https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/14717/11156

Nascimento MNR, Santos AG, Barros LAF, Oliveira CJ, Félix NDC. Cuidados de enfermagem na proteção e prevenção de riscos para o enfermeiro: revisão da literatura. J. nurs. health. 2020;10(n.esp.):e20104001

REVISÃO INTEGRATIVA

Cuidados de enfermagem na proteção e prevenção de riscos para o enfermeiro: revisão da literatura

Nursing care in the protection and prevention of risks for nurse: literature review

Atención de enfermería en la protección y prevención de riesgos para enfermero: revisión de literatura

Nascimento, Maria Naiane Rolim[1]; Santos, Amanda Gomes dos[2]; Barros, Lizandra Álvares Félix[3]; Oliveira, Célida Juliana de[4]; Félix, Nuno Damácio de Carvalho[5]

RESUMO

Objetivos: identificar na literatura os cuidados de enfermagem realizados à proteção e prevenção de riscos para os enfermeiros no contexto laboral a partir da Norma Regulamentadora nº 9 e do Referencial Teórico das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta. Método: revisão integrativa realizada na Biblioteca Virtual de Saúde utilizando os descritores em ciências da saúde Cuidados de Enfermagem, Enfermagem do Trabalho e Saúde do Trabalhador. Resultados: foram encontrados 154 artigos e após leitura minuciosa selecionados 10. Destacaram-se cuidados como a utilização de equipamento de proteção individual, procedimento operacional padrão e a educação continuada, devido ao fato de se classificarem em todos os riscos discutidos no presente trabalho. Considerações finais: identificou-se os cuidados de enfermagem mais prevalentes na literatura e evidenciou-se os que não são tão comuns na prática, porém, se fazem essenciais em cada especialidade do trabalho de cada profissional da enfermagem.

Descritores: Cuidados de enfermagem; Enfermagem do trabalho; Saúde do trabalhador; Teoria de enfermagem.

ABSTRACT

Objective: to identify in literature the nursing care carried out regarding the protection and prevention of risks to nurses in working context, based on Regulatory Norm 9 and the Theoretical Reference of Basic Human Needs of Wanda Horta. Methods: integrative review carried out in the Virtual Health Library using the descriptors in health sciences Nursing Care, Work Nursing and Worker Health. Results: 154 articles were found and after careful reading selected 10. Care was highlighted as the use of personal protective equipment, standard operating procedure and continuing education, due to the fact that they are classified in all the risks discussed in this study. Final considerations: it was identified the most prevalent nursing care in the literature and highlighted those that are not so common in practice but which are essential in each specialty of the work of each nursing professional.

Descriptors: Nursing care; Occupational health nursing; Occupational health; Nursing theory.

RESUMEN

Objetivo: identificar en la literatura los cuidados de enfermería realizados a la protección y prevención de riesgos para enfermeros em contexto laboral a partir de la Norma Reguladora nº 9 y del Referencial Teórico de las Necesidades Humanas Básicas de Wanda Horta. Métodos: revisión integrativa em la Biblioteca Virtual de Salud utilizando descriptores em ciencias de la salud Cuidados de Enfermería, Enfermería Del Trabajo y Salud Del Trabajador. Resultados: se encontraron 154 artículos y después de lectura minuciosa seleccionados 10. Se destacaron cuidados como la utilización de equipo de protección individual, procedimiento operativo estándar y la educación continuada, debido al hecho de clasificarse en todos los riesgos discutidos en el presente trabajo. Consideraciones finales: se identificaron los cuidados de enfermería más prevalentes em la literatura y se evidenciaron los que no son tan comunes en la práctica, pero esenciales em cada especialidad del trabajo de cada profesional de la enfermería.

Descriptores: Atención de enfermería; Enfermería del trabajo; Salud laboral; Teoría de enfermería.

