D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus <p dir="ltr">A&nbsp;<em><strong>D'GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero</strong></em>, é um espaço interdisciplinar de debate sobre as intersecções que atravessam os campos dos estudos feministas e de gênero. A periodicidade da revista é de fluxo contínuo, com publicação de trabalhos inéditos distribuídos em: dossiê temático, artigos originais de estudos teóricos e empíricos, ensaios, resenhas&nbsp; de livros, entrevistas e traduções que versem sobre as áreas temáticas contempladas em sua política editorial.</p> <p><span data-sheets-value="{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:&quot;A4&quot;}" data-sheets-userformat="{&quot;2&quot;:2627,&quot;3&quot;:{&quot;1&quot;:0},&quot;4&quot;:{&quot;1&quot;:2,&quot;2&quot;:16776960},&quot;9&quot;:1,&quot;12&quot;:0,&quot;14&quot;:{&quot;1&quot;:3,&quot;3&quot;:1}}"><strong>ISSN: </strong>2764-9938</span></p> <p>PS: A equipe editorial da <em><strong>D'GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero&nbsp;</strong></em>estará em recesso entre os dias 20/12/2023 e 22/01/2024. Assim que retornarmos daremos continuidade aos processos editoriais.&nbsp;</p> pt-BR <p>Para baixar a Declaração de Direitos Autorais <a href="/ojs2/index.php/dgenerus/manager/files/CESS%C3%83ODEDIREITOSAUTORAIS.docm">CLIQUE AQUI</a></p> dgenerusrevista@gmail.com (Márcia Alves da Silva) dgenerusrevista@gmail.com (D’GENERUS: Revista de Estudos Feministas e de Gênero) sex, 30 jun 2023 00:00:00 +0000 OJS 3.1.2.4 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 EDITORIAL v.2, n.1, 2023 https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25395 <p>Editorial</p> Márcia Alves da Silva Copyright (c) 2023 Márcia Alves da Silva https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25395 qui, 19 out 2023 00:00:00 +0000 UM ESTUDO SOBRE FEMINISMOS E ATUAÇÃO DE MULHERES EM SINDICATOS DA EDUCAÇÃO https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25198 <p><span style="font-weight: 400;">Inserindo-se na perspectiva das investigações que articulam gênero e desigualdades sociais, este trabalho quer se centrar na percepção que, sobre este tema, apresentam feministas atuantes em sindicatos do campo da educação. Considera-se recente uma apropriação maior dos temas relativos a gênero por parte de sindicalistas, independentemente do sexo. Ser mulher sindicalista não garante conhecimentos sobre gênero nem convencimento de sua importância crucial nas relações de poder social: as percepções dos indivíduos são influenciadas mais diretamente por seus valores pessoais, discutidos e apropriados (ou não) por seu grupo político ou corrente sindical. Entretanto, as sindicalistas informantes deste estudo não apenas reconhecem a importância da categoria gênero, como a usam cotidianamente para interpretar processos sociais, inclusive considerando, a si mesmas, feministas. Neste sentido, se ainda não é uniforme a ideia de levar adiante lutas em relação a gênero entre direções sindicais, o que caracterizaria as mulheres que, sim, defendem essa pauta de ação e, além disso, identificam-se como feministas? Nossas informantes são cinco sindicalistas renomadas no âmbito da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação – CNTE, organização formada por 52 sindicatos da educação básica pública brasileira. A partir de entrevistas, foram abordados os seguintes aspectos: suas trajetórias políticas; o processo pelo qual se tornaram feministas e que concepções têm sobre os feminismos; como ocorrem as articulações entre mulheres feministas e sobre o que elas atuam. Os resultados da análise, em termos de empoderamento feminino, são dois. Primeiro, a importância da sororidade para formar novos quadros – o empoderamento é algo que se produz coletivamente; segundo, a importância das cotas para exercitar a construção cultural de que as mulheres também podem ser dirigentes. Ademais, em termos de concepção de feminismo, as mulheres parecem indicar características próximas as do feminismo radical, passando pelo socialista e chegando à concepção interseccional.