Efluente da parboilização de arroz como cosubstrato em biodigestão anaeróbia de efluente de laticínios

  • Willian Cézar Nadaleti Universidade Federal de Pelotas, Centro de Engenharias
  • Vitor Alves Lourenço Universidade Federal de Pelotas, Centro de Engenharias
  • Guilherme Pereira Schoeler Universidade Federal de Pelotas, Centro de Engenharias
  • Diuliana Leandro Universidade Federal de Pelotas, Centro de Engenharias
  • Maurízio Silveira Quadro Universidade Federal de Pelotas, Centro de Engenharias

Resumo

O Brasil é o um dos maiores produtores de laticínios do mundo, o setor gera de 2,5 e 4,0 m³ de efluente com alta concentração de gorduras para cada metro cúbico de leite processado. O emprego de um cosubstrato na biodiegstão anaeróbia é capaz de promover a diluição de compostos inibitórios e, assim, elevar a produção de biogás. O efluente da indústria de arroz parboilizado é um possível cosubstrato para a biodigestão do efluente de laticínios, visto que não apresenta compostos inibitórios e é gerado em larga escala no país. O objetivo do estudo foi avaliar o uso desse efluente como cosubstrato para o processo de biodigestão anaeróbia do efluente da produção de laticínios, ambos gerados no município de Pelotas-RS. Os biodigestores operaram à 35 °C em batelada, sendo que ao fim de 276 horas, a produção de biogás foi diretamente proporcional ao teor de cosubstrato na mistura, onde a maior proporção de efluente da parboilização de arroz produziu o maior volume de biogás, 3,39E-03 m³, e a biodigestão apenas do efluente da indústria de laticínios produziu 1,21E-03 m³, evidenciando que o efluente da parboilização de arroz apresenta resultados satisfatórios quando empregado como cosubstrato para a biodigestão anaeróbia do efluente da produção de laticínios.
Publicado
2020-01-07
Seção
Saneamento Urbano e Rural