Silva PS, Paiva AMN, Gramajo CS, Maciazeki-Gomes RC. Oficinas terapêuticas como estratégia de cuidado: um relato de experiência em psicologia social. J. nurs. health. 2020;10(n.esp.):e2010429

https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/16833

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Oficinas terapêuticas como estratégia de cuidado: um relato de experiência de estágio em psicologia social

Therapeutic workshops as a care strategy: a statement experience report on social psychology

Talleres terapéuticos como estrategia de atención: un informe de experiencia sobre psicología social

Silva, Priscilla dos Santos da[1]; Paiva, Alice Monte Negro de[2]; Gramajo, Carolina Siomionki[3]; Maciazeki-Gomes, Rita de Cássia[4]

RESUMO

Objetivo: refletir sobre os efeitos das práticas de cuidado acionadas na participação de oficinas terapêuticas em um Centro de Atenção Psicossocial. Método: relato de experiência de estágio curricular em Psicologia Social sobre oficinas de beleza realizadas em 2018 em um serviço no sul do Brasil. Resultado: os dados produzidos sinalizam a potência de espaços de escuta, trocas de experiências e acolhida em grupo, aliada às práticas de autocuidado. Conclusão: ressalta-se a necessidade da ampliação, nos serviços de saúde mental, de estratégias que priorizem a produção de espaços terapêuticos baseados em práticas de cuidado que potencializem processos emancipatórios e de protagonismo dos usuários. 

Descritores: Serviços de saúde mental; Psicologia; Saúde mental

ABSTRACT

Objective: to reflect about the effects of the practice of care added on the participation of therapeutic workshops in a Psychosocial Attention Center. Method: report of a curricular internship experience in Social Psychology about beauty workshops held in 2018 in a service in southern Brazil. Result: the data produced present the potential of the spaces of listening, experiences exchanges and welcomed in group, allied to the practices of self-care. Conclusion: it’s emphasized the necessity of ampliation in the mental health services, of the strategies that priorate the production of therapeutic spaces based in care practices that enhance emancipatory processes and protagonism of users.

Descriptors: Mental health services; Psychology; Mental health

RESUMEN

Objetivo: reflexionar sobre los efectos de las prácticas de cuidado desencadenadas en la participación de talleres terapéuticos en un Centro de Atención Psicosocial. Métodos: informe de una experiencia de pasantía curricular en Psicología Social sobre talleres de belleza realizados en 2018 en un servicio en el sur de Brasil. Resultados: los datos producidos apuntan a potenciar los espacios de escucha, trocas de experiencias y acogida grupal, aliado a prácticas del autocuidado. Conclusión: se resalta la necesidad de ampliación, de los servicios de salud mental, de estrategias para priorizar la producción de espacios terapéuticos basando se en prácticas de cuidado para potenciar procesos emancipatorios y de protagonismo de los usuarios.

Descriptores: Servicios de salud mental; Psicología, Salud mental

INTRODUÇÃO

O cuidado em saúde mental passou por diversas transformações a partir dos anos 1980, através do movimento pela Reforma Psiquiátrica no Brasil.1 Com a implementação da Lei 10.216/2001, que discorre sobre a proteção e os direitos das pessoas em sofrimento psíquico, foi possível repensar as formas de tratamento no modelo assistencial em saúde mental.2

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), regulamentados pela Portaria nº 336/2002 do Ministério da Saúde,3 têm um papel fundamental na rede de assistência à saúde mental, auxiliando no desenvolvimento de autonomia, cuidado e inclusão social.4 São serviços abertos, territorializados, que contam com uma equipe multiprofissional e atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes em regime de atenção diária.5

As atividades em grupo são estratégias terapêuticas priorizadas no CAPS.6 Entre as intervenções realizadas em grupos, destacam-se as oficinas terapêuticas, que têm como principal objetivo a reabilitação psicossocial e reinserção de indivíduos com sofrimento psíquico grave, constituindo-se num espaço de integração social e de expressão.7 No Brasil, as oficinas terapêuticas ganharam destaque na saúde mental com os trabalhos de Nise da Silveira, ainda em 1940.6

Ao considerar a importância das oficinas terapêuticas na produção de práticas emancipatórias,8 este relato de experiência de Estágio Curricular em Psicologia Social (ECPS) tem por objetivo refletir sobre os efeitos das práticas de cuidado acionadas na participação de oficinas terapêuticas em um CAPS.

MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência das atividades de Estágio Curricular em Psicologia Social, do curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande. As atividades foram realizadas em um CAPS, de uma cidade de médio porte da região sul do Rio Grande do Sul, pela primeira autora. O ECPS ocorre durante o quarto ano da graduação em Psicologia e tem por objetivo complementar a formação teórica, desenvolver métodos e técnicas de intervenção específicas junto às políticas públicas.9

No período das intervenções, o CAPS contava com um quadro aproximado de 15 trabalhadores, entre três psicólogos (as), uma médica psiquiatra e um clínico geral, duas enfermeiras, uma assistente social, uma técnica de enfermagem, um auxiliar de enfermagem, uma recepcionista, uma funcionária de limpeza, três técnicas de artes, de música e artesã. O serviço tem em média 500 usuários ativos para os diferentes tipos de atividades, como atendimentos individuais e coletivos. 

O estágio ocorreu durante o ano de 2018, sendo contabilizadas 240 horas de atividades envolvendo o acompanhamento de práticas com grupos psicoterapêuticos e de medicação, acolhimentos, reuniões de equipe, supervisão, participação em projeto de pesquisa e, também, a coordenação de oficinas terapêuticas, foco deste estudo. 

As oficinas terapêuticas intituladas ‘Oficina de Beleza’ foram propostas pela estagiária e preconizaram a acolhida, promoção de estratégias de autocuidado e troca de experiências entre as participantes. No intuito de proporcionar uma maior interação e participação, estipulou-se um limite de cinco participantes indicadas pelos/as profissionais do serviço. Os materiais utilizados na realização das oficinas, tais como cosméticos e produtos de beleza, foram arrecadados de forma voluntária pela estagiária.

De modo específico, este estudo se baseia na análise reflexiva do relato de três oficinas realizadas no mês de julho de 2018, cada uma com duração de 90 minutos. Cada encontro contou com a participação de cinco usuárias e duas funcionárias do serviço, sendo que em uma das oficinas teve a participação de um usuário. Os dados foram registrados em diário de campo. No intuito de compreender os efeitos das práticas de cuidado acionadas com a participação de oficinas, seguiu-se um processo de análise qualitativa,10 levando em conta aspectos relacionados à singularidade e à subjetividade dos participantes. Os dados foram discutidos utilizando a literatura na área da saúde mental e reabilitação psicossocial. 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A proposta da Oficina de Beleza foi apresentada em uma reunião de equipe do serviço. Os profissionais demonstraram receptividade e concordância na realização da atividade. Após o aval na reunião de equipe e finalizada a arrecadação dos produtos de maquiagem, as Oficinas de Beleza tiveram início no mês de julho de 2018.

Na primeira oficina foi apresentada a proposta da atividade, que consistia em um espaço de encontro, sem focar na doença, onde as participantes teriam um momento para olharem para si mesmas e dedicar um tempo para desenvolver práticas de autocuidado. Todas as oficinas foram realizadas em uma sala do serviço onde aconteciam atividades de artesanato, pintura, mosaico, entre outros. Os produtos de maquiagem (pincéis, bases, paletas de sombra, batons, entre outros) disponíveis eram colocados nas mesas e as participantes eram convidadas a se automaquiar. Nas três oficinas realizadas, com diferentes participantes, as usuárias relataram que preferiam ser maquiadas pela estagiária de psicologia, argumentando que não conseguiam se maquiar sozinhas. Essa postura das participantes, ao contrário de uma limitação, pode ser associada a necessidade de ser olhada e cuidada por uma outra pessoa, no caso aqui pela estagiária. Denota, também, o sentir-se à vontade, acolhida no grupo num processo de cuidado compartilhado.11

