ARTIGO de Revis�o

Pr�ticas alimentares dos trabalhadores da enfermagem e fatores associados: revis�o sistem�tica da literatura

Feeding practices of nursing workers and associated factors: systematic literature review

Pr�cticas de alimentaci�n de trabajadores de enfermer�a y factores asociados: revisi�n sistem�tica de la literatura

Silveira, Fernanda de Castro;[1] Jardim, Vanda Maria da Rosa[2]

RESUMO

Objetivo: descrever pr�ticas alimentares dos trabalhadores da enfermagem relatadas na literatura e os fatores associados. M�todo: revis�o sistem�tica de artigos publicados entre 2014 e 2021, a partir das bases eletr�nicas Publisher Medline, Portal Regional da Biblioteca Virtual de Sa�de e Web of Science. Resultados: identificaram-se 982 publica��es, sendo 124 duplicadas, permanecendo 858. Ap�s leitura dos t�tulos e resumos, 34 artigos foram lidos na �ntegra. As pr�ticas alimentares adequadas variaram de 23,6% a 55,4%, as pr�ticas alimentares parcialmente adequadas de 25,8% a 52,0% e as pr�ticas alimentares inadequadas de 11,6% a 26,6%. As pr�ticas alimentares saud�veis mostraram-se associadas ao sexo feminino, pessoas com idade mais avan�ada, maior renda, com filhos, praticantes de atividade f�sica, com melhor qualidade do sono, trabalho diurno e com maior engajamento no trabalho. Conclus�es: as pr�ticas alimentares sofrem a influ�ncia de m�ltiplos fatores, entre eles demogr�ficos, socioecon�micos, comportamentais, condi��es de sa�de e laborais.

Descritores: Dieta saud�vel; Enfermagem; Pessoal de sa�de; Revis�o sistem�tica; Sa�de do trabalhador

ABSTRACT

Objective: to describe feeding practices of nursing workers reported in the literature and the associated factors. Method: systematic review of articles published between 2014 and 2021, from the electronic databases Publisher Medline, Regional Portal of the Virtual Health Library and Web of Science. Results: 982 publications were identified, of which 124 were duplicates, remaining 858. After reading the titles and abstracts, 34 articles were read in full. Adequate food practices ranged from 23.6% to 55.4%, partially adequate food practices from 25.8% to 52.0% and inadequate food practices from 11.6% to 26.6%. Healthy eating practices were associated with females, older people, higher incomes, with children, practitioners of physical activity, with better sleep quality, daytime work, and greater engagement at work. Conclusions: dietary practices are influenced by multiple factors, including demographic, socioeconomic, behavioral, health and work conditions.

Descriptors: Diet, healthy; Nursing; Health personnel; Systematic review, Occupational health

RESUMEN

Objetivo: describir pr�cticas de alimentaci�n de trabajadores de enfermer�a relatadas en la literatura y factores asociados. M�todo: revisi�n sistem�tica de art�culos publicados entre 2014 y 2021, utilizando las bases de datos electr�nicas Publisher Medline, Portal Regional de la Biblioteca Virtual en Salud y Web of Science. Resultados: se identificaron 982 publicaciones, siendo 124 duplicadas, quedando 858. De la lectura de t�tulos y res�menes, se leyeron 34 art�culos. Las pr�cticas alimentarias adecuadas oscilaron entre el 23,6 % y el 55,4 %, las parcialmente adecuadas entre el 25,8 % y el 52,0 % y, inadecuadas entre el 11,6 % y el 26,6 %. Las pr�cticas de alimentaci�n saludable se asociaron con mujeres, ancianos, mayores ingresos, con ni�os, practicantes de actividad f�sica, con mejor calidad de sue�o, trabajo diurno y mayor compromiso en el trabajo. Conclusi�n: las pr�cticas s est�n influenciadas por condiciones demogr�ficas, socioecon�micas, de comportamiento, de salud y trabajo.

