REPRODUTIBILIDADE DO LIMIAR ANAERÓBIO INDIVIDUAL (IAT) E LACTATO MÍNIMO (LM) DETERMINADOS EM TESTE DE PISTA

  • Carmen Sílvia Grubert Campbell
  • Herbert Gustavo Simões
  • Benedito Sérgio Denadai
Palavras-chave: Limiar anaeróbio, Máxima fase estável de lactato, Reprodutibilidade.

Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar a reprodutibilidade dos protocolos de determinação do IAT (Individual AnaerobicThreshold) e LM (Lactate Minimum) para a identificação da máxima fase estável de lactato (MSSLac) em testes de pista. Participaram do estudo 10 indivíduos do sexo masculino, sendo 6 corredores de endurance e 4 indivíduos ativos (30,0+6,0 anos; 70,5+8,3kg; 177,0+6,7 cm). Os indivíduos realizaram teste (T1) e reteste (T2) dos seguintes protocolos: IAT - 8x800m progressivos em intensidades de 84,87,89,91,93,95,97 e 103% da Vm3km. Durante o 10 min de recuperação entre cada série de 800m, e aos 3, 5, 7, 9 e 11 minutos de recuperação após a última série de 800m, 25 ul de sangue arterial foram coletados para dosagem de lactato (YSI 2300 STAT); LM - aos 8 minutos de recuperação após 1x500m na máxima intensidade, os sujeitos realizaram 6x800 m progressivos em intensidades de 85,87,89,92, 94 e 97% da Vm3km. Aos 7 minutos de recuperação após 1 x500m e durante o 10 minuto de recuperação entre cada série de 800m, 25 ul de sangue arterial foram coletados para posterior dosagem de lactato. Não houve diferença significante entre a velocidade (m/min) do IAT no T1 (247,7+33,3) e T2 (246,4+35,3) (r=0,99; p<0,001). A frequência cardíaca (bpm) no IAT no T1 (172,6+12,0) e no T2 (171,3+5,5) não foi diferente, porém não apresentou correlação significante (r=0,72). Não foi verificada diferença significante entre a velocidade (m/min) do LM no T1 (273,6+25,5) e noT2 (273,6+26,1) (r=0,99; p<0,001). Os valores de FC no LM noT1 (170,5+8,6) e noT2 (169+8,1) não foram diferentes, porém também não apresentaram correlação significante (r=0,68). Pode-se concluir que os protocolos LM e IAT de determinação da intensidade correspondente à MSSLac (m.min'1), adaptados para teste em pista, foram altamente reprodutíveis. O mesmo não se pode dizer sobre a frequência cardíaca, que obteve uma baixa reprodutibilidade nos dois protocolos estudados.
Publicado
2012-10-16
Seção
Artigos Originais