Latent tuberculosis infection in people living with HIV in Paran�: characterization of clinical-epidemiological profile
Infecci�n tuberculosa latente en personas que viven con VIH en Paran�: caracterizaci�n del perfil cl�nico-epidemiol�gico
De Mori, Mariana Martire;[1] Lima, Lucas Vin�cius de;[2] Pavinati, Gabriel;[3] Sala, Caroline;[4] Silva, Isadora Gabriella Paschoalotto;[5] Gil, Nelly Lopes Moraes;[6] Magnabosco, Gabriela Tavares[7]
Resumo
Objetivo: caracterizar perfil cl�nico-epidemiol�gico das pessoas vivendo com HIV com registro de tratamento da Infec��o Latente pelo Mycobacterium tuberculosis no Estado do Paran� em 2019 e 2020. M�todo: estudo descritivo, com dados do Sistema de Informa��o Nacional para notifica��o das pessoas em tratamento para tuberculose, disponibilizados pela Secretaria Estadual de Sa�de do Paran�. A an�lise dos dados foi descritiva. Resultados: houve redu��o significativa do n�mero de pessoas em tratamento, com perfil predominante de homens brancos com idade m�dia de 41 anos, com radiografia de t�rax normal, imunizados contra tuberculose, sem realiza��o de prova tubercul�nica, em uso de isoniazida, sem hist�rico de contato de tuberculose e com tratamento da fase latente. Conclus�es: evidencia-se a import�ncia da a��o conjunta entre Programas de Controle de HIV e tuberculose, com foco na amplia��o do tratamento preventivo e na educa��o em sa�de para conscientiza��o, em especial de homens adultos.
Descritores: Perfil de sa�de; HIV; Tuberculose; Tuberculose latente; Coinfec��o
Abstract
Objective: to characterize clinical-epidemiological profile of people living with HIV with a record of treatment for Latent Infection by Mycobacterium tuberculosis in the State of Paran� in 2019 and 2020. Method: descriptive study, with data from the National Information System for notifying people undergoing treatment for tuberculosis, made available by the State Department of Health of Paran�. Data analysis was descriptive. Results: there was a significant reduction in the number of people undergoing treatment, with a predominant profile of white men with a mean age of 41 years, with normal chest X-rays, immunized against tuberculosis, without tuberculin skin testing, using isoniazid, no history of contact with tuberculosis and, with treatment of the latent phase. Conclusions: the importance of joint action between HIV and Tuberculosis Control Programs is evident, with a focus on expanding preventive treatment and health education for awareness, especially for adult men.
Descriptors: Health profile; HIV; Tuberculosis; Latent tuberculosis; Coinfection
RESUMEN
Objetivo: caracterizar perfil cl�nico-epidemiol�gico de personas que viven con VIH con registro de tratamiento para Infecci�n Latente por Mycobacterium tuberculosis en el Estado de Paran� en 2019 y 2020. M�todo: estudio descriptivo, con datos del Sistema Nacional para notificar personas en tratamiento por tuberculosis, puesto a disposici�n por la Secretar�a de Estado de Salud de Paran�. El an�lisis fue descriptivo. Resultados: hubo una reducci�n significativa en el n�mero de personas en tratamiento, con perfil predominante de hombres blancos, edad media de 41 a�os, con radiograf�as de t�rax normales, inmunizados contra la tuberculosis, sin prueba cut�nea de la tuberculina, usando isoniazida, sin antecedentes de contacto de tuberculosis y con tratamiento de la fase latente. Conclusiones: se evidencia la importancia de la acci�n conjunta entre Programas de Control del VIH y la Tuberculosis, con foco en ampliar el tratamiento preventivo y la educaci�n en salud para la concientizaci�n, especialmente de hombres adultos.
