AVALIAÇÃO DA TAXA METABÓLICA BASAL DE MULHERES COM OBESIDADE MÓRBIDA RESIDENTES NO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

  • Marcelo de Castro Cesar
  • Adalberto Vicente de Oliveira Jr.
  • Irineu Rasera Jr.
  • Elisabete Cristina Shiraga
  • Fábio Tadeu Montesano
  • Mary Wajsberg
  • Cristiano Ralo Monteiro
  • Turíbio Leite de Barros
Palavras-chave: Obesidade mórbida, mulheres, taxa metabólica basal, calorimetria indireta.

Resumo

Este estudo teve como objetivos avaliar a taxa metabólica basal (TMB) de mulheres com obesidade mórbida residentes no interior do Estado de São Paulo, Brasil, comparando a TMB medida por calorimetria indireta com a TMB calculada usando as equações de Harris-Benedict e da Food Agriculture Organization / World Health Organization (FAO/WHO), e determinar se é importante a medida da TMB por calorimetria indireta, para elaboração de programas para redução de peso com dieta e exercício nesta população. A taxa metabólica basal de 20 pacientes com obesidade mórbida (IMC, 40,3 a 64,3 kg/m2), com idade média de 39,3 anos (DP = 6,4), foi medida por calorimetria indireta e comparada com a TMB calculada pelas equações de predição de Harris-Benedict e FAO/WHO. Foi realizado um estudo de reprodutibilidade e calculado os coefici­entes de correlação intraclasses para comparar a TMB medida com as calculadas por equações. A média da TMB medida por calorimetria indireta foi de 2023,0 kcal/dia (DP = 401,9), e não houve concordância com as equações de predição de Harris-Benedict (p = 0,08) e FAO/WHO (p = 0,08). Concluímos que as equações de predição de Harris-Benedict e FAO/WHO não permitem uma estimativa real da taxa metabólica basal de mulheres com obesidade mórbida residentes no interior do estado de São Paulo. Portanto, a mensuração da taxa metabólica basal por calorimetria indireta, nestas pacientes, é importante para elaboração de programas para redução de peso corporal com dieta e exercício.
Publicado
2012-10-15
Seção
Artigos Originais