Descriptores: Dieta saludable; Enfermer�a; Personal de salud; Revisi�n sistem�tica, Salud laboral

INTRODU��O

A alimenta��o � uma condi��o fundamental e primordial para a sobreviv�ncia de todas pessoas, tanto para manter-se vivo quanto para a maior e melhor qualidade de vida, o indiv�duo depende, entre outros aspectos, da quantidade e da qualidade dos alimentos que ingere.1 As pr�ticas alimentares abrangem todo o contexto alimentar, compreendem desde a escolha dos alimentos, t�cnicas de preparo, consumo e compartilhamento das refei��es, considerando tamb�m os aspectos comportamentais, afetivos, sociais e culturais do indiv�duo.1

No Brasil, a Pesquisa Nacional de Sa�de,2 realizada em 2019, identificou que apenas 13,0% das pessoas de 18 anos ou mais de idade, no Brasil, tiveram o consumo recomendado de frutas e hortali�as. E que 14,3% das pessoas referiram consumir cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados no dia anterior a entrevista, sendo maior o consumo da �rea urbana (15,4%) do que na �rea rural (7,4%). Al�m disso, o consumo de alimentos ultraprocessados foi maior na Regi�o Sul (19,9%).2 A Pesquisa de Or�amento Familiar 2017/2018,3 realizada nos domic�lios de todas as regi�es do Brasil, na zona urbana e rural, verificou um aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e diminui��o dos alimentos in natura ou minimamente processados em rela��o aos anos 2002/20034 e 2008/2009.5

Assim como na popula��o em geral, os trabalhadores da �rea da enfermagem precisam ter uma alimenta��o adequada e saud�vel para terem mais disposi��o e sa�de. No entanto, muitas vezes, o ambiente de trabalho pode exercer efeitos delet�rios na sa�de f�sica e mental do trabalhador da sa�de, podendo estarem expostos diariamente a situa��es estressantes, as quais podem desencadear consequ�ncias negativas a sa�de, e entre elas, destaca-se as pr�ticas alimentares inadequadas.6 A sa�de do trabalhador da enfermagem reflete diretamente na qualidade da assist�ncia ao paciente. A �rea da sa�de necessita progredir na prote��o social, e majoritariamente sua for�a de trabalho que � composta por trabalhadores de enfermagem deve ser valorizada para desenvolver o cuidado. Quando se trata de qualidade da assist�ncia, � preciso focar na qualidade de vida daqueles que prestam essa assist�ncia. O direito ao cuidado e � sa�de da popula��o brasileira est� diretamente ligado �s condi��es de vida e trabalho dos profissionais da sa�de e da enfermagem.7 Os trabalhadores da enfermagem enfrentam como barreiras a alimenta��o saud�vel jornadas extensivas de trabalho, muitas vezes sem intervalos, turnos variados de trabalho, estruturas hospitalares inadequadas, falta de um local adequado para realizar as refei��es, o que impedem um planejamento da alimenta��o, tempo adequado e organiza��o.7

A quest�o de pesquisa foi elaborada utilizando a estrat�gia PICo, sendo P- popula��o; I � �rea de interesse; Co � contexto. Considerou-se, assim, a seguinte denomina��o: P- Trabalhadores da �rea da enfermagem; I � alimenta��o; Co- sa�de do trabalhador. Dessa forma, obteve-se a seguinte quest�o de pesquisa: Qual a adequa��o das pr�ticas alimentares em trabalhadores de enfermagem, bem como os fatores associados? Assim, o presente trabalho teve o objetivo de descrever pr�ticas alimentares dos trabalhadores da enfermagem relatadas na literatura e os fatores associados.

M�TODO

O estudo � uma revis�o sistem�tica de artigos cient�ficos sobre as pr�ticas alimentares dos trabalhadores de enfermagem, e cumpriu a recomenda��o do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) para relato de revis�es sistem�ticas e meta-an�lises.8 Dois revisores trabalharam de forma independente, na condu��o do trabalho. Consideram-se eleg�veis estudos publicados entre 2014 e 2021. A escolha desse per�odo justifica-se devido o segundo Guia Alimentar para a popula��o brasileira ter sido publicado em 2014.9 Foram considerados os registros nos idiomas portugu�s, ingl�s e espanhol; e estudos originais, quantitativos e realizados com seres humanos. Como crit�rios de exclus�o descartaram-se artigos qualitativos, artigos de revis�o, teses e disserta��es. Foram utilizadas as bases de dados: Publisher Medline (PubMed), Portal Regional da Biblioteca Virtual de Sa�de (BVS) e Web of Science. A coleta de dados ocorreu no m�s de maio do ano de 2021.

