ARTIGO DE REVIS�O

Epidemiologia do c�ncer cervical no Brasil: uma revis�o integrativa

Epidemiology of cervical cancer in Brazil: an integrative review

Epidemiolog�a del c�ncer de cuello uterino en Brasil: una revisi�n integradora

Gomes, Lorrana Corina;[1] Pinto, M�nica Concei��o;[2] Reis, Bruna de Jesus;[3] Silva, D�ndara Santos[4]

RESUMO

Objetivo: avaliar as publica��es cient�ficas que apresentam informa��es sobre a tend�ncia da incid�ncia e da mortalidade por c�ncer de colo de �tero no Brasil. M�todo: revis�o integrativa de artigos publicados entre os anos de 2011 e 2020, a partir de busca na Biblioteca Virtual em Sa�de, utilizando os descritores �incid�ncia�, �c�ncer do colo do �tero� e �mortalidade�. Resultados: foram selecionados 37 artigos. Esta revis�o tornou evidente que a maioria dos estudos demonstrou uma tend�ncia decrescente da incid�ncia e mortalidade por c�ncer do colo do �tero no Brasil. Entretanto, esses indicadores ainda s�o considerados elevados, sobretudo nas regi�es Norte e Nordeste do pa�s. Conclus�o: apesar da tend�ncia da redu��o da incid�ncia e mortalidade, o c�ncer cervical continua sendo um problema de sa�de p�blica no Brasil.

Descritores: Incid�ncia; Mortalidade; Neoplasias do colo do �tero

ABSTRACT

Objective: to evaluate scientific publications that present information on trends in cervical cancer incidence and mortality in Brazil. Method: an integrative review of articles published between 2011 and 2020 was carried out, from a search in the Virtual Health Library using the descriptors �incidence�, �cancer of the cervix� and �mortality�. Results: 37 articles were selected. This review made it evident that most studies showed a decreasing trend in cervical cancer incidence and mortality in Brazil. However, these indicators are still considered high, especially in the North and Northeast regions of the country. Conclusion: despite the trend of reduced incidence and mortality, cervical cancer remains a public health problem in Brazil.

Descriptors: Incidence; Mortality; Uterine cervical neoplasms

RESUMEN

Objetivo: evaluar publicaciones cient�ficas que presenten informaciones sobre tendencias en la incidencia y mortalidad por c�ncer de cuello uterino en Brasil. M�todo: se realiz� una revisi�n integradora de art�culos publicados entre 2011 y 2020, a partir de una b�squeda en la Biblioteca Virtual en Salud utilizando los descriptores �incidencia�, �c�ncer de cuello uterino� y �mortalidad�. Resultados: se seleccionaron 37 art�culos. Esta revisi�n hizo evidente que la mayor�a de los estudios mostraron una tendencia decreciente en la incidencia y mortalidad por c�ncer de cuello uterino en Brasil. Sin embargo, estos indicadores a�n se consideran altos, especialmente en las regiones Norte y Nordeste del pa�s. Conclusi�n: a pesar de la tendencia de reducci�n de la incidencia y la mortalidad, el c�ncer de cuello uterino sigue siendo un problema de salud p�blica en Brasil.

Descriptores: Incidencia; Mortalidad; Neoplasias del cuello uterino

INTRODU��O

C�ncer � uma denomina��o atribu�da ao conjunto de doen�as que resultam do crescimento desordenado de c�lulas, podendo acometer qualquer tecido/�rg�o do corpo. Segundo a Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (OPAS), em 2018, o c�ncer foi uma das principais causas de morte no mundo, sendo respons�vel por cerca de 9,6 milh�es de �bitos. Nesse mesmo ano, as neoplasias ocuparam o segundo lugar em mortalidade no Brasil, ocasionando mais de 220 mil mortes, ficando atr�s apenas das doen�as relacionadas ao aparelho circulat�rio.�

O c�ncer cervical � a quarta neoplasia mais frequente na popula��o feminina mundial, sua incid�ncia, preval�ncia e mortalidade s�o acentuadas nos pa�ses de baixa renda, que n�o possuem programas nacionais estabelecidos de rastreamento e cobertura universal de sa�de.2

A estimativa mundial � que no ano de 2020, ocorreram 604.000 novos casos de neoplasia cervical, sendo esta a causa de 342.000 �bitos. Atualmente esta doen�a apresenta maior incid�ncia e mortalidade em pa�ses da regi�o da �frica Oriental, �frica do Sul, pa�ses Sul-Americanos e Caribenhos. Por tratar-se de uma neoplasia com desenvolvimento lento e gradual, possibilitando assim um elevado potencial de preven��o, diagn�stico e tratamento precoce, estes indicadores n�o deveriam permanecer elevadas ao longo dos anos, contudo esta ainda � uma realidade nos pa�ses subdesenvolvidos.3

O c�ncer do colo do �tero, tamb�m denominado de c�ncer cervical, � causado pela infec��o persistente por alguns tipos do Papilomav�rus Humano (HPV), especialmente o HPV-16 e o HPV-18, respons�veis por cerca de 70% desses c�nceres.4 A infec��o cervical por esse v�rus � muito frequente, entretanto, em alguns casos, ocorrem altera��es celulares que podem desencadear c�ncer, quando n�o tratadas. Essas altera��es podem ser descobertas precocemente atrav�s do exame citopatol�gico do colo uterino, mais conhecido como Papanicolau, e s�o pass�veis de cura em quase todos os casos.4 Sendo assim, a realiza��o peri�dica deste exame possui forte recomenda��o pelos pesquisadores e profissionais da sa�de.

A implementa��o de exames citol�gicos, programas de rastreio e triagem reduziu a mortalidade e incid�ncia do c�ncer cervical em muitos pa�ses desenvolvidos. No entanto, nos pa�ses em desenvolvimento n�o foram observados bons resultados dessa implementa��o, visto que o sucesso do rastreamento depende da qualidade e acesso aos programas implementados em cada pa�s.5 Diante do exposto, este estudo objetiva avaliar as publica��es cient�ficas que apresentam informa��es sobre a tend�ncia da incid�ncia e da mortalidade por c�ncer de colo de �tero no Brasil.

MATERIAIS E M�TODO

Neste estudo utilizamos os par�metros estabelecidos pelo guia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA).6 Trata-se de um estudo de revis�o integrativa, este tipo de estudo fornece informa��es mais amplas, pois permite inclus�o de estudos experimentais ou n�o, combinando dados da literatura emp�rica e te�rica, al�m de incorporar conceitos, revis�o de teorias e evid�ncias acerca de um t�pico em particular. 7-8 A quest�o norteadora foi �Qual a tend�ncia da incid�ncia e da mortalidade por c�ncer do colo do �tero no Brasil?�, constru�da a partir da estrat�gia PICo (P- popula��o, I- interesse e Co � contexto).9� A abordagem metodol�gica desta pesquisa incluiu as seguintes etapas: i) delineamento da pergunta de investiga��o, considerando o objetivo do estudo; ii) desenho da estrat�gia de busca; iii) an�lise dos dados extra�dos; iv) s�ntese dos principais resultados; v) apresenta��o dos resultados encontrados.

A pesquisa foi conduzida entre o per�odo de 30 de agosto de 2020 a 21 de janeiro de 2021, utilizando as bases de dados Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ci�ncias da Sa�de (LILACS), Coleciona SUS, Hist�ria da Sa�de (HISA) e Base de Dados em Enfermagem (BDENF), dispon�veis na Biblioteca Virtual em Sa�de (BVS) (https://pesquisa.bvsalud.org/brasil/).� Foram realizados dois processos de busca, ambos em portugu�s, com combina��o de dois Descritores em Ci�ncia da Sa�de (DeCS) (http://decs2016.bvsalud.org/) interligados pelo Operador Booleano �AND�, sendo utilizado na primeira busca �incid�ncia� e �c�ncer do colo do �tero� e na segunda "mortalidade" e �c�ncer do colo do �tero� (Figura 1).

Todo o processo de busca foi realizado por duas investigadoras independentes e nos casos de discord�ncia quanto a sele��o do manuscrito foi realizada avalia��o de um terceiro investigador para decis�o final. Os artigos foram inclu�dos no estudo atendendo aos seguintes crit�rios de busca: o termo �neoplasias do colo do �tero� foi selecionado como assunto principal; �Brasil� como pa�s de assunto principal; publica��es com idioma portugu�s e ingl�s; intervalo de ano de publica��o entre 2011 e 2020, sendo este recorte temporal estabelecido com vistas a identificar indicadores epidemiol�gicos recentes; textos completos dispon�veis na �ntegra em formato eletr�nico. Al�m disso, foram realizadas pesquisas adicionais atrav�s de buscas manuais, leitura das refer�ncias e bibliogr�ficas dos artigos inclu�dos.

