O efeito do exercício físico nos níveis de cortisol em idosos: uma revisão sistemática

  • Helena Moraes
  • Andrea Deslandes
  • Thais Cevada
  • Ana Carolina F. Mendonça-de-Souza
  • Jerson Laks
Palavras-chave: Envelhecimento, Exercício, Cortisol.

Resumo

O objetivo da presente revisão sistemática foi sintetizar os estudos randomizados e controlados que investigaram o efeito do exercício físico nos níveis de cortisol em idosos. Para a busca foram utilizadas as bases de dados PUBMED, ISI, SciELO, Scopus, BioMed central e Scirus, com as palavras cortisol, exercise, aging e o operador booleano [AND]. Os critérios de inclusão utilizados foram artigos randomizados e controlados ou ensaios clínicos, utilizando humanos e escritos em língua inglesa ou portuguesa. Foram excluídos artigos que utilizaram outras terapias, amostras com algum tipo de doença física ou neurológica, estudos com animais e que utilizaram suplementação alimentar ou hormonal. Foram encontrados 13 estudos, com qualidade classificada de moderada a alta. Dos estudos longitudinais, somente dois usando treinamento de força encontraram redução significante nos níveis de cortisol e um com treino aeróbio observou redução nos níveis de cortisol para as mulheres e aumento para os homens. Dos estudos de efeito agudo somente três estudos encontraram resultados significantes, porém tanto para o grupo exercício quanto para o grupo controle. A maioria dos estudos mostrou redução significante dos níveis de cortisol após a recuperação do exercício. Variáveis como tempo de sono, nível de atividade física e análises invasivas devem ser consideradas em futuros estudos. Não foi possível concluir se a prática de exercícios promove alterações significantes no cortisol em idosos, assim como a reatividade deste hormônio em relação ao estresse físico. Entretanto, os estudos mostraram que os idosos foram capazes de recuperar os níveis de cortisol após o exercício.
Publicado
2013-01-20
Seção
Artigos de Revisão