https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/15083/11183

Sousa BVN, Lima CFM, Félix NDC, Souza FO. Benefícios e limitações da sistematização da assistência de enfermagem na gestão em saúde. J. nurs. health. 2020;10(2): e20102001

ARTIGO DE REVISÃO

Benefícios e limitações da sistematização da assistência de enfermagem na gestão em saúde

Benefits and restrictions of systematization of nursing assistance in health management

Beneficios y restricciones de la sistematización de la asistencia de enfermería en gestión en salud

Sousa, Brendo Vitor Nogueira[1]; Lima, Claudia Feio da Maia[2]; Félix, Nuno Damácio de Carvalho[3]; Souza Fernanda de Oliveira[4]

RESUMO

Objetivo: conhecer na literatura benefícios e limitações da Sistematização da Assistência de Enfermagem na gestão em saúde. Métodos: revisão integrativa, realizada nas bases de dados eletrônicas Base de Dados de Enfermagem e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, com artigos originais, disponíveis na íntegra, publicados entre 2007 a 2017, em idioma português. Resultados: foram incluídos 10 artigos que abordam as principais contribuições da sistematização da assistência de enfermagem na gestão em saúde (organização do serviço, qualidade assistencial, controle de gastos, melhor avaliação e fiscalização da assistência, maior autonomia profissional e aumento da segurança do paciente) e limitações encontradas (falta de profissionais, sobrecarga de trabalho, desconhecimento da equipe e ausência de capacitações). Conclusões: considera-se uma excelente ferramenta para a gestão em saúde, por apresentar benefícios às instituições, qualificando o cuidado e melhorando os processos de gestão.

Descritores: Enfermagem; Processo de enfermagem; Equipe de enfermagem; Gestão em saúde; Administração de serviços de saúde.

ABSTRACT

Objective: to know in the literature the benefits and limitations of the Systematization of Nursing Assistance in health management. Methods: an integrative review, carried out in the electronic databases Database of Nursing and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences, with original articles, available in full, published between 2007 and 2017, in Portuguese. Results: 10 articles were included that address the main contributions of the systematization of nursing care in health management (service organization, care quality, cost control, better assessment and inspection of care, greater professional autonomy and increased patient safety) and limitations found (lack of professionals, work overload, lack of knowledge of the team and lack of training). Conclusions: it is considered an excellent tool for health management, for presenting benefits to institutions, qualifying care and improving management processes.

Descriptors: Nursing; Nursing process; Nursing, Team; Health management; Health services administration.

RESUMEN

Objetivo: conocer en la literatura los beneficios y las limitaciones de la Sistematización de la Asistencia de Enfermería en la gestión de la salud. Métodos: revisión integradora, realizada en Base de datos de enfermería y literatura latinoamericana y caribeña en ciencias de la salud, con artículos originales, disponibles en su totalidad, publicados entre 2007 y 2017, en portugués. Resultados: se incluyeron 10 artículos que abordan principales contribuciones de la sistematización de la atención de enfermería en la gestión de la salud (organización del servicio, calidad de la atención, control de costos, mejor evaluación e inspección de atención, mayor autonomía profesional y mayor seguridad del paciente) y limitaciones encontradas (falta de profesionales, sobrecarga de trabajo, falta de conocimiento del equipo y falta de capacitación). Conclusiones: se considera una excelente herramienta para la gestión en salud, ya que presenta beneficios para las instituciones, califica la atención y mejora los procesos de gestión.

Descriptores: Enfermería; Proceso de Enfermería; Grupo de enfermería; Gestión en salud; Administración de los servicios de salud.

