Aydogdu ALF. Violência e discriminação contra profissionais de saúde em tempos de novo coronavírus. J. nurs. health. 2020;10(n.esp.):e20104006

https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/18666/11334

ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO

Violência e discriminação contra profissionais de saúde em tempos de novo coronavírus

Violence and discrimination against healthcare workers in times of new coronavirus

Violencia y discriminación contra personales de salud en tiempos de nuevo coronavirus

Aydogdu, Ana Luiza Ferreira[1]

RESUMO

Objetivo: refletir sobre o aumento da violência e da discriminação deferidas aos profissionais de saúde em razão da pandemia do novo coronavírus. Método: reflexão teórica baseada na leitura, análise e interpretação de reportagens, artigos científicos e relatórios sobre violência e discriminação aos profissionais que atuam no combate ao novo coronavírus. Resultados: por ser uma doença nova, ainda existem muitas incertezas a seu respeito, o que pode levar ao surgimento de violência e  preconceito aos profissionais de saúde. Foi justamente o que aconteceu, quando a população erroneamente começou a ver o profissional de saúde como um disseminador de doenças. Organizações internacionais pedem que governantes de todo mundo tomem providências, procurando proteger as equipes de saúde de se tornarem vítimas de violência e discriminação. Conclusões: administradores hospitalares e governantes precisam criar medidas, visando impedir que essas agressões e discriminações ocorram.

Descritores: Coronavirus; Pandemias; Violência; Pessoal de saúde; Doenças transmissíveis

ABSTRACT

Objective: to reflect about the increase in violence and discrimination against healthcare workers due to the new coronavirus pandemic. Method: theoretical reflection based on reading, analyzing and interpreting news, scientific articles and reports on violence and discrimination to healthcare workers who combat the novel coronavirus. Results: as it is a new disease, there are still many uncertainties around it which can lead to violence and prejudice. That’s exactly what happened when the population mistakenly began to see the healthcare worker as a spreader of diseases. International organizations call on governments around the world to take action to protect health teams that have become victims of violence and discrimination. Conclusions: hospital administrators and governments need to create measures to stop these aggressions and discrimination.

Descriptors: Coronavirus; Pandemics; Violence; Health personnel; Communicable diseases

RESUMEN

Objetivo: reflexionar sobre el aumento de la violencia y la discriminación contra los personales de salud debido a la pandemia de nuevo coronavirus. Método: reflexión teórica basada en la lectura, análisis e interpretación de noticias, artículos científicos e informes sobre violencia y discriminación a profesionales que trabajan para combatir el nuevo coronavirus. Resultados: como se trata de una enfermedad nueva, todavía hay muchas incertidumbres al respecto, lo que puede conducir a la aparición de violencia y prejuicios. Esto es exactamente lo que sucedió cuando la población comenzó a ver por error al personal de salud como un difusor de enfermedades. Las organizaciones internacionales hacen un llamado a los gobiernos de todo el mundo para que tomen medidas para proteger a los equipos de salud de violencia y discriminación. Conclusiones: los administradores de hospitales y los gobernantes deben crear medidas para evitar estas agresiones y discriminaciones.

Descriptores: Coronavirus; Pandemias; Violencia; Personal de salud; Enfermedades transmisibles

INTRODUÇÃO

Foi em dezembro de 2019, quando o governo da China informou à Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre um surto de pneumonia ocorrido na cidade de Wuhan1 que o mundo começou a passar por transformações. Em março de 2020, a OMS divulgou que se tratava de uma pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2)2 e até o dia 21 de abril o total de casos no mundo contabilizava 2.492.963, enquanto 171.152 pessoas haviam vindo a óbito, devido à doença.3 Na mesma ocasião no Brasil eram 43.079 casos e 2.741 óbitos.4 Seguindo às recomendações da OMS para evitar a propagação da doença, governantes de diversos países estabeleceram o isolamento social,5 em alguns locais de formas mais rígidas, em outros nem tanto.6-7

No entanto, para profissionais de saúde não há a possibilidade de isolamento, muito pelo contrário, são eles que encontram-se na linha de frente contra a COVID-19, correndo grande risco de se contaminarem,8 padecendo com a escassez de equipamentos de proteção individual9 e sofrendo também ao utilizá-los.10 Não bastassem todos esses problemas, juntou-se a eles a violência e a discriminação deferidas a esses profissionais, desde que começou a pandemia.8,11,12,13 Existem aproximadamente 59 milhões de profissionais de saúde no mundo.14 No Brasil, cerca de 3,5 milhões de trabalhadores são da área da saúde.15-16 No momento a maioria deles atua ativamente no combate à COVID-19. Esses profissionais estão sendo vistos pela população não como solução para resolver a pandemia, mas sim como foco de contaminação da doença.8

