Complica��es locais e sist�micas em pacientes p�s-angioplastia coronariana transluminal percut�nea prim�ria
Local and systemic complications in patients after primary percutaneous transluminal coronary angioplasty
Complicaciones locales y sist�micas en pacientes tras angioplastia coronaria transluminal percut�nea primaria
Cardoso, Karoline Jardim;[1] Silva, Debora Monteiro da[2]
RESUMO
Objetivo: descrever as principais complica��es p�s-angioplastia prim�ria em um hospital universit�rio. M�todo: pesquisa descritiva, com an�lise documental de registros de 78 pacientes submetidos � angioplastia prim�ria. A coleta de dados ocorreu de setembro a novembro de 2020, em prontu�rios impressos, atrav�s de instrumento previamente elaborado. A an�lise foi por estat�stica descritiva. Resultados: predom�nio de idosos, com m�dia de 60,7 anos, do sexo masculino (76%), hipertensos (67,9%) e tabagistas (35,9%). As principais complica��es encontradas foram hematoma (17,9%), nefropatia induzida por contraste (12,8%) e reten��o urin�ria (5,1%). Os eventos card�acos adversos maiores mais prevalentes foram reestenose coronariana (7,7%), �bito card�aco (3,8%), infarto agudo do mioc�rdio (1,3%) e cirurgia de revasculariza��o do mioc�rdio de urg�ncia (1,3%). Conclus�es: a identifica��o das complica��es p�s-angioplastia prim�ria pode ofertar subs�dios para qualificar o cuidado atrav�s da cria��o de protocolos de preven��o e interven��o precoce aos eventos adversos aos pacientes submetidos ao procedimento.
Descritores: Infarto do mioc�rdio; Angioplastia; Complica��es p�s-operat�rias
ABSTRACT
Objective: to describe the main complications after primary percutaneous transluminal coronary angioplasty in a university hospital. Method: descriptive, research with documentary analysis with data of 78 patients submitted to primary angioplasty. Data collection took place from September to November 2020, in printed medical records, using a previously prepared instrument. The analysis was by descriptive statistics. Results: predominance of elderly, with an average of 60.7 years, male (76%), hypertensive (67.9%) and smokers (35.9%). The main complications found were hematoma (17.9%), contrast-induced nephropathy (12.8%) and urinary retention (5.1%). The most prevalent major adverse cardiac events were coronary restenosis (7.7%), cardiac death (3.8%), acute myocardial infarction (1.3%) and urgent myocardial revascularization surgery (1.3%). Conclusions: the identification of complications after primary angioplasty can offer subsidies to qualify care through the creation of prevention and early intervention protocols for adverse events in patients undergoing the procedure.
Descriptors: Myocardial infarction; Angioplasty; Postoperative complications
RESUMEN
Objetivo: describir las principales complicaciones posteriores a la angioplastia coronaria transluminal percut�nea primaria en un hospital universitario. M�todo: investigaci�n por an�lisis documental de registros de 78 pacientes sometidos a angioplastia primario. La recolecci�n de datos fue en septiembre a diciembre de 2020, en historias cl�nicas impresas, por instrumento preparado previamente. El an�lisis fue descriptivo. Resultados: predominio de ancianos, con una media de 60,7 a�os, varones (76%), hipertensos (67,9%) y fumadores (35,9%). Las principales complicaciones encontradas fueron hematoma (17,9%), nefropat�a por contraste (12,8%) y retenci�n urinaria (5,1%). Los eventos card�acos adversos mayores m�s prevalentes fueron la reestenosis coronaria (7,7%), muerte card�aca (3,8%), infarto agudo de miocardio (1,3%) y cirug�a urgente de revascularizaci�n del miocardio (1,3%). Conclusiones: la identificaci�n de las complicaciones despu�s de la angioplastia primaria puede ofrecer subsidios para calificar la atenci�n mediante la creaci�n de protocolos de prevenci�n e intervenci�n temprana de eventos adversos en pacientes sometidos al procedimiento.