Para busca dos artigos nas bases de dados foi utilizada a seguinte combina��o dos descritores Enfermagem OR Nursing OR Pessoal de Sa�de OR Health Personnel AND Dieta Saud�vel OR Diet, Healthy. Os descritores foram previamente consultados nos dicion�rios Medical Subject Headings (MeSH) e Descritores em Ci�ncias da Sa�de (DeCS). Foram utilizados �OR� e �AND� entre os descritores como operadores booleanos. Portanto, sendo utilizado apenas descritores controlados. Na base de dados Publisher Medline foi utilizado MeSH, na base Web of Science, selecionado t�pico e na base da BVS foi selecionado t�tulo, resumo e assunto.

Para o c�mputo do total de estudos identificados, verificou-se eventuais duplica��es desses estudos entre as tr�s bases de dados, sendo cada artigo contabilizado somente uma vez. Para a sele��o dos artigos realizou-se a aplica��o dos crit�rios de inclus�o e exclus�o em que se localizaram inicialmente 982 publica��es, destas, 124 eram duplicadas, foi utilizado o programa EndNote X6, permanecendo 858 para leitura dos t�tulos e resumos. Ap�s o processo de triagem, foram selecionados 34 artigos, procedendo-se a leitura na �ntegra e an�lise criteriosa, que constitu�ram a amostra final, sendo 13 estudos na BVS, 17 na Web of Science e quatro na PubMed (Figura 1). A sele��o dos artigos que comp�em esta revis�o bibliogr�fica sistem�tica foi realizada na seguinte sequ�ncia: i) leitura dos t�tulos dos artigos capturados atrav�s da pesquisa (n=982); ii) sele��o dos t�tulos considerados relevantes (n=858); iii) leitura dos resumos e sele��o dos resumos considerados relevantes(n=76); iv) leitura dos artigos na �ntegra (n=38); v) sele��o dos estudos considerados relevantes (n=34).

Quadro 1 - Estrat�gias de busca na PubMed, Web of Science e BVS e n�mero de estudos identificados, na revis�o sistem�tica acerca das pr�ticas alimentares, das publica��es entre 2014 e 2021.

Base de dados

Identificados

PubMed

 

Enfermagem OR Nursing OR Pessoal de Sa�de OR Health Personnel AND Dieta Saud�vel Or Diet, Healthy (MeSH)

221

Web of Science

 

Enfermagem OR Nursing OR Pessoal de Sa�de OR Health Personnel AND Dieta Saud�vel Or Diet, Healthy (TS = T�pico)

439

BVS

 

Enfermagem OR Nursing OR Pessoal de Sa�de OR Health Personnel AND Dieta Saud�vel Or Diet, Healthy (T�tulo, resumo, assunto)

322

Total

982

Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.

A estrat�gia de busca e os artigos identificados encontram-se descritos no Quadro 1. O fluxograma que apresenta o processo de identifica��o e sele��o dos estudos encontra-se na Figura 1, que seguiu as recomenda��es do PRISMA.8

Figura 1 � Fluxograma de sele��o dos artigos cient�ficos da Revis�o Bibliogr�fica Sistem�tica na PubMed, BVS e Web of Science acerca das pr�ticas alimentares.

Fonte: elaborado pelas autoras de acordo com o PRISMA,8 2021.

Com a inten��o de garantir exatid�o e fidedignidade aos resultados da revis�o, os artigos identificados na coleta dos dados foram descritos em uma tabela constando as seguintes informa��es: t�tulo do estudo, ano de publica��o, pa�s de origem, autores, delineamento, tamanho da amostra, objetivo e principais resultados. Foram acrescentados na tabela, quatro estudos por busca manual, por serem as �nicas publica��es existentes utilizando o novo instrumento das pr�ticas alimentares de acordo com as recomenda��es do Guia Alimentar para a Popula��o Brasileira,9 mas com popula��o diferente da enfermagem, totalizando assim 38 publica��es para an�lise. Os artigos foram agrupados e ap�s verificado a preval�ncia do desfecho pr�ticas alimentares e os fatores demogr�ficos, socioecon�micos, comportamentais, de sa�de e laborais associados.

