Dias EG. Casos confirmados do novo Coronavírus: interiorização da doença em um município de Minas Gerais. J. nurs. health. 2020;10(n.esp.):e20104023

https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/19261

ARTIGO ORIGINAL

Casos confirmados do novo Coronavírus: interiorização da doença em um município de Minas Gerais

Confirmed cases of new Coronavirus: interiorization of the disease in a city in Minas Gerais

Casos confirmados del nuevo Coronavirus: interiorización de la enfermedad en una ciudad de Minas Gerais

Dias, Ernandes Gonçalves[1]

RESUMO

Objetivo: analisar a ocorrência da doença causada pelo novo coronavírus a partir dos casos confirmados em um município de pequeno porte no interior do Estado de Minas Gerais, Brasil. Método: estudo observacional, descritivo, realizado a partir de boletins epidemiológicos, do período de 16 de abril a 17 de julho de 2020, divulgados nas redes sociais da Prefeitura Municipal da cidade. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: em 23 dias, do período analisado, teve 48 casos confirmados. O intervalo de tempo entre as confirmações de casos, as linhas de tendência e a Média Móvel Simples demonstraram crescente número de casos positivos no município. Conclusão: a mudança de comportamento em nível individual e coletivo permancem como as principais medidas para enfrentar a doença em função da inexistência de tratamento ou vacina já aprovados, sobretudo pela limitação de recursos tecnológicos de saúde para tratamento em município do interior do Estado.

Descritores: Infecções por Coronavírus; Vírus da SARS; Pandemias

ABSTRACT

Objective: to analyze the occurrence of the disease caused by the new coronavirus from the confirmed cases in a small city in the interior of the State of Minas Gerais, Brazil. Method: observational, descriptive study, carried out from epidemiological bulletins, from the period from April 16 to July 17, 2020, published on the social networks of the City Hall of the city. The data were analyzed by descriptive statistics. Results: in 23 days, of the analiyzed period, there were 48 confirmed cases. The time interval between the confirmation of cases, the trend lines and the Simple Moving Average showed an increasing number of positive cases. Conclusion: behavior change at the individual and collective level remains the main measure to face the disease due to the lack of treatment or vaccine already approved and principally due to the limitation of technological health resources for treatment in a city in the interior of the state.

Descriptors: Coronavirus infections; SARS virus; Pandemics

RESUMEN

Objetivo: analizar la ocurrencia de la enfermedad causada por el nuevo coronavirus a partir de los casos confirmados en una pequeña ciudad del interior del Estado de Minas Gerais, Brasil. Método: estudio observacional, descriptivo a partir de boletines epidemiológicos, del período del 16 de abril al 17 de julio de 2020, publicados en las redes sociales de la Prefectura Municipal. Los datos fueron analizados por estadística descriptiva. Resultados: en 23 días, del período analizado, hubo confirmación de 48 casos. El intervalo de tiempo entre la confirmación de los casos, las líneas de tendencia y la Media Móvil Simple muestrearán un número creciente de casos positivos. Conclusión: el cambio de comportamiento a nivel individual y colectivo sigue siendo la principal medida para enfrentar la enfermedad por la falta de tratamiento o vacuna ya aprobados y principalmente por la limitación de recursos tecnológicos en salud para el tratamiento en una ciudad del interior del Estado.

Descriptores: Infecciones por coronavirus; Virus del SRAS; Pandemias

INTRODUÇÃO

A descoberta, na China, no final de 2019, de um novo Coronavírus, chamado, na comunidade científica, de Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave-2 (Sars-Cov-2), despertou muitas inquietações entre pesquisadores e profissionais da saúde. Mesmo com os avanços já conquistados, até meados de 2020, muitas informações ainda são incertas como as manifestações clínicas, transmissibilidade e o tratamento da infecção.1

Face ao conhecimento ainda insuficiente sobre a infecção provocada pelo Sars-Cov-2, a velocidade de disseminação e a capacidade de provocar mortes, a doença ocasionada pelo novo Coronavírus, do inglês Coronavirus Disease 2019 (Covid-19) é considerada como um problema de saúde pública que requer atenção à circulação do vírus em cidades do interior,2-3 onde os recursos de saúde são limitados.4

Os pacientes infectados pelo Sars-Cov-2 apresentam um quadro gripal de febre e tosse que pode evoluir para pneumonia e dificuldade de respirar, e em casos mais graves até o óbito.5-6

Atualmente sabe-se que 80% das infecções apresentam-se de forma branda ou até mesmo assintomáticas. Porém, 15% dos casos são graves e o paciente requer oxigenioterapia e 5% terão infecção crítica que exigirá intubação e ventilação mecânica, demandando assim leitos específicos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).7-8

O número de casos novos e a possível evolução da doença para manifestações mais graves justificam que sejam adotadas medidas de profilaxia para redução da transmissibilidade do Sars-Cov-2, por isso, as medidas preventivas, como, principalmente, a lavagem das mãos, o uso do álcool em gel, isolamento social e o uso de máscaras, precisam ser adotadas por toda a população a fim de que o impacto da Covid-19 seja amenizado no Brasil.9

As redes de mobilidade instituídas entre as cidades servem como ‘portas de entrada’ para o Sars-Cov-2 se propagar pelo país10 e são canais para o vírus chegar às regiões do interior.