INTRODUÇÃO

Sistematizar constitui a redução de dados de um sistema que possa obter ou definir alguma relação. A enfermagem no decorrer de sua história científica protagonizou alguns autores para fundamentar o saber empírico das ações realizadas no cotidiano, concebendo os modelos teóricos que aperfeiçoam a profissão. Implantar um modelo é pensar em conceitos aplicáveis na prática e representa um conceito experimental antes de ser utilizado, o que leva à confiabilidade da prática, já que organiza de forma sistematizada e segura a realização das atividades.1

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) baseia-se na estruturação da forma de tratar o sujeito, por meio de um olhar holístico, fazendo valer o princípio da integralidade, com ênfase não só nas necessidades biológicas, mas nas emocionais, psicológicas, sociais e espirituais. Esse método requer do profissional de enfermagem um conhecimento científico e técnico para o delineamento da abordagem ao sujeito e os passos seguintes: formulação e concretização das etapas de cada fase do processo. Este profissional tem autonomia para executar seu senso crítico diante de diversas situações no contexto da saúde.2-3Ao passo que a SAE estabelece os requisitos necessários para sua ação, o Processo de Enfermagem, realizado de forma sistemática, determina as necessidades, prescreve o cuidado e registra os resultados alcançados com as intervenções efetuadas, destacando a atuação da enfermagem e colaborando para o reconhecimento profissional.2-3

A implantação da SAE é uma exigência para todas as instituições de saúde públicas e privadas do Brasil. No entanto, existem inúmeras dificuldades para sua implementação, sabe-se também que o processo de enfermagem não está totalmente instalado nos serviços de saúde.4

Entretanto, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) tornou obrigatória à efetivação da SAE, reforçando a importância e necessidade de se planejar a assistência de enfermagem. A Resolução COFEN nº 358/2009, art. 2º, afirma que a implementação da SAE deve acontecer em toda instituição de saúde, seja ela pública ou privada, o que cooperou para que as coordenações de enfermagem convocassem os profissionais a repensar o processo e adequar a instituição às normas estabelecidas.5

A realização da SAE envolve mais do que um conjunto de passos a serem adotados, exigindo do profissional maior familiaridade dos diagnósticos de enfermagem e sensibilidade para adaptar as necessidades do paciente às condições de trabalho, deixando-as menos simples do que sugere a literatura.2

Assim, em comum acordo com outros autores,6 percebe-se que a utilização da SAE é um passo importante e poderá ser potencializado pela adoção institucional de uma gestão participativa, na qual as pessoas se constituem enquanto sujeitos no processo. Isso significa que todos os trabalhadores, incluindo a(o)s enfermeira(o)s e profissionais de nível técnico têm a possibilidade de compreender o que fazem, construir ou reconstruir o seu trabalho em parceria com os gestores, modificando as relações de poder pela possibilidade de uso dessa ferramenta como estratégia de gestão para as instituições de saúde.

Com base na experiência profissional dos autores, deste artigo, a enfermagem é uma profissão essencial na construção de uma assistência qualificada, demandando uma metodologia de trabalho clara, prática e coerente, conforme a realidade de cada instituição de saúde, não só para o cumprimento de cuidados específicos necessários ao sujeito, mas para auxiliar na tomada de decisões e no processo de gestão das instituições de saúde, pois a SAE é um meio de organização do serviço de enfermagem, tornando-o mais fácil a identificação de erros e gastos que podem ser diminuídos e outros benefícios.

Assim este estudo tem como objetivo conhecer na literatura os benefícios e limitações da Sistematização da Assistência de Enfermagem na gestão em saúde.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma revisão integrativa, que busca sintetizar e agrupar resultados de diversos estudos. Para a sua realização foram seguidos os seguintes passos: escolha da temática, delimitação do problema e objetivos da pesquisa, seleção, análise e discussão dos artigos selecionados.7 Buscou-se responder a seguinte pergunta: quais os benefícios e limitações da Sistematização da Assistência de Enfermagem na gestão em saúde?

A busca foi realizada de janeiro a junho de 2018 nas seguintes bases de dados eletrônicas: Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os seguintes descritores, conforme os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): processo de enfermagem e gestão em saúde, de forma individual e conjugada, utilizando o operador booleano AND, conforme descrito na Figura 1.

