A utilização de superfície instável aumenta a atividade eletromiográfica dos músculos da cintura escapular no exercício crucifixo

  • Bruno Melo
  • André Pirauá
  • Natália Beltrão
  • Ana Carolina Pitangui
  • Rodrigo Araújo
Palavras-chave: Exercício físico, Ombro, Eletromiografia

Resumo

O objetivo do presente estudo foi comparar a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos da cintura escapular e membro superior no exercício crucifixo realizado em superfície estável e instável. Participaram do estudo 14 voluntários (22,5 ± 2,4 anos, 173,6 ± 7,10 cm, 76,03 ± 9,02 kg). Cada voluntário realizou uma série de 10 repetições do exercício crucifixo em uma superfície estável (banco horizontal) e uma instável (bola suíça). A intensidade foi fixada em 30% de 1-RM em ambas as condições. Foram captados sinais EMG da porção clavicular do Peitoral Maior (PM), Deltoide Anterior (DA) e Serrátil Anterior (SA). Para análise dos dados foi utilizada uma ANOVA Two-way com medidas repetidas para comparação da atividade EMG em cada condição, com pós-teste de Bonferroni e para analisar os valores de RM foi utilizado o teste de Wilcoxon. Para todas as análises foi fixado um nível de significância de p≤0,05. Resultados demonstraram que os músculos peitoral maior (p = 0,036), deltoide anterior (p = 0,042) e serrátil anterior (p = 0,017) apresentaram valores de atividade EMG mais elevados quando o exercício foi realizado na superfície instável. Não foi verificada diferença significativa para os valores obtidos no teste de 1RM entre as superfícies (p = 0,125). Diante dos resultados é possível concluir que o uso de superfícies instáveis, associado a um exercício monoarticular, com carga rotacional, para cintura escapular e membros superiores, promove maiores níveis de atividade EMG dos grupamentos motores primários.

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Biografia do Autor

Rodrigo Araújo
Publicado
2014-05-26
Seção
Artigos Originais