Nessa primeira atividade, houve conversas a respeito de produtos utilizados na pele, como cremes e hidratantes faciais e capilares. Durante a oficina, as usuárias começaram a conversar entre si, tornando o ambiente mais descontraído. Como algumas delas já se conheciam, elas faziam brincadeiras no grupo, mas também, incentivavam umas às outras a experimentar diferentes tipos de maquiagens para produção do dia-a-dia como um batom vermelho, ou um blush mais rosado. Nessa oficina, ainda, teve a presença de duas funcionárias do serviço, que quiseram participar da atividade, e além de se maquiarem, compartilharam suas experiências de vida e lembranças de quando eram mais novas.

A segunda oficina explorou os modelos de maquiagem para serem utilizadas em diferentes ocasiões, com ênfase em atividades festivas. Houve a participação de algumas usuárias do primeiro encontro, que estavam bastante entusiasmadas em aprender como são produzidas as maquiagens para eventos sociais. Nesse encontro, também foi possível perceber a interação entre as participantes, especialmente quando começaram a relembrar como eram as suas maquiagens na época em que eram mais jovens. Algumas trouxeram em suas narrativas a lembrança do dia do seu casamento, e essas memórias provocaram boas risadas e brincadeiras entre as integrantes da oficina. No início desta oficina, um usuário masculino demonstrou interesse em participar pedindo para fazer a sua barba, porém como não havia produtos específicos para esse fim, ele lixou suas unhas. O participante trouxe para o grupo um aparelho de som, com CD-ROM de músicas. As demais participantes da oficina ao começarem a cantar essas canções, acionaram recordações e lembranças compartilhadas no grupo. Após este momento, o usuário foi embora, não permanecendo durante o restante da oficina.

A última oficina teve como proposta a prática de estilos de maquiagem casuais e que contribuíssem para o autocuidado no dia-a-dia das mulheres. As participantes, deste encontro não demonstraram interesse em usar maquiagens marcantes, preferindo maquiagens simples, sem cores muito vibrantes, já que iriam para casa após a oficina. Algumas usuárias trocaram sugestões de acessórios, como colares e brincos, para usarem em diferentes ocasiões. Neste dia, as atividades de pintura e maquiagem deram lugar para conversas sobre situações familiares cotidianas, momentos em que não se sentiam bonitas, produtoras de sentimentos de tristeza e de desvalia. Em grupo, as mulheres compartilharam suas experiências e pensaram juntas estratégias para enfrentar essas situações.

Reflexões sobre o processo das oficinas

Nas três oficinas houve trocas de experiências, conversas sobre o uso de produtos de beleza, além de dicas de maquiagem para festa e para o dia-a-dia. As oficinas aconteceram em um ambiente descontraído, de curiosidade e interação entre as usuárias. As oficinas contaram com a presença de duas funcionárias, que trabalhavam alguns anos no serviço e tinham um bom relacionamento com as todas as participantes.

Durante as atividades da oficina, apareceram relatos comuns entre as participantes, como “não querer usar um batom de cor mais forte para não chamar a atenção”, ou ainda, “se achar velha demais para isso [se maquiar]”. Essas falas evocam a pensar o quanto, muitas vezes, as pessoas em sofrimento psíquico internalizam estereótipos negativos de si, que podem resultar em baixa autoestima.12 Os discursos associados ao estigma da loucura, podem agravar sentimentos de insegurança e de desvalia, impedindo que as pessoas com sofrimento psíquico busquem realizar práticas de autocuidado.13 Através do espaço da Oficina de Beleza, estes temas puderam ser discutidos e trabalhados junto com as usuárias a fim de auxiliar nas estratégias de enfrentamento.