Utilizou-se como critérios de inclusão: artigos originais disponíveis online gratuitamente e na íntegra, publicados entre 2007 e 2017, no idioma português, que atenderam ao objetivo do estudo. Foram excluídas produções do tipo revisão de literatura, teses, monografias, dissertações e carta ao editor. O período de coleta ocorreu entre os meses de janeiro e abril de 2018.

Para análise dos dados foi utilizada a recomendação metodológica do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta (PRISMA), que de início consistiu na leitura prévia dos títulos e resumos para avaliação temática, seguida da seleção dos artigos enquadrados nos objetivos estabelecidos e critérios de inclusão. Por fim, avaliação integral dos artigos selecionados para nova triagem e síntese crítica dos estudos escolhidos criteriosamente.8

Após pesquisa com os descritores supracitados nas bases de dados selecionadas, 24 foram excluídos da LILACS por estarem duplicados. Após a leitura de título, resumo e objetivo, 3.276 foram excluídos por não se adequarem ao objetivo proposto pela pesquisa, restando 198 artigos, lidos na íntegra, conforme a descrição supracitada. Destes, 188 foram excluídos por não se adequarem aos critérios de inclusão estabelecidos, restando 10 para a última etapa de síntese crítica (Figura 2).

RESULTADOS

Os resultados deste estudo estão pautados em 10 artigos selecionados, conforme etapas supracitadas, que descrevem a SAE no processo de gestão da saúde.

Os achados relatam como a SAE está inserida nesse contexto quais os benefícios, os fatores que dificultam sua implantação e operacionalização nos serviços de saúde. As informações que caracterizam os artigos selecionados seguem na Figura 3.

Os resultados obtidos mediante os artigos selecionados e descritos na Figura 3 retratam de forma individual e mista os benefícios e as limitações encontradas no processo de SAE. Todos os autores são pesquisadores da enfermagem e de suas ciências, apenas dois foram repetidos, devido às publicações diferentes estarem relacionadas ao tema estudado. O ano com maior número de publicações inclusas foi 2016 (três artigos), seguido de 2011 (dois). Não houve prevalência de periódico, pois os artigos inclusos, encontram-se publicados em revistas científicas diferentes.

DISCUSSÃO

Para melhor discorrer sobre estes aspectos, a discussão deste artigo está dividida em dois tópicos Benefícios da SAE na gestão em saúde e Limitações encontradas no processo da SAE.

Benefícios da sistematização da assistência de enfermagem na gestão em saúde

De acordo com as análises realizadas com os artigos selecionados são notáveis as contribuições que a SAE traz para o gerenciamento dos serviços de saúde. Os principais benefícios citados em todos os artigos foram relativos à organização do serviço,9-14,16-18 à melhoria na qualidade da assistência,9-14,16-17 mais eficiência no controle de gastos,9-10,15,16,18 além de ser um excelente instrumento para avaliação e fiscalização da assistência.9-10,12,14,16

Outros benefícios foram citados com menor intensidade, como o reconhecimento e maior autonomia profissional da enfermagem,10,15,16-17 o aperfeiçoamento do desempenho das instituições,10-11,15,17 a diminuição da probabilidade de riscos e aumento da segurança do paciente,11 a otimização do tempo e identificação da maioria dos problemas de saúde dos clientes atendidos.11, 14,16

A SAE como instrumento para organização dos serviços é algo amplamente discutido. A literatura científica descreve que a SAE visa a organização das informações, análise, interpretação e avaliação dos dados, para tornar possível a operacionalização do processo de enfermagem, tendo como objetivo a redução de complicações, pois possibilita a gestão do processo de qualidade.19

Uma melhor organização produz a melhoria na qualidade da assistência, como representada em todos os artigos inclusos. Estudo realizado em uma instituição pública de saúde em Fortaleza, Ceará, Brasil, afirma que quando a SAE é aplicada de forma correta, na totalidade de suas fases, representa um grande benefício, pois além de promover uma assistência mais qualificada, traz também melhorias na organização das atividades de enfermagem e uma maior autonomia profissional, com isso, sua implementação e seu uso deve ser estimulado como uma realidade possível da pratica profissional.20