Por se tratar de uma revis�o sistem�tica da literatura, n�o foi preciso o encaminhamento e aprova��o do Comit� de �tica em Pesquisa. No entanto, teve-se comprometimento com os preceitos �ticos em pesquisa, incluindo a garantia da manuten��o dos direitos autorais das obras consultadas.

RESULTADOS

A revis�o bibliogr�fica sistem�tica contou com 38 estudos ao todo, sendo que 34 foram identificados a partir da sele��o pelas bases de dados10-43 e, os outros quatro estudos,44-47 foram acrescentados ap�s. A s�ntese das publica��es selecionadas est� no Quadro 2.

Destes, 29 estudos possuem delineamento transversal,10-12,14-15,17-23,25,27-29,31,34,36-40,42-47 quatro s�o de coorte/longitudinal,30,32-33,35 tr�s de interven��o,13,16,24 um de caso-controle41 e um estudo de caso.26 Em rela��o a data de publica��o s�o dois de 2014,12,43 tr�s de 2015,10,17,42 dois de 2016,40-41 sete de 2017,13,14,35-39 cinco de 2018,16,18,24,33-34 oito de 2019,15,23,25-26,29-32 nove de 202011,19-22,27-28,44-45 e dois de 2021.46-47 Os tamanhos de amostra variaram de nove (estudo de caso)26 at� 143.410 indiv�duos (estudo de coorte).33Quanto ao pa�s de publica��o a maioria s�o estudos brasileiros,12,19,21-22,39,40,44-47 seguido dos Estados Unidos da Am�rica (EUA),10,33-34,36,41 Austr�lia,17,28,31,43 Espanha,20,23,25 Dinamarca,13,26,35 e da Coreia do Sul.30,32 �Os demais pa�ses tiveram um artigos cada: Egito,37 Portugal,29 Malta,38 Jap�o,11 Finl�ndia,14 Pol�nia,27 Esc�cia,15 It�lia,16 M�xico,18 Israel24 e Canad�.42 Em rela��o aos instrumentos de inqu�rito diet�tico foram identificados nos estudos: frequ�ncia alimentar,10-12,14,16,18,31,36-38,40-41 registros diet�ticos13,28,39 e recordat�rio alimentar de 24 horas.21 Em rela��o aos �ndices e escalas foram mencionados: �ndice da Qualidade da dieta (IQD);19 �ndice de Alimenta��o Saud�vel para a popula��o espanhola (IASE);20 Three Factor Eating (TFEQ � R18);23,25 Three Factor Eating (TFEQ � R21);32 �ndice Alternativo de Alimenta��o Saud�vel (AHEI)33 e Escala de pr�ticas alimentares com 24 itens, obtida atrav�s da escala desenvolvida e validada por Gabe e Jaime (2019), de acordo com as recomenda��es do Guia Alimentar para a popula��o brasileira.44-47

Segundo os resultados sistematizados, as pr�ticas alimentares adequadas variaram de 23,6% a 55,4%, as pr�ticas alimentares parcialmente adequadas de 25,8% a 52,0% e as pr�ticas alimentares inadequadas de 11,6% a 26,6% na popula��o adulta e em estudantes universit�rios.44-47 Utilizando outro instrumento, um estudo com trabalhadores de baixa renda nos EUA, verificou que muitos trabalhadores do hospital n�o tinham h�bitos alimentares saud�veis, 39,7% costumam consumir bebidas a�ucaradas e doces e 55,6% alimentos gordurosos e em rela��o � fonte da alimenta��o: 27,1% traziam comida de casa; 36,9% compravam no trabalho e 8,4% n�o comiam no trabalho.10 Conforme estudo realizado com profissionais de ambulat�rios do Sistema �nico de Sa�de (SUS) no estado do Rio Grande do Sul, de 15,3% dos trabalhadores de sa�de tinham perfil saud�vel, ou seja, tinham �ndice de Massa Corporal (IMC) dentro da normalidade; n�o fumavam; consumiam frutas e verduras diariamente; praticavam atividade f�sica regularmente; e n�o adicionavam sal �s refei��es ou alimentos j� preparados.12 No entanto, na pesquisa realizada com funcion�rias municipais na Finl�ndia, identificaram um percentual maior, 35,5% tinham uma dieta saud�vel.14


