INCAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

  • Giovâni Firpo Del Duca Universidade Federal de Santa Catarina
  • Marcelo Cozzensa da Silva
  • Shana Ginas da Silva
  • Markus Vinicius Nahas
  • Pedro Curi Hallal
Palavras-chave: Saúde do idoso, envelhecimento, atividades cotidianas, estudos transversais, atividade motora

Resumo

Os objetivos do estudo foram caracterizar o grau de incapacidade funcional para a realizaçãode atividades básicas da vida diária e determinar a prevalência e os fatores associadosà incapacidade funcional em idosos institucionalizados. Realizou-se estudo transversal dotipo censo das instituições de longa permanência para idosos de Pelotas, Rio Grande doSul. O desfecho, incapacidade funcional, foi avaliado pelo Índice de Katz, e definido comoa necessidade de ajuda parcial ou total para cada uma das seis atividades básicas da vidadiária investigadas. As exposições avaliadas foram sexo, idade, escolaridade e nível de atividadefísica. Empregou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta nas análisesbruta e ajustada. A amostra foi composta por 393 sujeitos com idade igual ou superiora 60 anos. A prevalência de incapacidade funcional em, no mínimo, uma atividade da vidadiária foi de 79,4% (IC95%: 75,4; 83,4), sendo que, 10,9% apresentaram incapacidade emapenas uma atividade básica, 28,5% tiveram de duas a quatro atividades com incapacidadefuncional e 40,0% relataram cinco ou seis atividades básicas com incapacidade funcional.Os idosos apresentaram maior percentual de independência para comer (73,3%) e menorpercentual de independência para tomar banho (26,7%). Na análise ajustada, mulheres,idosos com menor escolaridade, idades avançadas e inativos fisicamente apresentarammaior número médio de atividades da vida diária acumuladas com incapacidade funcional.Observou-se alta prevalência de incapacidade funcional entre idosos institucionalizados. Ainatividade física foi o fator mais fortemente associado à incapacidade funcional.
Seção
Artigos Originais