Assim, o conhecimento da distribuição da doença permite compreender sua propagação, o modo como está se interiorizando e, ainda, observar como a doença se dispersa geograficamente aliado ao suporte disponível para tratamento, como leitos de terapia intensiva para pacientes graves.11

Nesse sentido, em função da morbidade e do impacto socioeconômico causados pelo Sars-Cov-2, diversos países, em todos os continentes, tomaram medidas como bloqueios, isolamento social e fechamentos de fronteiras a fim de reduzir a transmissão do vírus.12

Destarte, estudar o desenrolar da Covid-19 em um município interiorano é essencial para reconhecer suas necessidades e formular estratégias de enfretamento mais efetivas, devido aos recursos de saúde terem menor densidade tecnológica que pode ser insuficiente para tratamento de agravamento de sintomas respiratórios, o que exigem equipamentos de ventilação mecânica e leitos de UTI. Desta maneira, este estudo teve como objetivo analisar a ocorrência da doença causada pelo novo Coronavírus a partir dos casos confirmados em um município de pequeno porte no interior do Estado de Minas Gerais (MG), Brasil.

MÉTODO

Trata-se de um estudo observacional, descritivo, realizado a partir dos casos confirmados da Covid-19 no município de Monte Azul nos primeiros 90 dias a partir da primeira confirmação, em 16 de abril de 2020. A cidade está localizada no norte do Estado de MG e tem uma população estimada em 20.854 habitantes. De acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Índice de Desenvolvimento Humano da cidade é de 0,659.13

A rede de saúde do Sistema Único de Saúde local conta com sete Unidades de Saúde, onde atuam 11 Equipes de Saúde da Família, um Centro de Saúde, um Centro de Atenção Psicossocial, uma Unidade do Serviço Móvel de Urgência e Emergência, um Centro de Especialidades Odontológicas e um Hospital Filantrópico.14

O hospital local, apesar de possuir dois respiradores, não possui equipe intensivista, nem leitos de UTI instalados, assim os casos que apresentam maior gravidade são estabilizados e transferidos para a referência da microrregião de saúde para casos graves e que necessitam de tratamento intensivo. Esta situa-se a 115 km do município estudado, em Janaúba (MG), ou para hospital referência da macrorregião de saúde, em Montes Claros (MG), a 248 Km, conforme a ocupação dos leitos.

Os dados sobre a Covid-19 neste município foram obtidos a partir de boletins epidemiológicos divulgados diariamente, em dias úteis, pela Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde, nas redes sociais da Prefeitura Municipal da cidade.15

Os boletins foram reunidos e os dados como data do diagnóstico e número de casos diagnosticados foram transcritos para uma planilha do Excel 2016 e então calculada a quantidade de casos novos pela subtração do número do dia atual pela quantidade do anterior e o intervalo de dias entre as ocorrências pela verificação das datas com casos confirmados.

Calculou-se também a Média Móvel Simples (MMS) semanal para o período de casos positivos no município. Os períodos foram recortes de sete em sete dias, assim o cálculo da MMS se deu pela soma de casos positivos de cada período divido pela constante sete (número de dias em cada período).

A análise dos dados se deu por recursos da epidemiologia descritiva, valores absolutos e a medida da tendência linear e a MMS. Os dados foram analisados a partir de construção de tabela e gráficos.

Este estudo está dispensado de avaliação por um Comitê de Ética em Pesquisa por se tratar de análise de dados secundários disponíveis em domínio público, estando, portanto, de acordo com a Resolução 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde.

RESULTADOS

Neste município, o primeiro caso notificado como suspeito de Covid-19 ocorreu em 24 de março de 2020 e o primeiro confirmado em 16 de abril de 2020, portanto, 23 dias após a primeira notificação de caso suspeito.

Desde a primeira notificação de caso suspeito, até a escrita deste trabalho, o município somou 324 notificações e 48 casos confirmados, desses 41 já curados, cinco em tratamento e dois óbitos atribuídos à Covid-19, ocorridos em hospitais de referência para tratamento de casos da Covid-19 da região de saúde. Foram 175 (54,0%) mulheres e 149 (45,9%) homens notificados, a maior parte com idade entre 30 e 49 anos (45,9%).