Foram identificados 245 artigos que atendiam aos crit�rios de inclus�o e tr�s registros adicionais, estes foram analisados a partir da leitura do t�tulo e resumo para aplica��o dos crit�rios de exclus�o e obten��o da sele��o final. Os crit�rios de exclus�o estabelecidos foram: i) diverg�ncia ao objetivo deste estudo, por n�o apresentarem elementos para discuss�o da incid�ncia e mortalidade do c�ncer do colo do �tero no Brasil; ii) recorr�ncia nas duas estrat�gias de busca utilizadas; iii) duplicidade de indexa��o. No total, houve exclus�o de 211 publica��es de acordo com os crit�rios citados (Figura 1).

src="https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/JONAH/$$$call$$$/api/file/file-api/download-file?fileId=12406&revision=1&submissionId=2237&stageId=5" />

Figura 1: Fluxograma representativo da sele��o dos artigos inclu�dos na revis�o integrativa

Fonte: elaborado pelos autores, 2021.

Al�m disso, foram inclu�das tr�s publica��es identificadas por outras fontes, sendo elas duas do Instituto Nacional de C�ncer (INCA) e uma do Minist�rio da Sa�de, devido � relev�ncia destas para a tem�tica em quest�o.

Os artigos selecionados foram lidos na �ntegra e posteriormente organizados em planilha eletr�nica Microsoft Excel� de autoria pr�pria, considerando as seguintes vari�veis: t�tulo, peri�dico, autor/local, objetivo, resultados, tipo de estudo e idioma (Quadro 1).

Este estudo foi desenvolvido em acordo com as normas da �tica em pesquisa, sendo assegurado a manuten��o dos direitos autorais e cita��o das obras utilizadas.


Quadro 1: Sistematiza��o das publica��es inclu�das no estudo.

T�tulo

Peri�dico / Idioma

Autor/

Local

Objetivo

Resultados

Tipo de estudo

Analysis of the effects of the age-period-birth cohort on cervical cancer mortality in the Brazilian Northeast

Plos one

 

Ingl�s

Meira et al. 20202

 

Nordeste

Analisar os efeitos da idade, per�odo e coortes de nascimento na mortalidade por c�ncer de colo do �tero na regi�o Nordeste do Brasil.

A taxa de mortalidade m�dia foi de 10,35 �bitos por cem mil mulheres durante o per�odo analisado (1980�2014). A maior taxa de mortalidade foi observada no Maranh�o (24,39 �bitos), e a menor na Bahia (11,24 �bitos). De acordo com os efeitos do per�odo, apenas o estado do Rio Grande do Norte apresentou redu��o do risco de mortalidade nos cinco anos da d�cada de 2000. Houve redu��o do risco de mortalidade para mulheres nascidas a partir da d�cada de 1950, exceto no Estado do Maranh�o. 

Ecol�gico

Estimativa 2020 � Incid�ncia do C�ncer no Brasil

Instituto Nacional de C�ncer Jos� Alencar Gomes da Silva (INCA).

 

Portugu�s

 

Brasil, 201910

 

Brasil

 

Tem o objetivo de dispor de informa��es atualizadas e mais abrangentes, o INCA oferece as estimativas de casos novos de incid�ncia de c�ncer para todos os anos

Para o tri�nio de 2020-2022, o n�mero esperado de c�ncer do colo do �tero no Brasil, � de 16.590, com risco de 15,43 casos a cada 100mil, mulheres. Sendo destes a segunda regi�o do Brasil mais incidente � o Nordeste.

Descritivo

Monitoring the profile of cervical cancer in a developing city

BMC Public Health

 

Ingl�s

Almeida et al. 201311

 

Centro-oeste

Descrever as tend�ncias de incid�ncia e mortalidade de neoplasias in situ e invasivas do colo uterino, no per�odo de 1988 a 2004 em Goi�nia, Brasil.

Foram identificados 4.446 casos de neoplasias in situ e invasivas do colo uterino. N�o foram verificadas redu��es significativas nas taxas de c�ncer invasivo do colo do �tero (p = 0,386) durante o per�odo do estudo, enquanto os carcinomas in situ apresentaram tend�ncia de aumento anual de 13,08% (p <0,001). Observou-se tend�ncia decrescente para mortalidade (3,02%, p = 0,017).

Ecol�gico

Overall survival and time trends in breast and cervical cancer incidence and mortality in the Regional Health District (RHD) of Barretos, S�o Paulo, Brazil

BMC Cancer

 

Ingl�s

 

Costa et al. 201812

 

Sudeste

Analisar a sobrevida e as tend�ncias temporais em dois dos c�nceres femininos mais comuns no Distrito Regional de Sa�de (RHD) de Barretos, S�o Paulo, Brasil.

A incid�ncia de ASR de c�ncer cervical invasivo mostrou um AAPC de - 1,9 (IC 95%: -4,7 a 0,9). Para os casos in situ, o ASR mostrou um AAPC de 9,3 (IC 95%: 3,3 a 15,7). A mortalidade ASR para c�ncer cervical mostrou um AAPC de - 5,3 (IC 95%: -9,5 a - 0,8). 

Ecol�gico

Trends in cervical cancer and its precursor forms to evaluate screening policies in a mid-sized Northeastern Brazilian city

Plos One

 

Ingl�s

Lima et al. 202013

 

Nordeste

Estimar o impacto do exame de Papanicolau nas tend�ncias de incid�ncia de les�es invasivas e pr�-invasivas do c�ncer cervical e mortalidade associada, para determinar se as pol�ticas p�blicas t�m sido eficazes.

A incid�ncia do c�ncer cervical diminuiu at� 2008, aumentou at� 2012 e diminuiu novamente depois disso, uma tend�ncia significativa em todas as faixas et�rias a partir dos 25 anos. A incid�ncia de les�es precursoras aumentou de 1996 a 2005 e desde ent�o diminuiu, um resultado significativo em todas as faixas et�rias at� 64 anos. 

Ecol�gico

Incidence rates and temporal trends of cervical cancer relating to opportunistic screening in two developed metropolitan regions of Brazil: a population-based cohort study

S�o Paulo Medical Journal

 

Ingl�s

Teixeira et al. 201914

 

Sul e Sudeste

Estimar a taxa de incid�ncia do c�ncer do colo do �tero e as tend�ncias em Campinas e Curitiba, para o per�odo de 2001-2012.

As estimativas anuais de incid�ncia variaram de 3,8 a 8,0 em 2001-2012, diminuindo nos anos mais recentes, e foram semelhantes para as duas regi�es estudadas. A incid�ncia espec�fica para a idade foi cerca de 50% menor entre mulheres com 45 anos ou mais. Houve uma tend�ncia crescente da varia��o percentual anual da incid�ncia do c�ncer cervical em Campinas entre as mulheres de 15 a 24 anos.

Coorte

Coordena��o de Preven��o e Vigil�ncia. Divis�o de Detec��o Precoce e Apoio � Organiza��o de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do c�ncer do colo do �tero

Instituto Nacional de C�ncer Jos� Alencar Gomes da Silva (INCA)

 

Portugu�s

Brasil, 201615

 

Brasil

O objetivo da 2�� edi��o da revista foi revisar e atualizar a anterior edi��o com novas para responder a quest�es surgidas durante sua aplica��o na pr�tica assistencial.

Esta edi��o apresentou atualiza��es referente a publica��o realizada em 2011.

Descritivo

Incidence Trends of Cervical Cancer in Adolescents and Young Adults: Brazilian Population Based Data.

Journal of Adolescent and Young Adult Oncology

 

Ingl�s

Viana et al. 201816

 

Brasil

Analisar a tend�ncia da incid�ncia de c�ncer cervical e neoplasia in situ nessa faixa et�ria.

Foi identificado aumento importante da incid�ncia de c�ncer cervical� foi identificado em dois Registros de C�ncer de Base Populacional (RCBPs), com taxas em decr�scimo em outros tr�s.�� Quanto � taxa de incid�ncia de neoplasia in situ, houve alta em seis RCBPs.

Ecol�gico

Decline of mortality from cervical cancer.

Revista Brasileira de Enfermagem

 

Ingl�s

Nascimento et al. 201817

 

Brasil

Descrever as ocorr�ncias de mortalidade por c�ncer do colo do �tero em Recife (PE), nordeste do Brasil.

Foi observado o aumento do risco de morte por esta neoplasia em mulheres acima de 60 anos, pardas (53,24%), donas de casa (63,16%) e sem companheiros (44,32%).

Ecol�gico

Correlation of Cervical Cancer Mortality with Fertility, Access to Health Care and Socioeconomic Indicators

Revista brasileira de ginecologia & obstetr�cia

 

Ingl�s

Vale et al. 201918

 

Brasil

Examinar quais indicadores de desenvolvimento se correlacionam com as taxas de mortalidade por c�ncer cervical (CC) no Brasil.