INTRODUÇÃO


O cuidado de enfermagem deve ser orientado de maneira sistemática, baseado em evidências científicas, se dando de maneira humanizada e abrangendo o ser cuidado em sua integralidade. Isso, no intuito de promover uma assistência de saúde pautada pela qualidade das ações e serviços, promovendo o bem-estar de maneira segura para o paciente e para si enquanto profissional, por meio assim, da sua saúde ocupacional.1

A saúde ocupacional se caracteriza pelas ações e serviços especializados na área com o intuito de proteger e preservar a saúde e segurança dos profissionais das mais diversas áreas e campos de trabalho, subsidiando a elaboração de estratégias, buscando melhorias efetivas das condições de saúde e de trabalho, bem como promover ações direcionadas a partir de um planejamento eficiente, sendo essencial o envolvimento dos gestores, empregadores e trabalhadores, compondo a multiprofissionalidade e a intersetorialidade na atenção ao trabalhador.2-3

A enfermagem do trabalho é responsável por ações de promoção à saúde, prevenção de doenças, proteção, recuperação e reabilitação, a fim de estabelecer intervenções no intuito de evitar problemas de saúde e segurança nos mais variados contextos, compondo assim uma visão integral do cliente, pautada em um aperfeiçoamento sistemático e contínuo, de maneira crítica, reflexiva e criativa, aliando conhecimento técnico-científico e habilidades pessoais.4 Tais ações tem o intuito de subsidiar o cuidado e segurança profissional, para se lançar mão de profissionais, sempre aptos, podendo ainda garantir uma melhor utilização do tempo, poupando assim recursos humanos e financeiros.

As competências do enfermeiro do trabalho ainda são compostas por funções administrativas com gestão de serviços, como coordenadores de serviços de saúde ocupacional, seguidas de atividades de consultoria; e de pesquisa científica, no intuito de agregar à prática as melhores evidências existentes e implantá-las de acordo com as necessidades, recursos disponíveis e o contexto o qual estão inseridos.4

O enfermeiro se caracteriza por ser um profissional que está constantemente propenso a riscos à sua saúde e segurança no seu ambiente de trabalho. A sua saúde ocupacional se caracteriza por um conjunto de fatores, que variam de acordo com o contextos o qual estão inseridos, necessitando assim, de atenção multiprofissional e interdisciplinar.3 Tal fato evidencia que toda e qualquer profissão deve lançar mão de tal especialidade, necessitando de um olhar amplo e abrangente, que considere os diferentes contextos sociais e compreenda a complexidade das relações estabelecidas nas atividades laborais.

No ramo da saúde ocupacional do enfermeiro destacam-se as doenças decorrentes do trabalho que constituem a maior causa de afastamento, em ordem de ocorrências: doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho, síndrome de Burnout, depressão, afecções do trato respiratório e urinário e dermatoses. A evolução de tais afecções pode acarretar ao trabalhador incapacidades parciais, levando-o ao absenteísmo, e em muitos casos, incapacidade permanente, com consequente aposentadoria.5

Assim, a qualidade de vida desse profissional se faz um conceito multidimensional de importância, o qual reflete nas suas necessidades pessoais como: segurança e incorporação e satisfação com o seu trabalho e consequente desenvolvimento e realização pessoal, assim como a administração e aproveitamento do tempo livre, sendo esses conceitos muito utilizados no intuito de incentivar a busca por avanços tecnológicos que respaldem a segurança profissional no intuito de garantir bons níveis de saúde e bem estar a essa classe.6

Essa qualidade de vida deve ser garantida com base nos conhecimentos adquiridos durante a sua formação e prática clínica, de maneira sistematizada com base na literatura e nos preceitos legais, com ações de cuidado próprio para os profissionais nas mais variadas áreas de atuação.7

Na Portaria nº 25/1994 do Ministério do Trabalho e Emprego, que trata da Norma Regulamentadora nº 9 (NR 9), sobre o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, pode-se conhecer e classificar os riscos relacionados à saúde e segurança dos trabalhadores quanto à sua natureza classificados em biológicos (bactérias, vírus, fungos, parasitos, sangue e secreções corporais), físicos (ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibração), químicos (substâncias que possam penetrar no organismo pela via respiratória, pele ou ingestão, como poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores), ergonômicos (fatores que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador) e de acidentes.8

Outros riscos que abrangem o ser cuidado como um todo indivisível, a partir de uma visão integral do ser cuidado são evidenciados pelo que é posto na literatura por Wanda de Aguiar Horta9 em seu Modelo Teórico das Necessidades Humanas Básicas, baseado no Modelo de João Mohana, com as necessidades psicobiológicas (aquelas relacionadas com o corpo físico do indivíduo) – o que já está compreendido nos riscos ocupacionais, psicossociais (relacionadas com suas convivências com outros seres humanos, em sua família, nas instituições sociais e políticas) e necessidades psicoespirituais (derivam dos valores e crenças dos indivíduos).

