVEIRA (M.), JENKINS (M.), and POPJOY (O.). The Focus Group, a qualitative research method. ISRC, Merrick School of Business, University of Baltimore (MD, EUA) WP ISRC No01298, February 1998. 22p.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, v. 5, n. 61, p. 16-17, 2007.
GRUPO GAY DA BAHIA. Direitos Humanos 2019. Bahia, Salvador 2019. Disponível em <http://www.ggb.org.br/direitos.html. > Acesso em: 03/01/2020
KANASHIRO, Milena. A cidade e os sentidos: sentir a cidade. Desenvolvimento e meio ambiente, v. 7, 2003.
MOTA, Cássio Henrique Naves; DE LAURENTIZ, Luiz Carlos. Micropolíticas LGBT no espaço urbano de Uberlândia–MG. Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, v. 19, n. 1, p. 11-11, 2019.
NAOUMOVA, Natalia. Qualidade estética e policromia de centros históricos. 2009.
NAVES MOTA, Cássio Henrique; DE LAURENTIZ, Luiz Carlos. Micropolíticas LGBT no espaço urbano de Uberlândia–MG. 2019.
OLIVEIRAB, Fabio AG; DE CARVALHOC, Henrique Rabello; DE JESUSD, Jaqueline Gomes. LGBTI+ em tempos de Pandemia da COVID-19a.
OMS, OPAS. OMS afirma que COVID-19 é agora caracterizada como pandemia. 2020.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. ILO monitor: COVID-19 and the world of work. 3. ed. [Genebra]: ILO, 2020a. Disponível em: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/@dgreports/@dcomm/documents/briefingnote/wcms_743146.pdf. Acesso em: 02 ago. 2020.
ORNELL, FELIPE et al. Pandemia de medo e COVID-19: impacto na saúde mental e possíveis estratégicas. Revista debates in psychiatry, 2020.
OUTRIGHT ACTION INTERNATIONAL (OIA). Vulnerability Amplified: the impact of the COVID-19 pandemic on LGBTIQ people. New York: OutRight Action International, 2020. Disponível em: https://outrightinternational.org/content/vulnerability-amplified-impact-COVID-19-pandemic-lgbtiq-people. Acesso em: 07 ago. 2020.
PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele: arquitetura e os sentidos. John Wiley & Sons, 1996.
PANIZA, Maurício Donavan Rodrigues. Entre a emergência, a submersão e o silêncio: LGBT como categoria de pesquisa em Administração. Cadernos EBAPE. BR, v. 18, n. 1, p. 13-27, 2020.
RHEINGANTZ, Paulo Afonso et al. Observando a qualidade do lugar: procedimentos para a avaliação pós-ocupação. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Pós-Graduação em Arquitetura, 2009.
SIMÕES, Júlio Assis et al. Jeitos de corpo: cor/raça, gênero, sexualidade e sociabilidade juvenil no centro de São Paulo. Cadernos Pagu, Campinas, v. 35, n. 1, p.37-78, dez. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cpa/n35/n35a3>. Acesso em: 10 jan. 2020.
SIMÕES, Júlio Assis; FRANÇA, Isadora Lins; MACEDO, Marcio. Jeitos de corpo: cor/raça, gênero, sexualidade e sociabilidade juvenil no centro de São Paulo. cadernos pagu, n. 35, p. 37-78, 2010.
SOBARZO, Oscar. A produção do espaço público: da dominação à apropriação. GEOUSP: Espaço e Tempo (Online), n. 19, p. 93-111, 2006.
VENCESLAU, Igor. Outras Cartografias:: medo, mortes e resistência lgbti+. Medo, mortes e resistência LGBTI+. 2020. Disponível em: https://outraspalavras.net/desigualdades-mundo/outras-cartografias-medo-assassinatos-e-resistencia-lgbti/. Acesso em: 18 ago. 2020.
YIN, R.K., Estudo de caso: planejamento e métodos. 4ª Ed. Porto Alegre: Bookman, p. 248, 2010.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a LICENÇA CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O EFEITO DO ACESSO LIVRE).