EFEITOS DA DESNUTRIÇÃO PROTÉICA FETAL/ NEONATAL SOBRE A AÇÃO DA INSULINA E A HOMEOSTASE GLICÊMICA NA VIDA ADULTA

  • Patricia Berbel Leme de Almeida
  • Maria Alice Rostom de Melo
Palavras-chave: Desnutrição protéica, Recuperação nutricional, Insulina, Glicose e Músculo esquelético.

Resumo

O presente estudo foi delineado para avaliar os efeitos imediatos e tardios da restrição protéica durante a vida fetale neonatal sobre a ação periférica da insulina em ratos. Ratas grávidas da linhagem Wistar foram alimentadas,durante a gravidez e a lactação, com dietas isocalóricas hipoprotéica (6% de proteína) e normoprotéica (17% deproteína), servidas à vontade. As crias do sexo masculino foram avaliadas ao desmame (21 dias) e aos 90 dias.A partir daí, todos os animais passaram a receber a dieta normoprotéica. Ao desmame, os animais hipoprotéicosapresentaram peso corporal e teores séricos de glicose e de insulina significativamente menores em relação aosnormoprotéicos. A taxa de remoção de glicose após administração de insulina exógena (Kitt) foi significantemente superior nos animais hipoprotéicos em relação aos normoprotéicos. A captação e oxidação de glicose pelo músculo sóleo isolado estimuladas pela insulina não foram diferentes entre os animais dos dois grupos. Na idade adulta, os teores séricos de glicose, insulina e os valores de Kitt foram semelhantes nos animais de ambos os grupos,assim como a captação e a oxidação de glicose pelo músculo sóleo isolado. Por outro lado, quando submetidosaos estresses de jejum de 48 horas e exercício agudo, os animais hipo/normoprotéicos reduziram a captação eoxidação de glicose, fato este não observado entre os normoprotéicos. Esses resultados sugerem que o metabolismo glicídico dos animais possa estar restabelecido na ausência de fatores estressantes. A incapacidade em responder adequadamente a diferentes estresses pode levar à intolerância à glicose.
Publicado
2012-09-12
Seção
Artigos Originais