Diante dos fatos explanados, entende-se que os profissionais de enfermagem dentro da equipe multiprofissional são fundamentais no contexto biopsicossocial de saúde na sociedade, sendo necessária a supervisão de riscos no seu ambiente de trabalho, a fim de subsidiar subsequentes estudos que apontem estratégias de cuidado para solucionar tais problemas, os quais vêm se alastrando cada vez mais, assim como a dos próprios profissionais que se preocupam em cuidar do outro, mas esquecem de si próprio, passando a só perceberem sua doença quando são afastados do trabalho, sofrendo duplamente com oproblema.5

A partir da delimitação do tema o presente estudo teve como objetivo identificar na literatura os cuidados de enfermagem realizados no que concerne à proteção e prevenção de riscos para os enfermeiros no seu contexto laboral a partir do referencial teórico da NR 9 e das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta.

MÉTODO

O presente estudo caracteriza-se como revisão integrativa da literatura, por sintetizar resultados de pesquisas e mostrar conclusões do corpus da literatura sobre determinado fenômeno, compreendendo estudos relacionados a questão norteadora que orienta a busca desta literatura. Os dados compilados e comparados permitem a obtenção de conclusões específicas sobre o problema de pesquisa, seguindo um processo de análise sistemático da literatura, que possibilita identificar as lacunas do conhecimento relacionado ao tema em determinado espaço de tempo, a necessidade de futuras pesquisas, revelar questões centrais e marcos conceituais ou teóricos.10

Para a sua condução deu-se o seguimento das etapas subsequentes: (1) identificação da temática com elaboração da questão norteadora; (2) critérios para inclusão/exclusão de artigos; (3) busca dos artigos na base de dados; (4) avaliação dos estudos e análise crítica; (5) categorização dos estudos; (6) interpretação dos achados.11

Em busca de compreender quais os cuidados de enfermagem mais comumente realizados no ambiente laboral visando contribuir para a saúde do enfermeiro e que relação esses achados tem com a situação de saúde atual desses trabalhadores, elegeu-se a seguinte questão norteadora: Quais os cuidados de enfermagem realizados com o intuito de contribuir na prevenção de riscos à saúde e segurança do enfermeiro?

Foram escolhidos os critérios de inclusão (artigos completos disponíveis para análise; documentos em formato de artigo original; no idioma português; publicado no período de 2012 a maio de 2017) e os de exclusão (arquivos repetidos, resenhas e revisões da literatura, não delimitar o período estipulado, não apresentaram relação com o tema estudado e não responderam à questão norteadora).

A presente revisão foi realizada no período de maio a setembro de 2017, sendo eleitos os seguintes critérios para seleção das publicações indexadas na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS): artigos que compreendessem como assunto principal os seguintes descritores em ciências da saúde (DeCS): Cuidados de Enfermagem, Enfermagem do Trabalho e Saúde do Trabalhador, sendo realizado o cruzamento simultâneo dos descritores utilizando o booleano “AND” entre eles, detalhado no fluxograma (Figura 1).


RESULTADOS

A partir dos dados explicitado na Figura 2 pode-se analisar a categorização dos artigos selecionados para a realização da presente revisão integrativa.

Com base nos artigos selecionados na BVS, oito pertenciam a mais de uma base de dados, sendo respectivamente, nove da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), sete da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e dez da Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Foram selecionados dois artigos publicados no ano de 2013, sete em 2014 e em um em 2016. Não foi encontrado/selecionado nenhum artigo dos anos de 2012, 2015 e 2017. Em concernência a abordagem metodológica todos os artigos eram descritivos, de caráter exploratório (oito) ou transversal (dois). Quanto à região em que os estudos foram realizados seis caracterizava-se por ser da região sul, três da região sudeste e um da região nordeste.

A partir da análise dos resultados dos estudos selecionados foi possível identificar os cuidados de enfermagem realizados quanto a proteção e prevenção de riscos e doenças em enfermeiros no seu ambiente laboral (Figura 3).

