QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL

  • Hudson de Resende Moreira
  • Gelcemar Oliveira Farias
  • Jorge Both
  • Juarez Vieira do Nascimento
Palavras-chave: Qualidade de vida, condições de trabalho, saúde do trabalhador.

Resumo

Este estudo descritivo exploratório tem como objetivo verificar a correlação entre a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)com a Síndrome de Burnout (SB) em Professores de Educação Física. Participaram da investigação 149 professores deEducação Física, vinculados à Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul. Os instrumentos de coleta de dadosforam a Escala de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho Percebida por Professores de Educação Física (QVT-PEF), o Maslach Burnout Inventory (MBI) e um questionário sociodemográfico. Na análise dos dados, empregaram-se o teste Qui-quadrado para grupo único e o teste de correlação de Spearman. Os resultados revelaram que a maioria dos professores encontra-se satisfeita com a qualidade de vida no trabalho, embora esteja insatisfeita com a remuneração e a compensação. A dimensão exaustão emocional do MBI obteve moderada correlação com a dimensão trabalho espaço total de vida do QVTPEF e a dimensão realização profissional revelou fraca correlação com as dimensões oportunidade futura de crescimento e segurança e trabalho e espaço total de vida. As evidências encontradas permitem concluir que a exaustão emocional relatada pelos professores está associada às condições de trabalho; ao sentimento de segurança; à possibilidade de progressão na carreira docente; às garantias legais aos trabalhadores; ao tempo equilibrado entre trabalho e lazer. A realização profissionalestá ligada também aos sentimentos de estabilidade, à possibilidade de progressão na carreira e ao equilíbrio do tempo entre trabalho e lazer.
Publicado
2012-09-10
Seção
Artigos Originais