Efeito do treinamento físico na qualidade de vida em idosos com depressão maior

  • Bianca Aguiar UFRJ
  • Helena Moraes
  • Heitor Silveira
  • Natacha Oliveira
  • Andrea Deslandes
  • Jerson Laks
Palavras-chave: Exercício, Qualidade de vida, Depressão maior, Envelhecimento

Resumo

Diversos estudos têm investigado o efeito do exercício nos sintomas da depressão e qualidade de vida (QV) em idosos depressivos. Entretanto, os poucos estudos realizados com idosos clinicamente diagnosticados apresentaram resultados controversos devido aos diferentes tipos e intensidades do treinamento físico. O objetivo do presente estudo foi comparar diferentes intervenções com exercícios físicos na QV e nos sintomas depressivos em idosos depressivos. Foram selecionados idosos com depressão maior, divididos em grupo exercício (n=31) e controle (n=21). O grupo exercício foi randomizado em Treinamento Aeróbio (TA) (n=9), Treinamento de Força (n=6) e exercícios generalizados de Baixa Intensidade (BI) (n=16). A diferença entre os momentos e grupos foi analisada pelos testes de Wilcoxon e Mann Whitney, respectivamente. Após três meses de intervenção, somente os grupos aeróbio (p=0,01) e força (p=0,02) reduziram significativamente os sintomas depressivos. Além disso, TA apresentou melhora nos aspectos físicos (p=0,02) e tendência à significância para redução da dor (Z=-1,7; p=0,08), enquanto o TF apresentou tendência à significância estatística na melhora da Capacidade física (p=0,08), e melhora nos aspectos físicos (p=0,05), sociais (p=0,05) e saúde mental (p=0,05). Já o GC apresentou piora no aspecto social (p=0,02) e nenhuma alteração foi vista para o grupo BI. O presente estudo mostrou que tanto o TA quanto o TF com intensidade moderada podem contribuir para a redução dos sintomas de depressão e melhora da qualidade de vida, especialmente dos aspectos físicos. E ainda, que tais alterações podem ser dependentes de aspectos fisiológicos causados pelo exercício, e não somente pelo contato social.

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Biografia do Autor

Bianca Aguiar, UFRJ
1-    Universidade Gama Filho, Laboratório de Neurociência do Exercício, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2-    Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Doenças de Alzheimeir e outras Desordens, Instituto de Psiquiatria, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Helena Moraes
1-    Universidade Gama Filho, Laboratório de Neurociência do Exercício, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2-    Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Doenças de Alzheimeir e outras Desordens, Instituto de Psiquiatria, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Heitor Silveira
1-    Universidade Gama Filho, Laboratório de Neurociência do Exercício, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2-    Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Doenças de Alzheimeir e outras Desordens, Instituto de Psiquiatria, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Natacha Oliveira
1-    Universidade Gama Filho, Laboratório de Neurociência do Exercício, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 2-    Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Doenças de Alzheimeir e outras Desordens, Instituto de Psiquiatria, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Andrea Deslandes
1-    Universidade Gama Filho, Laboratório de Neurociência do Exercício, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Jerson Laks
1-    Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro de Doenças de Alzheimeir e outras Desordens, Instituto de Psiquiatria, Rio de Janeiro, RJ, Brasil 2-      Pesquisador 2 – Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) 3-     Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE)
Publicado
2014-04-16
Seção
Artigos Originais