Para uma melhor compreensão dos achados os resultados do presente estudos foram organizados em subseções delimitando os devidos cuidados para cada classificação de risco ocupacional (físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes) de acordo com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes presentes no ambiente de trabalho, determinado pelo Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) segundo a NR 98 e as duas Necessidades Humanas Básicas do Modelo de Horta:9 necessidades psicossociais e psicoespirituais, não incluindo as necessidades psicobiológicas, por essas já estarem compreendidas nos riscos que tangem à NR 9.

DISCUSSÃO

O enfermeiro do trabalho tem papel essencial no aporte ao trabalhador das mais variadas áreas, inclusive da própria enfermagem, dada as suas competências legais no contexto laboral, enquanto profissional gestor do cuidado e assistencialista na equipe de saúde do trabalhador, como membro de nível superior da equipe de enfermagem que compõe o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), conforme a NR 4.12

Os cuidados de enfermagem direcionados a saúde e segurança do profissional de enfermagem no seu contexto laboral são essenciais ao seu bem-estar biopsicossocial, dado o contexto da integralidade da pessoa, o que deve estar intrínseco à visão do enfermeiro no planejamento de suas ações.16

No tangente aos achados na literatura a ser discutida no presente estudo vale salientar que os riscos mais abordados foram os biológicos, sendo esses os mais prevalentes nos ambientes de trabalho da área da saúde, por se classificarem por ambientes onde se dá o contato constante com micro-organismos e material orgânico.13

Os cuidados de enfermagem concernente aos riscos podem ser distribuídos no ambiente laboral de maneira generalizada, sendo esses executados em todo e qualquer ambiente de trabalho, sendo essenciais na proteção dos profissionais, a exemplo dos EPIs e da educação continuada, devendo ser utilizados em todo e qualquer contexto, porém para cada situação utiliza-se um EPI específico, a depender da especialidade do trabalho executado e dos riscos aos quais o trabalhador se submete em determinado ambiente.

Assim, evidenciou-se que vários autores abordaram a utilização dos EPIs, sendo eles caracterizados como uma preocupação comum, dado o seu papel essencial na prevenção de riscos biológicos,13-14 físicos, químicos,2-3 ergonômicos e de acidentes,15 podendo a sua não utilização se estender para um risco de acidente, e assim, interferir não apenas no seu trabalho, mas também no contexto familiar, por afetar a sua vertente psicossocial.16

Os trabalhadores do estudo em questão14 referiram que, a importância dada a utilização dessa ferramenta se deve ao fato de que, cada vez mais, está se investindo em práticas seguras, de um modo geral, evidenciando a preocupação dos profissionais, gestores e pesquisadores.

A regulamentação dos EPIs, está disposta na NR 6, que descrimina o EPI como todo e qualquer dispositivo ou produto de uso individual que deve ser utilizado pelo trabalhador no seu ambiente laboral, destinado à proteção de riscos que ameacem a sua segurança e saúde, de acordo com os riscos aos quais se está exposto, podendo ser além de individual conjugado, ou seja, proteger contra um ou mais riscos, sendo composto por vários dispositivos.17

Ainda no tocante aos riscos biológicos, estudo sobre biossegurança em UTI refere quanto ao cuidado da prática de higienização das mãos, prática realizada pelos profissionais entrevistados no estudo, sendo disposto que o realizam antes e após o contato com os pacientes, preparo de medicações e procedimentos. Tal fato está em concordância com a NR 32, que versa sobre ‘Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde’.14,18

Outro cuidado referido foi o da troca e higienização das roupas usadas durante o trabalho, sendo destacado que as roupas utilizadas pelos trabalhadores nas UTI são separadas em sacos brancos para serem lavadas separadamente dos demais itens de rouparia da instituição, sendo esses higienizados no próprio ambiente de trabalho.14

Já com relação a rotina de vacinação, sendo essa mais um cuidado referente aos riscos biológicos, os autores14 ainda referem que a instituição em questão no estudo exige, com regularidade, a atualização do esquema vacinal. Respeitando a NR 32 devem ser fornecidas a imunização ativa, gratuitamente, seguindo as recomendações do Ministério da Saúde. A norma estabelece, ainda que devem ser disponibilizada vacinas contra agentes biológicos específicos aos quais o trabalhador esteja exposto.18