Descriptores: Infarto del miocardio; Angioplastia; Complicaciones posoperatorias
INTRODU��O
As Doen�as Cardiovasculares (DCV), incluindo o Infarto Agudo do Mioc�rdio, (IAM) fazem parte das Doen�as Cr�nicas N�o Transmiss�veis (DCNT), sendo consideradas as mais frequentes causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo, independente de n�vel socioecon�mico.1-7 Segundo dados da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), no ano de 2016 ocorreram 56.900.000 de �bitos, dos quais 9.433.000 foram causados por IAM, seguido de 5.781.000 por Acidente Vascular Cerebral (AVC).8
No Brasil, de acordo com dados obtidos atrav�s do Departamento de Inform�tica do Sistema �nico de Sa�de (DATASUS), em 2017 ocorreram 1.321.633 �bitos, dentre estes, 358.882 foram causados por doen�as do aparelho circulat�rio, e destes, 92.657 sendo IAM.9 O IAM, mais recentemente denominado de S�ndrome Coronariana Aguda (SCA) � o termo usado para descrever a obstru��o total ou parcial das art�rias coron�rias, vasos sangu�neos respons�veis por irrigar o m�sculo card�aco.1,4
Diante da evolu��o da tecnologia, houve significativos avan�os cl�nicos, percut�neos e cir�rgicos que possibilitaram o tratamento de grande parte dos pacientes acometidos por IAM. Atualmente, a angioplastia com stent � o m�todo de reperfus�o percut�nea mais utilizado para o tratamento de obstru��o arterial coronariana, uma vez que a ACTP pode reestabelecer o fluxo coronariano em cerca de 90% dos pacientes.6,10
Apesar dos avan�os da cardiologia intervencionista, as complica��es p�s-ACTP continuam relativamente frequentes. Neste sentido, a equipe de enfermagem deve estar capacitada para a assist�ncia ao paciente infartado em ACTP prim�ria, a fim de evitar, minimizar e detectar poss�veis complica��es p�s-procedimento, visando � qualidade da assist�ncia prestada, redu��o do tempo de perman�ncia, assim como diminui��o dos custos hospitalares.6,10-11
O presente estudo justifica-se pela necessidade de conhecer o perfil dos pacientes, bem como as complica��es mais incidentes p�s-procedimento, a fim de ofertar subs�dios para qualificar o cuidado atrav�s da cria��o de protocolos de preven��o e interven��o precoce aos eventos adversos aos pacientes submetidos ao procedimento. Esse estudo tem por objetivo descrever a preval�ncia das principais complica��es p�s-angioplastia coronariana transluminal percut�nea prim�ria em um hospital universit�rio da regi�o metropolitana de Porto Alegre.
MATERIAIS E M�TODO
Trata-se de um estudo descritivo, observacional, com abordagem quantitativa, e dados retrospectivos. A amostra � n�o probabil�stica intencional. Este estudo foi desenvolvido em um Hospital Universit�rio da Regi�o Metropolitana de Porto Alegre, refer�ncia em hemodin�mica para a 8� Regi�o de Sa�de � Vale do Ca�/ Metropolitana. Participaram deste estudo 78 pacientes, popula��o composta por todos os pacientes que estiveram internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em p�s-procedimento imediato de ACTP prim�ria dos meses de janeiro a junho de 2020. Foram exclu�dos pacientes admitidos nesta unidade por outros motivos de interna��o que n�o sejam IAM com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSSST) p�s-ACTP prim�ria.
A coleta dos dados ocorreu no per�odo de setembro a novembro de 2020, com a utiliza��o dos prontu�rios dispon�veis no Servi�o de Arquivamento M�dico e Estat�stica (SAME) da institui��o pesquisada. Os dados foram tabulados em instrumento previamente elaborado, constitu�do de cinco partes. A primeira parte refere-se aos dados sociodemogr�ficos do paciente; a segunda parte aos dados cl�nicos; a terceira relativa aos dados angiogr�ficos; a quarta parte relativa �s complica��es p�s-ACTP prim�ria e a quinta parte relativa ao desfecho da interna��o do paciente.
Os dados quantitativos foram inseridos em um banco de dados eletr�nicos do programa Excel XP� da Microsoft�, e ap�s foram importados para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) � vers�o 22.0 para Windows, no qual foram tabulados e analisados a partir da estat�stica descritiva, e apresentados sob a forma de tabelas. As vari�veis foram categ�ricas foram expressas como n�meros absolutos e percentuais. As vari�veis cont�nuas foram expressas como m�dia e desvio e padr�o.
A pesquisa atendeu � Resolu��o 466/12 do Conselho Nacional de Sa�de e obteve Parecer da Comiss�o �tica em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), sob o n�mero de parecer 4.244.966 e Certificado de apresenta��o para aprecia��o �tica 36579420.0.0000.5349.
RESULTADOS
No per�odo de janeiro a junho de 2020, 78 pacientes foram submetidos � ACTP prim�ria, distribu�dos entre os meses de janeiro (n=12), fevereiro (n=18), mar�o (n=12), abril (n=12), maio (n=10) e junho (n=14). Do total de pacientes, 59 (76,0%) eram do sexo masculino, 19 (24,0%) eram do sexo feminino. A m�dia geral de idade foi de 60,7 � 10,52 anos, a m�dia entre pacientes do sexo masculino foi de 59,6 � 10,6, e do sexo feminino 64 � 9,64. Quanto � faixa et�ria dos pacientes, o mais jovem possu�a 35 anos e o mais idoso 87 anos. Todos os pacientes foram atendidos pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS). Em rela��o ao munic�pio de proced�ncia do paciente, 34 (43,6%) residiam em Canoas, 14 (17,9%) em Sapucaia do Sul, 12 (15,4%) em Esteio, 9 (11,5%) em Montenegro, 5 (6,4%) em Nova Santa Rita, 2 (2,6%) em S�o Sebasti�o do Ca� e 2 (2,6%) em Triunfo.