</span></p> Márcia Ondina Vieira Ferreira Copyright (c) 2023 Márcia Ondina Vieira Ferreira https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25198 qua, 27 set 2023 00:00:00 +0000 A MEMÓRIA COMO LUGAR DE DOR EM VISTA CHINESA DE TATIANA SALEM LEVY E N’O PLANTADOR DE ABÓBORAS DE LUÍS CARDOSO https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25213 <p><span style="font-weight: 400;">O presente exercício intenta colocar em diálogo dois autores do universo lusógrafo, Tatiana S. Levy e Luís Cardoso, assim como as suas mais recentes produções romanescas: Vista Chinesa e O plantador de abóboras. As temáticas e a proximidade cronológica do ano de edição permitem perceber uma crescente preocupação, de feição mais global, pela condição feminina. Neste sentido, assume-se como pertinente a leitura de ambas as obras destacando, como chave de leitura central, o estudo de mulheres que sofrem, em diferentes latitudes, episódios violentos e fraturantes: violações, confrontos físicos e psicológicos, crises identitárias e silenciamentos. Como metodologia, apresenta-se, numa fase inicial os dois livros e seus autores, contextualizando a produção. Num segundo momento, procede-se à análise literária salientando o resgate da memória e a escrita do Eu como possibilidade de metanoia. Por fim, estabelece-se uma linha comparativa temática e explícita entre os dois autores. É de crer que o exercício se revele relevante na produção de conhecimento sobre literaturas e culturas em língua portuguesa e, muito particularmente, se mostre útil no estudo de textos que dão a conhecer um olhar interno para o universo feminino em situações fraturantes.&nbsp;</span></p> Pedro Dalte Copyright (c) 2023 Pedro Dalte https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25213 sex, 29 set 2023 00:00:00 +0000 O ARCO-ÍRIS TREMULANDO: A BANDEIRA DOS CORPOS LGBTI+ https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25216 <p><span style="font-weight: 400;">Este texto objetiva argumentar a noção dos corpos LGBTI+ enquanto corpos-bandeira, tendo por base a ênfase na centralidade do corpo na contemporaneidade do Movimento LGBTI+ Brasileiro em um contexto sociopolítico de desinstitucionalização e de uma ostensiva onda conservadora. Para tal, se utiliza de revisão bibliográfica de categorias centrais à discussão como gênero, sexualidade, biopolítica e Movimento LGBTI+ Brasileiro. Nesse sentido, parte do entendimento do corpo enquanto elemento </span><em><span style="font-weight: 400;">sui generis </span></em><span style="font-weight: 400;">nas relações sociais, criador e reprodutor de espaços e, consequentemente, de poder, regulado por uma biopolítica expressa em uma necropolítica que expõe determinados corpos a uma vida precária. Assim, compreende gênero e sexualidade enquanto características inscritas socialmente nos corpos, atos performativos discursivamente condicionados. Dessa forma, romper com discursos hegemônicos, configura-se um ato político de resistência cotidiana, ainda mais se tratando do Brasil, país que há anos figura no primeiro lugar da lista dos países que mais matam LGBTI+ no mundo. Por fim, se conclui que apesar de avanços respaldados por marcos legais, corpos LGBTI+ ainda precisam resistir no Brasil para efetivar tais marcos e para sobreviver, para refutar discursos hegemônicos de poder e possibilitar outros discursos, sem deixar de considerar o entrecruzamento de categorias como raça e classe. A ênfase na experiência legitima a apropriação de lugares de fala que questionam e reivindicam lugares de escuta em vias da manutenção de um tensionamento constante às estruturas e discursos hegemônicos.</span></p> Piero Vicenzi Copyright (c) 2023 Piero Vicenzi https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25216 sex, 29 set 2023 00:00:00 +0000 O CORPO E A PRODUÇÃO DA MASCULINIDADE EM LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25217 <p><span style="font-weight: 400;">Considerando o impacto sociocultural que os discursos sobre o corpo masculino têm na produção da masculinidade, que a escola e os livros didáticos são instâncias de representação deste corpo, objetivamos analisar os discursos sobre o corpo masculino em cinco coleções de livros didáticos de Ciências do Ensino Fundamental. A partir de trechos de textos, imagens do corpo humano e ilustrações que exaltam a ideia do masculino compreendemos que o discurso predominante é o biológico higienista, que os livros ensaiam discussões sobre relações de gênero, mas que de um modo geral são insuficientes, apontando assim para a necessidade de um currículo que integre os aspectos socioculturais aos biológicos.