Quanto aos riscos biológicos relacionados à doenças transmissíveis estudo19 avaliou a prevalência dos marcadores sorológicos para Hepatite B nos profissionais de enfermagem da urgência e emergência, destacando como medidas profiláticas o exame sorológico, recomendando que, ao iniciarem as práticas hospitalares devem seguir as condutas de imunização prévia com a vacina da hepatite B, controle sorológico com Anti-HBs (anticorpos) e para os que ainda não completaram o esquema vacinal é necessário pesquisar a presença do HBsAg (antígenos). Frente à condição de não reator, os profissionais devem completar o esquema e, após um intervalo de um a seis meses realizar o controle sorológico

Cuidado evidenciado e de extrema importância no setor de saúde são os POPs, estratégia de cuidado a qual se deve lançar mão nas instituições de saúde, a fim de que os procedimentos se deem da maneira correta, sem falhas e/ou riscos para profissionais e clientes.14 A NR 32 ressalta sobre a importância da atualização das rotinas de proteção regularmente, e conforme ocorram mudanças nas condições de trabalho, de exposição à agentes biológicos e de contagio/transmissão.18

Referente aos cuidados de enfermagem quanto a riscos físicos, estudo15 versou sobre a medicina hiperbárica, ou seja, trabalho com manipulação de pressões anormais, que provocam a dissociação dos gases dentro do organismo humano, no cuidado às situações de saúde como doenças hiperbáricas ou barotraumas, doenças descompressivas, bem como intoxicação e narcose.

Os cuidados na atuação na medicina hiperbárica se constituíram por: melhorar sistema de circulação de ar e manter a temperatura do ambiente estabilizada; rever a possibilidade de adquirir/instalar ar condicionado; colocar revestimento acústico nas paredes; solicitar exame complementar de audiometria dos profissionais a cada 12 meses e/ou sempre que julgar necessário; avaliar clinicamente o trabalhador que estará sob condição hiperbárica, pelo enfermeiro e médico responsável.15

Nota-se que as intervenções em sua maioria são indiretas, ou seja, a serem executadas no ambiente, e assim garantir a segurança contra riscos dos profissionais. Tais ações de cuidado são realizadas pelos enfermeiros que compõem a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) segundo a NR 5, item 5-16, alínea "o" (por determinação da Portaria nº 25 de 29 de dezembro de 1994, que edita a NR n.º 9).8

Especificamente sobre os riscos químicos, destaca-se na medicina hiperbárica cuidado diretos como avaliar clinicamente o trabalhador após o trabalho sob condição hiperbárica, pelo enfermeiro e médico responsável, submeter o trabalhador à condição hiperbárica uma vez a cada 24h e a cada seis meses solicitar exame periódico.15

Em estudo sobre o enfermeiro frente ao gerenciamento de resíduos químicos em unidade de quimioterapia antineoplásica foram discutidas medidas bem delimitadas, especificamente para riscos, como: necessidade de segregar e acondicionar separadamente todos os materiais contaminados pelos quimioterápicos.20 Os enfermeiros dessa especialidade devem receber capacitação para tal, de acordo com a Resolução 306/04 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Resolução 358/05 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que tratam do regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde e sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde, respectivamente.21-22

Estudo que trata da prevenção de riscos químicos no processo de administração de agentes químicos em uma unidade de clínica médica e ambulatório de quimioterapia de um hospital uni­versitário trata do uso correto de EPIs como um cuidado adotado pelos profissionais, incluindo os de enfermagem.16

No que diz respeito aos riscos ergonômicos, algumas estratégias usadas para evitar desconforto físico durante as atividades relacionadas a movimentação dos pacientes foram manter as pernas flexionadas durante a movimentação do paciente para uma melhor sustentação do peso e aproximar ao máximo as mãos do corpo do paciente na hora de movimentá-lo, a fim de evitar posturas incorretas e que possam prejudicar a sua ergonomia.23

Ressalta-se que na grande maioria das vezes os pacientes são submetidos a mudança de decúbito por apenas um profissional, o que acaba por sobrecarregar a ergonomia dos profissionais. Além do fato de que, outros procedimentos mais leves que demandam de uma curvatura da coluna para melhor visualização e manejo da técnica podem ocasionar desconforto osteomuscular se o trabalhador não estiver atento à postura ergonômica adequada.24

Autores abordam25 especificamente em estudo a importância da utilização de meias elásticas de compressão por enfermeiros emergencistas na prevenção do Tromboembolismo Venoso (TEV), representado como um risco ergonômico.

