Caderno de Letras
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<p>Caderno de Letras é uma publicação científica quadrimestral do Centro de Letras e Comunicação e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas. Desde 1982, contribui para a publicação de textos acadêmicos de pesquisadores nacionais e estrangeiros que colaboram com a reflexão teórica em literatura, linguística, tradução, outros espaços da linguagem e ensino em Letras. O fluxo de edição se dá por chamadas para dossiê temático, abertas três vezes ao ano. </p> <p><strong>Qualis:</strong> <span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}">A4</span></p> <p><span data-sheets-value="{"1":2,"2":"A4"}" data-sheets-userformat="{"2":2627,"3":{"1":0},"4":{"1":2,"2":16776960},"9":1,"12":0,"14":{"1":3,"3":1}}"><strong>ISSN:</strong> 2358-1409</span></p>Universidade Federal de Pelotaspt-BRCaderno de Letras0102-9576<p>Autores que publicam no <em>Caderno de Letras </em>concordam com os seguintes termos:</p><p>a) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/">BY-NC-ND 2.5 BR</a>, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p><p>c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.</p><p>d) Autores de trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.</p><p>e) Os autores assumem que os textos submetidos à publicação são de sua criação original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.</p>Textos en función crítica
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<p>Presentación</p>Marcela Croce
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2024-09-282024-09-284871010.15210/cdl.vi48.27731O tornar-se teoria da crítica latino-americana: uma proposta
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<div style="text-align: justify;"> <p>O artigo reconstrói o diálogo que, entre as décadas de 1950 e 1970, ocorreu nos estudos literários rio-platenses em torno da categoria de literatura fantástica. O ponto de partida é “Ensayo de una tipología de la literatura fantástica (a partir de la literatura hispanoamericana)” que Ana María Barrenechea publicou em 1972. A proposta é transcender a discussão explícita com Todorov para focar naquela que ocorre na região com outros posições críticas que, nos mesmos anos, trataram do tema: o “arquetípico” que Jorge B. Rivera propõe, os “raros” de Ángel Rama e a magia que Emir Rodríguez Mongal tira de Borges. A partir desse percurso, investiga-se o modo como a circulação e a reelaboração de categorias dão origem a uma teoria literária latino-americana e discutem-se suas condições de possibilidade. Palavras-chave: Literatura latino-americana; crítica literária; teoria literária; gênero fantástico.</p> </div>Mercedes Alonso
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2024-09-282024-09-2848112710.15210/cdl.vi48.27556"Um dia me irei de repente [...] e tudo será espalhado, esquecido, perdido". Ángel Rama na inestabilidade da crítica
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<div style="text-align: justify;"> <p>A “função crítica” é um conceito que permite verificar a manifestação da prática em<br>textos que não são reconhecidos como veículos de crítica. Uma discursividade múltipla compõe<br>esse repositório, da qual este artigo foca a correspondência intelectual. Para isso, escolhe Una<br>vida en cartas, uma seleção da correspondência de Ángel Rama editada em 2022 pela filha do<br>autor e pela ex-discípula Rosario Peyrou. Por razões puramente didáticas e organizativas, o<br>trabalho está dividido em três grandes períodos, que não são etapas fechadas, mas as vezes<br>sobrepõem-se e frequentemente intercomunicam-se com os outros momentos. A vontade da<br>investigação é estudar a crítica livre das condições profissionalizantes e das exigências das<br>publicações acadêmicas, onde seja possível restaurar julgamentos de primeira mão e relações<br>intelectuais com projeções afetivas que vão da confiança ao debate direto e à reprovação<br>enfática.</p> </div>Marcela Croce
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2024-09-282024-09-2848294710.15210/cdl.vi48.27558Axolotes soltos no rio de La Plata: uma leitura sobre as narrativas pessoais de Ángel Rama e Jorge Lafforgue