Em rela��o aos sintomas apresentados, o mais prevalente foi a precordialgia, 76 (97,6%), seguido de irradia��o para o membro superior esquerdo e n�useas, presentes em 13 (16,7%) dos pacientes. Quanto �s comorbidades, 53 (67,9%) dos pacientes apresentaram Hipertens�o Arterial Sist�mica (HAS), seguido de Diabetes Mellitus (DM) em 17 (21,8%). O h�bito de vida mais prevalente nesta popula��o foi o tabagismo, 28 (35,9%) (Tabela 1).
Tabela 1: Dados cl�nicos de pacientes submetidos � angioplastia coronariana transluminal percut�nea prim�ria. Regi�o Metropolitana de Porto Alegre, 2020.
Vari�veis |
Frequ�ncia absoluta (n) |
Frequ�ncia relativa (%) |
Sinais e sintomas |
|
|
Precordialgia |
76 |
97,4% |
Irradia��o da dor para MSE |
13 |
16,7% |
N�useas |
13 |
16,7% |
Sudorese |
11 |
14,1% |
Dispneia |
09 |
11,5% |
V�mitos |
04 |
5,1% |
Epigastralgia |
04 |
5,1% |
Irradia��o da dor para cervical |
03 |
3,8% |
Irradia��o da dor para o dorso |
03 |
3,8% |
Irradia��o da dor para mand�bula |
01 |
1,3% |
Patologias pr�vias |
|
|
Hipertens�o Arterial Sist�mica |
53 |
67,9% |
Diabetes Mellitus |
17 |
21,8% |
IAM |
13 |
16,7% |
Obesidade |
09 |
11,5% |
Dislipidemia |
05 |
6,4% |
AVC |
04 |
5,1% |
ACTP |
04 |
5,1% |
CRM |
01 |
1,3% |
H�bitos de vida |
|
|
Tabagismo |
28 |
35,9% |
Etilismo |
04 |
5,1% |
MSE � membro superior esquerdo, CRM � cirurgia de revasculariza��o do mioc�rdio.
Fonte: dado da pesquisa, 2020.
Quanto ao local de pun��o para procedimento, houve predom�nio da abordagem pela via radial, 65 (83,3%). Todos os pacientes inclu�dos neste estudo foram submetidos � ACTP prim�ria com implante de stent. O n�mero m�dio de stents por paciente foi de 1,4, variando entre um e tr�s stents. A coron�ria direita foi a art�ria mais tratada, em 39 (50,0%) dos casos, e o tipo de stent mais utilizado foi o farmacol�gico, 70 (89,7%). O tipo de anestesia utilizada no procedimento foi local em todos os pacientes deste estudo, realizada com Lidoca�na 2% injet�vel sem vasoconstritor. O tipo de contraste iodado utilizado em todos os procedimentos foi o Iopamiron�, por via endovenosa (Tabela 2).
Tabela 2: Dados angiogr�ficos de pacientes submetidos � Angioplastia Coronariana Transluminal Percut�nea Prim�ria. Regi�o Metropolitana de Porto Alegre, 2020.
Vari�veis |
Frequ�ncia absoluta (n) |
Frequ�ncia relativa (%) |
Local de pun��o |
|
|
Radial |
65 |
83,3% |
Femoral |
13 |
16,7% |
N�mero de stents por paciente |
|
|
1 stent |
49 |
62,8% |
2 stents |
27 |
34,6% |
3 stents |
02 |
2,6% |
N�mero de stents por les�o |
|
|
1 stent |
62 |
79,5% |
2 stents |
16 |
20,5% |
Coron�ria tratada* |
|
|
Direita |
39 |
50,0% |
Descendente anterior |
37 |
47,4% |
Circunflexa |
13 |
16,7% |
Tipo de stent |
|
|
Farmacol�gico |
70 |
89,7% |
Convencional |
08 |
10,3% |
*Estes percentuais relativos se explicam em fun��o do fato de um �nico paciente poder ter apresentado mais de uma coron�ria tratada por procedimento.
Fonte: dados da pesquisa, 2020.
Observa-se que houve predom�nio de hematoma como complica��o local. A complica��o sist�mica mais prevalente foi a nefropatia induzida por contraste 10 (12,8%). Em rela��o �s complica��es maiores, destaca-se a reestenose coronariana, presente em seis (7,7%) dos pacientes, seguido de �bito card�aco tr�s (3,8%). Ocorreram tr�s (3,8%) �bitos resultantes de parada cardiorrespirat�ria sem retorno a circula��o espont�nea, dos quais dois (2,6%) ocorreram em Fibrila��o Ventricular (FV), e um (1,3%) em Atividade El�trica Sem Pulso (AESP) (Tabela 3).
Tabela 3: Complica��es locais, sist�micas e eventos card�acos adversos maiores. Regi�o Metropolitana de Porto Alegre, 2020.