Tal ação de cuidado atua na prevenção de agravos e promoção da saúde, especialmente pelo fato de a profissão ser exercida majoritariamente por mulheres, sendo elas a parcela populacional mais atingida por tal afecção, devido a condições fisiológicas como a gravidez, pós-parto ou puerpério, as terapias de reposição hormonal e a contracepção oral. Foi evidenciado ainda que uma pequena parcela dos enfermeiros que trabalham em uma unidade de emergência no Rio de Janeiro faz o uso de tal intervenção/cuidado.25

Quanto aos riscos relacionados as necessidades psicossociais, autores26 abordaram estratégias de coping em uma UTI neonatal, sendo lançado mão de tal estratégia de enfrentamento em situações de estresse e esgotamento laboral. Os autores classificaram algumas ações de cuidado como autocontrole, reavaliação positiva, suporte social, afastamento, resolução de problemas, fuga-esquiva, aceitação de responsabilidade e confronto. Cada uma dessas ações foi evidenciada por meio do relato verbal dos trabalhadores que as colocaram em prática no seu cotidiano laboral.

A negação, a banalização do sofrimento e racionalização também foram citados como cuidados de enfermagem em estudo realizado em UTI com enfoque nos fatores que contribuem para o adoecimento psíquico, o que também é incorporado como cuidados para os riscos de acidentes, que compõe qualquer dano psíquico ao trabalhador. Os autores ainda esclarecem que essas estratégias poderiam ser consideradas mais eficazes se fossem realizadas com a coletividade, pois o adoecimento mental dos participantes também foi influenciado por questões pessoais que estavam enfrentando ou por características pessoais que acabaram interferindo na sua forma de lidar com as questões vivenciadas no trabalho.27

A intervenção ‘reavaliação positiva’26 se insere bem nos riscos concernentes às necessidades psicoespirituais, evidenciando ações como rezar. Tal cuidado faz uma interligação do profissional com a sua religiosidade. Salienta-se o fato de não haver mais intervenções diretamente relacionadas a tal necessidade28 em estudo sobre necessidades psicoespirituais em pessoas com síndrome metabólica enfatizou lacuna existente na literatura quando relacionada a tal necessidade, sendo ela de extrema importância no aporte a toda e qualquer pessoa e suas mais variadas necessidades de saúde, dado o fato de o cuidado se dar de maneira holística.

Os cuidados referidos pelos autores que compreendem a prevenção de todos os riscos enumerados no presente estudo, incluindo os psicossociais e psicoespirituais destacam a educação continuada,14 essas ações permitem inferir que temas como biossegurança, saúde do trabalhador, riscos ocupacionais, uso de EPIs, medidas de prevenção de acidentes e incidentes não consistem em foco de interesse, o que deveria convergir de maneira contrária diante do fato de que, tal cuidado pode evitar e sanar qualquer tipo de risco para o trabalhador.

Os entrevistados do estudo mencionaram que a rotina de atividades educativas para os profissionais consiste em encontros mensais, nos quais são discutidos temas previamente propostos pelos trabalhadores, ocorrendo em forma de palestras, organizadas e ministradas na maioria das vezes pelos técnicos e enfermeiros da UTI e algumas vezes por profissionais convidados, ou então conforme a necessidade da instituição, englobando todas as suas unidades.

A NR 32 ressalva que o empregador deve assegurar a capacitação dos trabalhadores antes do início de suas atividades, prevenindo os riscos aos quais ele estará susceptível, de acordo com as suas funções no trabalho, sendo essa norma de essencial importância, devido ao fato de regulamentar a segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.18

Nesse contexto da saúde dos enfermeiros ainda é destacado na literatura a síndrome de Burnout, sendo essa uma reação ao estresse crônico no trabalho que tem consequências negativas socioeconômicas e na saúde física e mental do trabalhador, ou seja, essa pode influenciar nas mais variadas vertentes do indivíduo, podendo haver um completo desequilíbrio de suas necessidades, sendo essa resultante de desequilíbrios nos mais variados contextos.29

Enquanto limitações do presente estudo, destaca-se que há na literatura poucos estudos que abordem os cuidados referentes as vertentes psicossociais e principalmente psicoespirituais dos trabalhadores, fragmentando a visão holística do cuidado, que deve se dar a todo indivíduo, evidenciando em sua maioria a vertente biológica com os riscos biológicos, físicos, químicos, ergonômicos e de acidentes. Assim como, deixa-se de observar, a partir de uma clínica ampliada, que tais riscos podem acometer mais de uma vertente do trabalhador da área da enfermagem simultaneamente, assim como das demais áreas.

