Diagnóstico das condições de trabalho, saúde e indicadores do estilo de vida de trabalhadores do transporte coletivo da cidade de Pelotas - RS

  • Alvaro Braga de Moura Neto
  • Marcelo Cozzensa da Silva
Palavras-chave: Saúde ocupacional, Trabalho, Atividade motora, Doenças crônicas, Epidemiologia.

Resumo

Motoristas e cobradores de ônibus formam um grupo de risco para determinados problemas de saúde em função de características ocupacionais, como a exposição a fatores no ambiente de trabalho e na atividade executada. O objetivo do estudo foi descrever as condições de trabalho, saúde e indicadores de vida dos trabalhadores do transporte coletivo urbano da cidade de Pelotas-RS. Uma amostra de 227 motoristas e cobradores respondeu a um questionário incluindo questões sociodemográficas, econômicas, comportamentais, nutricional, de saúde e trabalho. As médias de idade e escolaridade foram respectivamente de 36,3 (dp= 11,5) e 9,2 (dp= 2,5) anos. Quase a totalidade dos pesquisados era do sexo masculino, 77,5% era de cor branca, 64,3% era casado/vivia com companheiro. Quanto à autopercepção de saúde, 14,7% dos entrevistados relatou sua saúde como regular/ruim, mais de 20,0% dos entrevistados admitiram fumar atualmente. Quase 40% dos trabalhadores não atingiram o mínimo de atividade física recomendada para promoção da saúde e 3/4 foram classificados nas categorias de sobrepeso/obesidade pelo Índice de Massa Corporal (IMC). As maiores prevalências de dor foram encontradas nas regiões lombar, torácica, pescoço e ombros e 9,0% dos entrevistados apresentaram transtornos psiquiátricos menores (TPM). Motoristas e cobradores apresentam prevalências preocupantes de fatores de risco para doenças crônicas. A adequação das rotinas de trabalho e a adoção de hábitos saudáveis são pontos fundamentais para melhora da qualidade de vida e trabalho dessa categoria ocupacional.
Publicado
2013-04-03
Seção
Artigos Originais