Relação entre comportamentos de risco para transtornos alimentares e processo maturacional em jovens atletas

  • Leonardo de Sousa Fortes
  • Maria Aparecida Conti
  • Maria Elisa Caputo Ferreira
Palavras-chave: Comportamento alimentar, Transtornos alimentares, Atletas.

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar a relação entre comportamento de risco para transtornos alimentares (TA) e processo maturacional, segundo o sexo. Participaram 580 atletas, de ambos os sexos, com idade entre 10 e 19 anos. TA foi avaliado pelo Eating Attitudes Test (EAT-26). Aplicou-se o Body Shape Questionnaire (BSQ) para avaliar a insatisfação corporal. Aferiu-se a altura tronco-cefálica, a estatura e o peso para estimar a idade de maturação somática. A maturação sexual foi avaliada pelos Critérios de “Tanner”. Os resultados indicaram prevalência de 18,1 e 14,7% de comportamento para TA em meninas e meninos, respectivamente. Não houve diferenças dos escores do EAT-26 em função dos estágios maturacionais, mas houve associação deste escore com os estágios maturacionais no sexo masculino (p<0,05). Por fim, a interação entre maturação somática e sexual influenciou significantemente a pontuação do EAT-26 tanto no sexo feminino, quanto no masculino (p<0,05). Ademais, encontraram-se diferenças significantes nas proporções das classificações do BSQ em ambos os sexos (p<0,05). Concluiu-se que o processo maturacional exerceu pouca influência sobre o comportamento de TA, e esta relação foi observada apenas nos atletas do sexo masculino. Deste modo, parece que atletas masculinos com idades biológicas mais avançadas estão mais protegidos contra TA. No entanto, esportistas do sexo feminino parecem apresentar mais riscos para tais comportamentos, independentemente, do período maturacional em que se encontram.
Publicado
2013-04-03
Seção
Artigos Originais