Características do ambiente do bairro e prática de caminhada no lazer e deslocamento em idosos

  • Giovane Balbé Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI)
  • Clair Wathier Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI)
  • Cassiano Rech Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Palavras-chave: Ambiente construído, Atividade motora, Planejamento urbano, Envelhecimento

Resumo

Este estudo teve como objetivo analisar a prevalência e as características do ambiente do bairro associadas com a caminhada no lazer e no deslocamento em idosos. Estudo transversal com 213 idosos (60 a 93 anos; 78,9% mulheres), participantes de grupos de convivência da zona urbana de Rio do Sul (SC), no ano de 2014. A caminhada no lazer e deslocamento foi avaliada utilizando a versão longa do Questionário Internacional de Atividade Física (ativo ≥150 minutos/sem). A percepção do ambiente foi mensurada a partir da versão modificada da Neighborhood Environmental Walkability Scale, composta de 13 questões sobre as características do ambiente do bairro. Adotaram-se análises de regressão logística binária bruta e ajustada, com nível de significância de 5%. A prevalência de caminhada no lazer foi de 22,1% (IC95%: 16,4-27,7) e de 28,2% (IC95%: 22,1-34,2) no deslocamento. A percepção de existência de ruas inclinadas (OR= 3,18; IC95%: 1,44-7,05) e de academias ao ar livre (OR= 0,16; IC95%: 0,04-0,70) foi associada com caminhada no lazer. No deslocamento, observou-se que maior chance de ser ativo na caminhada entre idosos que perceberam à presença de calçadas em condições de uso (OR= 3,50; IC95%: 1,48-8,28) e a presença de academias de ginástica (OR= 4,16; IC95%: 1,72-12,3). Conclui-se que menos de 30% dos idosos de Rio do Sul são ativos na caminhada no lazer e no deslocamento e, a presença de calçadas em condições adequadas de uso foi associada com o comportamento ativo na caminhada no deslocamento em idosos. Melhorar a estrutura das calçadas e diversificar os espaços para atividade física pode promover maiores níveis de caminhada em idosos.

Biografia do Autor

Giovane Balbé, Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI)
Curso de Educação Física, Rio do Sul, Santa Catarina, Brasil
Clair Wathier, Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (UNIDAVI)
Curso de Educação Física, Rio do Sul, Santa Catarina, Brasil
Cassiano Rech, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Departamento de Educação Física, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
Publicado
2017-03-01
Seção
Artigos Originais