PATRIMÔNIO CULTURAL E ENSINO DE ARQUITETURA
o papel do docente na formação crítica e territorial
Resumo
Este artigo desenvolve uma reflexão teórica sobre os desafios da formação em Arquitetura e Urbanismo no que se refere ao ensino do patrimônio cultural, com ênfase na desconexão entre a prática educativa e os territórios onde os futuros profissionais atuarão. Parte-se da concepção de patrimônio como construção histórica, social e política, compreendido não apenas como um conjunto de bens materiais, mas como campo de disputa simbólica e de legitimidades. Critica-se a centralidade de modelos eurocentrados e normativos na abordagem do tema nos cursos de Arquitetura, que muitas vezes negligenciam saberes locais, memórias coletivas e experiências territoriais. A ausência de uma formação voltada para o enraizamento territorial e para a escuta das comunidades evidencia a urgência de uma pedagogia crítica do patrimônio, que considere as singularidades de contextos urbanos não hegemônicos, como os das cidades médias. A partir de uma base teórica interdisciplinar e situada, argumenta-se que formar arquitetos sensíveis à preservação exige deslocar o eixo da formação para os territórios vividos, reconhecendo a pluralidade cultural como elemento estruturante do projeto pedagógico e da justiça territorial.
Palavras-chave: Patrimônio cultural; Ensino de Arquitetura; Formação profissional; Território; Cidades. médias
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