Profissionais de saúde, que já vinham sofrendo com atos de violência dentro dos locais de trabalho,17 após o surgimento da COVID-19 passaram a ser vítimas também de agressões extramuros.8,12 É possível através de noticiários, internet e mídias sociais ter acesso às informações sobre atos de violência e discriminação contra profissionais de saúde. Agressões essas que podem ser verbais e até físicas.18-21 Os atos de discriminação e humilhação vão desde xingamentos até expulsão de transportes públicos22-23 e hotéis.24 Todas essas ocorrências vêm sendo observadas em diversos países como Turquia, México, Filipinas, Estados Unidos, Índia, Reino Unido e Brasil.18-20,25-28 Organizações mostram-se preocupadas com a situação e pedem que as autoridades tenham tolerância zero ao assédio verbal, físico e psicológico deferido aos profissionais de saúde.8,11,29-30 Leis vêm sendo alteradas, visando punir de forma mais eficaz aqueles que agridem profissionais de saúde.11,31 Os principais motivos das agressões e discriminações são originadas pelo medo de contrair a COVID-19, mas existem também outras razões para que elas ocorram.

O objetivo do presente artigo é refletir sobre o aumento da violência e da discriminação deferidas aos profissionais de saúde em razão da pandemia do novo coronavírus.

MÉTODO

Trata-se de uma reflexão teórica baseada na leitura, análise e interpretação de  reportagens, artigos científicos e relatórios sobre violência e discriminação aos profissionais que atuam no combate ao SARS-CoV-2.

A coleta do material bibliográfico ocorreu entre o mês de abril e a primeira semana do mês de maio de 2020. As buscas por reportagens sobre violência e discriminação aos profissionais de saúde, que combatem o SARS-CoV-2 em torno do mundo foi feita através do Google utilizando palavras-chave como “Profissionais de saúde” AND “Violência” AND “Discriminação” AND “Coronavírus” OR “COVID-19”.

A seleção de artigos científicos e outros documentos oficiais foram feitas através do Google Acadêmico utizando os mesmos descritores acima mencionados. Realizou-se ainda consultas aos sites de conselhos e associações de profissionais de saúde e organizações internacionais visando acessar relatórios sobre o assunto. Buscou-se discutir estudos que contemplassem a temática violência e discriminação contra profissionais de saúde que atuam no combate à COVID-19.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O medo do desconhecido, nesse caso o SARS-CoV-2, traz reações muitas vezes sem sentido, como agredir aqueles que deveriam ser exaltados por estarem fazendo um trabalho de tão alto risco, como é o cuidar de pacientes com COVID-19. Geralmente as agressões deferidas aos profissionais de saúde são por medo do contágio.

Entretanto, podem ser cometidas por outros motivos. Tem agressão porque o paciente se considera infectado e não aceita o diagnóstico negativo,32 tem também agressão por parte de paciente que recebe um diagnóstico suspeito e não o aceita.33 Há casos em que profissionais de saúde são agredidos por familiares que desejam visitar os parentes hospitalizados e são impedidos devido ao risco de contaminação.34

Em torno do mundo vêm sendo notificado aumento nas ocorrências de agressões verbais, físicas e psicológicas contra profissionais de saúde. Profissionais são atacados dentro e fora de seus locais de trabalho. Um profissional que deveria ter orgulho do que faz num momento tão trágico no qual vivemos, tem na verdade medo de ser reconhecido nas ruas.

Profissionais de saúde já eram vítimas de muitas ameaças, hostilidades e agressões mesmo antes da epidemia de COVID-19. Sentiam-se apreensivos no local de trabalho. Instituições de saúde são apontadas como locais onde mais ocorrem atos de violência contra funcionários. Atos esses que podem vir de pacientes, familiares dos mesmos ou ainda de colegas de trabalho.35-39 De acordo com a OMS de 8% a 38% dos profissionais de saúde em torno do mundo são vítimas de violência física em algum ponto de suas carreiras.40 Alguns países sentiram a necessidade de alterar leis contra agressões aos profissionais de saúde, agilizando julgamentos e aumentando punições.31,41

Com a pandemia de COVID-19 a violência e a discriminação deferidas aos profissionais de saúde aumentou em muitos países. Numa ocasião em que a população deveria estar voltada para luta contra a doença, voltam-se contra os profissionais de saúde, que se sentem cada vez mais perseguidos pela sombra da violência e da discriminação, que agora os persegue também fora dos locais de trabalho.11,12 Devido a tudo isso, trabalhadores da área de saúde estão mais depressivos e ansiosos.42-43

Assim como o uso de força física é uma forma de violência, atos que tenham um alto risco de causar prejuízo psicológico, desenvolvimento inapropriado ou privação também são agressões.44 Faltam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em instituições de saúde de vários países,9 o que pode trazer consequências físicas e psicológicas irremediáveis para aqueles que trabalham em tais estabelecimentos. A falta de EPIs também é  uma violência institucional e governamental contra os profissionais da saúde.