Vari�veis |
Frequ�ncia absoluta (n) |
Frequ�ncia relativa (%) |
Complica��es locais |
|
|
Hematoma |
14 |
17,9% |
Pseudoaneurisma |
03 |
3,8% |
Sangramento |
02 |
2,6% |
Complica��es sist�micas |
|
|
NIC |
10 |
12,8% |
Reten��o urin�ria |
04 |
5,1% |
ECAM |
|
|
Reestenose coronariana |
06 |
7,7% |
�bito card�aco |
03 |
3,8% |
IAM |
01 |
1,3% |
CRM |
01 |
1,3% |
NIC � nefropatia induzida por contraste, ECAM � eventos card�acos adversos maiores.
Fonte: dados da pesquisa, 2020.
Em rela��o ao desfecho da interna��o dos pacientes, 52 (66,7%) tiveram alta para a unidade de interna��o, 23 (29,5%) foram transferidos ao hospital de origem e 3 (3,8%) foram a �bito. O tempo de perman�ncia em UTI teve como m�dia 2,2 � 1,7 dias, variando entre um e 12 dias. Em Unidade de Interna��o (UI) a m�dia foi de 7,4 � 4,4 dias, variando entre dois e 23 dias de interna��o hospitalar.
DISCUSS�O
Os resultados obtidos nesse estudo corroboram com uma pesquisa realizada com 93 pacientes submetidos � ACTP prim�ria, em que 64,5% da amostra eram homens e 35,5% mulheres com a m�dia de 61,64 anos.5 Outro estudo realizado com 127 pacientes revelou uma m�dia de idade de 60,8 anos com varia��o entre 30 e 84 anos, sendo 65,4% dos pacientes do sexo masculino e 36,2% do sexo feminino.12
O perfil et�rio brasileiro vem se modificando ao decorrer das �ltimas d�cadas, tendo como resultado um aumento significativo da popula��o idosa. A idade avan�ada � um fator de risco que est� diretamente ligado ao ac�mulo de exposi��o aos fatores de risco ao longo da vida. De acordo com estudos, � poss�vel constatar que h� um aumento da incid�ncia de IAM em faixas et�rias avan�adas, assim como em indiv�duos do sexo masculino, onde encontram-se as maiores taxas de mortalidade, sendo estes, fatores de risco n�o modific�veis.5,13
A Tabela 1 evidencia que entre os principais sintomas apresentados, o mais prevalente foi a precordialgia, 76 (97,6%), seguido de irradia��o para o membro superior esquerdo e n�useas, presentes em 13 (16,7%) dos pacientes.
A dor tor�cica localizado na regi�o esternal do peito � o principal sintoma de infarto, relacionada com sensa��o retroesternal de press�o ou peso, com irradia��o para o pesco�o, mand�bula, ombro e bra�o esquerdo, podendo ser persistente ou intermitente. A irradia��o se d� devido a origem comum dos neur�nios sensoriais que suprem o mioc�rdio e essas �reas a partir do corno posterior da medula espinhal.1,4
Al�m disso, s�o considerados sintomas cl�ssicos: dispneia, palpita��o, sudorese, n�useas, v�mitos, dor abdominal, tontura, lipotimia e sensa��o de morte iminente. Estes sinais e sintomas s�o apontados como �teis para o diagn�stico diferencial.1,4,14-15
Cabe ressaltar, que cerca de 80% dos casos cursam sintom�ticos, por�m salienta-se h� possibilidade de manifesta��o assintom�tica, sendo mais comum em indiv�duos idosos e em portadores de DM devido � neuropatia diab�tica. 1,4,14-15
Na Tabela 1 se observou que em rela��o �s comorbidades, 53 (67,9%) dos pacientes apresentaram HAS, seguido de DM em 17 (21,8%). O h�bito de vida mais prevalente nesta popula��o foi o tabagismo, 28 (35,9%).
Estudos apontam que os fatores de risco reconhecidamente associados ao IAM, s�o: HAS, DM, dislipidemia, tabagismo, alcoolismo, aumento do consumo de carnes e gorduras, redu��o do consumo de frutas e verduras, obesidade, sedentarismo, al�m das desigualdades socioecon�micas e dificuldade de acesso aos servi�os de sa�de.1,3,5,13
A Tabela 2 evidencia o n�mero de stents implantados por paciente, em que o atual estudo revelou que 62,8% dos pacientes implantaram um stent, 34,6% implantaram dois e 2,6% implantaram tr�s stents. Em rela��o ao emprego de stent farmacol�gico, este ocorreu em 89,7% dos pacientes, seguido pelo uso do stent convencional em 10,3% dos casos.