Um estudo realizado em três hospitais do município de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil, retrata que a SAE além de possibilitar melhoria na qualidade do serviço, auxilia na diminuição dos índices de infecção hospitalar e melhora o desempenho dos técnicos de enfermagem, contribuindo para uma assistência eficaz, proporcionando atendimento mais humanizado e organizado, isto é, com qualidade para o doente e sua família, corroborando com os achados deste estudo e com a literatura em geral.21

Outro benefício bastante citado foi o controle de gastos, devido a maior organização que a SAE promove, o controle dos recursos materiais acaba sendo mais eficaz. Em estudo realizado na Unidade de Terapia Intensiva, a SAE foi descrita como benéfica para o cuidado direto ao paciente, instituição e profissionais da equipe multiprofissional, pois os gastos com erros e desperdício de material e tempo, resultantes da desorganização são minimizados, e as informações documentadas para posterior avaliação e utilização na assistência, no ensino e na pesquisa, com um maior controle dos recursos pela gestão.22

A SAE é tida como instrumento de avaliação, fiscalização do cuidado e auditoria, com valor importante para a gestão, por mensurar a qualidade da assistência e garantir a veracidade dos procedimentos realizados durante o período de hospitalização. Estudo de revisão bibliográfica descreve que a auditoria contribui para avaliar e fiscalizar o processo de sistematização, desde sua implantação até execução diária, instigando ações continuas, buscando melhorias na gestão do serviço, já que o fundamento da SAE está intimamente ligado à essência do gerenciamento pela qualidade total, na qual as lideranças de enfermagem devem tê-la como base para obter melhores resultados nos aspectos operacionais e financeiros da instituição.23

Estudo que relaciona a SAE com a auditoria afirma ser possível perceber a estreita relação entre as duas temáticas e as correlacionam com a importância dos registros de enfermagem, pela transmissão de informações mais seguras e eficazes, para a continuidade do cuidado, subsidiando também pesquisas, auditoria e processos jurídicos.24

Em mesma direção, outro estudo conclui que a SAE é um instrumento preciso, por contribui para a coleta de dados na auditoria de contas, evidenciando a visão contábil e financeira para a sustentação econômica hospitalar. Ademais, identifica possíveis falhas no serviço de enfermagem e na assistência ao paciente, fornecendo dados para a melhoria da qualidade do cuidado. Em consequência, a auditoria oportuniza o desenvolvimento profissional, pois a equipe consegue avaliar seu trabalho, por meio dos indicadores de assistência, estabelecendo critérios e a geração de novos conhecimentos.25

A SAE para é o principal meio para o reconhecimento e valorização profissional da enfermagem.26 Outros estudos concordam que o processo de trabalho do enfermeiro teve acentuado avanço com a incorporação dos conhecimentos da área da administração, pois influenciam na sistematização dos cuidados de enfermagem das instituições hospitalares e consequentemente na valorização de suas ações.26-27

Limitações encontradas no processo de sistematização da assistência de enfermagem

A respeito das limitações com a SAE, foram descritas situações voltadas à falta de profissionais, sobrecarga de trabalho,11,15-18 falta de conhecimento e de interesse dos profissionais,11-17 e ausência de capacitações.10,15,17 As dificuldades menos citadas foram àquelas relativas à falta de tempo,12,15,17 desvio de função,17 falta de impressos específicos e ausência de cobranças das instituições.15,17

A sobrecarga de trabalho é uma realidade comum no Brasil. A literatura evidência que este é um problema da maioria dos hospitais públicos do país, fazendo com que os profissionais assumam diversas funções e não realizem, muitas vezes, uma assistência e/ou gerenciamento do cuidado satisfatório. Um estudo realizado com enfermeiros de um hospital de referência de Anápolis-GO, concluiu que a falta de tempo e profissionais são desvantagens para a realização da SAE, sendo necessária a força de vontade e disposição por parte dos que atuam, para superar as barreiras da aplicabilidade da SAE.29