Em meio a uma pandemia como essa, causada por um vírus que é disseminado de forma tão rápida, o profissional precisa estar física e mentalmente saudável para não se contaminar, não disseminar a doença e também cuidar daqueles que já se encontram doentes. Manter a saúde numa instituição de saúde, que em tempos normais já é um ambiente desgastante e que em meio a uma epidemia, corre o risco de tornar-se um caos, pode ser muito difícil, ainda mais se o profissional sente sua vida ameaçada tanto no local de trabalho como fora dele. Não podemos esquecer que o nível de estresse do agressor também é grande, já que é impulsionado pelo medo e pela falta de conhecimento.

Quando profissionais de saúde desenvolvem problemas psicossociais, além de ficarem expostos aos riscos decorrentes da própria profissão, ocorre ainda um decréscimo na qualidade dos serviços prestados por eles, o que faz com que a vida dos pacientes também seja ameaçadas.38-40,45

A população visando proteger-se, não tem consciência de que está na verdade atacando aqueles que serão os únicos a estarem ao seu lado no caso de uma internação. Mídias sociais, noticiários e internet que tão bem informam sobre os atos de violência podem ser utilizadas também para relatar que os profissionais de saúde são justamente as pessoas mais indicadas para auxiliarem a população na prevenção e no combate à COVID-19. Lembrando que profissionais de saúde tomam medidas necessárias, evitando a propagação da doença e não devem de forma alguma serem hostilizados e acusados de disseminadores de vírus.

Sem profissionais de saúde os países não serão capazes de controlar a pandemia.46 Ações estão sendo desenvolvidas por instituições ao redor do mundo, visando aumentar a motivação dos profissionais de saúde e diminuir a ocorrência de agressões verbais, físicas e psicológicas da qual são vítimas. Depois do surgimento da pandemia de COVID-19, em face ao aumento das ocorrências contra profissionais de saúde, leis estão sendo alteradas.11 A OMS pede para que o profissional tenha cuidado também com sua saúde mental e comunique imediatamente aos seus superiores em caso de perigo de qualquer natureza.12,47

No território nacional, profissionais de saúde são agredidos até mesmo durante ato silencioso em memória aos colegas, que perderam suas vidas lutando contra a COVID-19.48 Autoridades e gestores brasileiros também precisam empreender esforços, visando informar a população corretamente e proteger os profissionais de saúde para que eles possam dar o máximo de si numa situação tão difícil como essa pela qual estamos passando.49

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A COVID-19 é uma realidade muito grave tanto no Brasil como no mundo. Para que a pandemia seja controlada é preciso que a população mundial tenha um mesmo objetivo e siga as medidas de prevenção corretamente. Profissionais de saúde são pontos-chave nessa batalha, devendo ser protegidos e não agredidos.

Diante da situação atual que aponta para o aumento da discriminação e violência contra os profissionais de saúde, instituições e autoridades devem desenvolver medidas para prevenir esses atos. Parece ser de suma importância os seguintes pontos:

1. Criar um número de telefone especial para que profissionais de saúde possam ligar em caso de violência e discriminação;

2. Revisar o código penal para que atos de agressões e discriminações cometidos contra profissionais de saúde sejam penalizados imediatamente e de forma mais rígida;

3. Fornecer assistência psicossocial àqueles profissionais vítimas de violência e/ou preconceito;

4. Aumentar a segurança nas instituições de saúde para que funcionários sintam-se mais seguros no local de trabalho;

5. Assegurar que os profissionais de saúde não sejam agredidos ou discriminados nas ruas e nos transportes públicos;

6. Informar a população sobre a transmissão da COVID-19, descrevendo que profissionais de saúde são especialistas e que melhor do que ninguém, conhecem os meios de transmissão e, principalmente, as medidas de prevenção;

7. Fazer com que a população se torne aliada dos profissionais de saúde e não seus inimigos, reconhecendo o valor dos mesmos e apoiando-os num momento tão difícil como esse pelo qual passamos;

8. Tomar medidas políticas para que os profissionais de saúde sintam-se seguros e apoiados pelo governo.

Espera-se que o presente artigo venha sensibilizar as autoridades para a situação pela qual passam profissionais de saúde e que ao planejarem estratégias visando conter a pandemia de COVID-19, criem também estratégias para proteger os profissionais de saúde contra atos de violência e discriminação, além de conscientizar a população da importância desses profissionais. Assim como a população em geral é protegida, deve-se também proteger as equipes de saúde, visto que são fundamentais para o controle da pandemia.

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Data de submissão: 28/04/2020

Data de aceite: 06/05/2020

Data de publicação: 07/05/2020



[1] Enfermeira. Mestre em Administração Hospitalar. Doutoranda da Faculdade de Enfermagem Florence Nightingale, Universidade de Istambul - Cerrahpasa. Turquia (TR). E-mail: luizafl@gmail.com http://orcid.org/0000-0002-0411-0886