Descriptores: Perfil de salud; VIH; Tuberculosis; Tuberculosis latente; Coinfecci�n
INTRODU��O
A Tuberculose (TB) � uma doen�a infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch, considerada uma condi��o cr�nica devido ao tempo de perman�ncia no indiv�duo e � demanda que imp�e aos servi�os de sa�de para seu manejo e controle.1 Trata-se de um problema de sa�de p�blica mundial, com cerca de 10 milh�es de novos casos ao ano e 1,57 milh�o de �bitos.2
A OMS presume que quase um quarto da popula��o mundial
esteja infectada pelo Mycobacterium tuberculosis.3 A Infec��o
Latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB) corresponde ao estado em
que h� uma resposta imune persistente ao pat�geno sem evid�ncias de doen�a
ativa.4 Desse modo, a pessoa infectada permanece saud�vel por muito
tempo, sem transmitir o bacilo e com imunidade parcial � doen�a.3
Estima-se que cinco a 10% das pessoas com a ILTB desenvolvem a TB doen�a
ativa durante a vida, principalmente nos primeiros cinco anos ap�s a infec��o.5
Sendo assim, a cadeia de transmiss�o do bacilo se mant�m ao longo do tempo, com
o desenvolvimento da doen�a em pessoas com infec��o pr�via que passam a
transmitir o Mycobacterium tuberculosis, configurando um desafio para o
controle da TB. O risco de evolu��o para doen�a ativa � ainda maior entre
pessoas com imunossupress�o e comprometimento imunol�gico, como � o caso de
pessoas vivendo com o V�rus da Imunodefici�ncia Humana/S�ndrome da
Imunodefici�ncia Adquirida (PVHA).6
O HIV � respons�vel por cerca de 900 mil novos diagn�sticos e 300 mil mortes a cada ano no mundo,7 sendo a TB uma das principais causas de morte PVHA.8 Nesse sentido, o rastreio e o tratamento da ILTB s�o indicados para todas as Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV), instituindo tratamento imediato �quelas que sejam contato de casos de TB ativa ou que apresentem contagem de c�lulas CD4 menor do que 350.3
No Brasil, foram notificados 66.819 casos novos da TB no ano de 2020, com um coeficiente de incid�ncia de 31,6 por 100 mil habitantes.9 No que se refere � coinfec��o TB-HIV, foram registrados cerca de 5.636 novos casos no mesmo ano.9
Na regi�o sul do pa�s foram registrados 7.855 casos novos de TB em 2020, destes, 2.190 (27,9%) casos ocorreram somente no estado do Paran�.9 Entre os casos novos de TB no Brasil, 1.027 representaram a coinfec��o TB-HIV, sendo 201 (19,6%) no Paran�.9
Em 2015, a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) publicou a �Estrat�gia pelo Fim da Tuberculose�, que estabeleceu metas arrojadas como meio de solucionar a TB como problema de sa�de p�blica global at� 2035.10 Para tanto, ficou posto como imprescind�vel a identifica��o e o manejo adequado da ILTB.10 � luz da Estrat�gia proposta pela OMS, o Minist�rio da Sa�de do Brasil lan�ou, em 2021, a segunda edi��o do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Sa�de P�blica, apontando como um dos principais desafios para o alcance das metas o rastreio, diagn�stico e tratamento da ILTB, principalmente entre PVHIV.3
� sabido que, a fim de melhor desenhar estrat�gias de controle de doen�as e agravos, � fundamental conhecer o comportamento epidemiol�gico das condi��es e o perfil cl�nico da popula��o. Nessa l�gica, pesquisas com delineamentos epidemiol�gicos descritivos devem ser desenvolvidas com o intuito de delinear o panorama da situa��o em determinada localidade, subsidiando a tomada de decis�o por parte da gest�o no que tange �s estrat�gias de vigil�ncia e assist�ncia e, consequentemente, controle e interrup��o da cadeia de transmiss�o, busca por melhor qualidade de vida e menores taxas de mortalidade dos agravos.11TB e de redu��o da mortalidade das PVHIV pela coinfec��o TB-HIV, faz-se necess�rias informa��es acerca do perfil das PVHIV em tratamento da ILTB, esquema de tratamento adotado e desfecho de cada caso.
� vista disso, o presente estudo justifica-se pela import�ncia de conhecer caracter�sticas das PVHIV em tratamento da ILTB no Paran�, com intuito de contribuir com a elabora��o, avalia��o e direcionamento de estrat�gias que favore�am o controle da TB nessa popula��o e o alcance das metas pactuadas, � n�vel regional, estadual e federal, para a elimina��o da TB como problema de sa�de p�blica. Portanto, objetivou-se caracterizar perfil cl�nico-epidemiol�gico das pessoas vivendo com HIV com registro de tratamento da Infec��o Latente pelo Mycobacterium tuberculosis no Estado do Paran� em 2019 e 2020.
MATERIAIS E M�TODO
Tratou-se de um estudo epidemiol�gico descritivo do tipo observacional, de abordagem quantitativa, realizado a partir de dados secund�rios oriundos do Sistema de Informa��o para notifica��o das pessoas em tratamento de ILTB (IL-TB) do Minist�rio da Sa�de. Os dados foram disponibilizados pela Secretaria Estadual de Sa�de do Paran� (SESA) e a organiza��o das informa��es foi guiada pelo checklist do referencial Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE).12
Considerou-se como popula��o do estudo as PVHIV com registro de tratamento para ILTB no Paran� que deram entrada em algum servi�o de sa�de da rede de aten��o do Sistema �nico de Sa�de (SUS) no estado entre os anos de 2019 e 2020. O recorte temporal levou em conta a disponibilidade dos dados por parte da SESA. Foram desconsiderados os casos em que a sorologia para o HIV era desconhecida ou n�o registrada no sistema IL-TB at� o momento da coleta de dados.