Ao longo das oficinas, as usuárias se sentiram mais à vontade para compartilhar suas experiências de cuidado, de maquiagem e produtos para o cabelo, conversando entre si e auxiliando umas às outras. Essas conversas informais suscitaram lembranças de vivências passadas, como o dia do casamento, o tipo de maquiagem que elas usavam, além de comentários sobre infância e adolescência. A constituição de espaços de acolhida, escuta e trocas em grupo está em sintonia com a proposta CAPS na elaboração de propostas terapêuticas que incluem a produção do cuidado compartilhado em saúde mental.14 Com ênfase na participação ativa do usuário em seu tratamento, num processo de (re)construção de si como sujeito e no desenvolvimento de uma integração coletiva.14

As oficinas se constituíram como terapêuticas, ao configurarem um espaço de expressão, acolhimento, convivência e diálogo.7 Remeteram, ainda, ao compartilhamento de narrativas de histórias de vida e a possibilidade de ressignificar fatos, cenas e lembranças vivenciadas. Neste sentido, o processo de escuta, dentro de serviços como o CAPS, torna-se essencial ao reconhecer que essa prática se potencializa através do acolhimento mútuo, da interação e das trocas entre os sujeitos. Essas experiências produzem a (re)elaboração de modos de vida e estimulam modos outros de sentir, pensar e agir.15 A escuta em grupos, abertos ou fechados, no CAPS oportunizam, assim, aos usuários o desenvolvimento da autonomia, a criação de vínculos entre eles e a compreensão de suas experiências.16

Escutar não é apenas ouvir o que o/a usuário/a está dizendo, mas ir mais além, é abrir-se para acolher sentimentos e angústias, e juntos contribuir para o processo de elaboração de situações difíceis e/ou que causam sofrimento. Deste processo dialógico, ocorre o vínculo, pois o profissional está atento ao que o usuário está lhe dizendo. No decorrer das oficinas, pode-se perceber o quanto o processo de escuta auxiliou no desenvolvimento das atividades, fazendo com que as usuárias pudessem ter um momento de descontração, ao se sentir à vontade para conversar sobre qualquer assunto, distanciando-se de uma narrativa focada na doença, naquele momento.

No decorrer das oficinas foi possível observar o crescimento da interação entre as participantes. Ao se sentirem mais à vontade, entre elas e em grupo, começaram a incentivar e a cuidar uma das outras. O cuidado aqui parte um olhar para si e, também, para quem está próxima, verbalizado nas falas que incentivam a “colocar um simples batom”, ou ainda, que lembram da “importância de se arrumar para si mesma e não apenas para impressionar as outras pessoas”. Nesses movimentos, o grupo se fortalece contra o estigma social, muitas vezes, presente na vida de pessoas com sofrimento psíquico, tendo como efeitos uma baixa autoestima.17 Em grupo, fazem frente aos discursos sociais que as veem como incapazes e diferentes dos outros, enfrentam situações cotidianas ancoradas no modelo asilar.17 Refletindo sobre os desfechos das atividades, pode-se afirmar que elas contribuíram para melhorar a autoconfiança, o autocuidado e proximidade com o outro.

Neste local de estágio pode-se observar diversas atividades sendo realizadas, como oficinas de jardinagem, de música, intervenções sobre temas específicos de interesses dos/as usuários/as, como por exemplo, bullying, entre outras. No entanto, percebe-se uma ausência de estagiários/as de psicologia nessas atividades, como oficinas e outras intervenções. Essa constatação leva ao questionamento sobre os saberes e práticas inerentes a formação em psicologia neste campo de atuação. Com a reforma psiquiátrica, houve uma ampliação do campo de trabalho da área da psicologia para o Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo ainda é possível observar uma carência de ações voltadas a uma perspectiva territorial, com um olhar mais voltado para as singularidades e os modos de vida das pessoas em sofrimento psíquico, das relações afetivas e a comunidade.18