</span></p> Marcos Felipe Silva Duarte, Cristine Fernanda da Silva Costa, Annanda Crystina Santos, Jackson Ronie Sá-Silva Copyright (c) 2023 Marcos Felipe Silva Duarte, Cristine Fernanda da Silva Costa, Annanda Crystina Santos, Jackson Ronie Sá-Silva https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25217 sex, 29 set 2023 00:00:00 +0000 HISTÓRIAS DE TRAVESTIS NO MOVIMENTO BRASILEIRO DE PROSTITUTAS https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25218 <p><span style="font-weight: 400;">O movimento organizado de prostitutas no Brasil atua desde a década de 70, marcado por lutas contra a ditadura civil-militar, a Aids, o tráfico de pessoas e por tentativas de interferir em ações do poder público. Objetivamos analisar como se construíram as relações do movimento organizado de prostitutas, formado prioritariamente por mulheres cis, com as mulheres trans, que se deu principalmente através de travestis. Observamos que a participação incluiu momentos de protagonismo, invisibilidade, afastamento e reaproximação. Se a primeira manifestação pública foi organizada por travestis e transexuais em reação a ações repressivas relacionadas à ditadura civil-militar, em outros momentos estas se afastaram do movimento, almejando se distanciar também do estigma que associa a transexualidade ou a travestilidade à prostituição. Em meados dos anos 2010 vemos uma reaproximação entre movimentos de travestis e movimentos de prostitutas, que traz novas pautas e questões para o movimento e suas formas de atuação. </span></p> Letícia Cardoso Barreto Copyright (c) 2023 Letícia Cardoso Barreto https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25218 sex, 29 set 2023 00:00:00 +0000 ROMPENDO A LÓGICA NEOLIBERAL EM CURRÍCULO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25220 <p><span style="font-weight: 400;">Este estudo investiga algumas possibilidades de políticas educativas centradas na justiça curricular, como caminho para a concretização de uma justiça social. De abordagem qualitativa e metodologia bibliográfica a proposta avança tendo como hipótese que o cinema se constitui como uma ferramenta de aprendizagem, ou seja, como uma possiblidade de construção pedagógica pautada em justiça curricular. Para tanto, no primeiro momento abordar-se-á a forma como o neoliberalismo vem impondo uma transformação nas políticas públicas educativas por meio da introdução do currículo neoliberal.&nbsp; Já no segundo momento problematiza-se a forma como os professores fazem política e como a política faz professores. Logo, questiona-se a possibilidade de existir</span> <span style="font-weight: 400;">Justiça Curricular dentro de um modelo de educação neoliberal, e por fim, apresenta-se, a partir do filme A Forma d’água, o cinema como ferramenta de aprendizagem, isto é, como uma possiblidade de construção pedagógica pautada em uma justiça curricular&nbsp; despatriarcalizada, anticlassita, antirracista e LGBTQIAP+ inclusivo.</span></p> Luciana Alves Dombkowitsch, Amanda Netto Brum, Renato Duro Dias Copyright (c) 2023 Luciana Alves Dombkowitsch, Amanda Netto Brum, Renato Duro Dias https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25220 sex, 29 set 2023 00:00:00 +0000 RETRATOS DE VIDA DE MULHERES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS/ EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TECNOLÓGICA https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25241 <p>Nesse artigo, são analisadas experiências visibilizadas com base em depoimentos de três estudantes da Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional Tecnológica EJA/EPT do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, campus Porto Alegre. O presente recorte, compõe pesquisa realizada para doutorado em Educação