Estes resultados assemelham-se a um estudo publicado em 2017 em um hospital universit�rio, em que o emprego de um stent ocorreu em 54 (58%), dois stents em 30 (32,3%) e tr�s stents ou mais em tr�s (9,7%) dos pacientes. O emprego de um stent ocorreu em 54 (58%), dois stents em 30 (32,3%) e tr�s stents ou mais em tr�s (9,7%) dos pacientes.5 Em rela��o ao n�mero m�dio de stents por paciente, o atual estudo evidenciou uma m�dia de 1,4, variando entre um e tr�s stents, resultado tamb�m descrito em outro estudo semelhante.12
Um ensaio cl�nico randomizado realizado com 231 pacientes indicados � ACTP, divididos em dois grupos para o uso de stent farmacol�gico (n=77) e n�o farmacol�gico (n=154), apontou que o �nico preditor de reestenose intra-stent foi o emprego de stent n�o farmacol�gico, onde em 93% da ocorr�ncia de reestenose ocasionou-se devido a sua utiliza��o. Este estudo tamb�m avaliou o custo-efetividade do emprego de stent farmacol�gico comparado ao uso de stent n�o farmacol�gico, evidenciando redu��o no percentual de reestenose, por�m sem impacto na mortalidade, com aumento de custo.16
Em rela��o �s coron�rias afetadas, a direita foi mais tratada, com 50,0% dos casos, seguida da descendente anterior com 47,4% e circunflexa em 16,7%. Cabe ressaltar que estes percentuais se explicam pelo fato de um �nico paciente ter apresentado mais de uma coron�ria tratada.
Estes resultados podem ser comparados a outro estudo semelhante, em que a coron�ria direita foi tratada em 30,1% dos pacientes, a descendente anterior em 41,9% e a circunflexa em 12,9%, al�m dos casos em que mais de uma art�ria foi tratada 12,9%.5
Tratando-se do local de pun��o para procedimento, conforme a Tabela 2, houve predom�nio da abordagem pela via radial, 65 (83,3%) e por via femoral em 13 (16,7%). A escolha da via radial para realiza��o de ACTP vem se expandido em virtude dos benef�cios obtidos na utiliza��o desta t�cnica, como a diminui��o de complica��es vasculares, menores taxas de sangramento, possibilidade de deambula��o precoce, menor tempo de interna��o e custos hospitalares.17
Um estudo unic�ntrico realizado com 2453 pacientes submetidos � ACTP com implante de stents farmacol�gicos, sendo 1237 submetidos a procedimento via radial e 1216 por via femoral evidenciou que no grupo em que a abordagem do procedimento por via femoral apresentou maior preval�ncia de complica��es vasculares, maior volume de contraste utilizado, taxas de mortalidade geral e de eventos card�acos adversos maiores no grupo femoral.17 Este estudo tamb�m apontou que a abordagem por via femoral se revelou como um preditor independente de mortalidade cardiovascular. Em contraponto, a abordagem por via radial se mostrou capaz de reduzir a mortalidade geral e cardiovascular, ECAM e complica��es vasculares.17
Em rela��o ao tipo de anestesia utilizada no procedimento, salienta-se que em todos os pacientes deste estudo foram submetidos a anestesia local, podendo ser comparado com outra pesquisa realizada em um hospital situado na regi�o noroeste do Rio Grande do Sul, em que pacientes submetidos ao cateterismo card�aco e angioplastia coronariana com implante de stent, revelou que em 95,7% dos casos a anestesia local foi utilizada exclusivamente.3
A Tabela 3 revela dados referentes �s complica��es locais, sist�micas e ECAM, no qual 28 (35,9%) dos pacientes inclu�dos neste estudo apresentaram complica��es p�s-ACTP prim�ria. A principal complica��o local encontrada neste estudo foi o hematoma, com uma frequ�ncia em 14 (17,9%) dos pacientes, sendo localizado em via radial quatro (5,1%), e em via femoral 10 (12,8%).