A taxa m�dia de mortalidade espec�fica por idade por c�ncer do colo do �tero de 2008 a 2012 variou de 4.6 a 22.9 por cem mil mulheres ao ano. Na an�lise foi identificada uma correla��o inversamente proporcional entre a mortalidade e as vari�veis IDH, propor��o do uso do seguro privado de sa�de, densidade de m�dicos e densidade de centros de radioterapia.

Ecol�gico

Disparities in time trends of cervical cancer mortality rates in Brazil

Cancer Causes & Control

 

Ingl�s

Vale et al. 201619

 

Brasil

Corrigir e descrever as taxas e tend�ncias de mortalidade por c�ncer do colo do �tero por regi�es e grupos et�rios no Brasil.

A taxa de mortalidade por c�ncer cervical padronizada por idade foi de 7,2 por 100.000 mulheres-anos ap�s a corre��o.  Foi observada uma tend�ncia decrescente significativa nas taxas a n�vel nacional (APC = -0,17, p <0,001).  As tend�ncias decrescentes restringiram-se a grupos et�rios com mais de 40 anos.

Ecol�gico

Disparities in cervical and breast cancer mortality in Brazil

Revista de Sa�de P�blica

 

Ingl�s e Portugu�s

Girianelli et al. 201420

 

Brasil

Analisar a evolu��o da mortalidade por c�ncer do colo uterino e de mama no Brasil, segundo indicadores socioecon�micos e assistenciais.

Houve queda da mortalidade por c�ncer do colo uterino em todo o per�odo, exceto em munic�pios das regi�es Norte e Nordeste fora das capitais. Os indicadores socioecon�micos positivos correlacionaram-se inversamente com a mortalidade de c�ncer do colo uterino.

Ecol�gico

Tend�ncia da mortalidade por c�ncer de colo do �tero em salvador e no estado da Bahia, brasil, de 1980 a 2007

Revista Baiana de Sa�de P�blica

 

Portugu�s

Santos & R�go 201121

 

Nordeste

Descrever a tend�ncia da taxa de mortalidade por c�ncer de colo do �tero na cidade de Salvador e no estado da Bahia de 1980 a 2007.

Os resultados apontam, em Salvador, redu��o da anual m�dia da taxa de mortalidade (-2,14%) e tend�ncia decrescente em todas as faixas et�rias. A Bahia apresentou um discreto aumento m�dio da taxa de mortalidade (+0,17%). 

Ecol�gico

Mortalidade por c�ncer de mama e c�ncer de colo do �tero em munic�pio de porte m�dio da Regi�o Sudeste do Brasil, 1980-2006

Cadernos de Sa�de P�blica

 

Portugu�s

Rodrigues & Teixeira 201122

 

Sudeste

Analisar a mortalidade por c�ncer de mama e colo do �tero em mulheres residentes no Munic�pio de Juiz de Fora, Minas Gerais, no per�odo de 1980 a 2006.

A an�lise de tend�ncia mostrou decl�nio da mortalidade por c�ncer cervical (p = 0,001) e tend�ncia de eleva��o da mortalidade por c�ncer de mama (p = 0,035).

Ecol�gico

Mortalidade por c�ncer do colo do �tero no estado do Rio Grande do Norte, no per�odo de 1996 a 2010: tend�ncia temporal e proje��es at� 2030

Epidemiologia e Servi�os de Sa�de

 

Portugu�s

Sousa et al. 201623

 

Nordeste

Analisar a tend�ncia da mortalidade por c�ncer do colo do �tero no estado do Rio Grande do Norte e em suas microrregi�es de sa�de, no per�odo de 1996 a 2010, e realizar proje��es para os quinqu�nios, de 2011 a 2030.

Foram observadas taxas de mortalidade acima de 5,0 por cem mil mulheres em todas as microrregi�es, com tend�ncia estacion�ria para o estado, por�m� ascendente nas microrregi�es com piores condi��es socioecon�micas. As proje��es indicaram redu��o nas taxas de mortalidade no estado, de 5,95 por cem mil mulheres (2006-2010) para 3,67 (2026-2030) e estimou um aumento de 22% no n�mero absoluto de �bitos.

Ecol�gico

Efeito idade-per�odo-coorte na mortalidade por c�ncer do colo uterino

Revista de Sa�de P�blica

 

Portugu�s

Meira et al. 201324

 

Brasil

�Estimar o efeito da idade, per�odo e coorte de nascimento na mortalidade por c�ncer do colo do �tero.

A taxa de mortalidade m�dia do per�odo por cem mil mulheres foi 15,90 no Rio de Janeiro e 15,87 em S�o Paulo. Houve redu��o significativa na mortalidade por c�ncer cervical no Rio de Janeiro. A an�lise da curvatura dos efeitos indicou tend�ncia de redu��o do risco de morte por este tipo de c�ncer.

Coorte

A evolu��o da mortalidade por c�ncer do colo do �tero no Brasil: uma discuss�o sobre idade, per�odo e coorte

Funda��o Oswaldo Cruz

 

Portugu�s

Byington 201625

 

Brasil

Analisar a evolu��o das taxas de mortalidade no per�odo de 1981-2010, buscando separar os efeitos de idade, de per�odo e de coorte, considerando o local de resid�ncia dos �bitos registrados.

Os efeitos de per�odo encontrados parecem refletir uma importante desigualdade do alcance das pol�ticas de controle voltadas para esse agravo, contrariando o princ�pio da equidade, basilar do Sistema �nico de Sa�de.

Coorte

Desigualdades regionais na mortalidade por c�ncer de colo de �tero no Brasil: tend�ncias e proje��es at� o ano 2030

Ci�ncia & Sa�de Coletiva

 

Portugu�s

Barbosa et al. 201626

 

Brasil

Analisar a tend�ncia temporal da mortalidade por c�ncer de colo de �tero no Brasil e calcular uma proje��o at� o ano de 2030.

Para o Brasil, a tend�ncia � de redu��o sendo significativa nas regi�es centro oeste, sudeste e sul. As regi�es norte e nordeste apresentam tend�ncia de estabilidade. Os estados do Rio Grande do Sul e Acre apresentaram as maiores tend�ncias de redu��o. Na an�lise das proje��es de mortalidade, estima-se redu��o das taxas no Brasil, sobretudo na regi�o sul.

Ecol�gico

Mortality due to cervical cancer, 1996-2011, Santa Catarina, Brazil.

Texto & Contexto Enfermagem

 

Ingl�s

Hegadoren et al. 201427

 

Sul

Examinar a influ�ncia de regi�es, idade e tempo na mortalidade por c�ncer cervical.

As taxas de mortalidade por c�ncer de colo de �tero variaram de 3,6 a 5,0 por cem mil mulheres. Essas taxas aumentaram nos grupos et�rios mais avan�ados, apresentando os valores mais elevados ap�s os 70 anos. 

Ecol�gico

Mortality from cervical cancer in Santa Catarina, Brazil, 2000-2010.

Revista de Pesquisa: Cuidado � Fundamental Online

 

Ingl�s e portugu�s

Paz et al. 201328

 

Sul

Descrever a taxa bruta de mortalidade por c�ncer do colo do �tero em Santa Catarina no per�odo de 2000 a 2010.

Verificou-se que a menor taxa de mortalidade referiu-se � faixa et�ria de 20-29 anos e as mais altas a partir dos 40 anos. A taxa variou entre� 3,6 (ano de 2006) e 4,9 (ano de 2000) �bitos por cem mil mulheres.

Ecol�gico

Cervical cancer mortality trends in Brazil: 1980-2009

Caderno de sa�de publica

 

Ingl�s

Gonzaga et al. 201329

 

Brasil

Descrever as tend�ncias temporais das taxas de mortalidade por c�ncer do colo do �tero no Brasil como um todo e nas principais regi�es geogr�ficas e estados do pa�s de 1980 a 2009.

 Houve estabiliza��o nas taxas de mortalidade no Brasil. Houve queda nas regi�es no Sul, Sudeste e Centro-Oeste; aumento no Nordeste e Norte. As maiores redu��es foram observadas em S�o Paulo, Rio Grande do Sul, Esp�rito Santo e Paran�. As maiores eleva��es foram observadas na Para�ba, Maranh�o e Tocantins.

Ecol�gico

Primary Health Care and Cervical Cancer Mortality Rates in Brazil: A Longitudinal Ecological Study

Journal of ambulatory care management

 

Ingl�s

Rocha et al. 201730

 

Brasil

Examinar a rela��o entre a presta��o de aten��o prim�ria preventiva e as taxas de mortalidade por c�ncer cervical no Brasil.

