Associação entre aptidão cardiorrespiratória e nível de atividade física em adultos jovens

  • Matheus Pintanel Freitas Universidade Federal de Pelotas
  • Marcelo Cozzensa da Silva
  • Felipe de Magalhães Bandeira
  • Pedro Curi Hallal
  • Airton José Rombaldi
Palavras-chave: Questionários, Atividade física, Estilo de vida sedentário, Adulto, Consumo de oxigênio.

Resumo

Este estudo teve como objetivo avaliar a associação entre aptidão cardiorrespiratória, medida por um teste incremental, e nível de atividade física, mensurado pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) por meio de entrevista e autopreenchimento. Trata-se de um estudo com amostra de 38 alunos de Educação Física (26 homens) escolhidos de maneira intencional. Primeiramente os indivíduos responderam ao IPAQ de forma autopreenchida e, após o preenchimento, realizaram um teste de esforço para estimar o VO2max em esteira ergométrica. Após uma semana, a amostra respondeu ao IPAQ novamente, por intermédio de entrevista. Não houve correlação significativa entre os escores de atividade física do IPAQ (totais e por domínios, independente da forma de aplicação) e o VO2max, nem na amostra total nem nos homens ou mulheres separadamente. As correlações – não significativas - entre os domínios da atividade física e o VO2max variaram de -0,21 (atividades domésticas, por entrevista) a 0,23 (atividades de lazer, por entrevista). Mesmo dividindo-se o VO2max e o nível de atividade física em tercis, a ausência de associação entre as variáveis foi confirmada. Além disso, resultados da correlação de Lin confirmam a ausência de concordância entre as variáveis. A ausência de associação transversal entre aptidão cardiorrespiratória e nível de atividade física confirma que as duas variáveis medem diferentes parâmetros, e sua utilização indistinta não é recomendada. A quantidade de minutos por semana despendidos em atividade física em dado momento não reflete necessariamente o estado de saúde de um indivíduo.
Publicado
2013-08-07
Seção
Artigos Originais