Quadro 2: Distribui��o dos estudos inclu�dos na revis�o sistem�tica acerca das pr�ticas alimentares dos trabalhadores da enfermagem, de acordo com as vari�veis selecionadas, das publica��es entre 2014 e 2021.

T�tulo

Ano

Pa�s

Delineamento

Tamanho da amostra

Objetivo

Principais resultados

Worksite Influences on Obesogenic Behaviors in Low-Wage Workers in St Louis, Missouri, 2013-201410

2015

EUA

Transversal

N = 529

Identificar fatores do local de trabalho modific�veis e comportamentos associados com dieta e exerc�cios para informar futuras interven��es no local de trabalho para melhorar a sa�de.

Mais de 40,0% dos trabalhadores eram obesos e 27,0% estavam acima do peso. Em geral, os trabalhadores tinham dietas pobres (consumo frequente de alimentos a�ucarados e ricos em gordura) e engajados em pouca atividade f�sica (apenas 30,9% atenderam �s recomenda��es f�sicas de atividade). Acesso e participa��o no local de trabalho a programas de sa�de variaram muito entre os hospitais.

Identificamos v�rios fatores modific�veis no local de trabalho, como fonte de alimento e horrio de trabalho, que foram associados dieta, exerccio, ou participa��o em programas de sa�de no local de trabalho.

Is work engagement associated with healthier dietary patterns? A cross-sectional study11

2020

Jap�o

Transversal

N = 2.233

Investigar se o envolvimento no trabalho est� relacionado a uma alimenta��o mais saud�vel entre os trabalhadores japoneses.

Trabalho com envolvimento foi significativamente associado positivamente com maior ingest�o de sal, �cidos graxos monoinsaturados, �cidos graxos poliinsaturados, fibra alimentar e consumo de folato, mas n�o �cido graxo saturado ou isoflavona.

O estudo sugeriu que o maior engajamento no trabalho est� associado a um padr�o de comportamento alimentar mais saud�vel entre os trabalhadores.

Comporta-mentos relacionados � sa�de entre profissionais de ambulat�rios do Sistema �nico de Sa�de no munic�pio de Pelotas-RS12

2014

Brasil

Transversal

N = 340

Descrever comportamentos relacionados � sa�de de profissionais de sa�de dos ambulat�rios do Sistema �nico de Sa�de no munic�pio de Pelotas-RS, Brasil, em rela��o a alimenta��o, consumo de bebidas alco�licas, tabagismo e pr�tica de atividade f�sica.

53,0% eram mulheres com m�dia de idade de 42 anos, em sua maioria (68,9%) eutr�ficas, enquanto 50,6% dos homens abordados apresentavam sobrepeso; 49,7% eram sedent�rios e 27,6% consumiam frutas diariamente; a presen�a de um �perfil saud�vel� (concomit�ncia de IMC normal, n�o fumar, consumir frutas e verduras diariamente, praticar atividade f�sica e n�o adicionar sal aos alimentos j� preparados) esteve presente em 15,3% dos profissionais e foi mais frequente entre as mulheres (p=0,004).

The effectiveness of healthy meals at work on reaction time, mood and dietary intake: a randomised cross-over study in daytime and shift workers at an university hospital13

 

2017

Dinamarca

Estudo randomizado aleat�rio

N = 60

Examinar o efeito do aumento da disponibilidade de alimenta��o saud�vel e �gua no trabalho para profissionais de sa�de.