Os resultados sugerem que a aten��o prim�ria � sa�de tem contribu�do para reduzir a mortalidade por c�ncer do colo do �tero no Brasil.

Ecol�gico

Analysis of cervical cancer mortality rate trends in Natal-RN, Brazil, between 2000 and 2012

Revista de Salud P�blica

 

Ingl�s

Azevedo et al. 201931

 

Nordeste

Descrever as taxas de mortalidade por c�ncer do colo do �tero e suas tend�ncias correspondentes e analisar as correla��es espaciais desse tipo de c�ncer em Natal-RN, Brasil, entre 2000 e 2012.

O coeficiente de mortalidade por c�ncer do colo do �tero em Natal, padronizado por faixa et�ria, foi de 5,5 por 100 mil mulheres. Todas as s�ries hist�ricas para os coeficientes estudados foram classificadas como est�veis.

Ecol�gico

Mortalidade por c�ncer de colo do �tero em regionais de sa�de do Estado de Pernambuco, Brasil

Revista Associa��o M�dica do Rio Grande do Sul

 

Portugu�s

Maciel et al. 201132

 

Nordeste

Tra�ar o perfil epidemiol�gico da mortalidade por c�ncer de colo do �tero nos munic�pios polos das Regionais de Sa�de de Pernambuco, bem como comparar a ocorr�ncia desse com os demais tipos de c�nceres registrados em mulheres residentes no estado.

Entre todos os �bitos por c�ncer registrados em 2007 (n=3.283), 7,4% (n=244) foram codificados como c�ncer do colo do �tero, sendo a maior mortalidade proporcional encontrada na Regional de Sa�de de Palmares (16,2%). Mulheres idosas de 70 a 79 e de 80 anos e mais apresentaram as mais altas taxas de mortalidade (27,59 e 27,16/100 mil mulheres, respectivamente).

Seccional

Cen�rio de morbimortalidade por c�ncer de colo uterino

Revista de enfermagem UFPE on line

 

Portugu�s

Sarzi et al. 201733

 

Brasil

Verificar a morbimortalidade por c�ncer de colo uterino.

 No per�odo de 2008 a 2012, verificou-se uma tend�ncia decrescente na incid�ncia por c�ncer de colo uterino entre as jovens adultas internadas na m�dia e alta complexidade da rede p�blica. Ao confrontar a morbidade e mortalidade, segundo as faixas et�rias e regi�es, observou-se que na regi�o Sudeste os �bitos ocorreram em �ndices maiores que a morbidade.

Ecol�gico

Trends in Cervical Cancer Mortality in Brazilian Women who are Screened and Not Screened.

Asian Pacific Journal of Cancer Prevention

 

Ingl�s

Vargas et al. 202034

 

Brasil

Analisar a tend�ncia de mortalidade por c�ncer do colo do �tero (CID C53) nas regi�es brasileiras em mulheres que s�o rastreadas e n�o rastreadas de 1996 a 2015.

Entre as mulheres, 43,8% eram brancas, e 76% tinham menos de oito anos de educa��o formal. Houve uma tend�ncia de aumento da mortalidade por c�ncer do colo do �tero no Brasil para mulheres de 15 a 24 anos (p = 0,01).  O Nordeste apresentou o maior crescimento m�dio por ano. Nas regi�es Sudeste, Sul e Centro-Oeste, observaram-se tend�ncias decrescentes apesar das taxas elevadas. A mortalidade por c�ncer do colo do �tero na regi�o Norte aumentou ao longo do per�odo analisado. 

Ecol�gico

Cervical Cancer Registered in Two Developed Regions from Brazil: Upper Limit of Reachable Results from Opportunistic Screening

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetr�cia

 

Ingl�s

Teixeira et al. 201835

 

Sul e Sudeste

Avaliar a tend�ncia temporal e o padr�o do c�ncer de colo do �tero diagnosticado no per�odo de 2001 a 2012 por meio de um programa de rastreamento oportunista em duas regi�es desenvolvidas do Brasil.

O c�ncer cervical anual total registrado de 2001 a 2012 mostrou uma ligeira queda (273-244), com uma m�dia de idade de 49,5 anos, 13 anos acima da m�dia para CIN3 / AIS (36,8 anos). A taxa bienal de diagn�sticos por faixa et�ria para a regi�o de Campinas mostrou tend�ncia de aumento para as faixas et�rias abaixo de 25 anos (p = 0,007) e 25 a 44 anos (p = 0,003). O est�gio III foi o mais registrado para ambas as regi�es, com m�dia anual de 43%, sem nenhuma modifica��o de tend�ncia.

Seccional

Premature mortality due to cervical cancer: study of interrupted time series

Revista de Sa�de P�blica

 

Ingl�s

Nascimento et al. 202036

 

Brasil

Verificar o efeito do Pacto Pela Sa�de na mortalidade prematura (30�69 anos) atribu�da a c�ncer de colo uterino no Brasil e nas suas macrorregi�es, utilizando modelagem de s�ries temporais interrompidas.

De 1998 a 2018, ocorreram mais de 119.000 �bitos por c�ncer de colo do �tero em mulheres de 30 a 69 anos no Brasil. A regi�o Norte apresentou as taxas mais altas (> 20 por 100.000).  A regi�o Nordeste apresentou os efeitos mais promissores com redu��o imediata do n�vel de mudan�a e redu��o progressiva na tend�ncia de mudan�a de mortes prematuras.

Ecol�gico

Consolida��o do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto.

 

Minist�rio da Sa�de (BR)

 

Di�rio Oficial da Uni�o 2006 p. 30.

 

Portugu�s

2006

 

Brasil37

Os objetivos do pacto pela vida no c�ncer de colo de �tero e de mama � contribuir com a redu��o da mortalidade por esses agravos.

A implanta��o do Pacto possibilita a efetiva��o de acordos entre as tr�s esferas de gest�o do SUS promovendo inova��es nos processos e instrumentos de gest�o que visam alcan�ar maior efetividade, efici�ncia e qualidade de suas respostas.

Projeto de Lei

Outcomes of cervical cancer among HIV-infected and HIV-uninfected women treated at the Brazilian National Institute of Cancer

AIDS

 

Ingl�s

Ferreira et al. 201738

 

Sudeste

Avaliar a mortalidade, tratamento, resposta e reca�da entre HIV infectados e HIV mulheres n�o infectadas com c�ncer de colo uterino no Rio de Janeiro, Brasil.

Entre 234 mortes, a maioria era de c�ncer (82% em mulheres infectadas pelo HIV vs. 93% em mulheres n�o infectadas pelo HIV); apenas 9% das mulheres infectadas pelo HIV morreram de AIDS. O HIV n�o foi associado � mortalidade durante o acompanhamento inicial, mas foi associado mais de 1�2 anos ap�s o diagn�stico. As mulheres que foram tratadas e tiveram uma resposta completa, o HIV foi associado a um risco elevado de recidiva subsequente.

Coorte

Efeito do tempo de espera para radioterapia na sobrevida geral em cinco anos de mulheres com c�ncer do colo do �tero, 1995-2010

Caderno de Sa�de p�blica

 

Portugu�s

Nascimento & Silva 201539

 

Sudeste

Estimar a sobrevida geral em cinco anos e avaliar o efeito do tempo de espera para iniciar o tratamento radioter�pico na sobrevida em cinco anos, em mulheres com c�ncer do colo do �tero indicadas para radioterapia exclusiva na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, per�odo 1995-2010.

A sobrevida geral foi de 25,3%, alcan�ando 60,8% para os casos at� IIA. O risco de �bito aumentou para tumores IIB-IIIB e IVA-IVB. A capta��o por citologia e o direcionamento precoce para o servi�o especializado em radioterapia do munic�pio, foram os principais fatores protetores identificados. O per�odo de espera pela radioterapia (> 60 dias versus ≤ 60 dias) n�o foi estatisticamente significativo, entretanto, houve decl�nio dos resultados quando o in�cio do tratamento foi adiado� em quatro dias� (HR = 1,70; IC95%: 1,153; 2,513).

Coorte

C�ncer do colo do �tero no Estado de Mato Grosso do Sul: detec��o precoce, incid�ncia e mortalidade

Revista brasileira de cancerologia

 

Portugu�s

Freitas et al. 201240

 

Centro-oeste

Descrever a cobertura das a��es de detec��o precoce do c�ncer do colo do �tero, sua incid�ncia e mortalidade no Estado de Mato Grosso do Sul.

