Aulas de Educação Física e indicadores de violência em adolescentes

  • Simone Barros Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
  • Mauro Barros Programa Associado de Pós-graduação em Educação Física UPE/UFPB, Grupo de Pesquisa em Estilos de Vida e Saúde (GPES), Escola Superior de Educação Física, Universidade de Pernambuco
  • Carla Hardman Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
  • Agostinho Silva Júnior Programa Associado de Pós-graduação em Educação Física UPE/UFPB, Grupo de Pesquisa em Estilos de Vida e Saúde (GPES), Escola Superior de Educação Física, Universidade de Pernambuco, Recife
  • Juarez Nascimento Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
  • Anísio Brito Programa Associado de Pós-graduação em Educação Física UPE/UFPB, Grupo de Pesquisa em Estilos de Vida e Saúde (GPES), Escola Superior de Educação Física, Universidade de Pernambuco, Recife
  • Markus Nahas Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
Palavras-chave: Educação física, Violência, Adolescentes, Conduta de saúde, Estudo transversal

Resumo

O objetivo deste estudo transversal foi analisar a associação entre a participação nas aulas de Educação Física (EF) e indicadores de violência em estudantes. Um questionário foi usado para coletar dados pessoais, da participação nas aulas de EF e de indicadores de violência em 4.210 adolescentes (14-19 anos) estudantes do ensino médio do estado de Pernambuco, Brasil. A prevalência de “envolvimento em brigas” e de “envolvimento em episódios de violência física como vitima” foi, respectivamente, de 21,2% e 10,7%. Verificou-se que 64,9% dos estudantes relataram não participar das aulas de EF. A prevalência dos indicadores de violência foi maior entre os rapazes, enquanto a não participação nas aulas de EF foi maior entre as moças. Independentemente do sexo e de outras covariáveis, verificou-se que a participação nas aulas de EF foi um fator diretamente associado a envolvimento em brigas. Concluiu-se que a participação nas aulas de EF está associada a envolvimento em brigas em estudantes adolescentes, contrariando, neste caso específico, a hipótese de que a participação nessas aulas está associada a condutas de saúde.
Publicado
2013-11-08
Seção
Artigos Originais