Associação entre atividade física, aptidão cardiorrespiratória e biomarcadores inflamatórios em adultos jovens aparentemente saudáveis
Palavras-chave:
Inflamação, Proteína C-reativa, Atividade física, Aptidão física
Resumo
A inflamação sistêmica crônica de baixa intensidade está relacionada com maior risco de doenças cardiovasculares. Estudos sugerem que a proteína C-reativa, um dos principais biomarcadores inflamatórios, pode estar inversamente relacionada com a prática de atividade física e com a aptidão física. O objetivo deste estudo transversal foi determinar as associações entre os níveis de atividade física e a aptidão cardiorrespiratória, com biomarcadores inflamatórios em homens adultos jovens (18-30 anos) aparentemente saudáveis (N=85). As amostras foram analisadas pelo método ELISA (Enzyme-Linked Immuno Sorbent Assay), usando kits de alta sensibilidade para proteína C-reativa, interleucina 6, interleucina 1β e TNF-α. A prática de atividade física foi mensurada por questionário e acelerometria. O consumo máximo de oxigênio (VO2max) foi estimado por teste incremental em cicloergômetro. Na análise bruta, a média das concentrações de proteína C-reativa da amostra foi de 1,59±1,16 mg/L, e esteve significativamente correlacionada com o VO2max (r=-0,32; p=0,03), mas não com atividade física medida por acelerometria ou questionário. O índice de massa corporal (IMC) e a circunferência abdominal apresentaram correlação significativa com a proteína C-reativa (r=0,37; p<0,001 e r=0,41; p<0,001, respectivamente). Quando incluímos no modelo o IMC e a circunferência da cintura, a aptidão física perdeu a significância. Não houve relação entre atividade física ou aptidão física com os demais marcadores inflamatórios. Conclui-se que nesse grupo de adultos jovens houve relação entre a proteína C-reativa e o VO2max, e que esta associação é explicada pelas modificações no perfil antropométrico decorrentes de altos níveis de aptidão cardiorrespiratória.
Publicado
2013-10-18
Edição
Seção
Artigos Originais
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