Tendência temporal de indicadores da prática de atividade física e comportamento sedentário nas capitais da Região Norte do Brasil: 2006-2013

  • Grégore Mielke Universidade Federal de Pelotas
  • Danylo Costa Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Amapá.
  • Sheila Stopa Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, e Promoção da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
  • Maryane Oliveira-Campos Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, e Promoção da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
  • Demilto Pureza Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Amapá
  • Marta Silva Departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, e Promoção da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
Palavras-chave: Estilo de vida sedentário, Esportes, Adulto, Vigilância em saúde pública, Atividade motora

Resumo

O objetivo deste estudo foi descrever as mudanças na prática de atividade física nas capitais da região Norte entre 2006 e 2013. Foram analisados os dados de adultos (18+ anos) que fizeram parte do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), das capitais de estados da região Norte do Brasil (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins) no período de 2006 a 2013. Foram analisadas as tendências de atividade física no tempo livre, deslocamento a pé ou de bicicleta para ir/voltar do trabalho/escola, prevalência de inatividade física considerando todos os domínios (lazer, deslocamento, trabalho e tarefas domésticas), além da proporção de adultos que relataram três ou mais horas assistindo televisão por dia. Para os indicadores de atividade física no tempo livre, prevalência de adultos que assistiram televisão por três ou mais horas/dia e prevalência de inatividade física não foram observadas mudanças no período analisado. Houve uma redução na proporção de adultos que relataram se deslocar a pé ou de bicicleta para o trabalho/escola de 19,1% em 2009 para 11,8% em 2013 (p=0,004). A região Norte apresenta uma tendência de diminuição no deslocamento ativo semelhante à tendência nacional, enquanto que a prática de atividade física no lazer permaneceu estável. Monitorar os indicadores de atividade física no contexto regional pode auxiliar gestores no direcionamento de políticas de promoção da atividade física. 
Publicado
2015-09-04
Seção
Artigos Originais