Os dados foram disponibilizados pela SESA em outubro de 2021 e a limpeza e organiza��o do banco de dados ocorreu de outubro a dezembro de 2021. Para a coleta dos dados, foi utilizado um instrumento espec�fico, elaborado para o desenvolvimento da presente pesquisa, contendo duas dimens�es e as respectivas vari�veis, a saber: I � Caracter�sticas demogr�ficas: idade, sexo, ra�a/cor; II � Caracter�sticas cl�nicas: tipo de entrada (caso novo, reingresso ap�s abandono), vacina��o pr�via com BCG, contato com pessoa com diagn�stico de TB, realiza��o e resultado da prova tubercul�nica, realiza��o e resultado da radiografia de t�rax, esquema terap�utico, n�mero de doses tomadas e desfecho do tratamento.
Para a an�lise dos dados foram utilizadas t�cnicas de estat�stica descritiva simples, como medidas de frequ�ncia absoluta e frequ�ncia relativa para as vari�veis categ�ricas e medidas de posi��o (m�dia) para vari�veis num�ricas. Os dados foram compilados e analisados com aux�lio do software Microsoft Excel� 2016.
Atendendo aos aspectos �ticos preconizados pela Resolu��o n� 466/2012 do Conselho Nacional da Sa�de, que disp�e das normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, o estudo foi aprovado pelo Comit� de �tica em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Maring�, sob Certificado de Apresenta��o para Aprecia��o �tica: 47634621.7.0000.0104, e anu�do pela Secretaria Estadual de Sa�de do Paran�.
RESULTADOS
No per�odo considerado, foram registradas 386 PVHIV em tratamento da ILTB no Paran�, das quais 275 foram notificadas em 2019 e 111 em 2020. Com rela��o ao perfil demogr�fico, notou-se que a m�dia de idade das PVHIV notificadas no IL-TB foi de 41 anos, o sexo o masculino foi o mais prevalente, com mais de 62% dos registros em ambos os anos considerados, e a predomin�ncia de pessoas de ra�a/cor branca tamb�m em ambos os anos (65,82% e 58,56%, respectivamente) (Tabela 1).
Tabela 1: Caracter�sticas cl�nico-epidemiol�gicas das PVHIV em tratamento da ILTB no estado do Paran� entre os anos de 2019 e 2020 � Paran�, Brasil, 2022
Vari�veis |
2019 |
2020 |
Total |
|||
Idade |
|
|
|
|||
M�dia |
41,85 |
41,02 |
41,61 |
|||
Sexo |
N |
% |
N |
% |
N |
% |
Masculino |
169 |
61,45 |
74 |
66,67 |
243 |
62,95 |
Feminino |
106 |
38,55 |
37 |
33,33 |
143 |
37,05 |
Ra�a/cor |
|
|
|
|
|
|
Branca |
181 |
65,82 |
65 |
58,56 |
246 |
63,73 |
Parda/preta |
88 |
32,00 |
41 |
36,94 |
129 |
33,42 |
Ignorada |
06 |
2,18 |
05 |
4,50 |
11 |
2,85 |
Tipo de entrada |
|
|
|
|
|
|
Caso novo |
272 |
98,91 |
110 |
99,10 |
382 |
98,96 |
Reingresso ap�s abandono |
03 |
1,09 |
01 |
0,90 |
04 |
1,04 |
Vacina BCG |
|
|
|
|
|
|
Sim |
190 |
69,09 |
76 |
68,47 |
266 |
68,91 |
N�o |
27 |
9,82 |
06 |
5,41 |
33 |
8,55 |
Ignorado |
58 |
21,09 |
29 |
26,13 |
87 |
22,54 |
Contato com TB |
|
|
|
|
|
|
Sim |
09 |
3,27 |
14 |
12,61 |
23 |
5,96 |
N�o |
248 |
90,18 |
86 |
77,48 |
334 |
86,53 |
N�o sabe/ ignorado |
18 |
6,55 |
11 |
9,91 |
29 |
7,51 |
Prova tubercul�nica |
|
|
|
|
|
|
Sim |
123 |
44,73 |
64 |
57,66 |
187 |
48,45 |
N�o |
152 |
55,27 |
47 |
42,34 |
199 |
51,55 |
Radiografia de t�rax |
|
|
|
|
|
|
Normal |
256 |
93,09 |
101 |
90,99 |
357 |
92,49 |
Achado sugestivo de TB ativa |
01 |
0,36 |
00 |
00 |
01 |
0,26 |
Achado n�o sugestivo de TB ativa |
06 |
2,18 |
06 |
5,41 |
12 |
3,11 |
N�o realizada |
12 |
4,36 |
04 |
3,6 |
16 |
4,15 |
Medicamento |