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<div style="text-align: justify;"> <p>Neste trabalho traçamos como a crítica literária circula e opera em duas narrativas pessoais, as dos críticos e gestores culturais latino-americanos Ángel Rama e Jorge Lafforgue. Dado que a crítica se desenvolve através de diversas alternativas formais, arrisca-se que a intervenção crítica também adote nelas diferentes configurações. Tanto Rama quanto Lafforgue valem-se de uma série de mecanismos autorreferenciais para articular a imagem do autor com suas postulações ensaísticas. Em suma, Diário 1974-1983 e Cartografia pessoal. Escritos e escritores da América Latina (2005) são textos anfíbios, que articulam múltiplos discursos sociais através de formas diferentes de autofiguração.</p> </div>Yamila Martínez Pandiani
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2024-09-282024-09-2848496010.15210/cdl.vi48.27559"Festa das balas". Historiografia da nota vermelha no México: Carlos Monsiváis em face do "narco"
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<div style="text-align: justify;"> <p>Este trabalho busca reconstruir as propostas do cronista mexicano Carlos Monsiváis, compiladas no livro Los mil y un velorios. Crónica de la nota roja en México, publicado originalmente em 1994. É um volume que faz uma genealogia do gênero de notícias ou crônica policial e sua evolução histórica nos jornais do país, desde o início do século passado até os dias atuais. Foi reeditado quinze anos depois, em 2009, e, como indica o autor em nota preliminar, adquiriu um novo significado nesse contexto de espiral de violência no contexto da "guerra às drogas". Nota-se que o próprio gênero de nota roja sofreu transformações à medida que os crimes se transmutaram; passou de assassinatos a massacres e, portanto, da singularidade e do próprio nome ao anonimato em massa sem justiça. É por isso que nos interessa rever os postulados de Monsivais sobre o gênero jornalístico em questão, com a hipótese de que a nota roja funcionaria como um "hipotexto" (Genette, 1989) de certas narrativas posteriores sobre o crime, o que aumentaria sua promoção mais tarde no novo milênio. A nota roja, por meio de seu meio – o jornal – por meio de sua circulação e consumo de massa, constrói a lealdade de um público urbano que dá rédea solta ao cultivo na leitura de suas paixões mórbidas, e estabelece certos modos de representação espetacularizante e ficcionalização do crime, que será a condição de possibilidade dos múltiplos produtos da chamada "narcocultura" (romances, romances, novelas histórias, crônicas, séries de televisão), apareceu no início do século.</p> </div>Lucía Battista Lo Bianco
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2024-09-282024-09-2848618310.15210/cdl.vi48.27557"´SEJA O D. QUIXOTE´. LA LITERATURA ESPAÑOLA EN LAS CRÓNICAS DEL BRASILEÑO OLAVO BILAC
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<p>Olavo Bilac (Rio de Janeiro, 1865-1918) é o escritor mais representativo do parnasianismo no Brasil. O "príncipe dos poetas brasileiros" publicou seu primeiro livro <em>Poesias</em> em 1888 e também escreveu contos, ensaios sobre vários assuntos, poemas para crianças e crônicas. Ele foi jornalista durante trinta anos e fez publicações nos mais importantes jornais e revistas da época.</p> <p>Nesta oportunidade, será feita uma análise das possíveis relações entre a literatura espanhola e a brasileira em uma seleção de crônicas que Bilac publicou no jornal <em>A Gazeta de noticias</em> de Rio de Janeiro entre 1901 e 1903. Os textos falam de famosos escritores da Espanha como Miguel de Cervantes e Ramón de Campoamor, e personagens literários, como Dom Quixote, os quais funcionam como referências para o autor brasileiro.</p>Monserrat Brizuela
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2024-09-282024-09-2848859410.15210/cdl.vi48.26828EXCURSIONES DE LA CRÍTICA: EL RASTREO DE LA NOVELA PICARESCA EN EL RÍO DE LA PLATA
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<p>Embora o romance picaresco seja geralmente asociado à Espanha e à Siglo de Oro, hà elementos do gênero que persistiram na literatura latino-americana. Nas crônicas do Novo Mundo, a figura do pícaro serviu para relatar a aventura do europeu ganancioso nas terras da fartura. O Río de la Plata não foge à regra e o aspecto picaresco é muito mais amplo do que a ausência de estudos sisteméticos sobre esse tipo de narrativa nos permite supor, indo desde um tom de humor na gauchesca até o exercício da critica literária.</p>Lucas Panaia
