Gustavo Crizel Gomes
Universidade Federal de Pelotas/PPGDTSA – Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais
https://orcid.org/0000-0001-9869-0932
Artur Ramos Molina
Universidade Federal de Pelotas/PPG SPAF - Programa de Pós-graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
https://orcid.org/0000-0002-6022-6760
Palavras-chave:
biopirataria, direito ambiental, tráfico de animais silvestres
Resumo
A retirada de animais da natureza e o tráfico de animais oferecem uma grande ameaça a biodiversidade. O livre comércio em plataformas sociais está ocupando um lugar notório na sociedade e para isso, nota-se a necessidade de profissionais com conhecimentos técnico-científicos para auxiliar no combate ao tráfico de animais e nos processos judiciais. O objetivo deste estudo foi reconhecer o comércio ilegal de aves nativas do Rio Grande do Sul em uma plataforma social, e avaliar seu uso como ferramenta para perícias ambientais. Foram monitorados, durante um mês, três grupos de comércio de aves na plataforma Facebook®. Os dados obtidos foram: espécie nativa ou exótica do Rio Grande do Sul, valor de venda, presença de anilha e espécies mais anunciadas. Contabilizou-se 338 anúncios, comercializando 36 espécies. Os valores variaram de R$ 25,00 a R$ 1.500,00 o espécime. Quatro espécies apresentam algum grau de ameaça de extinção. Seis espécies representaram 70% dos anúncios. Para os peritos ambientais e investigadores criminais, esta modalidade de comércio proporciona uma ferramenta válida para atuarem de forma mais acentuada e eficaz. Estes locais além de expor os criminosos, podem fornecer informações valiosas para o combate ao tráfico de animais silvestres.