Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física e comportamento sedentário no Brasil: atualização de uma revisão sistemática

  • Virgílio Ramires Universidade Federal de Pelotas
  • Leonardo Becker Universidade Federal do Paraná
  • Ana Sadovsky Universidade Federal do Espirito Santo
  • Adriana Zago Universidade Federal do Espirito Santo
  • Renata Bielemann Universidade Federal de Pelotas
  • Paulo Guerra Universidade de São Paulo
Palavras-chave: Atividade motora, Estilo de vida sedentário, Estudos epidemiológicos, Brasil

Resumo

O objetivo desta revisão foi atualizar a evolução da produção científica em epidemiologia da atividade física no Brasil. Também buscamos verificar a distribuição geográfica das pesquisas e a evolução do conhecimento conforme os principais domínios que caracterizam a pesquisa em atividade física e saúde. Foi realizada uma busca sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, além de buscas manuais por autores e referências cruzadas. Artigos originais publicados entre 2005 e 2013 foram incluídos contendo um ou mais domínios da atividade física, conhecimento sobre atividade física e/ou comportamento sedentário, com amostra igual ou maior a 500 participantes. Após a síntese descritiva, os estudos foram estratificados conforme localização geográfica, delineamento e domínios de pesquisa na área da atividade física e saúde. A análise final foi feita com 276 estudos. Os dados obtidos demonstraram crescente publicação científica brasileira na área de epidemiologia da atividade física (de 7 para 49 artigos/ano), sendo 82,2% delineados para analisar os determinantes, níveis e tendências temporais e as consequências à saúde da prática regular da atividade física e/ou do prolongamento do comportamento sedentário. No plano regional, houve concentração das pesquisas nas regiões Sul (43,5%) e Sudeste (22,1%) do país e crescimento das publicações provindas da região Nordeste (18,5%), e dos trabalhos com representatividade nacional, ou que envolvem cidades de regiões distintas (12,3%). Foi evidenciada grande evolução no número de publicações brasileiras em epidemiologia da atividade física, apesar de importantes limitações regionais, tipo de delineamento utilizado e dos domínios de pesquisa desenvolvidos.

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Biografia do Autor

Paulo Guerra, Universidade de São Paulo
Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em Atividade Física e Saúde (GEPAF), Universidade de São Paulo, Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP)
Publicado
2014-09-16
Seção
Artigos de Revisão