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2024-09-282024-09-28489510510.15210/cdl.vi48.27380LAS DERIVACIONES DE UNA OPERACIÓN CRÍTICA. FERNANDO ORTIZ: TRANSCULTURACIÓN Y MOVILIDAD
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<p>Nuestro propósito es trazar un recorrido de perspectivas teórico-metodológicas que provienen de una cultura literaria centrada en el libro, el autor, la imprenta y autocentradas en los confines nacionales. El otro extremo de la senda lo ocupan otras concepciones caracterizadas por la expansión, el relacionamiento la acción en espacios supranacionales. El debate sobre la literatura mundial mostró que el camino de literaturas definidas por el factor del Estado-nación no era el más conveniente para los estudios literarios latinoamericanos. Ha quedado al descubierto que el reconocimiento de la presencia del elemento exógeno procedente de diversos espacios posee la capacidad de producir rupturas y consecuencias determinantes en las historias literarias nacionales. En el recorrido propuesto la noción de transculturación de Fernando Ortiz cobra nuevas dimensiones a la luz de las corrientes interculturales.</p>Claudio Maiz
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2024-09-282024-09-284810712110.15210/cdl.vi48.27560EM TORNO DA CULTURA ESCRITA: DA MATERIALIDADE DO IMPRESSO E CAPACIDADE DE PERSUASÃO
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<p>O artigo analisa a relação entre o suporte e a função exercida pelo impresso, notadamente três deles: o livro, o jornal e o panfleto. Em cada um dos suportes, uma relação principal é explorada (livro-espaço de sedição; jornal-formação do leitor; panfleto-circulação de ideias). A questão é verificar qual é a principal vantagem operacional oferecida por cada tipo de suporte para as atividades cotidianas da militância.</p>Márcio Santos de Santana
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2024-09-282024-09-284812314010.15210/cdl.vi48.26846CUADERNILLOS DE CDS UTILIZADOS COMO PARATEXTOS EN LA COLECCIÓN COMPOSITORES LATINO-AMERICANOS DE BEATRIZ BALZI
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<p>Este artículo tiene por objetivo analizar el empleo de los cuadernillos como paratextos de los CDs producidos por la pianista argentino-brasileña Beatriz Balzi (1936-2001) en su serie de CDs titulada <em>Compositores Latino-americanos </em>(1984-2000)<strong><em>. </em></strong>Para ello utiliza el concepto de <em>paratexto</em> como un conjunto de herramientas verbales o icónicas que prepara al (a la) receptor(a) para la obra que está por conocer (GENETTE, 1987, apud ALVARADO, 1994), así como la idea de música como una forma de lenguaje, capaz de expresar y comunicar la experiencia humana (ADORNO, 2018, apud MEDEIROS; LOPES, 2021).</p>Eliana Maria de Almeida Monteiro da Silva
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2024-09-282024-09-284814116510.15210/cdl.vi48.27369LA FUNCIÓN CRÍTICA DE LA PSICOLOGÍA DE LA LIBERACIÓN LATINOAMERICANA ANTE LAS DICTADURAS CÍVICO-MILITARES EN LA REGIÓN
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<p>Neste artigo investigaremos alguns aspectos da função crítica da psicologia da libertação latino-americana com base em três escritos importantes para esta tradição teórica. O primeiro deles é um livro escrito durante a ditadura civil-militar chilena, no qual as psicólogas Elizabeth Lira, Eugenia Weinstein, Rosario Domínguez, Juana Kovalskys, Adriana Maggi, Eliana Morales e Fanny Pollarolo demonstram corajosamente o potencial crítico do trabalho psicológico. O segundo é um artigo de Ignacio Martín-Baró, considerado o fundador da psicologia da libertação latino-americana. Nele ele propõe uma crítica à psicologia latino-americana e aos princípios que ela deve seguir para ser emancipatória. Finalmente, o terceiro é um manifesto realizado num congresso de psicologia da libertação, após o assassinato de Ignacio Martín-Baró, no qual é proposta uma agenda futura. Destes três textos pode-se observar que a psicologia da libertação latino-americana se caracteriza por uma prática comprometida com as vítimas estruturais do modelo capitalista, por um quadro teórico próprio e original, por um diálogo com a natureza religiosa dos setores populares e por uma abertura aos novos problemas gerados pela globalização econômica.</p>Alejandro ParedesJosué Veloz Serrade
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2024-09-282024-09-284816718310.15210/cdl.vi48.26985