|
|
|
|
|
|
Isoniazida |
275 |
100,00 |
110 |
99,1 |
385 |
99,74 |
Rifampicina |
00 |
0,00 |
01 |
0,90 |
01 |
0,26 |
N�mero de doses |
|
|
|
|
|
|
200 ou menos |
125 |
45,45 |
24 |
21,62 |
149 |
38,60 |
201 a 300 |
86 |
31,27 |
34 |
30,63 |
120 |
31,09 |
Ignorado |
64 |
23,27 |
53 |
47,75 |
117 |
30,31 |
Desfecho |
|
|
|
|
|
|
186 |
67,64 |
51 |
45,95 |
237 |
61,40 |
|
Abandono |
30 |
10,91 |
10 |
9,01 |
40 |
10,36 |
Suspenso |
04 |
1,45 |
01 |
0,90 |
05 |
1,30 |
Tuberculose ativa |
01 |
0,36 |
00 |
00 |
01 |
0,26 |
�bito |
01 |
0,36 |
00 |
00 |
01 |
0,26 |
Ignorado |
53 |
19,27 |
49 |
44,14 |
102 |
26,42 |
Total |
275 |
100 |
111 |
100 |
386 |
100 |
Fonte: dados da pesquisa, 2022.
J� quanto ao perfil cl�nico, mais de 90,00% dos registros foram de casos novos, tanto em 2019 quanto em 2020, a maioria tinha vacina��o pr�via com a BCG (69,09% e 68,47%, respectivamente) e n�o era contato de caso de TB ativa (90,18% e 77,48%, respectivamente). Quanto � realiza��o da prova tubercul�nica para o diagn�stico da ILTB, em 2019 a maior parte das PVHIV em tratamento n�o realizaram o exame (55,27%), sendo que, em 2020, mais da metade das pessoas em tratamento o fizeram (57,66%). Em se tratando da radiografia de t�rax, mais de 90,00% das pessoas tiveram a interpreta��o normal do exame, em ambos os anos considerados. Chama a aten��o que cerca de 4,00% dos casos, n�o realizaram o referido exame. Sobre o esquema terap�utico, todos as PVHIV em tratamento para ILTB em 2019 utilizaram a isoniazida, sendo que apenas uma utilizou o esquema com a rifampicina dentre todas as notificadas em 2020. Em mais de 31,00% dos tratamentos foram tomadas mais de 200 doses do medicamento elegido para o esquema terap�utico. Em contrapartida, percentual semelhante de pessoas (30,31%) n�o teve o registro das informa��es.
Com rela��o ao desfecho do tratamento, a maioria teve registro de tratamento completo em 2019 (67,64%). Em 2020, 45,95% completaram o tratamento. Em todo o per�odo considerado, registrou-se cerca de 10,00% de abandono ao tratamento. Em 2019, houve registro de um �bito e de um caso de TB ativa. Vale � pena destacar o montante de informa��es ignoradas sobre o desfecho, sendo 19,27% em 2019 e 44,14% em 2020.
DISCUSS�O
Os achados deste estudo evidenciaram uma redu��o significativa no n�mero de PVHIV em tratamento da ILTB quando comparados os anos de 2019 e 2020. � importante considerar que, em 2018, houve a implanta��o do Protocolo de vigil�ncia da infec��o latente pelo Mycobacterium tuberculosis no Brasil pelo Minist�rio da Sa�de no pa�s. Sendo que, a partir de ent�o, o tratamento da ILTB foi fortemente recomendado em todo o territ�rio nacional como uma das principais a��es de controle da TB, especialmente em PVHIV. Sendo assim, dada a divulga��o e o fomento de a��es envolvendo a ILTB no pa�s, a tend�ncia de pessoas em tratamento para ILTB no ano de 2019 era esperada. No entanto, em 2020, com o advento pand�mico da Coronavirus Disease 2019 (COVID-19), que influenciou na reordena��o dos servi�os e dos sistemas de sa�de em todo o mundo para o enfrentamento � situa��o de excepcionalidade sanit�ria, houve a interrup��o de muitas a��es de sa�de, dentre elas, as voltadas para a ILTB. Nesse contexto, pode-se justificar o achado deste estudo, em que houve diminui��o de mais da metade do quantitativo de PVHIV em tratamento para ILTB no Paran�.
No entanto, � primordial refor�ar que a TB figura como um problema de sa�de p�blica no Brasil h� alguns anos, acometendo cerca de 79 mil pessoas e matando cerca de 4,5 mil pessoas por ano at� 2019 no pa�s. Essa situa��o � ainda mais complexa quando se trata da coinfec��o TB-HIV, respons�vel por grande parte dos �bitos dentre as PVHIV no pa�s.13 Ou seja, apesar de se poder justificar a diminui��o de mais da metade de PVHIV em tratamento preventivo para TB no Paran� de 2019 para 2020 em detrimento da COVID-19, n�o se pode minimizar os efeitos dessa situa��o para a sa�de p�blica, visto que se trata de doen�as transmiss�veis, bem como nas condi��es de sa�de e na expectativa de vida dessas pessoas nos pr�ximos anos. Caber� aos servi�os de sa�de e � vigil�ncia epidemiol�gica o delineamento de estrat�gias direcionadas e efetivas que sejam capazes de minimizar os poss�veis impactos desse cen�rio no estado e no pa�s.
Em se tratando do perfil demogr�fico das PVHIV em tratamento para ILTB no Paran�, observou-se a predomin�ncia de adultos em tratamento para ILTB no Paran� em ambos os anos considerados. A faixa et�ria de 41 anos tamb�m foi observada em outros estudos realizados com PVHIV acometidas pela TB, no �mbito nacional e internacional.14-15 Nos �ltimos anos tem-se observado a juveniza��o do perfil das PVHIV acometidas pela TB, o que pode estar atrelado ao fato de que a popula��o nessa faixa et�ria se encontra mais exposta a alguns fatores de risco para a TB,1,15 como por exemplo, permanecer em aglomera��es e n�o alimentar-se adequadamente, bem como, aos riscos para o HIV, como a maior exposi��o sexual sem utiliza��o adequada de medidas preventivas. Como ambos os agravos est�o diretamente relacionados, torna-se imprescind�vel implementar a��es de investiga��o e diagn�stico da TB, do HIV e da ILTB nessa faixa et�ria, lan�ando m�o, inclusive, da educa��o em sa�de para difundir informa��es sobre as doen�as, sinais, sintomas, e as formas de preveni-las, destacando nesta pesquisa o tratamento preventivo da TB ap�s diagn�stico da ILTB.
Com rela��o � idade, observou-se o predom�nio de homens com HIV em tratamento para a ILTB. Os resultados se assemelham a outros estudos que buscaram identificar o perfil demogr�fico do HIV, da TB e da coinfec��o TB-HIV,11,16 refor�ando a necessidade de a��es espec�ficas e direcionadas ao estrato masculino, uma vez que se apresentam como maior n�mero de casos tanto dentre as PVHIV, quanto dentre as pessoas acometidas pela TB e, consequentemente, da coinfec��o TB-HIV.9-11 Apesar das mulheres apresentarem maior procura aos servi�os de sa�de,16 as caracter�sticas comportamentais da popula��o masculina, como a fragilidade no acesso �s a��es e aos servi�os de preven��o de agravos e a maior exposi��o �s doen�as, associadas ao estigma e preconceito inerentes ao HIV e � TB, os colocam em um grupo de destaque no que se refere ao cuidado individual e coletivo.5,17-18 Cabe destacar, nesse sentido, o desafio acrescido aos profissionais de sa�de no que tange ao tratamento da ILTB, haja vista a dificuldade na conscientiza��o para a ades�o terap�utica de um tratamento que tem car�ter preventivo e pode ser mais longo que o tratamento da pr�pria doen�a. Para tanto, urge considerar a implementa��o de educa��o permanente para capacitar os profissionais de sa�de, tanto quanto a import�ncia do tratamento da ILTB, em especial dentre as PVHIV, quanto a respeito das maneiras mais adequadas para a abordagem dessa popula��o e o estabelecimento de v�nculo equipe-pessoa.
Tratando-se da ra�a/cor, evidenciou-se o predom�nio de pessoas brancas, assim como observado em outros estudos brasileiros.9,13 Especificamente no estado do Paran�, esse fato pode estar associado ao predom�nio dessa ra�a/cor na regi�o como consequ�ncia do per�odo colonial, sendo que, segundo dados censit�rios de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE),19 a popula��o paranaense � composta por 70,23% de pessoas brancas.
Embora n�o tenha sido poss�vel analisar a escolaridade da popula��o neste estudo, sabe-se que a instru��o � uma vari�vel associada � situa��o econ�mica.1 Pessoas com menor escolaridade est�o sujeitas a situa��es mais prec�rias de vida e, consequentemente, mais vulner�veis � TB e ao HIV,1 bem como a maiores taxas de abandono dos tratamentos pela falta de compreens�o sobre os riscos da incompletude do esquema.3 Sendo assim, sugere-se que novos estudos sejam conduzidos com intuito de identificar esta situa��o.
Observou-se que a maioria dos registros foi de casos novos, o que pode indicar que as a��es de investiga��o da ILTB est�o sendo implementadas no estado, principalmente impulsionadas pela implanta��o da vigil�ncia nacional da ILTB pelo Minist�rio da Sa�de em 2018.
J� o predom�nio de pessoas com registro de vacina��o pr�via pela Bacilo Calmette-Gu�rin (BCG), observado em ambos os anos, � esperado para a popula��o adulta brasileira em todas as regi�es do pa�s, uma vez que, a recomenda��o nacional de vacinar rec�m-nascidos com a BCG para a preven��o de formas graves da TB na inf�ncia foi satisfatoriamente incorporada pelos servi�os de sa�de e pela popula��o em geral ao longo das �ltimas d�cadas. Todavia, � oportuno enfatizar que as coberturas vacinais, da BCG e dos imunizantes de forma geral, v�m caindo no pa�s a partir de 2018, o que aponta para a reemerg�ncia de v�rias doen�as e, quanto � TB, � necessidade de maior aten��o, principalmente com as crian�as sabidamente contato de caso de TB e/ou portadoras do HIV.20
Em se tratando dos � investiga��o e diagn�stico da ILTB, de acordo com o Minist�rio da Sa�de, a Prova Tubercul�nica (PT) � utilizada para diagn�stico de ILTB e consiste na inocula��o intrad�rmica de um derivado proteico purificado do Mycobacterium tuberculosis para medir a resposta imune celular a esses ant�genos.13 Entretanto, n�o h� recomenda��o de investiga��o indiscriminada da ILTB na popula��o, devendo estar atrelada a fatores de risco para o desenvolvimento da doen�a, como � o caso das PVHIV que t�m o sistema imunol�gico enfraquecido. Para esta popula��o, inclusive, quando a contagem de CD4 for menor que 350 cel/mm3 ou em caso de contato com pessoa com TB doen�a ativa, recomenda-se o tratamento da ILTB independentemente da realiza��o da PT. Por�m, antes de qualquer investiga��o de ILTB � imprescind�vel afastar a possibilidade de TB ativa, com a realiza��o de exames bacteriol�gicos (teste r�pido molecular para tuberculose ou baciloscopia de escarro) e radiografia de t�rax.13
Na popula��o estudada, foi observado que a maioria n�o era contato de pessoa com TB, n�o realizou a PT, apesar dos percentuais bem pr�ximos para a realiza��o deste exame, e apresentou radiografia normal ou sem altera��es sugestivas de TB. Ou seja, os crit�rios estabelecidos pelo Minist�rio da Sa�de foram parcialmente levados em considera��o no momento da indica��o do tratamento da ILTB para as PVHIV no Paran� nos anos de 2019 e 2020. Isso porque, n�o h� como identificar, pelos dados dispon�veis o valor do CD4 das pessoas, para justificar a n�o realiza��o da PT, j� que a maioria n�o era contato de TB.
Ademais, apesar da maioria n�o ter apresentado imagens radiol�gicas normais ou n�o sugestivas de TB, para cerca de 4% delas este exame n�o foi realizado e uma apresentou resultados sugestivos de TB e, ainda assim, teve o tratamento indicado e notificado, ao contr�rio do preconizado que � n�o iniciar o tratamento da ILTB sem a exclus�o da TB ativa, realizando, obrigatoriamente, o exame de radiografia de t�rax. A esse respeito, o presente estudo aponta para a import�ncia de refor�ar os crit�rios e recomenda��es oficiais para o diagn�stico e indica��o do tratamento da ILTB no estado, promover a capacita��o dos profissionais e equipes, tanto dos servi�os respons�veis pela assist�ncia � TB quanto ao HIV, al�m de propor a realiza��o de novos estudos com o cruzamento de dados de diferentes sistemas de informa��o que permitam a identifica��o dos valores de CD4 das PVHIV em tratamento da ILTB, para an�lise da conduta na indica��o do tratamento preventivo da TB. Urge refor�ar que a realiza��o incorreta do tratamento da ILTB em pessoas com TB ativa pode levar ao desenvolvimento de cepas resistentes,13 com piora na resposta individual ao tratamento tardio da doen�a, aumento da transmiss�o de bacilos resistentes e, consequentemente, de casos de tuberculose droga resistente.
No que tange ao tratamento, o estudo evidenciou que a maioria utilizou esquema terap�utico com isoniazida e fez uso de menos de 200 doses do medicamento. Considerando que a maioria evoluiu para tratamento completo, pode-se inferir que o esquema preferencial implementado no estado foi o de 180 doses durante seis meses. � sabido que para o tratamento da ILTB com isoniazida, pode-se considerar a prescri��o de 180 doses di�rias, ou seja, conclus�o em seis meses, ou 270 doses di�rias com conclus�o do tratamento em nove meses.3 Entendendo que h� diferen�as pequenas na prote��o conferida por ambos os esquemas,13 a predile��o pelo esquema em menor tempo leva em conta poss�veis dificuldades de ades�o da pessoa, o que, em se tratando de PVHIV, � justific�vel visto que a sobreposi��o dos tratamentos pode acarretar mais efeitos colaterais e maiores dificuldades para o seguimento, principalmente quando o atendimento � feito em servi�os e/ou momentos diferentes.
Tanto a TB quanto o HIV atingem as por��es mais fr�geis da sociedade, no que diz respeito � vulnerabilidade social e econ�mica, e embora o SUS ofere�a o devido acesso ao diagn�stico e tratamento, essa a��o pode ser insuficiente para essas pessoas, que demandam maior aten��o.21-22 Evidencia-se, ent�o, a necessidade de realizar as a��es de preven��o da TB nas PVHIV de maneira colaborativa e intersetorial, considerando o tratamento da ILTB para PVHIV e o seguimento da Terapia Antirretroviral (TARV) em um mesmo servi�o, a coopera��o entre servi�os da Aten��o Prim�ria � Sa�de, Servi�os Especializados de Assist�ncia ao HIV/AIDS e Centros de Testagem e Aconselhamento,23 al�m do apoio e articula��o com servi�os de assist�ncia social para o suporte necess�rio ao acesso dessas pessoas aos servi�os e � melhores condi��es de sa�de.21-22
No que se refere ao desfecho do tratamento da ILTB, observou-se que a maioria evoluiu com o tratamento completo. A ades�o ao tratamento da ILTB pode contribuir para a redu��o da letalidade entre as PVHIV por TB e melhorar a qualidade de vida.24 Dessa forma, refor�a-se a import�ncia do direcionamento adequado de a��es de educa��o em sa�de entre o p�blico,25 visto que a partir de informa��es adequadas, as pessoas desenvolvem conhecimento e senso cr�tico acerca da import�ncia da realiza��o correta do tratamento, favorecendo a conclus�o e a obten��o de melhores condi��es de sa�de, individual e coletiva, em especial quando se trata de um tratamento preventivo.
A��es voltadas para a preven��o da TB em PVHIV requer a combina��o dos dois programas de controle respons�veis pelos agravos,23,26 portanto, fazem-se necess�rias orienta��es para evidenciar a import�ncia do cuidado compartilhado, do estabelecimento do v�nculo, bem como da import�ncia da ades�o aos tratamentos,27 de modo a contribuir para que as PVHIV concluam o tratamento da ILTB adequadamente, na busca de que a TB n�o seja mais uma das principais causas de morte nesta popula��o.
Nesse contexto, a vigil�ncia epidemiol�gica se apresenta como pilar importante na implementa��o das a��es de controle da TB, n�o s� subsidiando o planejamento de estrat�gias mais espec�ficas �s demandas populacionais e dos servi�os de sa�de e executando capacita��es e atividades de educa��o em sa�de para profissionais e popula��o, mas tamb�m colaborando com a articula��o entre os servi�os e equipes na promo��o do cuidado conjunto, integral e integrado �s PVHIV, conforme preconiza o SUS.28
Como limita��es do estudo, reconhece-se que o uso de dados secund�rios oriundos de sistema p�blico nacional, podendo apresentar vari�veis ignoradas e/ou preenchidas incorretamente, al�m do fato de estarem sujeitos � subnotifica��o dos registros. Isso pode acarretar comprometimento das an�lises e resultados obtidos neste estudo, principalmente pelo alto percentual de informa��es ignoradas e pelo pequeno recorte temporal selecionado, o qual ainda compreendeu o primeiro ano, 2020 da pandemia da COVID-19, quando a investiga��o de contatos assintom�ticos de TB e a indica��o do tratamento da ILTB foi interrompida nacionalmente em detrimento do enfrentamento da excepcionalidade sanit�ria enfrentada. Por�m, ainda assim, refor�a-se a relev�ncia dos achados para a qualifica��o da preven��o e controle da TB nas PVHIV no Paran�, bem como melhor qualidade e expectativa de vida das PVHIV no estado.