Conforme mostra a Tabela 01, foram identificados 23 dias de informação da ocorrência de confirmação de casos, muitas vezes com mais de um caso diagnosticado por dia. Observa-se uma tendência de crescimento exponencial em número de dias com diagnóstico positivo, isso quando observado a ocorrência mês a mês.

Tabela 01: Distribuição de casos confirmados da Covid-19 em Monte Azul, MG, Brasil, abril a julho de 2020. N= 48

Nº de dias com ocorrências de casos confirmados

Data

Nº de casos confirmados

Intervalo de dias na informação de novos casos confirmados

Semana epidemiológica

01

16/04/2020

01

-

16

02

29/04/2020

01

13

18

03

15/05/2020

01

16

20

04

22/05/2020

01

07

21

05

25/05/2020

01

03

22

06

26/05/2020

01

01

22

07

01/06/2020

02

06

23

08

04/06/2020

02

03

23

09

08/06/2020

01

04

24

10

10/06/2020

01

02

24

11

22/06/2020

02

12

26

12

25/06/2020

02

03

26

13

26/06/2020

02

01

26

14

29/06/2020

03

03

27

15

30/06/2020

01

01

27

16

01/07/2020

02

01

27

17

03/07/2020

03

02

27

18

06/07/2020

02

03

28

19

07/07/2020

03

01

28

20

09/07/2020

05

02

28

21

13/07/2020

05

04

29

22

15/07/2020

05

02

29

23

17/07/2020

01

02

29

Total

48

-

-

Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.

A partir do dia 22 de junho, percebeu-se um crescimento sustentado do número de casos, e uma redução constante no intervalo de tempo entre a confirmação de casos, a partir de 25 de junho. Nota-se um crescimento de casos positivos inversamente proporcional ao tempo de informação da ocorrência (em dias).

A análise da distribuição dos casos, pelas semanas epidemiológicas, confirma a redução no intervalo de tempo entre os diagnósticos dos casos a partir da semana 26. Observa-se um aumento na quantidade de casos positivos dentro de uma mesma semana epidemiológica a partir de 22 de junho.

A Figura 01 aponta que o número de casos positivos da Covid-19 é crescente no período avaliado e mostra uma aceleração no crescimento a partir do 18º dia de confirmação de casos, dia 06 de julho.

A redução constante no intervalo de tempo entre a confirmação de casos é acentuada especialmente a partir do 12º dia de confirmações, dia 25 de junho, indicando uma aceleração do diagnóstico da doença no município.

A medida de tendência linear confirma uma tendência de crescimento no número de casos confirmados e redução no intervalo de dias entre as confirmações. No 17º ocorreu o ponto de cruzamento e inversão entre as linhas de tendência. A inversão de linhas indica que a aceleração no crescimento do número de casos e infecções pelo Sars-Cov-2 é cada vez mais frequente no município.

A Figura 02 exibe a MMS da evolução da epidemia de Covid-19 no município e reforça as evidências de crescimento vertiginoso do número de casos positivos, especialmente nos últimos 28 dias do período estudado. A MMS atual indica 1,57 casos/dia, sendo que há 14 dias essa medida era 1,28 casos/dia.

DISCUSSÃO

Desde a chegada do Sars-Cov-2 no Brasil, este se espalha de modo rápido e já chega às cidades interioranas. Um estudo realizado na cidade de Caxias, interior do Maranhão, mostrou que dos 290 casos de Covid-19 confirmados, 46,9% estavam na faixa etária entre 30 e 49 anos.2 Um estudo realizado na cidade de Teresina, Piauí, apontou que a maior parte dos pacientes positivos para Covid-19 eram mulheres, adultas, em faixa etária economicamente ativa,16 ambos estudos corroboram com os resultados deste.

No entanto, resultados parciais do estudo EPICOVID19, realizado pela Universidade Federal de Pelotas em 133 cidades do Brasil a fim de mapear a epidemiologia do Sars-Cov-2 apontam que o risco de infecção independe da idade e do sexo, porém a doença tende a ser mais grave em pacientes de faixa etárias mais elevadas.17

A preocupação da chegada da Covid-19 em cidades menores é associada ao fato de essas cidades contemplarem recursos de saúde limitados e como efeito aumentar a busca por tratamento nos grandes centros e pressionar ainda mais os serviços de saúde.4

Em março de 2020, o Ceará era Estado da federação com maior número de casos positivos para Covid-19 e já enfretantava o problema da interriorização da doença para cidades como Juazeiro do Norte, Sobral e Fortim.18

No período de 14 a 20 de junho de 2020, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo observou o avanço da pandemia para para cidades do interior e litoral, nesse período o Sars-Cov-2 avançou cerca de 14,5% para fora da capital paulista.19

A comissão de saúde do Estado de Pernambuco evidenciou interiorização da Covid-19 porque somente três cidades do sertão ainda não tiveram registros de casos confirmados da doença.20