A taxa de mulheres com 25 a 59 anos que realizou o exame de Papanicolau nos �ltimos tr�s anos se manteve est�vel entre 2003 e 2008: 82,0% e 82,9%, respectivamente; por�m, houve uma redu��o no quantitativo daquelas que nunca fizeram o exame na vida: de 11,1% para 8,7%, respectivamente. As taxas estimadas de incid�ncia do c�ncer do colo do �tero sofreram aumento de 139% nos �ltimos 12 anos, enquanto na s�rie de dados de mortalidade observou-se um incremento de 33,8% em 30 anos.

Ecol�gico�

Survival analysis of women with cervical cancer treated at a referral hospital for oncology in Esp�rito Santo State, Brazil, 2000-2005

Caderno de Sa�de p�blica

 

Ingl�s

Mascarello et al. 201341

 

Sudeste

Analisar a sobrevida de mulheres com c�ncer do colo do �tero atendidas no Hospital Santa Rita de C�ssia/ Associa��o Feminina de Educa��o e Combate ao C�ncer (HSRC/AFECC) durante o per�odo de 2000 a 2005 e descrever os fatores progn�sticos associados.

Ocorreram 421 (43,6%) �bitos no per�odo m�nimo de 5 anos de seguimento, com sobrevida global de 58,8% em 5 anos. Identificaram-se como risco a proced�ncia Regi�o Serrana (1,94 vez, IC95%: 1,09-3,45) e estadiamento crescente. As mulheres com estadiamento III e IV demonstraram risco de 4,33 (IC95%: 3,00-6,24) e 15,40 (IC95%: 9,72-24,39) vezes maior, respectivamente, de apresentarem menor sobrevida quando comparadas ao est�dio I.

Coorte

Association of cervical and breast cancer mortality with socioeconomic indicators and availability of health services

Cancer Epidemiology

 

Ingl�s

Oliveira et al. 202042

 

Brasil

Analisar a mortalidade por c�ncer de colo de �tero e mama no Brasil e sua rela��o com indicadores socioecon�micos populacionais e disponibilidade de servi�os de sa�de no per�odo 2011-2015.

As taxas de mortalidade padronizadas por idade mediana para c�ncer cervical 5,95 (� 3,97) por 100.000 mulheres. A alta mortalidade por c�ncer do colo do �tero apresentaram associa��o estatisticamente significativa com o �ndice GINI (p = 0,000) e o �ndice de Desenvolvimento Humano - IDH (p = 0,030). 

Ecol�gico

Tend�ncia e diferenciais socioecon�micos da mortalidade por c�ncer de colo de �tero no Estado do Paran� (Brasil), 1980-2000

Revista Ci�ncia & Sa�de Coletiva

M�ller et al. 201143

 

Sul

Discutir a evolu��o da mortalidade por c�ncer de colo de �tero no Estado do Paran� entre 1980 e 2000 e analisar seus diferenciais socioecon�micos em cada regi�o.

A mortalidade por c�ncer de colo uterino elevou-se em todo o Estado ostentando uma taxa de 1,68% (IC 1,20-2,17) anualmente. A maior parte das regi�es apresentou tend�ncia estacion�ria de mortalidade por c�ncer de colo de �tero. As regionais com tend�ncia de eleva��o nos �bitos demonstraram propor��o significativamente mais altas de analfabetismo e de adultos (15 anos ou mais) com menos de 4 anos de estudo, e renda per capita e IDH inferiores.

Ecol�gico

Mortalidade por c�ncer de colo do �tero no Estado de Minas Gerais, Brasil, 2004-2006: an�lise da magnitude e diferenciais regionais de �bitos corrigidos

Epidemiologia e servi�os de sa�de

 

Portugu�s

Teixeira et al. 201244

 

Sudeste

Comparar as taxas de mortalidade por c�ncer do colo do �tero (CCU) nas macrorregi�es de sa�de do estado de Minas Gerais, Brasil, em 2004-2006.

Verificou-se corre��o diferenciada no estado, sendo que macrorregi�es com menor IDH apresentaram as maiores corre��es; a macrorregi�o Nordeste apresentou maior VPR, de 232%.

Ecol�gico

C�ncer de colo do �tero: mortalidade em Santa Catarina - Brasil, 2000 a 2009

Texto & Contexto � Enfermagem

 

Portugu�s

Salazar et al. 201145

 

Sul

Avaliar a mortalidade por c�ncer de colo do �tero, ocorrida no Estado de Santa Catarina, no per�odo de 2000 a 2009.

A taxa de mortalidade calculada variou no per�odo entre 3,6 a 4,9 mortes por 100.000 mulheres, sendo mais alta na faixa et�ria acima dos sessenta anos.

Ecol�gico

Fonte: elaborado pelos autores, 2021.

RESULTADOS

Entre os estudos analisados, o maior n�mero de publica��es ocorreu no ano de 2013 (seis publica��es), seguido dos anos 2011 e 2020 com cinco publica��es cada (Figura 2).

*Minist�rio da Sa�de, Portaria no 399, de 22 de fevereiro de 2006.

src="https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/JONAH/$$$call$$$/api/file/file-api/download-file?fileId=12408&revision=1&submissionId=2237&stageId=5" />

Figura 2: Distribui��o dos artigos selecionados, segundo o ano de publica��o.

Fonte: elaborado pelos autores, 2021.

Observando o local de realiza��o do estudo grande parte das publica��es analisaram dados relativos ao Brasil (17/37). Entretanto, outros artigos, tamb�m selecionados neste trabalho, apresentaram informa��es restritas a localidades espec�ficas do pa�s, tais como regi�o Nordeste (6/37), Sudeste (6/37), Sul (4/37) e Centro-Oeste (2/37). Por fim, dois estudos abordaram simultaneamente as regi�es Sul e Sudeste.

Quanto ao indicador analisado, destacam-se os trabalhos relacionados � mortalidade, com 28 publica��es, duas eram sobre a incid�ncia e quatro abordavam ambos os indicadores (incid�ncia e mortalidade). Foram identificados seis estudos de coorte, dois seccionais e 26 ecol�gicos. A maioria dos estudos foram publicados em ingl�s (18 artigos), 14 publica��es em portugu�s e dois em ambos os idiomas.

DISCUSS�O

Incid�ncia do c�ncer cervical no Brasil

O INCA evidenciou na estimativa para 2020 que o c�ncer do colo do �tero seria o quinto mais incidente na regi�o Sudeste (12,01 casos/100.000), o quarto na regi�o Sul (17,48 casos/100.000), o segundo nas regi�es Nordeste (17,62 casos/100.000), Centro-Oeste (15,92 casos/100.000) e Norte (21,20 casos/100.000). 10 Essa mesma pesquisa estimou 16.590 casos novos de c�ncer do colo de �tero no Brasil, sendo 1.090 casos na Bahia, fazendo com que esse estado alcan�asse o quarto maior n�mero de casos novos, ficando atr�s apenas de S�o Paulo (2.250 casos), Rio de Janeiro (1.640 casos) e Minas Gerais (1.270 casos).10

Um estudo que avaliou a mortalidade por c�ncer cervical no Nordeste do Brasil apontou que existem marcantes disparidades socioecon�micas entre as regi�es brasileiras, demonstrando que locais de baixo �ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) apresentam as maiores taxas de incid�ncia e mortalidade do c�ncer cervical, com tend�ncia temporal ascendente. 2

Estudos anteriores realizados em tr�s cidades de diferentes regi�es do pa�s identificaram que houve redu��o do c�ncer cervical invasivo (subtipo de les�o neopl�sica que invade os tecidos adjacentes � regi�o prim�ria). Em Goi�nia, capital do estado de Goi�s, a neoplasia invasiva teve uma redu��o de 34,01 casos por cem mil mulheres em 1988 para 18,36 casos por cem mil mulheres em 2004.11 No munic�pio� de Barretos, interior do estado de S�o Paulo, em um estudo realizado no per�odo de 2000 a 2015 foi verificado que houve uma redu��o de 10,67 para 8,87 casos por cem mil mulheres.12 Em Aracaju, principal cidade de Sergipe, um estudo demonstrou, tend�ncia decrescente de c�ncer cervical invasivo, de 1996 a 2008, cursando com retrocesso e voltando a elevar at� 2012 e seguindo novamente em tend�ncia de decr�scimo a partir de ent�o at� 2015.13

Referente a neoplasia cervical in situ (c�lulas malignas confinadas ao �rg�o prim�rio), em Aracaju, as taxas de incid�ncia apresentavam curva crescente, em todas as faixas et�rias analisadas, tendo varia��o positiva de 13,3% at� o ano de 2005, ap�s isto houve um decl�nio dessas taxas em 4,8%.13 Em Goi�nia, cidade localizada no Centro-Oeste brasileiro, um estudo evidenciou aumento da incid�ncia de neoplasia cervical in situ de 5,83 casos por cem mil mulheres no ano de 1988 para 47,35 casos por cem mil em 2004.11

Uma pesquisa realizada no per�odo de 2001 a 2012, nas cidades de Campinas e Curitiba, localizadas respectivamente nas regi�es Sudeste e Sul do Brasil, ambas cidades brasileiras com IDH classificados como muito alto, demonstrou que a estimativa de incid�ncia bruta de c�ncer cervical variou de 3,9 a 8,0 por cem mil mulheres, tendo nos �ltimos anos uma tend�ncia decrescente e lenta.14� Este mesmo estudo identificou tamb�m uma tend�ncia anual de queda da taxa de incid�ncia do c�ncer cervical em mulheres de 45 at� 64 anos entre os anos de 2001 a 2012, tendo decr�scimo de 45% em Campinas e 55% em Curitiba.14

No Brasil, o sistema de sa�de � universal e o programa nacional de rastreio e triagem para o c�ncer cervical tem como p�blico-alvo as mulheres entre 25 e 64 anos com vida sexual j� iniciada.15 Contudo, alguns dos estudos realizados no Brasil demonstraram a ocorr�ncia de casos de neoplasia cervical entre mulheres com idade inferior � preconizada pelas diretrizes brasileiras para rastreamento desta patologia.2,13-14

No tocante �s neoplasias cervicais in situ entre as mulheres adolescentes, um estudo identificou que a taxa de incid�ncia ajustada por idade m�dia foi de 16,78 por cem mil no Brasil, sendo a maior taxa observada em uma capital da Regi�o Norte do pa�s, Roraima, com cerca de 93,37 casos por cem mil, no per�odo de 2006 a 2010.16

No per�odo de 2000 a 2015, estudos demonstram que houve um aumento da incid�ncia de c�ncer cervical em mulheres entre 15 e 24 anos.2,13-14 No per�odo de 2001 a 2012, entre as mulheres entre 15 a 24 anos, houve uma eleva��o desta taxa em 68% em Campinas e aproximadamente 33% em Curitiba.14 Outro estudo que analisou a incid�ncia de c�ncer cervical em jovens e adolescentes do Brasil, no per�odo de 1999 a 2011, demonstrou taxas ajustadas de 5,55 casos por cem mil mulheres na regi�o Centro-Oeste, 5,54 casos por cem mil mulheres na Regi�o Norte, 5,53 casos por cem mil mulheres na regi�o Sul, 2,89 casos por cem mil mulheres na Regi�o Nordeste e 2,26 casos por cem mil mulheres na Regi�o Sudeste.16 Essa observa��o da incid�ncia de c�ncer cervical entre as mulheres mais jovens, pode ser um forte indicativo da necessidade de intensifica��o da vacina��o contra o HPV entre as meninas na faixa et�ria de 9 a 14 anos, consoante com o estabelecido pelo Plano Nacional de Imuniza��o do Brasil.

Por fim, vale destacar que os estudos sobre a tend�ncia da incid�ncia do c�ncer do colo do �tero encontrados, a partir dos crit�rios de busca utilizados, eram referentes a tr�s capitais (Curitiba, Goi�nia e Aracaj�), duas cidades de grande porte do interior do estado de S�o Paulo (Campinas e Barretos) e dois sobre as regi�es do pa�s.

Mortalidade por c�ncer cervical no Brasil

A maioria dos estudos encontrados demonstrou uma tend�ncia decrescente dos �bitos por c�ncer do colo do �tero. 16-24 Esse decl�nio nas taxas de �bitos por este tipo de c�ncer pode ser explicado pelos programas de rastreio e triagem, pois h� uma conson�ncia na literatura sobre a rela��o da redu��o dos �ndices de �bitos relacionados � exist�ncia de programas de rastreamento bem-sucedidos.25

N�o obstante, as proje��es da mortalidade por c�ncer cervical no Brasil at� 2030, apontam que as Regi�es Norte e Nordeste continuar�o contendo as maiores taxas de mortalidade do pa�s.26 Tais fatos podem estar relacionados a piores condi��es socioecon�micas nestas regi�es, visto que um estudo realizado com mulheres brasileiras, evidenciou associa��o entre mortalidade por c�ncer cervical e fatores de alta vulnerabilidade socioecon�mica, tais como, propor��o de analfabetos com 25 anos ou mais, alta taxa de fecundidade, propor��o de habitantes abaixo da linha de pobreza e mortalidade infantil.20

Outros estudos detalham a situa��o dos �bitos por c�ncer cervical apontando diferen�as por espa�o geogr�fico, ou por quest�es sociodemogr�ficas.17,20,27 Uma s�rie hist�rica referente ao per�odo de 1980 a 2010, demonstrou que em alguns munic�pios das regi�es Norte e Nordeste, principalmente nas cidades do interior, houve aumento da mortalidade por c�ncer do colo do �tero, enquanto a tend�ncia temporal foi decrescente em capitais e cidades do interior nas regi�es Sudeste e Sul.20 Em Pernambuco, outro estado da Regi�o Nordeste, estudos apontaram que as taxas de mortalidade por c�ncer do colo do �tero diminu�ram continuamente e permaneceram est�veis no per�odo de 2000 a 2012, e que grande parte dos �bitos por c�ncer cervical ocorreu em mulheres negras/pardas, solteiras e donas de casa.17,27 Ent�o, apesar da redu��o das taxas de mortalidade, os fatores �tnico/racial, social e econ�mico ainda mant�m algumas mulheres mais vulner�veis a esse desfecho negativo.

Ainda na regi�o Nordeste do pa�s, uma pesquisa realizada no Rio Grande do Norte, observou que ao longo dos anos a mortalidade do c�ncer cervical permaneceu est�vel naquele estado, e apenas uma microrregi�o de sa�de apresentou uma tend�ncia decrescente na mortalidade por esta causa. Entretanto, nas proje��es at� o ano de 2030, � esperado um decl�nio dessas taxas. 23

Assim como nos estudos de incid�ncia, a maioria dos estudos de mortalidade analisados constata que as Regi�es Sul e Sudeste possuem a melhor situa��o epidemiol�gica quanto a patologia em quest�o, apresentando menor n�mero de �bitos, provavelmente por serem regi�es com condi��es socioecon�micas mais favor�veis, com estilo de vida urbanizado e a maior centraliza��o e acesso aos servi�os de sa�de.19, 28-29 Um exemplo disso foi demonstrado em um estudo realizado no per�odo de 2003 a 2012, no qual foi identificado que a porcentagem de �bitos por neoplasia cervical na Regi�o Norte foi 2,4 vezes maior que na Regi�o Sudeste. 19

Ao analisar a associa��o entre faixa et�ria e mortalidade por c�ncer cervical, as mulheres com idade superior aos 70 anos continuam apresentando as piores taxas.21, 27,30-32 N�o obstante, embora a regi�o Nordeste tenha demonstrado resultados sutilmente favor�veis da redu��o da mortalidade prematura com a implementa��o do Pacto pela Sa�de em 2006, que tem dentre suas metas o controle do c�ncer do colo do �tero, incentivando a cobertura de 80% do exame preventivo e o tratamento de les�es intraepiteliais de alto grau,36-37 tem-se revelado um aumento de �bitos prematuros entre mulheres de 15 a 24 e 40 a 59 anos. 21- 22,33-35

Um estudo que analisou a rela��o da mortalidade por c�ncer cervical com a imunocompet�ncia em mulheres que convivem com S�ndrome da Imunodefici�ncia Adquirida (AIDS), observou que no per�odo de 2001 a 2013, a mortalidade em mulheres com c�ncer cervical infectadas pelo v�rus se apresentou ligeiramente mais elevada quando comparadas �quelas que n�o convivem com a doen�a. �Al�m disso, observou-se que mulheres desse grupo possuem um maior risco de recidiva do c�ncer cervical e apresentam maior risco de resultados adversos tardios relacionados ao tratamento.38

Um estudo de sobrevida relacionada � radioterapia, demonstrou que quando o per�odo entre o diagn�stico e o in�cio do tratamento especializado � retardado em pelo menos quatro dias do preconizado pela legisla��o brasileira, correspondente at� 60 dias, o risco da mortalidade aumenta 70% em cinco anos, demonstrando a crucialidade do tratamento em per�odo mais precoce poss�vel, a fim de reduzir a mortalidade. 39

Assim, a observa��o das estimativas de incid�ncia e mortalidade por c�ncer � crucial para reavaliar os resultados das estrat�gias que demonstraram efetividade no controle da doen�a, al�m de auxiliar na formula��o de novos m�todos que possam ser executados de forma mais efetiva para detec��o precoce e tratamento, voltados para localiza��es de maior risco. 20

Ficou evidenciado nesta revis�o de literatura que a tend�ncia temporal da incid�ncia e mortalidade de c�ncer cervical pode estar diretamente relacionada � exposi��o da popula��o feminina a fatores de risco, tais como o in�cio precoce da atividade sexual, m�ltiplos parceiros sexuais, uso de anticoncepcionais, tabagismo, alta paridade, bem como acesso a oferta de programas de rastreamento universal e de qualidade e � rede de aten��o oncol�gica para tratamento oportuno da doen�a.2,40-41 Adicionalmente, localidades com condi��es socioecon�micas desfavor�veis apresentam maiores taxas de mortalidade por c�ncer cervical.42-44 Desta forma, a melhoria nos indicadores socioecon�micos e investimentos na aten��o prim�ria � sa�de est�o intrinsecamente ligados � redu��o das taxas de mortalidade.42, 45

CONSIDERA��ES FINAIS

Esta revis�o tornou evidente que na maioria dos estudos houve uma tend�ncia decrescente da incid�ncia e mortalidade por c�ncer do colo do �tero no Brasil, principalmente em regi�es com melhores condi��es socioecon�micas. Contudo, essa neoplasia continua sendo uma problem�tica no pa�s, sobretudo nas regi�es Norte e Nordeste, alcan�ando n�meros compat�veis com pa�ses que n�o possuem cobertura universal de sa�de.

Foi poss�vel evidenciar que as condi��es socioecon�micas em que o indiv�duo se encontra e a escassez de acesso aos servi�os de sa�de influenciam no processo de adoecimento e morte por esse por essa enfermidade. Assim, recomenda-se a intensifica��o do rastreamento, especialmente em regi�es que n�o fazem parte dos grandes centros urbanos, bem como a reconsidera��o da faixa et�ria do p�blico-alvo, visto que h� mulheres fora da faixa et�ria de elegibilidade para o rastreamento para as quais alguns dos estudos analisados nesta revis�o integrativa demonstraram risco de desenvolvimento de les�es precursoras. Outro aspecto importante, diz respeito � import�ncia da amplia��o da cobertura e intensifica��o da vacina contra o HPV, bem como a implementa��o da educa��o sexual nas escolas como aliados para preven��o de infec��es em idades precoces.

O estudo apresentou limita��es importantes quanto � quantidade e diversidade de artigos dispon�veis que versassem sobre o tema estudado no n�vel nacional. Alguns dos selecionados versavam sobre cidades espec�ficas, tornando invi�vel a generaliza��o das evid�ncias encontradas, sobretudo pelo fato da patologia estudada sofrer grande influ�ncia da realidade socioecon�mica de cada local. Dito isto, o fato de n�o terem sido encontrados estudos sobre a incid�ncia de c�ncer de colo do �tero nos demais estados do pa�s demonstrou uma lacuna no conhecimento quanto a esta tem�tica.

Assim, considerando as desigualdades existentes entre as regi�es do pa�s e, at� mesmo, entre os munic�pios de uma mesma regi�o, a revis�o apontou a necessidade de mais estudos abordando este problema de sa�de p�blica, para que seja poss�vel um entendimento mais amplo da tend�ncia desta patologia nos diversos estados do pa�s.

REFER�NCIAS

1 Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS). Ministros da Sa�de se comprometem a reduzir casos de c�ncer do colo do �tero e mortes em 30% nas Am�ricas at� 2030. 2018. Dispon�vel em: https://www.paho.org/pt/noticias/27-9-2018-ministros-da-saude-se-comprometem-reduzir-casos-cancer-do-colo-do-utero-e-mortes

2 Meira KC, Silva GWS, Santos J, Guimar�es RM, Souza DLB, Ribeiro GPC, et al. Analysis of the effects of the age-period-birth cohort on cervical cancer mortality in the Brazilian Northeast. PLos ONE. 2020;15(2):e0226258. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0226258

3 Sung H, Ferlay J, Siegel RL, Laversanne M, Soerjomataram I, Jemal A, et al. Global cancer statistics 2020: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA cancer j. clin. 2021;71(3):209-49. DOI: https://doi.org/10.3322/caac.21660

4 Instituto Nacional de C�ncer (INCA). C�ncer do colo do �tero - vers�o para profissionais de sa�de. 2021. Dispon�vel em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero/profissional-de-saude

5 Sankaranarayanan R, Gaffikin L, Jacob M, Sellors J, Robles S. A critical assessment of screening methods for cervical neoplasia. �������� Int. j. gynaecol. obstet. 2005;89(suppl2):S4-S12. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijgo.2005.01.009

6 Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PloS med. 2009;6(7):e1000097. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1000097

7 Ercole FF, Melo LS, Alcoforado CLGC. Integrative review versus systematic review. REME rev. min. enferm. 2014;18(1);1-260 DOI: http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20140001

8 Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Integrative review: what is it? How to do it? Einstein. 2010;8(1Pt1):102-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134

9 The Joanna Briggs Institute (JBI). Joanna Briggs Institute Reviewers� manual: 2014 edition: methodology for jbi mixed methods systematic reviews. 2014. Available from: https://nursing.lsuhsc.edu/JBI/docs/ReviewersManuals/Mixed-Methods.pdf

10 Minist�rio da Sa�de (BR). Instituto Nacional de C�ncer Jos� Alencar Gomes da Silva (INCA). Estimativa 2020 � Incid�ncia do C�ncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2019. Dispon�vel em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf

11 Almeida FM, Oliveira JC, Martins E, Curado MP, Freitas J�nior R, Moreira MAR. Monitoring the profile of cervical cancer in a developing city. BMC public health (Online). 2013;13:563. DOI: https://doi.org/10.1186/1471-2458-13-563

12 Costa AM, Hashim D, Fregnani JHTG, Weiderpass E. Overall survival and time trends in breast and cervical cancer incidence and mortality in the Regional Health District (RHD) of Barretos, S�o Paulo, Brazil. BMC cancer. 2018;18:1079. DOI: https://doi.org/10.1186/s12885-018-4956-7

13 Lima MS, Brito �AC, Siqueira HFF, Santos MO, Silva AM, Nunes MAP, et al. Trends in cervical cancer and its precursor forms to evaluate screening policies in a mid-sized Northeastern Brazilian city. PLos ONE. 2020;15(5):e0233354. Available from https://doi.org/10.1371/journal.pone.0233354

14 Teixeira JC, Maestri CA, Machado HC, Zeferino LC, Carvalho NS. Incidence rates and temporal trends of cervical cancer relating to opportunistic screening in two developed metropolitan regions of Brazil: a population-based cohort study. S�o Paulo med. j. 2019;137(4):322-8. DOI: https://doi.org/10.1590/1516-3180.2018.0306220719

15 Minist�rio da Sa�de (MS). Instituto Nacional de C�ncer Jos� Alencar Gomes da Silva (INCA). Coordena��o de Preven��o e Vigil�ncia. Divis�o de Detec��o Precoce e Apoio � Organiza��o de Rede. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do c�ncer do colo do �tero. 2� ed. Rio de Janeiro: INCA, 2016. Dispon�vel em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//diretrizesparaorastreamentodocancerdocolodoutero_2016_corrigido.pdf

16 Viana LS, Balmant NV, Silva NP, Santos MO, Thuler LCS, Reis RS, et al. Incidence trends of cervical cancer in adolescents and young adults: brazilian population based data. Journal of adolescent and young adult oncology (Online). 2018;7(1):54-60. DOI: https://doi.org/10.1089/jayao.2017.0048

17 Nascimento SG, Carvalho CPAL, Silva RS, Concei��o MO, Bonfim CV. Decline of mortality from cervical cancer. Rev. bras. enferm. 2018;71(suppl1):585-90. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0530

18 Vale DB; Sauvaget C; Murillo R; Muwonge R; Zeferino LC; Sankaranarayanan R. Correlation of cervical cancer mortality with fertility, access to health care and socioeconomic indicators. Rev. bras. ginecol. obstet. 2019;41(4):249�55. DOI: https://doi.org/10.1055/s-0039-1683859

19 Vale DB, Sauvaget C, Muwonge R, Ferlay J, Zeferino LC, Murillo R, et al. Disparities in time trends of cervical cancer mortality rates in Brazil. Cancer causes control. 2016;27(7):889�96. DOI: https://doi.org/10.1007/s10552-016-0766-x

20 Girianelli VR, Gamarra CJ, Silva GA. Disparities in cervical and breast cancer mortality in Brazil. Rev. sa�de p�blica (Online). 2014;48(3):459-67. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005214

21 Santos Junior AC, R�go MAV. Tend�ncia da mortalidade por c�ncer de colo do �tero em Salvador e no estado da Bahia, brasil, de 1980 a 2007. Rev. baiana sa�de p�blica. 2011;35(3)722-33. DOI: http://dx.doi.org/10.22278/2318-2660.2011.v35.n3.a328

22 Rodrigues AD, Teixeira MTB. Mortalidade por c�ncer de mama e c�ncer de colo do �tero em munic�pio de porte m�dio da Regi�o Sudeste do Brasil, 1980-2006. Cad. Sa�de P�blica (Online). 2011;27(2):241-8 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2011000200005

23 Sousa AMV, Teixeira CCA, Medeiros SS, Nunes SJC, Salvador PTCO, Barros RMB, et al. Mortalidade por c�ncer do colo do �tero no estado do Rio Grande do Norte, no per�odo de 1996 a 2010: tend�ncia temporal e proje��es at� 2030. Epidemiol. Serv. Sa�de (Online). 2016;25(2):311-22. DOI: https://doi.org/10.5123/s1679-49742016000200010

24 Meira KC, Silva GA, Silva CMFP, Valente JG. Efeito idade-per�odo-coorte na mortalidade por c�ncer do colo uterino. Rev. sa�de p�blica (Online). 2013;47(2):274-82. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2013047004253

25 Byington MRL. A evolu��o da mortalidade por c�ncer do colo do �tero no brasil: uma discuss�o sobre idade, per�odo e coorte. [tese]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Sa�de P�blica Sergio Arouca, 2016. Dispon�vel em: http://bvssp.icict.fiocruz.br/lildbi/docsonline/get.php?id=4499

26 Barbosa IR, Souza DLB, Bernal MM, Costa IDCC. Desigualdades regionais na mortalidade por c�ncer de colo de �tero no brasil: tend�ncias e proje��es at� o ano 2030. Ci�nc. Sa�de Colet. 2016;21(1):253�62. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232015211.03662015

27 Hegadoren KM, Radunz V, Souza ML, Faria FP, Silva JCB, Botelho LJ. Mortality due to cervical cancer, 1996-2011, Santa Catarina, Brazil. Texto & contexto enferm. 2014;23(4):836�44. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-07072014001670013

28 Paz APB, Salvaro GIJ, Cruzeta APS, Martins LP. Mortality from cervical cancer in Santa Catarina, Brazil, 2000-2010. Rev. Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online). 2013;5(2):3780-7. DOI: https://doi.org/10.9789/2175-5361.2013.v5i2.3780-3787

29 Gonzaga CMR, Freitas-Junior R, Barbaresco AA, Martins E, Bernardes BT, Resende APM. Tend�ncia da mortalidade por c�ncer do colo do �tero no Brasil: 1980 a 2009. 2012. Cad. Sa�de P�blica (Online). 2013;29(3):599-608. Available from: https://scielosp.org/pdf/csp/2013.v29n3/599-608/en

30 Rocha TAH, Silva NC, Thomaz EBAF, Queiroz RCS, Souza MR, Lein A, et al. Primary health care and cervical cancer mortality rates in Brazil: a longitudinal ecological study. J. ambul. care manage. 2017;40(suppl2):S24�34. DOI: https://doi.org/10.1097/jac.0000000000000185

31 Azevedo PRM, Rocha J, Fernandes TAAM, Fernandes JV. Analysis of cervical cancer mortality rate trends in Natal-RN, Brazil, between 2000 and 2012. Rev. salud p�blica (C�rdoba). 2019;21(2):161-7. DOI: http://dx.doi.org/10.15446/rsap.v21n2.68893.

32 Maciel SSSV, Maciel WV, Fontes-J�nior WS, Lopes ALC, Sobral HV, Lucena CH, et al. Mortalidade por c�ncer de colo do �tero em Regionais de Sa�de do Estado de Pernambuco, Brasil. Rev. AMRIGS. 2011;55(1):11-9. Dispon�vel em: http://www.amrigs.org.br/revista/55-01/009-659%20-%20Mortalidade%20por%20cancer%20de%20colo%20do%20utero.pdf

33 Sarzi DM, Mello AL, Quadros MN, Kirchner RM, Leite MT, Silva LAA. Morbidity and mortality from cervical cancer. Rev. enferm. UFPE on line. 2017;11(suppl2):898�905. DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v11i2a13458p898-905-2017

34 Vargas AC, Agnolo CD, Melo WA, Pelloso FC, Santos L, Carvalho MDB, et al. Trends in cervical cancer mortality in Brazilian women who are screened and not screened. Asian pac. j. cancer prev. 2020;21(1):55�62. DOI: https://dx.doi.org/10.31557/APJCP.2020.21.1.55

35 Teixeira JC, Maestri AC, Machado HC, Zeferino CL, Carvalho SN. Cervical cancer registered in two developed regions from brazil: upper limit of reachable results from opportunistic screening. Rev. bras. ginecol. obstet. 2018;40(6):347�53. DOI: https://doi.org/10.1055/s-0038-1660841

36 Nascimento MI, Massahud FC, Barbosa NG, Lopes CD, Rodrigues VC. Premature mortality due to cervical cancer: study of interrupted time series. Rev. sa�de p�blica (Online). 2020;54:139. DOI: https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054002528

37 Brasil. Portaria no 399, de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o Pacto pela Sa�de 2006 � Consolida��o do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Di�rio Oficial da Uni�o. 23 fev 2006;Se��o 1:43-51. Dispon�vel em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/475247/pg-43-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-23-02-2006

38 Ferreira MP, Coghill AE, Chaves CB, Bergmann A, Thuler LC, Soares EA, et al. Outcomes of cervical cancer among HIV-infected and HIV-uninfected women treated at the Brazilian National Institute of Cancer. AIDS (Lond.). 2017;31(4):523-31. DOI: https://doi.org/10.1097/qad.0000000000001367

39 Nascimento MI, Silva GA. Efeito do tempo de espera para radioterapia na sobrevida geral em cinco anos de mulheres com c�ncer do colo do �tero, 1995-2010. Cad. Sa�de P�blica (Online). 2015;31(11):2437-48. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00004015

40 Freitas HG, Silva MA, Thuler LCS. C�ncer do colo do �tero no estado de Mato Grosso do Sul: detec��o precoce, incid�ncia e mortalidade. Rev. Bras. Cancerol. (Online). 2012;58(3):399-408. DOI: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n3.591

41 Mascarello KC, Zandonade E, Amorim CHM. Survival analysis of women with cervical cancer treated at a referral hospital for oncology in Esp�rito Santo State, Brazil, 2000-2005. Cad. Sa�de P�blica (Online). 2013;29(4):823-31. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2013000400019

42 Oliveira NPD, Siqueira CAS, Lima KYN, Cancela MC, Souza DLB. Association of cervical and breast cancer mortality with socioeconomic indicators and availability of health services. Cancer epidemiol. 2020;64:101660 DOI: https://doi.org/10.1016/j.canep.2019.101660

43 M�ller EV, Biazevic MGH, Antunes JLF, Crosato EM. Tend�ncia e diferenciais socioecon�micos da mortalidade por c�ncer de colo de �tero no Estado do Paran� (Brasil), 1980-2000. Ci�nc. Sa�de Colet. 2011;16(5):2495-500. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000500019

44 Teixeira AR, Valente GJ, Fran�a BE. Mortalidade por c�ncer de colo do �tero no Estado de Minas Gerais, Brasil, 2004-2006: an�lise da magnitude e diferenciais regionais de �bitos corrigidos. Epidemiol. Serv. Sa�de (Online). 2012;21(4):549-59. Dispon�vel em: https://www.scielo.br/j/csc/a/778TqRrdVqwZwV485p9hyfC/?lang=pt

45 Salazar MAA, Souza ML, Martins HEL, Locks MTR, Monticelli M, Peixoto HG. C�ncer de colo do �tero: mortalidade em Santa Catarina � Brasil, 2000 A 2009. Texto & contexto enferm. 2011;20(3):541-6. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-07072011000300016

Recebido em: 16/09/2021

Aceito em: 07/04/2022

Publicado em: 18/04/2022



[1] Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Salvador, Bahia (BA). Brasil (BR). E-mail: lohana822@gmail.com ORCID: 0000-0001-8771-0678

[2] Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Salvador, Bahia (BA). Brasil (BR). E-mail: monica16350@gmail.com ORCID: 0000-0001-7390-7293

[3] Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Salvador, Bahia (BA). Brasil (BR). E-mail: brunareis92@gmail.com ORCID: 0000-0002-5848-7566

[4] Funda��o Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Salvador, Bahia (BA). Brasil (BR). E-mail: dandarassantos@gmail.com ORCID: 0000-0002-1176-5370

 

Como citar: Gomes LC, Pinto MC, Reis BJ, Silva DS. Epidemiologia do c�ncer cervical no Brasil: uma revis�o integrativa. J. nurs. health. 2022;12(2):e2212221749. DOI: https://doi.org/10.15210/jonah.v12i2.2237