tendo por base teórica o conceito de patrimônios individuais de disposições da sociologia em escala individual de Bernard Lahire (2005), bem como alguns aspectos apresentados por meio dos estudos de gênero em Heleieth Saffioti (1987) e Flávia Birolli (2018). A metodologia inclui entrevistas em profundidade e a realização de retratos sociológicos, propostos por esse autor, para análise dos dados. Como resultados observamos que os universos família, escola e trabalhos são condicionantes para a permanência tranquila das mulheres estudantes da EJA e que a escola poderia ser mais atenta a relatos como os que foram sistematizados nesse estudo.</p> Andréa Ribeiro Gonçalves, Edla Eggert, Mónica de la Fare Copyright (c) 2023 Andréa Ribeiro Gonçalves, Edla Eggert, Mónica de la Fare https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25241 sáb, 30 set 2023 00:00:00 +0000 (RE)PRODUÇÃO DE GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25240 <p>O presente texto desenvolve uma tessitura crítico-epistêmica acerca das ofensivas do capital em sua faze monopolista, tendo como referência as opressões de raça, gênero e classe, porque dessas se retroalimenta metabolicamente. A escrita reflexiva é emergente dos estudos e pesquisas construídos no âmbito do grupo de pesquisa D´GENERUS e do Doutorado em Educação junto a UFPel, e representa um acúmulo teórico-epistêmico com fator de impacto no exercício de inteligibilizar a realidade e sua (re)configuração. Para tanto, faz frente ao objeto em estudo ancorado nos fundamentos da corrente filosófica do materialismo histórico e dialético, em diálogo horizontal com as interseccionalidades de raça, gênero e classe, por entender que essas se constituem marcadores de análises sociais centrais para a compreensão dos processos que engendram as opressões de gênero, e que a ciência do capital silencia. Tem por objetivo a intenção de refletir e problematizar sobre como o patriarcado tem sido movimentado para subsidiar a reificação capitalista, centralizado a (re)produção do gênero. O estudo segue afirmando que as opressões de gênero são um produto do capitalismo e sua importância incide na tenacidade do capital.</p> Flávio Pereira de Oliveira Copyright (c) 2023 Flávio Pereira de Oliveira https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25240 sáb, 30 set 2023 00:00:00 +0000 AS RELAÇÕES DE GÊNERO E HISTÓRIAS DE VIDAS DE MULHERES DO QUILOMBO DA COXILHA NEGRA/RS https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25242 <p>Conhecer quem são e como vivem as mulheres nos Quilombos de São Lourenço do Sul/RS foi um dos objetivos da pesquisa ação participante intitulada “Mulheres Quilombolas do Município de São Lourenço do Sul: Identidades, vivências e memórias dos quilombos”, desenvolvida com apoio da FAPERGS/CNPq, realizada entre os anos 2016-2019 nos cinco quilombos reconhecidos de São Lourenço do Sul. Nesse artigo, iremos apresentar um recorte dessa pesquisa, como ela foi desenvolvida no Quilombo da Coxilha Negra, de São Lourenço do Sul.&nbsp; Os encontros foram realizados com metodologias híbridas, como por exemplo: Entrevistas individuais e pré-estruturadas; encontros de grupo focal; Oficinas de Bonecas Negras, rodas de diálogos e observação da comunidade, juntamente com as mulheres que vivem nos quilombos. Com essa pesquisa foi possível realizar o primeiro estudo sobre a vida das mulheres dos Quilombos de São Lourenço do Sul, conhecendo suas demandas, suas histórias de vidas, os desafios cotidianos, seus sonhos e a própria história dos Quilombos a partir do protagonismo feminino, além de problematizar as relações de gênero, a divisão do trabalho, escolaridade, Violências, entre outros temas. Tais temas foram discutidos numa perspectiva feminista a partir de autoras que embasaram a pesquisa e as análises das histórias de vidas, como por exemplo:&nbsp; Bell Hooks (2019, 2021); Claudia Korol (2007); Marie-Christine Josso (2007) e Luz Maceira Ochoa (2008), Carla Akotirene (2019), Djamila Ribeiro (2019).</p> Graziela Rinaldi da Rosa Copyright (c) https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/dgenerus/article/view/25242 sáb, 30 set 2023 00:00:00 +0000