No contexto da Enfermagem, o presente estudo contribui para suceder o  conhecimento e debate concernente aos cuidados de enfermagem referentes aos profissionais da enfermagem no seu contexto laboral a partir de uma visão holística do cuidado, enquanto profissionais essenciais na rotina de trabalho no contexto da saúde, a partir da elucidação dos principais cuidados evidenciados na literatura dos últimos cinco anos, corroborando assim, na construção de um arcabouço teórico concernente a temática, a fim de fornecer informações e dados de importância à área da saúde do trabalhador, em especial nesse estudo, à enfermagem do trabalho.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio da presente revisão da literatura foi possível identificar os cuidados de enfermagem mais prevalentes na literatura concernentes a prevenção de riscos à saúde e integridade dos enfermeiros, com base nas duas vertentes propostas no objetivo do estudo, quanto aos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, de acidentes (padronizado pela NR 9) e ainda psicossociais e psicoespirituais (segundo os preceitos de Wanda Horta), podendo assim, unir os cuidados referente as mais variadas vertentes que compõem o trabalhador, sendo ele contemplado como um todo indivisível, a partir de uma visão holística dos achados.

Deu-se vasão ao conhecimento de cuidados que não são tão comuns na prática, mas que se fazem essenciais de acordo com a especialidade do trabalho de cada profissional da enfermagem.

Quanto a enfermagem do trabalho, evidencia-se a sua importância enquanto categoria profissional a qual compõe a equipe de saúde ocupacional, no planejamento e implementação de ações sistematizadas no intuito de garantir e manter a saúde e bem-estar dos mais diversos profissionais, não esquecendo a sua própria, sendo essa, uma área de destaque onde o enfermeiro também atua não apenas de forma assistencial, mas como gestor do cuidado no intuito de garantir a saúde dos trabalhadores.

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18 Brasil. Portaria n° 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora n.º 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde). Diário Oficial da União [Internet]. 16 nov 2005[acesso em 2020 jan 08];Seção 1:80-98. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/860590/pg-80-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-16-11-2005?ref=goto

19 Araújo TME, Silva NC. Hepatite B: prevalência de marcadores sorológicos em profissionais de enfermagem de emergência. Rev. enferm. UERJ. [Internet]. 2014[acesso em 2018 dez 30];22(6):784-9. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v22n6/v22n6a10.pdf

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22 Ministério do Meio Ambiente (BR). Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências. [Internet]. 2005[acesso em 2020 jan 08]. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=462

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29 Nogueira LS, Sousa RMC, Guedes ES, Santos MA, Turrini RNT, Cruz DALM. Burnout and nursing work environment in public health institutions. Rev. bras. enferm. [Internet]. 2018[cited 2019 Jan 14];71(2):336-42. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reben/v71n2/0034-7167-reben-71-02-0336.pdf

Data de submissão: 12/04/2018

Data de aceite: 28/05/2019

Data de publicação: 23/03/2020



[1] Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Universidade Regional do Cariri (URCA). Ceará (CE), Brasil. E-mail: naianerolim@hotmail.com http://orcid.org/0000-0001-9115-1485

[2] Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Universidade Regional do Cariri (URCA). Ceará (CE), Brasil. E-mail: amanda.soushalon@hotmail.com https://orcid.org/0000-0003-1246-362X

[3] Enfermeira. Mestre em Psicologia. Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Mato Grosso do Sul (MS), Brasil. E-mail: lizandrafelix.enfermagem@gmail.com https://orcid.org/0000-0003-1050-5195

[4] Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Universidade Regional do Cariri (URCA). Ceará (CE), Brasil. E-mail: celidajuliana@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-8900-6833

[5] Enfermeiro. Doutor em Enfermagem. Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Paraíba (PB), Brasil. nunof05@hotmail.com http://orcid.org/0000-0002-0102-3023