Espelho, espelho meu: um estudo sobre autoimagem corporal de estudantes universitários

  • Gabriela Nilson
  • Eliane Pardo
  • Luiz Rigo
  • Pedro Hallal
Palavras-chave: Imagem corporal, Estética, Obesidade, Universidades

Resumo

O presente estudo teve como objetivo analisar a autoimagem corporal de universitários, e foi realizado com estudantes do curso de bacharelado em Educação Física da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). A pesquisa foi feita através da aplicação do BSQ-34 (Body Shape Questionaire) e do teste da Figura de Silhueta Corpórea (BFS – Body Figure Silhouettes). Os testes foram respondidos por 65 alunos, dos quais 63% eram homens. Pelo BSQ, 81,5% dos alunos não apresentavam distorção da imagem corporal, 12% apresentavam leve distorção e 6% apresentavam distorção moderada. Entre as mulheres, 16,7% apresentavam distorção corporal moderada, enquanto que nenhum homem apresentou tal desfecho (P=0,005). Em relação aos resultados do BFS, 55,4% dos alunos estavam insatisfeitos com seus corpos, sendo que 35,4% deles gostariam de obter uma silhueta mais fina/magra e 20% de obter uma silhueta mais forte/maior. Na comparação por sexo, 22% dos homens e 58,3% das mulheres gostariam de ter uma silhueta mais magra/fina (P=0,004). Além disso, 29,3% dos homens gostariam de ter uma silhueta mais forte/maior. Boa parte dos acadêmicos do curso de bacharelado em Educação Física da UFPEL está insatisfeita com seus corpos, um fenômeno que não se restringe as mulheres. O corpo, a saúde e a estética corporal são demandas emergentes da sociedade que merecem receber uma atenção especial na formação dos profissionais de Educação Física.
Publicado
2013-05-31
Seção
Artigos Originais