Estes resultados corroboram com um estudo de coorte de base populacional realizado com 199 pacientes, em que 82,4% dos procedimentos foram realizados via radial, revelou uma preval�ncia de 18,3% de equimoses e 17,7% de hematomas, em maior frequ�ncia para a abordagem radial (17,1%) quando comparada a femoral (14,2%).18 Em contraponto, um estudo quantitativo realizado com 127 pacientes em um hospital p�blico em Minas Gerais evidenciou uma preval�ncia de hematoma em 29 (22,8%) dos pacientes, sendo a abordagem por via femoral em 124 (97,6%) e tr�s (2,4%) por via radial.12
Outro estudo realizado com 383 pacientes submetidos a interven��o coron�ria percut�nea por via femoral, revelou uma ocorr�ncia de 6,5% de complica��es vasculares, sendo o pseudoaneurisma de art�ria femoral a complica��o mais observada. Este estudo constatou que o emprego de dispositivo hemost�tico do tipo plugue de col�geno emergiu como fator protetor contra a ocorr�ncia de complica��es vasculares, facilitando a recupera��o e melhorando o conforto dos pacientes que podem deambular mais precocemente.19
Em rela��o aos fatores de risco de complica��es vasculares, estudos apontam que a utiliza��o de anticoagulante antes do procedimento, o paciente ser do sexo feminino, press�o arterial sist�lica superior a 160 mmHg, n�mero de tentativas de pun��o e troca de profissional durante a compress�o manual s�o alguns fatores que apresentaram associa��o estatisticamente significativa com o surgimento de complica��es.12 Outros pesquisadores evidenciaram que apenas a rela��o entre complica��es vasculares e o calibre do introdutor apresentou signific�ncia estat�stica.20
De acordo com a Tabela 3, as complica��es sist�micas mais prevalentes encontradas neste estudo foram NIC, em 10 (12,8%) pacientes. Estes achados podem ser comparados com um estudo unic�ntrico recente, em que 279 pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com o tempo total de isquemia mioc�rdica. O grupo 1 (n=118), em que o tempo dor-bal�o <6 horas apresentou uma preval�ncia de 9 (7,6%) de NIC, e o grupo 2 com tempo dor-bal�o ≥6 e <12 horas (n=161) apresentou 32 (19,9%).21 Outro estudo realizado com dois grupos, constatou que entre pacientes idosos (n=131), a NIC ocorreu em nove (6,2%), e no grupo de pacientes n�o idosos (n=149) em 10 (5,7%).22
Em uma pesquisa desenvolvida com compara��o entre dois grupos, o grupo 1 (n=76) caracterizado por pacientes sem disfun��o renal basal e que n�o desenvolveram NIC, e o grupo 2 (n=64) caracterizado por pacientes sem disfun��o renal basal, mas que desenvolveram NIC, constatou que o uso de meios de contraste mais nefrot�xicos foi maior no grupo 2, assim como o volume de contraste administrado.23
A nefropatia induzida por contraste se caracteriza por uma forma de inj�ria renal aguda, que ocorre ap�s poucos dias depois da exposi��o ao meio de contraste iodado, utilizado com frequ�ncia em procedimentos diagn�sticos e terap�uticos. Na �ltima d�cada, a NIC foi reconhecida como a terceira causa mais comum de insufici�ncia renal adquirida em meio hospitalar, com importantes implica��es progn�sticas.23
A insufici�ncia renal aguda (IRA), tamb�m chamada de les�o renal aguda (LRA), � definida como aumento da creatinina s�rica >50,0% do valor basal ou de necessidade de terapia renal substitutiva.21 A an�lise da fun��o renal � parte fundamental da avalia��o cl�nica pr�via antes de procedimentos m�dicos em que se utilize meio de contraste iodado, incluindo a ACTP.23
O acompanhamento de n�veis s�ricos de creatinina p�s-angioplastia coronariana tem como objetivo comparar valores laboratoriais anteriores com prop�sito de constatar a ocorr�ncia de NIC.24 A ocorr�ncia de NIC em pacientes submetidos a hidrata��o venosa apresentam redu��o dos marcadores laboratoriais quando submetidos a este preparo.24
De acordo com a Tabela 3, a reten��o urin�ria ocorreu em quatro (5,1%) pacientes, em que a abordagem do procedimento foi por via femoral, com necessidade de cateterismo vesical de al�vio.
Um estudo realizado em um hospital universit�rio evidenciou que em rela��o aos procedimentos realizados por via femoral, em 25,7% dos pacientes foi necess�ria a realiza��o de cateterismo vesical de al�vio. Quanto � abordagem por via radial, apenas 2,4% dos pacientes apresentaram reten��o urin�ria sem necessidade de medida invasiva, visto que a o deambular precocemente e o fato de ser liberado para ida ao banheiro favoreceu a mic��o espont�nea.12,18
Em outra pesquisa, foi observado que entre ap�s a realiza��o de angioplastia coronariana, 12 (9,4%) dos pacientes necessitaram de cateterismo vesical, sendo a reten��o urin�ria evidenciada como principal complica��o sist�mica apresentada no estudo.12
O conceito de ECAM pode ser definido como um combinado de mortalidade por causa card�aca, infarto agudo do mioc�rdio e necessidade de revasculariza��o do vaso-alvo.22 O presente estudo apontou uma preval�ncia de 11 (14,1%) de ECAM, sendo divididos entre 3 (3,8%) de �bitos card�acos, um (1,3%) de IAM n�o-fatal, seis (7,7%) de necessidade de revasculariza��o do vaso-alvo atrav�s de interven��o coronariana percut�nea e 1 (1,3%) por CRM.
Estes resultados podem ser comparados a um estudo de coorte prospectiva realizado com 101 pacientes, em que 83,2% destes foram submetidos � ACTP prim�ria, resultando em uma taxa de 7,9% de reestenose, 2,0% de IAM n�o-fatal e 10,9% de �bitos de causa card�aca.25
Outro estudo realizado comparando dois grupos divididos em rela��o a idade, revelou uma frequ�ncia de 2,4% de �bitos no grupo de pacientes idosos, classificados como >65 anos (n=131) e o grupo de pacientes n�o idosos, classificados como <65 anos (n=149), apresentou 1,2% de �bitos. Em rela��o a ocorr�ncia de IAM e CRM de urg�ncia, os dois grupos apresentaram a mesma preval�ncia em ambos os eventos, com um total de 0,6% cada.22
CONCLUS�ES
Os resultados deste estudo contribuem para a quantifica��o de complica��es p�s-ACTP prim�ria, servindo de subs�dio para gerar estrat�gias para a preven��o de agravos aos pacientes submetidos ao procedimento. Al�m disso, possibilita que a equipe de enfermagem seja capacitada para a assist�ncia ao paciente, visando a qualidade do cuidado prestado, redu��o do tempo de perman�ncia, assim como diminui��o dos custos hospitalares.
