MODELO EXPERIMENTAL PARA O ESTUDO DA INTERAÇÃO ENTRE METABOLISMO DA GLICOSE E DOS ÁCIDOS GRAXOS LIVRES NO EXERCÍCIO EM CONDIÇÃO DE HIPERLIPEMIA

  • Maria Alice Rostom de Mello
  • Cláudio Alexandre Gobatto
  • Clarice Yoshico Sibuya
Palavras-chave: metabolismo, glicose, ácidos graxos livres, exercício.

Resumo

Este estudo foi delineado para desenvolver um modelo animal de hiperlipemia crônica, independente de manipulação dietética, vi­sando análise da interação metabólica glicose/ácidos graxos livres (AGL) no exercício. Ratos com 60 dias foram separados em 4 grupos e trata­dos por 6 semanas. Sedentário/Heparina- receberam diariamente uma aplicação de heparina (250 U/kg), para elevar os AGL circulantes; Se­dentário/Salina - receberam diariamente uma aplicação de salina (NaCI 0.9%); Treinado/Heparina - receberam heparina e foram submetidos a natação, 1h/dia, 5 dias/semana, com sobrecarga de 5% p.c. e Treina­do/Salina- receberam salina e foram submetidos a natação. Os ani­mais "heparina" apresentaram AGL séricos elevados durante parte do dia Glicose e insulina basais no soro e insulina no pâncreas foram semelhantes para todos os grupos. Glicogênio do músculo sóleo foi maior nos treinados que nos sedentários. Durante teste de tolerância a glicose os animais "heparina" apresentaram área sob a curva de insu­lina superior e área sob a curva de glicose semelhante às dos "salina". Durante teste de tolerância á insulina, a taxa de remoção da glicose sérica dos ratos "heparina" foi inferior á dos "salina". A presença de AGL não afetou a depleção do glicogênio do músculo sóleo isolado em nenhum grupo. Em resumo, os efeitos crônicos da elevação da dispo­nibilidade de AGL alteraram a utilização periférica de glicose enquanto que o aumento agudo não o fez. 0 modelo parece viável para estudos da interação metabólica glicose /AGL no exercício.
Publicado
2012-10-15
Seção
Artigos Originais