Em MG, a doença também se espalha pelas cidades do interior e cidades de pequeno porte como Taiobeiras, localizada no norte do Estado, já apresenta números consideráveis de casos positivos.21

Um estudo, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais e Universidade Federal do Rio Grande do Norte, mostrou que os índices de isolamento social têm baixado de forma significativa nas pequenas cidades do interior de MG e nessas cidades tem se observado um crescente número de casos e mortes atribuídas à Covid-19. A capital mineira abriga 52% da população do Estado e registra cerca de 40% dos casos de Covid-19. O crescimento acelerado para o interior, possivelmente se justifica porque muitos municípios não instituiram o isolamento social ou foram mal-sucedidos.22

Do mesmo modo, um estudo realizado no Chile observou uma tendência de aumento no número de casos confirmados de Covid-19 relacionada à baixa adoção às medidas restritivas necessárias para controle dessa emergência de saúde pública.23

Possivelmente a Covid-19 é a mais grave pandemia da história recente e seu controle, certamente, é influenciado pelo rigor com que as pessoas adotam as medidas comportamentais individuais e coletivas de prevenção.24

Atualmente observa-se uma impossibilidade de controle imediato da pandemia por meio de vacinação (por ainda estar em fase de testes), as experiências de diversos países mostram redução na velocidade de progressão da curva de casos a partir da adoção de medidas como o isolamento social. Esta medida tende a reduzir a necessidade de suporte ventilatório e a internação em UTI,25 o que pode ser fundamental em cidades de pequeno porte, com recursos de saúde reduzidos, para minimizar os impactos da pandemia.

O impacto do Sars-Cov-2 nas pequenas cidades ainda é incerto, porém nessas cidades é onde reside grande parcela da população mais vulnerável socioeconomicamente, sobretudo com maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde. Nesse sentido, as autoridades locais devem tomar decisões que considerem o cenário de seu município.26

O acompanhamento da MMS pode ser uma estratégia útil para acompanhar o desenrolar da epidemia na cidade visto que representa a média dos casos ocorridos durante uma semana.27 O acompanhamento baseado em números absolutos de casos pode não ser eficiente e seguro para compreender o comportamento da doença, devido se observar menor número notificações e testagem, até a não relalização destes, em finais de semana e feriados, e trasmitir uma falsa impressão da ocorrência da doença no município.

O boletim Epidemiológico apresentado ao subcomitê de enfretamento à Covid-19 da Universidade Federal da Amazônia e Instituto de Saúde e Biotecnologia de Coari, da região de Saúde Rio Negro e Solimões do Amazonas, considerando o dia 11 de julho de 2020, apresentou MMS dos últimos sete dias de 2,14 e 1,43 respectivamente para as cidades de Beruri e Caapiranga,27 valores aproximados à MMS da cidade investigada, no período de 12 a 18 de julho de 2020, reforçando a interiorização da doença no Brasil.

De modo geral, a literatura sobre a interiorização da doença ainda é bastante escassa, especialmente em relação a municípios de pequeno porte pelo interior do país, o que representa uma preocupação em relação ao cenário e desafios que pode se apresentar para os gestores e serviços de saúde e um importante diferencial deste trabalho.

O estudo tem como limitação ser um retrato temporal de 23 dias de confirmação de casos em um município de pequeno porte e a falta de informações sobre a gravidade dos pacientes positivos para Covid-19, porém reforça o argumento de interiorização da doença, neste caso, não sendo possível estimar seu pico, estabilização e decréscimo.

CONCLUSÕES

No município estudado, os dados mostram uma epidemia em crescimento e que parece se acelerar nos últimos dias do período avaliado. Dessa forma, a mudança de comportamento em nível individual e coletivo permancem como as principais medidas para enfrentar a doença em função da inexistência de tratamento ou vacina já aprovados, sobretudo em função dos recursos tecnológicos de saúde limitados para tratamento da Covid-19 no interior, tais como equipamentos de ventilação mecânica e leitos de UTI.

Recomenda-se aos gestores, atenção constante à evolução do número de casos e adoção ou manutenção de medidas gerais de proteção da saúde da população como as estratégias de isolamento e monitoramento de casos, distanciamento social, restrição ao funcionamento de serviços não essenciais e orientação quanto à etiqueta respiratória e higiene, assim como planejamento estratégico para ampliar testagem da população, dentre eles, os profissionais de saúde, e para o  tratamento de casos, mais graves, na rede de atenção da micro e macrorregião de saúde. 

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Data de submissão: 21/07/2020

Data de aceite: 23/08/2020

Data de publicação: 26/08/2020



[1] Enfermeiro. Mestre em Ciências. Prefeitura Municipal de Monte Azul. Faculdade Verde Norte (FAVENORTE). Minas Gerais (MG), Brasil. E-mail: ernandesgdias@yahoo.com.br http://orcid.org/0000-0003-4126-9383