EXERCÍCIO FÍSICO, DÉFICITS COGNITIVOS E APTIDÃO FUNCIONAL DE IDOSOS USUÁRIOS DOS CENTROS DE SAÚDE DE FLORIANÓPOLIS
Palavras-chave:
déficits cognitivos, exercício físico, aptidão funcional, idosos, atividade física, envelhecimento.
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de um programa de exercício físico nos déficits cognitivos e na aptidão funcional de idosos usuários dos Centros de Saúde de Florianópolis. A amostra foi composta por 129 idosos (112 mulheres e 17 homens), que foram avaliados em períodos pré-estabelecidos, totalizando, ao máximo, sete avaliações. Os instrumentos utilizados foram: Mini Exame do Estado Mental (MEEM); International Physical Activity Questionnaire (IPAQ); Bateria de testes físicos, proposta pela AAHPERD (American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance). Utilizou-se estatística descritiva e inferencial (correlação de Spearman e Pearson; testes t pareado para amostras dependentes, Friedman e Wilcoxon). Dentre os resultados, foi verificado que antes da inserção no programa, 81,4% eram ativos e 36,8% afirmaram não praticar atividades físicas no lazer. Observou-se aumento da média geral do MEEM e do Índice de Aptidão Funcional Geral (IAFG) da primeira avaliação (25,9±1,1; 207±27,2) para a última avaliação (26,4±1,4; 231,7±43,5), respectivamente. Todavia, foi detectada diferença estatística significante somente para aqueles que frequentaram assiduamente o programa de exercício físico (p=0,05; p<0,001, para MEEM e IAFG, respectivamente). Houve redução do número de idosos que apresentavam pontuação abaixo do normal no MEEM (de 27 para 13). Foram detectadas associações significantes do MEEM com os níveis de atividade física (r=0,90; p=0,006) e do MEEM com a aptidão funcional (r=0,35; p=0,004). Conclui-se que o exercício físico teve influência positiva na melhora dos déficits cognitivos (pontuação do MEEM) e da aptidão funcional, somente para aqueles que participaram assiduamente do programa.
Publicado
2012-09-11
Edição
Seção
Artigos Originais
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