Avaliação do nível de atividade física em adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 e sua correlação com variáveis metabólicas

  • Ana Souza Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Daniela Silva
  • Túlio Freitas
  • Maria Borges
Palavras-chave: Doença endócrina, Exercício, Estudantes, Questionário de atividade física

Resumo

Este estudo teve como objetivo identificar o nível de atividade física (NAF) praticado por adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1), e verificar a relação do nível atividade física praticado com o controle glicêmico, lipídico e dosagem de insulina desses pacientes. Este é um estudo observacional transversal, sendo as variáveis em análise de natureza quantitativa. Foi utilizado um instrumento de consulta, denominado Questionário de Atividade Física para Adolescentes (QAFA) e realizado um levantamento dos resultados de exames através de consulta aos prontuários. Foram analisados 33 pacientes divididos em grupo 1 (NAF < 300 minutos/semana) com 11 sujeitos e grupo 2 (NAF ≥ 300 minutos/semana) 22 sujeitos. Todos os pacientes estavam em uso de insulina e não houve diferença na dose diária entre os grupos. Em relação aos parâmetros glicêmicos e lipídicos observamos os seguintes valores (resultados expressos em média e desvio padrão): CT= 167,1 – DP=45,1; TG=90,1 – DP=72,4; HDL=54,2 – DP=13,5; VLDL=16,1 – DP=8,06; LDL=90,2 – DP=28,2; GJ= 207,4 – DP=118,7; GPP=268,9 – DP=156,3 (mg/dL); HbA1c= 9,61% - DP=1,99. Analisados os pacientes como um todo, houve correlação inversa e significante entre o NAF e as concentrações de VLDL e TG (P < 0,05). Nos pacientes com idade entre 12 e 14 anos observamos correlação inversa e significante entre o NAF e as variáveis VLDL, TG e HbA1c (P < 0,05). Concluímos que os indivíduos mais ativos apresentam as variáveis metabólicas com padrões mais próximos ao preconizado. Este resultado fornece evidências de que a realização de um programa de exercício é importante nesta fase do desenvolvimento, podendo influenciar os adolescentes na gestão da doença, mas que é necessário uma intervenção mais rigorosa, sistematizada e orientada por um profissional da área da educação física como coadjuvante ao tratamento medicamentoso e nutricional.

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Biografia do Autor

Ana Souza, Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pós-graduanda em Ciências da Saúde (mestrado) - UFTM
Publicado
2014-02-27
Seção
Artigos Originais