Estaria a psicologia aberta a composição de estratégias de reabilitação psicossocial em consonância com as diretrizes preconizadas pela Política Nacional de Saúde Mental? Ou ainda, a atuação da psicologia e a demanda do serviço estaria voltada, de modo predominante, para o atendimento clínico individual? Problematizar essas questões, implica repensar o campo de saberes e práticas, produzindo aproximações entre formação em Psicologia19 e o modo psicossocial de atenção, distanciando-se do modelo asilar.20-21

A inserção e realização do ECPS junto ao um CAPS contribui para a prática profissional e acadêmica, no qual o/a estudante entra em contato com situações, contextos e instituições diversas, permitindo assim, uma troca de conhecimentos entre o estagiário e o profissional.9 Através de relatos da atuação profissional, entende-se que as atividades terapêuticas são espaços para compartilhar vivências, no qual, juntos profissional e usuários pontuam objetivos a serem alcançados, debatem questões a serem trabalhadas no contexto real. Práticas estas, nas quais muitas vezes o profissional, também se torna usuário, na medida que também trabalha suas questões na interação entre o singular e a coletividade. A Psicologia dentro destes espaços deveria proporcionar um cuidado e atenção em saúde inovadora, embasada em uma atuação multidisciplinar, na reabilitação psicossocial, potencializando a saúde dos sujeitos e ampliando as mudanças no campo da saúde pública.5,22

Para finalizar, ressaltamos a relevância das diretrizes da Reforma Psiquiátrica que preconizam um modelo assistencial baseado no cuidado em liberdade, voltado para o sujeito e sua reinserção na comunidade. Logo, as oficinas terapêuticas se situam como mediadoras, espaços de intervenção psicossocial e ensaios de trocas sociais, acolhendo estas pessoas com sofrimento psíquico em sua diversidade e na singularidade das histórias de vida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da realização da Oficina de Beleza, foi possível acompanhar a integração entre as participantes e a importância da realização de atividades relacionadas ao autocuidado, mediadas em ambientes acolhedores e extrovertidos. 

Os relatos expressos ao longo das oficinas remeteram às lembranças e o reconhecimento das vivências de não cuidado consigo, em cada uma das histórias de vida. A convivência em grupo, aliada às práticas de autocuidado, possibilitou momentos para olhar para si e para o outro. Como também, repensar sobre seu modo de apresentar-se no cotidiano e a importância de usar estratégias que contribuam para se sentir bem. 

Sendo assim, acredita-se que as oficinas terapêuticas se constituem em espaços potentes para a promoção de estratégias de reabilitação psicossocial. A Oficina de Beleza, com foco no autocuidado e na interação das participantes, oportunizou compor estratégias de bem-estar, sem focar na doença.

Salienta-se, que a realização de trabalhos em conjunto, entre as diferentes áreas do conhecimento, como enfermagem, educação física, psicologia, medicina, terapia ocupacional, entre outros, pode trazer benefícios para usuários/as da saúde mental, além de contribuir para a troca de experiências e aprendizado entre os saberes.

Ressalta-se, por fim, a necessidade da ampliação, nos serviços de saúde mental, de estratégias que priorizem a produção de espaços terapêuticos baseados em práticas de cuidado que potencializem processos emancipatórios e de protagonismo dos usuários.

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Data de submissão: 13/08/2019

Data de aceite: 28/09/2020

Data de publicação: 28/10/2020



[1] Psicóloga. Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Rio Grande do Sul (RS), Brasil. E-mail: priscillaaass@gmail.com http://orcid.org/0000-0002-3125-9854

[2] Psicóloga. Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Rio Grande do Sul (RS), Brasil. E-mail: alicempaiva8@gmail.com http://orcid.org/0000-0002-4033-7826

[3] Psicóloga. Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Rio Grande do Sul (RS), Brasil. E-mail: carolsgramajo@gmail.com http://orcid.org/0000-0003-3560-5715

[4] Psicóloga. Doutora em Psicologia. Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Rio Grande do Sul (RS), Brasil. E-mail: ritamaciazeki@gmail.com http://orcid.org/0000-0003-4092-5262