Acesso e utilização da Academia da Cidade de Belo Horizonte: perspectiva de usuários e monitores
Palavras-chave:
Atividade motora, Política de saúde, Acesso aos serviços de saúde
Resumo
O artigo teve como objetivo analisar a Academia da Cidade, programa governamental de estímulo à prática de atividade física, na perspectiva dos usuários e monitores, identificando os elementos de acesso, utilização e responsabilização. Trata-se de estudo qualitativo cujos dados foram obtidos pela observação das atividades desenvolvidas em quatro pólos da Academia da Cidade localizadas no município de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Também foram realizadas entrevistas com usuários e monitores responsáveis por esta prática. As entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas aos critérios da análise de conteúdo buscando apreender as categorias temáticas que emergiram dos dados empíricos: “Academia da Cidade: o cotidiano das atividades” e “Acesso, utilização e responsabilização.” Os resultados indicam que o público das academias é predominantemente feminino. A busca pelas atividades físicas no programa se dá principalmente para melhoria da saúde, contudo a busca pela estética também foi relatada pelos entrevistados. A Academia também se mostrou um importante espaço de convivência, como ferramenta para o controle da depressão. O acesso é importante componente deste dispositivo oportunizando um local para prática de atividade física, próximo a residência ou de trabalho, sendo apontado pelos monitores e usuários como facilitador da adesão. Conclui-se que a Academia da Cidade é inovadora ao incluir novos espaços e sujeitos em atividades físicas. Na perspectiva dos usuários e monitores a prática é capaz de atuar sobre o modo de vida e o acesso foi apontado como o elemento crucial para o seu sucesso.
Publicado
2014-12-18
Edição
Seção
Artigos Originais
Os autores deverão encaminhar no momento da submissão, a declaração de transferência de direitos autorais assinada. Esta declaração deverá ser preparada em conformidade com o modelo fornecido pela revista. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, não podendo ser reproduzidos, mesmo que de forma parcial, incluindo a tradução para outro idioma, sem a autorização por escrito da Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde.