Relação entre comportamentos de risco para transtornos alimentares e processo maturacional em jovens atletas
Palavras-chave:
Comportamento alimentar, Transtornos alimentares, Atletas.
Resumo
O objetivo do estudo foi analisar a relação entre comportamento de risco para transtornos alimentares (TA) e processo maturacional, segundo o sexo. Participaram 580 atletas, de ambos os sexos, com idade entre 10 e 19 anos. TA foi avaliado pelo Eating Attitudes Test (EAT-26). Aplicou-se o Body Shape Questionnaire (BSQ) para avaliar a insatisfação corporal. Aferiu-se a altura tronco-cefálica, a estatura e o peso para estimar a idade de maturação somática. A maturação sexual foi avaliada pelos Critérios de “Tanner”. Os resultados indicaram prevalência de 18,1 e 14,7% de comportamento para TA em meninas e meninos, respectivamente. Não houve diferenças dos escores do EAT-26 em função dos estágios maturacionais, mas houve associação deste escore com os estágios maturacionais no sexo masculino (p<0,05). Por fim, a interação entre maturação somática e sexual influenciou significantemente a pontuação do EAT-26 tanto no sexo feminino, quanto no masculino (p<0,05). Ademais, encontraram-se diferenças significantes nas proporções das classificações do BSQ em ambos os sexos (p<0,05). Concluiu-se que o processo maturacional exerceu pouca influência sobre o comportamento de TA, e esta relação foi observada apenas nos atletas do sexo masculino. Deste modo, parece que atletas masculinos com idades biológicas mais avançadas estão mais protegidos contra TA. No entanto, esportistas do sexo feminino parecem apresentar mais riscos para tais comportamentos, independentemente, do período maturacional em que se encontram.
Publicado
2013-04-03
Edição
Seção
Artigos Originais
Os autores deverão encaminhar no momento da submissão, a declaração de transferência de direitos autorais assinada. Esta declaração deverá ser preparada em conformidade com o modelo fornecido pela revista. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, não podendo ser reproduzidos, mesmo que de forma parcial, incluindo a tradução para outro idioma, sem a autorização por escrito da Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde.