Barreiras e facilitadores da adesão a um programa de educação em diabetes: a visão do usuário

  • Guilherme Mendes Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física
  • Jane Dullius Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física
  • Alexandre Rezende Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física
  • Julia Nogueira (Editora-Associada), Faculdade de Educação Física / Universidade de Brasília
Palavras-chave: Educação, Exercício, Adesão do paciente, Programas de saúde

Resumo

Este estudo objetiva identificar barreiras e facilitadores da adesão a um programa para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). O Programa Doce Desafio (PDD) é contínuo, de base anual; regular, oferecido desde 2001; multidisciplinar, com exercícios físicos supervisionados, alimentação, autocuidado, uso de medicamentos e aspectos psicossociais; multiprofissional, com profissionais da farmácia, nutrição, educação física, medicina e enfermagem; multiestratégico, com palestras, debates, jogos, oficinas, discussões, e práticas de exercício físico supervisionado; comunitário, incluindo a atenção básica; e intersetorial, entre Universidade e Serviço; e realiza sessões de 120 minutos duas vezes por semana, em três locais do Distrito Federal. A pesquisa foi qualitativa, exploratória e baseada na técnica “roda de conversa”. Todos os 132 frequentadores do programa foram convidados e 55 sujeitos aceitaram participar da pesquisa. Cada unidade de atendimento sediou um encontro mediado pelo pesquisador, utilizando roteiro semiestruturado, para estabelecer um diálogo sobre as barreiras e facilitadores da adesão ao PDD. Todas as falas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo. Das falas emergiram seis facilitadores à adesão: motivação para aprender; incentivo familiar; interação afetiva; melhoria da saúde e qualidade de vida; prazer da atividade física; e orientação profissional. E, quatro barreiras: desgaste no preenchimento de formulários; complicações de saúde; dificuldades financeiras; e problemas familiares. Educação multidisciplinar, exercícios físicos orientados e acompanhamento humanizado foram diferenciais do PDD em relação a outras vivências no tratamento da DM2. Falta avançar na capacitação profissional e sensibilização dos participantes para que as avaliações clínicas se tornem menos exaustivas e mais acessíveis.

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Biografia do Autor

Julia Nogueira, (Editora-Associada), Faculdade de Educação Física / Universidade de Brasília
Professora da Faculdade de Educação Física / Universidade de Brasília
Publicado
2017-05-01
Seção
Artigos Originais