Algumas limita��es podem ser consideradas neste estudo, como o tamanho da amostra, a dificuldade de encontrar dados sociodemogr�ficos nos prontu�rios impressos e arquivados no SAME da institui��o hospitalar cen�rio do estudo, assim como a escassez de estudos recentes sobre a tem�tica proposta. � fundamental que novas pesquisas que incluam esta tem�tica sejam desenvolvidas, com objetivo de buscar mais evid�ncias sobre os problemas identificados.
REFER�NCIAS
1 Bemposta MCM, Martins MDS, Silva NAP. Identification of the time of onset of acute myocardial infarction symptomatology. Refer�ncia. 2018;4(19):61-70. DOI: https://doi.org/10.12707/RIV18038
2 Sant�Anna FM, Alvarez FS, Bruno RV, Brito MB, Menezes S, Correa Filho WB, et al. Desfechos hospitalares em pacientes submetidos a interven��o percut�nea na vig�ncia de s�ndromes coron�rias agudas atendidos em unidades de pronto atendimento (UPAs) � resultados de um centro de cardiologia terci�rio. Rev. bras. cardiol. invasiva. 2010;18(1):30-6. DOI: https://doi.org/10.1590/S2179-83972010000100008
3 Kuhn OT, Bueno JFB, Loro MM, Kolankiewicz ACB, Winkelmann ER, Rosaneli CLSP. Perfil de pacientes submetidos a cateterismo card�aco e angioplastia em um hospital geral. Rev. Contexto Sa�de (Impr.). 2015;15(29): 4-14. Dispon�vel em: https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/4143
4 Ouchi DJ, Teixeira C, Ribeiro CAG, Oliveira CC. Tempo de chegada do paciente infartado na unidade de terapia intensiva: a import�ncia do r�pido atendimento. Ensaios e Ci�ncias. 2017;21(2):92-9. Dispon�vel em: https://ensaioseciencia.pgsskroton.com.br/article/view/3652#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20IV,80%25%20nas%20primeiras%2024%20horas
5 Lima MSM de, Dantas RAN, Mendes NPN, Alves LCM, Silva TTM da, Brito AGR, et al. Clinical-epidemiological aspects of patients submitted to Percutaneous Coronary Intervention in a university hospital. Rev. bras. enferm. 2018;71(6):3056-63. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0012
6 Gomes ET, Silva TT, Santos MS. Complica��es da interven��o coron�ria percut�nea: infer�ncia dos diagn�sticos de enfermagem. Enfermagem Brasil. 2018;17(6):694-701. DOI: https://doi.org/10.33233/eb.v17i6.1306
7 Silva IM, Silva MG. Infarto agudo do mioc�rdio: assist�ncia ao paciente p�s-infarto internado em unidade de terapia intensiva. Revista Amaz�nia: Science & Health. 2018;6(1):12-21. Dispon�vel em: http://ojs.unirg.edu.br/index.php/2/article/view/1545
8 World Health Organization (WHO). Global Healthy Observatory. The top 10 causes of death. 2018. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/the-top-10-causes-of-death
9 Minist�rio da Sa�de (BR). Departamento de inform�tica do SUS. Mortalidade � infarto agudo do mioc�rdio � 2017 (Brasil e regi�es). Bras�lia: Minist�rio da Sa�de; 2017. Dispon�vel em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def
10 Macedo RCR, Balsanelli AP, Franco FF, Sant�Ana EA. Enfermagem em cardiologia: procedimentos em unidade semi-intensiva. 1� ed. Barueri: Manole; 2012.
11 Santos MN dos, Medeiros RM, Soares OM. Emerg�ncia & cuidados cr�ticos para enfermagem: conhecimentos - habilidades � atitudes. 1� ed. Porto Alegre: Mori�; 2018.