A falta de conhecimento da SAE e interesse na sua implementação e execução por parte dos profissionais de enfermagem foi relatado dentre os artigos analisados. A literatura descreve que destes fatores, outros obstáculos também estão podem dificultar a SAE tais como, a falta de compromisso e de conhecimento dos profissionais sobre as etapas da sistematização, registros inadequados da assistência de enfermagem, não adesão as mudanças propostas e o desconhecimento da direção sobre o assunto, fragilizando o processo de enfermagem.30

Ausência de capacitações e de educação continuada/permanente é outro fator que inviabiliza a SAE de forma correta e direcionada, devido à falta de conhecimento e vivência de sua metodologia. A equipe de enfermagem fica à deriva, realizando o preenchimento incorreto dos impressos específicos, comprometendo a SAE. Estudo realizado com enfermeiros sobre a temática revela que a maioria dos entrevistados respondeu erroneamente as fases do processo de enfermagem, sendo estas fases base para as ações de cuidado qualificado, individualizado e humanizado. O conhecimento destas fases permite (a/o) enfermeira(o) operacionaliza-las, no entanto, a falta de conhecimento dificulta o planejamento e a implementação das ações para uma boa recuperação do paciente. É relatada neste estudo a falta de capacitações e de educação permanente para os profissionais de enfermagem, condição essencial para qualificar a assistência e o gerenciamento do cuidado.29

Realizar a SAE nas instituições de saúde é algo completamente desafiador, contudo, é preciso esforço da equipe de enfermagem e o apoio da gestão para sistematizar as ações, qualificar o cuidado, evitar ônus desnecessários aos envolvidos, capacitar profissionais da enfermagem e oferecer uma assistência humanizada, baseada na cientificidade das ações, por meio da sistematização das ações assistenciais e gerenciais.

CONCLUSÕES

Constata-se nos resultados deste estudo que a SAE é uma excelente ferramenta para a gestão em saúde, pois apresenta diversos benefícios para as instituições e seu gerenciamento, qualificando a assistência, trazendo autonomia profissional e evitando gastos desnecessários. Entretanto, muitas limitações foram descritas como fragilidades para a sua implementação e execução, o que gera desorganização, gastos desnecessários e sobrecarga de trabalho.

Assim como evidenciado no presente estudo, a SAE como ferramenta de gestão traz diversos benefícios para as instituições de saúde, para os clientes e seus familiares, para a equipe multiprofissional e para a enfermagem, pois é por meio dela que a/o enfermeira/o tem autonomia para realizar o seu trabalho de forma eficaz e satisfatória.

Salientam-se limitações para a elaboração deste estudo, pelo baixo número de publicações que retratem a SAE e gestão em saúde. Por outro lado, são inúmeras as que destacam seus benefícios para a gestão do cuidado e organização dos serviços. Destarte, faz-se necessária a elaboração de novas pesquisas com o objetivo de conferir à SAE a eficiência devida, como ferramenta eficaz e ampla nos processos de gestão do cuidado em saúde.

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Data de submissão: 03/03/2019

Data de aceite: 06/03/2020

Data de publicação: 31/03/2020



[1] Enfermeiro. Especialista em Urgência, Emergência e UTI e em Gestão em Saúde. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Bahia (BA). E-mail: brendovitor@hotmail.com http://orcid.org/0000-0002-3031-3812

[2] Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Bahia (BA). E-mail: claudiafeiolima@yahoo.com.br http://orcid.org/0000-0002-4718-8683

[3] Enfermeiro. Doutor em Enfermagem. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Bahia (BA). E-mail: nunofelix@ufrb.edu.br http://orcid.org/0000-0002-0102-3023

[4] Enfermeira. Mestre em Saúde Coletiva. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Bahia (BA). E-mail: