Percep��o dos cuidadores frente a dor p�s-operat�ria pedi�trica e cuidados de enfermagem
Caregivers' perception of pediatric postoperative pain and nursing care
Percepci�n de los cuidadores sobre el dolor posoperatorio pedi�trico y los cuidados de enfermer�a
Brito, Matheus Gama Meireles;[1] Bayer, Nara Emily Knopp;[2] Monteiro, Laressa Manfio[3]
RESUMO
Objetivo: descrever a percep��o dos cuidadores frente a dor p�s-operat�ria pedi�trica e cuidados de enfermagem. M�todo: estudo descritivo, realizado na Unidade de Pediatria de um Hospital Universit�rio no Paran� com dados coletados mediante formul�rio sociodemogr�fico e question�rio de Dor de MCGill-Melzack adaptado e an�lise a partir de estat�stica descritiva. Resultados: participaram do estudo 24 cuidadores de crian�as submetidas a interven��es cir�rgicas, predominantemente, mulheres (22), preponderando as crian�as do sexo masculino. Os resultados apresentaram maior utiliza��o de dipirona como analgesia (50%), tendo a maioria dos cuidadores descrito a dor como breve (33,3%). O principal comportamento de dor relatado foi choro (35%). De forma geral, os cuidadores classificaram a assist�ncia de enfermagem como muito boa ou excelente. Conclus�o: o profissional de enfermagem, reconhece a dor como um evento importante e presta assist�ncia. O estudo incita a necessidade de padroniza��o de instrumentos de avalia��o e manejo da dor pedi�trica p�s-operat�ria.
Descritores: Crian�a; Dor p�s-operat�ria; Analgesia; Enfermagem; Cuidadores
ABSTRACT
Objective: to describe the perception of caregivers regarding pediatric postoperative pain and nursing care. Method: descriptive study, carried out at the Pediatrics Unit of a University Hospital in Paran� with data collected using a sociodemographic form and an adapted MCGill-Melzack Pain questionnaire and analysis based on descriptive statistics. Results: 24 caregivers of children undergoing surgical interventions participated in the study, predominantly women (22), with a predominance of male children. The results showed a greater use of dipyrone as analgesia (50%), with most caregivers describing the pain as brief (33.3%). The main reported pain behavior was crying (35%). In general, caregivers rated nursing care as very good or excellent. Conclusions: the nursing professional recognizes pain as an important event and provides assistance. The study highlights the need for standardization of postoperative pediatric pain assessment and management instruments.
Descriptors: Child; Pain, postoperative; Analgesia; Nursing; Caregivers
RESUMEN
Objetivo: describir la percepci�n de los cuidadores sobre el dolor posoperatorio pedi�trico y el cuidado de enfermer�a. M�todo: estudio descriptivo, realizado en la Unidad de Pediatr�a de un Hospital Universitario de Paran� con datos recolectados mediante formulario sociodemogr�fico y cuestionario MCGill-Melzack Pain adaptado y an�lisis con base en estad�stica descriptiva. Resultados: participaron del estudio 24 cuidadores de ni�os sometidos a intervenciones quir�rgicas, predominantemente mujeres (22), con predominio de ni�os varones. Los resultados mostraron un mayor uso de dipirona como analgesia (50%), con la mayor�a de los cuidadores describiendo el dolor como breve (33,3%). La principal conducta de dolor reportada fue el llanto (35%). En general, los cuidadores calificaron la atenci�n de enfermer�a como muy buena o excelente. Conclusiones: el profesional de enfermer�a reconoce el dolor como un evento importante y brinda asistencia. El estudio destaca la necesidad de estandarizar los instrumentos de evaluaci�n y manejo del dolor pedi�trico posoperatorio.
Descriptores: Ni�o; Dolor postoperatorio; Analgesia; Enfermer�a; Cuidadores
INTRODU��O
O ser humano tem vivenciado dor desde o in�cio de sua exist�ncia. � fato que tal sensa��o imprescindivelmente o afetar� em algum momento da vida.1 Compreende-se que em pediatria, a dor deve ser vista em suas m�ltiplas particularidades, considerando que crian�as t�m varia��es et�rias e diferentes est�gios de desenvolvimento.2
Tendo em vista que 30% das interna��es hospitalares no Brasil comp�em como p�blico-alvo crian�as e adolescentes, � relevante relacionar a hospitaliza��o como uma experi�ncia desencadeadora de sensa��es estressoras, incluindo a dor.3
� fato que muitos indiv�duos vivenciam um procedimento cir�rgico ainda na inf�ncia, de modo que enfrentam as diversas experi�ncias posteriores, incluindo a dor p�s-operat�ria, fase inerente a qualquer procedimento cir�rgico.4 Por mais que a experi�ncia dolorosa esteja prevista, � irrefut�vel a necessidade de um manejo e tratamento adequado, atrav�s de estrat�gias de al�vio da dor.2
A experi�ncia de dor p�s-operat�ria pode variar de grau leve a moderado. A percep��o de tais n�veis de dor pode desencadear um alto �ndice de estresse aos cuidadores, ponderando que seu enfrentamento perante a situa��o atual do filho pode influenciar nos sentimentos e comportamentos do mesmo.5 � explicita, portanto, a colabora��o familiar como ponte para al�vio do estresse e medo causados pela dor.6
Estudo realizado na cidade de S�o Paulo no Hospital da Associa��o de Apoio � Crian�a Deficiente (AACD),6 demonstrou a relev�ncia da percep��o dos cuidadores mediante a dor p�s-operat�ria em crian�as com paralisia cerebral durante a manipula��o do paciente pela equipe, evidenciando que estes auxiliaram no reconhecimento da dor, quando comparadas suas respostas com as respostas do pesquisador observador. Neste mesmo estudo, 35% e 45% dos cuidadores reconheceram sinais de dor em crian�as com paralisia cerebral, n�o comunicativas e comunicativas, respectivamente.�
A percep��o de pais diante da dor p�s-operat�ria do filho rec�m-nascido em um hospital universit�rio de uma capital nordestina denotou que os pais associaram por muitas vezes, o choro, e a aus�ncia da analgesia como fatores relativos � dor ap�s o procedimento cir�rgico. 5
Os familiares se tornam auxiliadores do processo quando, de forma integrativa, suscitam o ensejo de percep��o da dor a partir de suas experi�ncias com a crian�a reconhecendo express�es faciais e comportamentos. Tais indiv�duos s�o relacionados como os mais pr�ximos ao paciente e aqueles que contribuir�o para a identifica��o da dor, advertindo os profissionais para que ocorra o manejo adequado.6
O manejo da dor, e, sobretudo, seu tratamento, podem acabar sendo prejudicados pela dificuldade de identifica��o da dor como quinto sinal vital. A avalia��o e registro das informa��es do paciente devem ser di�rios com dados como in�cio, local, dura��o, o que melhora ou piora a dor, sua associa��o com outros fatores, tempo decorrido e a magnitude do al�vio obtido ap�s o emprego de estrat�gias para melhora, informa��es que podem ser coletadas pelos profissionais atrav�s da percep��o dos cuidadores ou da pr�pria crian�a.7
Contextuando, deve ser l�gica a capacidade de reconhecimento, manejo e tratamento da dor pelo profissional de sa�de. Muito embora se reconhe�am as dificuldades que habitam nos cen�rios de assist�ncia, devido a falta do preparo t�cnico-cient�fico necess�rio ou ainda, falta de destreza para ter percep��o acurada do evento de dor, al�m de relatos de profissionais que acabam naturalizando a dor durante a hospitaliza��o, � evidente a necessidade de valoriza��o da dor pedi�trica pelo profissional da assist�ncia de enfermagem.2
� pertinente ressaltar que a concep��o de dor e seu manejo em crian�as no ambiente intra-hospitalar tem sido alvo de in�meras investiga��es cient�ficas, ampliando a possibilidade de evid�ncias.7 Entretanto, o uso destas descobertas na pr�tica cl�nica ainda � pouco valorizado, o que demonstra que reconhecer a dor como um evento importante, ainda � uma tarefa que precisa de engajamento dos profissionais de sa�de e toda rede de apoio que assiste a crian�a hospitalizada, incluindo os cuidadores.
� indispens�vel a valoriza��o da percep��o da dor p�s-operat�ria pedi�trica atrav�s da perspectiva, representada pelo outro lado, pelos olhos de quem experimenta a dor, indiretamente, os cuidadores, podendo implicar na melhora substancial da assist�ncia � crian�a com dor. Portanto, este estudo tem como objetivo descrever a percep��o dos cuidadores frente a dor p�s-operat�ria pedi�trica e cuidados de enfermagem.
MATERIAL E M�TODO
Estudo quantitativo, do tipo observacional e descritivo, realizado na Unidade de Pediatria (UP), do Complexo Hospital de Cl�nicas da Universidade Federal do Paran� (CHC/UFPR), nos servi�os cl�nicos, cir�rgicos e terapia intensiva, no per�odo de maio a agosto de 2020.
Em virtude do cen�rio atual de pandemia da Coronav�rus disease (COVID-19), sendo a institui��o proponente refer�ncia para o tratamento destes pacientes, optou-se pelo tamanho amostral definido por conveni�ncia, devido � incerteza da quantidade de crian�as internadas que realizariam procedimentos cir�rgicos, uma vez que as cirurgias eletivas foram suspensas na institui��o enquanto perdurasse o estado de emerg�ncia de sa�de p�blica.8 O tamanho amostral, respeitou o per�odo de coleta de dados da pesquisa e os crit�rios de inclus�o e exclus�o.
Foram definidos como crit�rios de inclus�o, cuidador, maior de idade, e alfabetizado, tendo a crian�a sob seus cuidados, idade entre 29 dias e 12 anos incompletos, com confirma��o de submiss�o a procedimento cir�rgico nos servi�os da UP do CHC/UFPR.
Para a obten��o dos dados, utilizou-se um question�rio composto por duas partes. A primeira, consistiu em aplicar perguntas fechadas sobre caracter�sticas sociodemogr�ficas. A segunda, aplicou perguntas fechadas relacionadas � avalia��o da atua��o da enfermagem no manejo da dor das crian�as em recupera��o da interven��o cir�rgica.
As perguntas da segunda parte foram adaptadas do Question�rio de Dor de MCGill-Melzack traduzido para o portugu�s, um instrumento que avalia as dimens�es sensitiva-descriminativa, afetiva-motivacional e cognitiva-avaliativa da dor, de forma a fornecer medidas quantitativas de dor que podem ser tratadas estatisticamente.9
A avalia��o realizada com os cuidadores envolveu a observa��o da mudan�a de comportamento das crian�as relacionada a dor, desconforto e a necessidade ou n�o de administra��o de analg�sicos entre os aspectos do manejo da equipe assistencial de enfermagem.
Destaca-se que o cuidador respondeu ao question�rio uma �nica vez, independente da dura��o da interna��o da crian�a. No entanto, n�o houve restri��o quanto ao per�odo p�s-operat�rio e o tipo de procedimento cir�rgico.
Diariamente, durante o per�odo de coleta de dados, os pesquisadores procuravam os servi�os cl�nicos, cir�rgicos e de terapia intensiva da UP do CHC/UFPR e identificavam as crian�as internadas que correspondiam aos crit�rios de inclus�o. Em seguida era explicado aos cuidadores sobre a import�ncia da pesquisa e questionado se havia interesse na participa��o.
Importa citar que a faixa et�ria definida neste estudo, baseia-se no Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, que considera crian�a, pessoa at� 12 anos de idade incompletos.10
Ap�s a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sanadas as d�vidas e assinado o mesmo, foi entregue o question�rio composto por duas partes aos cuidadores presentes, solicitando que eles respondessem, e em casos de d�vidas solicitassem aux�lio aos pesquisadores.
Ap�s respondidos os question�rios, os dados foram conferidos e em seguida inseridos no ambiente de estrutura��o das informa��es utilizando o software da Microsoft Excel 2010 e, exportados para o software de estat�stica Statistica (Stasoft�), o qual se procedeu � an�lise estat�stica. Foram realizadas estat�sticas descritivas, como medida de tend�ncia central (frequ�ncia simples).11
O presente estudo foi submetido ao Comit� de �tica da Institui��o proponente e aprovado sob Parecer n.�: 3.792.990 e Certificado de Apresenta��o para Aprecia��o �tica da Plataforma Brasil n.� 25393219.4.0000.0096. Este projeto foi conduzido seguindo recomenda��es da Resolu��o n� 466 de 2012 do Conselho Nacional de Sa�de do Minist�rio da Sa�de.
Dos 24 cuidadores de crian�as submetidas a interven��es cir�rgicas que participaram do estudo, havia preval�ncia pelo sexo feminino, totalizando 22 mulheres (91,7%), com idade m�dia de 34,4 anos. Em rela��o ao estado civil dos cuidadores, 12 (50,0%) eram casados, 11 (45,8%) solteiros e um (4,2%) divorciado. Quanto ao n�vel de escolaridade, tr�s (12,5%) possu�am ensino fundamental completo, sete (29,2%) ensino fundamental incompleto, seis (25,0%) ensino m�dio completo, quatro (16,7%) ensino m�dio incompleto, dois (8,3%) ensino superior incompleto, e um (4,2%) ensino superior completo e p�s-gradua��o. Um participante (4,2%) n�o respondeu � quest�o.
Acerca do v�nculo parentesco dos cuidadores com as crian�as inclu�das neste estudo, 19 (79,2%) eram m�es biol�gicas, dois (8,3%) pais biol�gicos ou outro parentesco e uma (4,2%) era m�e social. Dois participantes (8,3%) n�o responderam. A Lei n� 7.644, de 18 de dezembro de 19987, que disp�e sobre a regulamenta��o da atividade de m�e social, designa como m�e social aquela que se dedica � assist�ncia ao menor abandonado, em n�vel social, dentro do sistema de casas-lares.12
Quanto a experi�ncia anterior com hospitaliza��o da crian�a envolvida, 19 (79,2%) declararam ter vivenciado outros momentos com o ambiente hospitalar.�
As crian�as do estudo apresentavam mediana de idade de cinco anos, variando a faixa et�ria entre 29 dias e 12 anos incompletos, com m�dia de cinco anos e quatro meses.
Predominaram as crian�as do sexo masculino, totalizando 15 (62,5%) indiv�duos. Entre os procedimentos cir�rgicos aos quais as crian�as do estudo foram submetidas, haviam cirurgias de pequeno, m�dio e grande porte, a saber,� implanta��o ou retirada de Cateter Totalmente Implantado (CTI), biopsia hep�tica ou renal, ressec��o de tumor em retroperit�nio, fibroma, tumor retro orbital, traqueostomia, gastrostomia, apendicectomia, laparotomia explorat�ria, herniorrafia, orquidopexia, pl�stica umbilical, corre��o vaginal, divert�culo de Meckel, dilata��o da uretra, litotripsia, nefrolitotomia, pieloplastia, reimplante uretral, tenotomia, e ressec��o de hemangioma.
Para identificar a percep��o dos cuidadores em rela��o a assist�ncia de enfermagem no manejo da dor p�s-operat�ria pedi�trica durante o processo de hospitaliza��o, foram elucidadas; as caracter�sticas do p�s-operat�rio e analgesia; percep��o dos cuidadores quanto �s caracter�sticas da dor de seus filhos; e percep��o dos cuidadores acerca do manejo da dor p�s-operat�ria pedi�trica e assist�ncia de enfermagem.
Considerando que o per�odo p�s-operat�rio transita desde o momento da sa�da do paciente da sala de cirurgia at� sua recupera��o, relacionou-se os procedimentos das crian�as do presente estudo a caracteriza��o como 11 (45,8%) p�s-operat�rios imediatos e 13 (54,2%) p�s-operat�rios mediatos.
Quanto a utiliza��o de analgesia conforme as necessidades de cada paciente atendido nos servi�os cl�nicos, cir�rgicos e na terapia intensiva da UP, foi constatado, o uso de dipirona em 12 (50,0%) crian�as, paracetamol em seis (25,0%), morfina em quatro (16,6%) e cetoprofeno em dois (8,3%).
Em rela��o a um per�odo espec�fico do dia, em que a crian�a em p�s-operat�rio apresentava maior dor, se evidenciou 33,0% em todos os hor�rios, 29,0% pela manh�, 17,0% � noite, 13,0% � tarde e 8,0% n�o souberam informar o hor�rio.
Os cuidadores descreveram o padr�o de dor conforme o relato das crian�as, como breve em oito crian�as (33,3%), peri�dica em sete (29,1%), cont�nua em cinco (21,8%) e n�o possui dor em quatro (16,6%). No que concerne ao cuidador quanto � possibilidade de a crian�a conseguir localizar a dor, 21 (87,5%) declararam sim e tr�s (12,5%) relataram que n�o conseguem.
Os cuidadores apresentaram rela��es entre o comportamento da crian�a e sua identifica��o com a presen�a de dor, relacionando um ou mais comportamentos de dor. De acordo com os dados, e ratificando que o mesmo cuidador pode ter escolhido mais de uma alternativa, 14 (35,0%) elencaram choro, 13 (32,5%) citaram o relato verbal da crian�a, oito (20,0%) explicitaram gestos da crian�a, um (12,5%) mencionou agita��o/irritabilidade, um (12,5%) sudorese, e um (12,5%) relacionou como comportamento de dor o fato da crian�a �n�o conseguir dormir�.
Acerca do tempo de realiza��o da �ltima analgesia das crian�as em p�s-operat�rio, em rela��o ao in�cio da entrevista com os cuidadores, evidencia-se a percep��o dos cuidadores, ao tempo, que, 12 (50,0%) relataram n�o saber informar, dois (8,3%) informaram uma hora, tr�s (12,5%) tr�s horas, dois (8,3%) quatro horas, um (4,2%) 12 horas, um (4,2%) 30 minutos, e tr�s (12,5%) relataram que as crian�as estavam sendo medicadas somente sob ordem m�dica.�
Quanto a classifica��o da assist�ncia de enfermagem no al�vio da dor p�s-operat�ria da crian�a, 16 (66,6%) cuidadores denotaram como muito bom ou excelente, cinco (20,8%) como bom, um �(4,1%) como adequado e dois (8,3%) como p�ssimo.
A percep��o dos cuidadores em rela��o ao questionamento di�rio da enfermagem sobre a dor da crian�a, evidenciou que 20 (83,3%) dos participantes, responderam que �sim�, a enfermagem pergunta como est� a dor da crian�a. Quanto a necessidade de chamar a equipe informando que a crian�a apresentava dor, 13 (54,2%) relataram que �nunca� foi preciso chamar assist�ncia, nove (37,5%) disseram que �as vezes� foi necess�rio e dois (8,3%) informaram que �sempre� era necess�rio solicitar assist�ncia de enfermagem.��
A respeito de �como a equipe de enfermagem avaliou a dor da crian�a�, 18 (75%) afirmaram que �sim�, a equipe avaliou a dor da crian�a, sendo choro, medica��o, conversa, questionamento, exame f�sico e sinais vitais (SSVV) as atividades citadas pelos cuidadores como ferramentas para avalia��o da dor. Ademais, 23 (88,6%) cuidadores relataram medica��o como o principal m�todo utilizado no manejo da dor.
Destaca-se que 20 (83,3%) dos cuidadores contribu�ram com a equipe de enfermagem no al�vio da dor da crian�a sob seu cuidado. Quanto as condutas adotadas, s�o evidenciadas 16 (29,6%) tentativas de �conversa�, 12 (22,2%) de �acalmar ou encorajar�, nove (16,7%) de �pegar no colo�, cinco (9,3%) de �massagem� ou �solicitar a presen�a da enfermagem�, e dois (3,7%) de �fazer dormir� ou �outros�.
A amostra revela que 22 (91,7%) cuidadores asseguraram melhora da dor ap�s a interven��o pela equipe de enfermagem. No que se refere a assist�ncia ap�s a referida interven��o, 23 (95,8%) relatam que a equipe de enfermagem retornou para verificar o estado da crian�a.
DISCUSS�O
A Associa��o Internacional para o Estudo da Dor (IASP) classifica a dor como uma experi�ncia desagrad�vel, associada � les�o tecidual real ou potencial que envolve aspectos sensitivos, emocionais e cognitivos, sendo tamb�m uma experi�ncia consciente, que requer um processamento cortical e uma interpreta��o aversiva da informa��o nociceptiva.6 Tais experi�ncias dolorosas s�o capazes de despertar diversos comportamentos diferentes em cada indiv�duo.13
Embora os procedimentos cir�rgicos envolvam crian�as tanto do sexo feminino como masculino, um estudo realizado com 262 crian�as submetidas a procedimentos cir�rgicos em um hospital p�blico do interior paulista corroborou com o presente estudo ao demonstrar a preval�ncia do sexo masculino, ocupando 64,9% na distribui��o dos procedimentos realizados.4 Outras an�lises tamb�m t�m evidenciado que a taxa de hospitaliza��o em pediatria � maior entre o g�nero masculino.2
Considerando que em pediatria existe um patamar amplo de idades, tamb�m se identifica a presen�a de diferentes maneiras de expressar dor. Simplificando, quanto menor a crian�a, mais dif�cil ser� sua capacidade de definir e localizar a dor. Os rec�m nascidos, por exemplo, n�o s�o capazes de verbalizar e identificar sua dor, expressando-a atrav�s da altera��o de sinais vitais, choro, express�es faciais, espasmos musculares, inquieta��o e irrita��o,13 enquanto crian�as maiores podem expressar verbaliza��o de dor, mudan�as no padr�o de sono, dist�rbios de apetite, exibir agress�o verbal ou f�sica a quem se aproxime e tentativas de defender a parte do corpo exposta a dor.14 No presente estudo os comportamentos percept�veis aos cuidadores foram choro, relatos verbais de dor, gestos, agita��o, sudorese, localiza��o da dor e mudan�as no padr�o de sono.
Em um Hospital de Urg�ncia de Sergipe, 65,1% dos profissionais de enfermagem afirmaram avaliar a dor diariamente e registr�-la em prontu�rio, sendo o �choro�, o principal meio de avalia��o da intensidade da dor. Al�m disso, 44,2% demonstraram ter dificuldade em fazer tal avalia��o.1 � importante mencionar que frequentemente a avalia��o da dor tem sido manifestada como uma tarefa sem import�ncia, e, muito dif�cil para a equipe da assist�ncia, evocando a necessidade de maior reconhecimento do impacto da dor sobre o processo de cura da crian�a para que os profissionais tenham em mente a relev�ncia de sua avali��o.2
Ao compreender que o manejo da dor pedi�trica inclui primordialmente seu reconhecimento, pondera-se que o primeiro passo para efetivar o processo seja planejar o cuidado de forma que a crian�a seja assistida integralmente. Tendo em vista que a enfermagem � quem est� � beira leito com o paciente, se elucida a necessidade de tal categoria estar apta ao cuidado relacionado a dor atrav�s de treinamentos e atualiza��o sobre os instrumentos existentes. O cuidado deve incluir a constru��o dos hist�ricos de dor de cada paciente atrav�s das evolu��es di�rias de seus comportamentos e express�es de dor, a avalia��o da dor atrav�s de instrumentos adequados e principalmente a an�lise da efic�cia das interven��es realizadas.13 Torna-se indispens�vel avaliar se as a��es de manejo da dor est�o sendo eficazes, revigorando esta pesquisa, onde 95,8% dos cuidadores relataram que a equipe de enfermagem retornou para verificar o estado da crian�a ap�s a interven��o.
Na an�lise, 83,3% dos cuidadores apontaram que a enfermagem questiona diariamente como est� a dor da crian�a e somente 8,3% relataram a necessidade de chamar a equipe para informar a dor da crian�a quando n�o questionada. Uma pesquisa realizada em 2017 em um Hospital P�blico do sul do Brasil evidenciou, que, mesmo que a dor esteja implementada como quinto sinal vital desde 2007, ainda permanecem incompletos os registos de enfermagem relacionados a dor.2 Complementa-se que n�o h� padroniza��o de crit�rios para avalia��o, usando os profissionais por muitas vezes, crit�rios pr�prios, e que, h� prioridade de outras tarefas da assist�ncia em detrimento da avalia��o da dor.15
As ferramentas utilizadas para avalia��o da dor no estudo se relacionaram a choro, medica��o, conversas, questionamentos, exame f�sico e verifica��o de sinais vitais. Embora sejam meios significativos, importa considerar que s�o necess�rios instrumentos adequados, padronizados, v�lidos e confi�veis para o manejo da dor pedi�trica. Atualmente, h� livre acesso para utiliza��o de escalas de dor pedi�trica para todas as idades e graus de desenvolvimento, atendendo ao fato de que tais dispositivos proporcionam avalia��es sistematizadas.15
Dentre as escalas mais utilizadas, cita-se a escala Face, Legs, Activity, Cry, Consolability (FLACC) que avalia as express�es faciais, movimentos das pernas, atividades corporais, choro e consolabilidade em crian�as de 2 meses a 7 anos; a Children�s and Infant�s Postoperative Pain Scale (CHIPPS) para dor p�s-operat�ria em crian�as de 0 a 5 anos; a Neonatal Infant Pain Scale (NIPS), usada em rec�m-nascidos at� 28 dias de vida; escala de faces ou Faces Scale, a escala num�rica ou Numeric Rating Scale (NRS) e a escala visual anal�gica (EVA). Outras escalas tamb�m usadas, por�m, em menor escala, s�o, Children�s Hospital of Eastern Ontario Pain Scale (CHEOPS) para dor p�s-operat�ria em crian�as de 1 a 7 anos; Objective Pain Scale (OPS) e Modified Behavioral Pain Scale (MOPS), usadas dos 8 meses aos 13 anos; e Poker Chip Tool e Wong Baker FACES Pain Rating Scale utilizadas a partir dos tr�s anos.14-15
Muitos profissionais associam a n�o realiza��o da avalia��o da dor com protocolos e escalas padronizadas devido � falta de treinamento e experi�ncias anteriores com crian�as hospitalizadas.1 Consequentemente, � relevante o investimento em atualiza��o e aquisi��o de conhecimento para que as equipes participem de eventos cient�ficos e treinamentos com metodologias atuais a fim de obter educa��o permanente sobre os manejos de dor pedi�trica. Acima de tudo � papel do enfermeiro conscientizar-se e sensibilizar as equipes sobre a import�ncia da identifica��o e avalia��o adequada da dor e as consequ�ncias de n�o a tratar de forma eficaz.15
As formas de manejo da dor tamb�m devem estar atualizadas no conhecimento dos profissionais e embasadas em evid�ncias cient�ficas.16 Dentre os meios de controle da dor p�s-operat�ria, 88,6% dos cuidadores relataram medica��o como o principal m�todo utilizado, sendo usada dipirona em 50% dos casos. Para efic�cia do tratamento devem ser escolhidos tipos e dosagens de medicamentos de acordo com diretrizes padronizadas. O conceito de analgesia multimodal vem sendo difundido atualmente como um dos m�todos mais recomendados para o manejo da dor p�s-operat�ria em pediatria.14
A analgesia multimodal tem como objetivo causar o al�vio da dor, reduzindo as dosagens dos f�rmacos administrados e assim seus efeitos colaterais atrav�s da associa��o de duas ou mais drogas que atuem de diferentes mecanismos.16 Tal m�todo incentiva o uso efetivo de analg�sicos b�sicos a fim de reduzir significativamente o uso de opioides, sendo estes analg�sicos b�sicos compostos por dipirona, paracetamol e os anti-inflamat�rios n�o esteroidais (AINEs).14,16-17 A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) indica que os opioides sejam utilizados somente em dor aguda m�dia a intensa, sendo a morfina o �padr�o ouro�.16 Nesta pesquisa, 15% dos cuidadores relataram que seus filhos precisaram utilizar morfina no manejo da dor p�s-operat�ria.
� percept�vel que regularmente os profissionais de enfermagem realizam a analgesia prescrita sem avaliar o quadro cl�nico da crian�a, ou seja, s�o mais adeptos a prescri��o m�dica como m�todo primordial de interven��o para dor. No entanto, o tratamento da algia tamb�m deve envolver m�todos n�o farmacol�gicos considerando que a dor � mais do que uma experi�ncia sensorial. Tais m�todos podem envolver musicoterapia, termoterapia, diminui��o de ru�dos e da luminosidade, massagem de conforto e reposicionamento no caso dos pacientes neonatais e os impossibilitados de mobilidade.13
Os pais e respons�veis tamb�m podem exercer papel fundamental no manejo n�o farmacol�gico da dor.6 Quanto as formas de al�vio da dor, 83,3% dos cuidadores contribu�ram atrav�s de tentativas de conversa, acalmar ou encorajar, pegar no colo, fazer massagem ou fazer dormir. Para que os pais estejam seguros e est�veis emocionalmente e fisicamente para contribuir no manejo da dor de seus filhos � estritamente importante que haja apoio psicol�gico, orienta��es, respostas a d�vidas e todos os demais aspectos necess�rios para que ocorra um acolhimento de qualidade por parte dos profissionais da equipe de sa�de. � relevante que os profissionais lembrem que a hospitaliza��o do filho traz sentimento de inseguran�a, medo, al�m de interferir na rotina pessoal da fam�lia.18
Neste contexto, a rela��o da equipe com os familiares ganha import�ncia, atentando para a representa��o relevante dos cuidadores como agentes que facilitam os cuidados com a crian�a.19 A rela��o entre a equipe de enfermagem e o familiar/cuidador da crian�a hospitalizada, baseada na empatia, possibilita sob este prisma, a aten��o de forma plena �s necessidades que s�o envolvidas nesse processo, enfatizando que o envolvimento de familiares no ambiente hospitalar auxilia na aten��o com a crian�a e no manejo da dor p�s-operat�ria.20
A percep��o dos cuidadores sobre o manejo da dor nas crian�as em p�s-operat�rio evidenciou que a assist�ncia adequada exige conhecimento dos profissionais de enfermagem, sendo importante a aten��o durante a recupera��o e perman�ncia no ambiente hospitalar. O estudo evidenciou, que, na maioria das vezes, o profissional de enfermagem, reconhece a dor como um evento importante. Por�m, � importante ressaltar que n�o � algo realizado por todos os profissionais da equipe, o que sugere a necessidade de utiliza��o de instrumentos atualizados e validados para avalia��o e manejo da dor, algo que nem sempre � padronizado nos ambientes hospitalares.
De forma geral, a enfermagem prestou assist�ncia a dor da crian�a, de forma r�pida e eficaz. A presta��o de assist�ncia eficiente no processo de recupera��o, em qualquer conduta p�s-cir�rgica, � importante e independente da situa��o apresentada. Assim, torna-se fundamental o conhecimento e a atua��o da equipe de sa�de quanto � avalia��o e ao controle da dor na recupera��o da crian�a.
Os cuidadores do estudo, demonstraram, de forma generalizada, que podem contribuir no al�vio da dor da crian�a sob seu cuidado. A an�lise da realidade encontrada destaca que a comunica��o entre os profissionais de sa�de e os familiares/cuidadores das crian�as, possibilita melhor aten��o no manejo da dor de crian�as ap�s as interven��es cir�rgicas, uma vez que envolve o aspecto afetivo por parte do cuidador e o aspecto t�cnico desempenhado pelo do profissional de sa�de, a favor do bem-estar do paciente pedi�trico. As discuss�es dessas quest�es relacionadas demonstram que iniciativas que envolvem o tema podem contribuir para melhorar a qualidade da assist�ncia hospitalar.
A principal limita��o do estudo foi o estado de emerg�ncia nacional gerado pela pandemia de COVID-19, sendo mantidas apenas cirurgias pedi�tricas emergenciais o que interferiu diretamente no tamanho amostral. Ainda assim, os resultados permitiram acessar elementos que podem contribuir com o manejo da dor p�s-operat�ria pedi�trica durante a hospitaliza��o.
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Recebido em: 21/05/2022
Aceito em: 26/06/2023
Publicado em: 21/08/2023
[1] Complexo Hospital de Cl�nicas da Universidade Federal do Paran� (CHCUFPR). Curitiba, Paran� (PR). Brasil (BR). E-mail: matheusgmb@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7726-9591
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Como citar: Brito MGM, Bayer NEK, Monteiro LM. Percep��o dos cuidadores frente a dor p�s-operat�ria pedi�trica e cuidados de enfermagem. J. nurs. health. 2023;13(1):e13122933. DOI: https://doi.org/10.15210/jonah.v13i1.22933