12 Barbosa MH, Moreira TM, Tavares JL, Andrade EV de, Bitencourt MN, Freitas KBC de, et al. Complica��es em pacientes submetidos � angioplastia coronariana transluminal percut�nea. Enferm. glob. 2013;12(3):24-33. Dispon�vel em: https://revistas.um.es/eglobal/article/view/eglobal.12.3.153141/149781
13 Santos J dos, Meira KC, Camacho AR, Salvador PTCO, Guimar�es RM, Pierin AMG, et al. Mortality due to acute myocardial infarction in Brazil and its geographical regions: analyzing the effect of age-period-cohort. Ci�nc. Sa�de Colet. (Impr.). 2018;23(5):1621-34. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018235.16092016
14 Miranda AVS, Rampelotti LF. Incidence of chest pain as a symptom of acute myocardial infarction in an urgent care unit. BrJP. 2019;2(1):44-8. DOI: https://doi.org/10.5935/2595-0118.20190009
15 Passinho RS, Sipolatti WGR, Fioresi M, Primo CC. Signs, symptoms and complications of acute myocardial infarction. Rev. enferm. UFPE online. 2018;12(1):247-64. Available from: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/22664/26099
16 Pessoa JA, Ferreira E, Ara�jo DV, Maia E, Silva FSM da, Oliveira MS de, et al. Cost-effectiveness of Drug-Eluting Stents in Percutaneous Coronary Intervention in Brazil�s Unified Public Health System (SUS). Arq. bras. cardiol. 2020;115(1):80-9. DOI: https://doi.org/10.36660/abc.20180292
17 Silva BSL, Mangione FM, Wili LF, Mauro MFZ, Crist�v�o SAB, Mangione JA. An�lise dos pacientes submetidos � interven��o coron�ria percut�nea por via radial. Dados do registro SAFIRA. Rev. bras. cardiol. invasiva. 2018;26(1):1-5. DOI: https://doi.org/10.31160/JOTCI2018;26(1)A0018
18 Armendaris MK, Azzolin KO, Alves FJMS, Ritter GS, Moraes MAP de. Incidence of vascular complications in patients submitted to percutaneous transluminal coronary angioplasty by transradial and transfemoral arterial approach. Acta Paul. Enferm. (Online). 2008;21(1):107-11. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-21002008000100017
19 Brito Junior FS, Magalh�es MA de, Nascimento TCDC, Amorim IMG, Almeida BO, Abizaid A, et al. Incid�ncia e preditores contempor�neos de complica��es vasculares ap�s interven��o coron�ria percut�nea. Rev. bras. cardiol. invasiva. 2007;15(4):394-9. DOI: https://doi.org/10.1590/S2179-83972007000400014
20 Zanatta LG, Cardoso CO, Mota FM, Conti EP, Diehl D, Rodrigues APR, et al. Preditores e incid�ncia de complica��es vasculares ap�s a realiza��o de interven��es coron�rias percut�neas: achados do registro IC-FUC. Rev. bras. cardiol. invasiva. 2008;16(3):301-6. DOI: https://doi.org/10.1590/S2179-83972008000300010
21 Barbosa RR, Cesar FB, Serpa RG, Bayerl DMR, Mauro VF, Veloso WUG, et al. Results of Primary Percutaneous Coronary Intervention According to the Total Ischemic Time. Rev. bras. cardiol. invasiva. 2014;22(2):137-42. DOI: https://doi.org/10.1016/S2214-1235(15)30007-7
22 Dall�Orto CC, Lopes RPF, Alc�ntara CT, Cisari G, Marques AS, Perea JCC, et al. Percutaneous coronary intervention using transradial access in elderly vs. non-elderly patients. Rev. Bras. Cardiol. Inasv. 2013;21(1):36-42. DOI: https://doi.org/10.1590/S2179-83972013000100009
23 Nunes MBG, Fialho AC, Alvares VRC, Meneguz-Moreno R, Lamas E, Loures V, et al. F�rmula de CKD-EPI versus Cockcroft-Gault na predi��o de nefropatia induzida por contraste ap�s interven��o coron�ria percut�nea, em pacientes sem disfun��o renal significativa. Rev. port. cardiol. 2018;37(1):25-33. DOI: https://doi.org/10.1016/j.repc.2017.05.009
24 Lima VCGS, Queluci GC, Brand�o ES. Post-coronary transluminary angioplasty patient's nursing care. Rev. enferm. UFPE online. 2019;13(3):732-42. DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v13i3a236601p732-742-2019
25 Bahia Neto AFC, Campos FZ, Gon�alves RB, Gomes IC, Sternick EB, Almeida AM. Custos e desfechos cl�nicos na interven��o coron�ria percut�nea no sistema �nico de sa�de. Rev. Bras. Cardiol. 2016; 29(6):431-42. Dispon�vel em: http://www.onlineijcs.org/sumario/29/pdf/v29n6a03.pdf
Recebido em: 04/02/2022
Aceito em: 13/12/2022
Publicado em: 23/12/2022
[1] Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, Rio Grande do Sul (RS). Brasil (BR). E-mail: nursekaroline@gmail.com ORCID: 0000-0001-5080-0901
[2] Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Canoas, Rio Grande do Sul (RS). Brasil (RS). E-mail: debora.silva@ulbra.br ORCID: 0000-0003-2043-1521
Como citar: Cardoso KJ, Silva DM. Complica��es locais e sist�micas em pacientes p�s-angioplastia coronariana transluminal percut�nea prim�ria. J. nurs. health. 2022;12(3):e2212320603. DOI: https://doi.org/10.15210/jonah.v12i3.4607