CONCLUS�ES
De modo geral, os achados deste estudo evidenciaram uma redu��o significativa no n�mero de PVHIV em tratamento da ILTB, quando comparados os anos de 2019 e 2020, podendo estar relacionado com a reestrutura��o dos servi�os de sa�de para o enfrentamento da pandemia da COVID-19. Com rela��o ao perfil demogr�fico e cl�nico, sugerem que o perfil das PVHIV em tratamento para ILTB no Paran� se caracteriza por homens brancos com idade m�dia de 41 anos, com radiografia de t�rax normal, imunizados com a BCG, sem realiza��o de PT, em uso de isoniazida, sem hist�rico de contato de TB e com evolu��o para o tratamento completo, no que tange ao encerramento do tratamento da ILTB.
Nesse �nterim, o presente estudo refor�a a import�ncia da a��o conjunta entre os Programas de Controle de ambos os agravos, HIV e TB, bem como destes com outros servi�os da rede de aten��o � sa�de do SUS e servi�os de assist�ncia social, com foco na amplia��o do tratamento preventivo da TB em PVHIV, educa��o em sa�de, fortalecimento do v�nculo e ades�o ao tratamento e promo��o da preven��o de ambas as infec��es, com enfoque em homens adultos. Aponta para a import�ncia de refor�ar os crit�rios e recomenda��es oficiais para o diagn�stico e indica��o do tratamento da ILTB no estado, promover a capacita��o dos profissionais e equipes, tanto dos servi�os respons�veis pela assist�ncia � TB quanto ao HIV.
Por conseguinte, evidencia a import�ncia da vigil�ncia epidemiol�gica, em parceria com as demais inst�ncias, equipes e servi�os da rede de aten��o � sa�de e rede de apoio, para o embasar o planejamento do cuidado integral e integrado para o diagn�stico oportuno, tratamento adequado e acompanhamento da ILTB nas PVHIV.
Ademais, pode-se considerar que os resultados deste estudo oportunizam o melhor direcionamento de estrat�gias e a��es de sa�de e educa��o em sa�de para a busca por melhores condi��es de vida, diminui��o da mortalidade e controle da TB no Paran�, em conson�ncia ao perfil epidemiol�gico e cl�nico delineado, sugerindo, ainda, o desenvolvimento de outros estudos na tem�tica, e a import�ncia da implementa��o de a��es de capacita��o dos profissionais de sa�de e conscientiza��o da popula��o sobre os benef�cios do tratamento da ILTB, em especial entre as PVHIV.
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Recebido em: 03/02/2022
Aceito em: 16/12/2022
Publicado em: 28/12/2022
[1] Universidade Estadual de Maring� (UEM). Maring�, Paran� (PR). Brasil (BR). E-mail: mari_mmori@hotmail.com ORCID: 0000-0003-1744-3580
[2] Universidade Estadual de Maring� (UEM). Maring�, Paran� (PR). Brasil (BR). E-mail: lvl.vinicius@gmail.com ORCID: 00000-0002-9582-9641
[3] Universidade Estadual de Maring� (UEM). Maring�, Paran� (PR). Brasil (BR). E-mail: gabrielpavinati00@gmail.com ORCID: 0000-0002-0289-8219
[4] Universidade Estadual de Maring� (UEM). Maring�, Paran� (PR). Brasil (BR). E-mail: carolinesala7@gmail.com ORCID: 0000-0002-2974-7410
[5] Universidade Estadual de Maring� (UEM). Maring�, Paran� (PR). Brasil (BR). E-mail: isaagabriella@gmail.com ORCID: 0000-0003-2542-1488
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[7] Universidade Estadual de Maring� (UEM). Maring�, Paran� (PR). Brasil (BR). E-mail:gtmagnabosco@uem.br ORCID: 0000-0003-3318-6748
Como citar: De Mori MM, Lima LV, Pavinati G, Sala C, Silva IGP, Gil NLM, et al. Infec��o latente da tuberculose em pessoas vivendo com HIV no Paran�: caracteriza��o do perfil cl�nico-epidemiol�gico. J. nurs. health. 2022;12(3):e2212322331. DOI: https://doi.org/10.15210/jonah.v12i3.4640