A ingest�o de gordura foi menor, e a ingest�o de carboidratos, fibra alimentar e �gua foi maior no per�odo de interven��o do que no per�odo de controle. Em participantes que trabalham em turnos, o per�odo de interven��o resultou em uma menor pontua��o de fadiga-in�rcia 31,1%, um maior �ndice de Vigor-Atividade 15,3% e um menor �ndice Total de Dist�rbios do Humor 42,7%, enquanto o �nico componente diet�tico que melhorou significativamente foi a ingest�o de �gua, quando comparado com o per�odo de controle. Fornecimento de refei��es saud�veis, lanches e �gua durante o hor�rio de trabalho parecem ser uma forma eficaz de melhorar a ingest�o alimentar dos funcion�rios.

Physical and mental health factors associated with work engagement among Finnish female municipal employees: a cross-sectional study14

2017

Finl�ndia

Transversal

N = 726

Avaliar a rela��o entre sa�de f�sica, risco psicossocial e envolvimento no trabalho entre as mulheres finlandesas em unidades municipais de trabalho.

25,2% tiveram resultados favor�veis, 5�7 m�tricas da sa�de cardiovascular (CVH). A soma das m�tricas de CVH, dieta saud�vel e a atividade f�sica na meta foram associados positivamente com engajamento no trabalho. O psicossocial com fatores de risco (36,7%), o envolvimento no trabalho era alto. Presen�a de pelo menos um fator de risco psicossocial foi associado a um n�vel inferior de envolvimento no trabalho independentemente da soma das m�tricas CVH ideais.

Health-related behaviours of nurses and other healthcare professionals: A cross-sectional study using the Scottish Health Survey15

 

2019

Esc�cia

Transversal

N = 18.820

Estimar a preval�ncia e coocorr�ncia de comportamentos relacionados � sa�de entre enfermeiros na Esc�cia em rela��o a outros profissionais de sa�de e aqueles em ocupa��es n�o relacionadas � sa�de.

 

Os enfermeiros relataram comportamentos relacionados � sa�de significativamente melhores em rela��o � popula��o trabalhadora em geral quanto ao fumo, consumo de frutas/vegetais e atividade f�sica. Nenhuma diferen�a significativa foi encontrada para o consumo de �lcool entre os grupos ocupacionais. Os enfermeiros relataram n�veis mais baixos de comportamentos nocivos concomitantes (tabagismo e consumo de �lcool) e n�veis mais elevados de comportamentos preventivos (atividade f�sica e ingest�o de frutas / vegetais) em compara��o com a popula��o trabalhadora em geral. Outros profissionais de sa�de apresentaram o n�vel mais baixo de comportamentos prejudiciais � sa�de e o n�vel mais alto de comportamentos de sa�de preventivos.

Combined Before-and-After Workplace Intervention to Promote Healthy Lifestyles in Healthcare Workers (STI-VI Study): Short-Term Assessmen16

2018

It�lia

Interven��o

N = 167

O objetivo do estudo "antes e depois", com avalia��es programadas para 6 e 12 meses, visava melhorar o estilo de vida de profissionais de sa�de com pelo menos um fator de risco cardiovascular.

Os resultados de 6 meses (amostra total e por g�nero) mostrou um efeito marcante no estilo de vida: atividade f�sica melhorou (+121,2 MET, p=0,01) e a dieta tornou-se mais semelhante ao modelo mediterr�neo (+0,8, p<0,001). IMC diminuiu (-0,2, p<0,03), e a circunfer�ncia da cintura melhorou ainda mais (-2,5 cm; p<0,001). Outras vari�veis ​​melhoraram significativamente: colesterol total e LDL (−12,8 e −9,4 mg/dL, p<0,001); press�o arterial sist�lica e diast�lica (−4,4 e −2,5 mmHg, p<0,001); glicemia (1,5 mg/dL, p=0,05); e triglicer�deos (significativo apenas em mulheres), (−8,7 mg / dL, p=0,008); mas os n�veis de colesterol HDL tamb�m diminu�ram.

Nurse provision of healthy lifestyle advice to people who are overweight or obese17

2015

Austr�lia

Transversal

N = 79

Medir as percep��es dos enfermeiros, pr�ticas e conhecimentos em rela��o ao fornecimento de conselhos de estilo de vida saud�vel para pessoas com sobrepeso ou obeso.

68,0% consideraram que o fornecimento de conselhos sobre estilos de vida saud�veis estava dentro do seu escopo de pr�tica. Apenas 28,0% relataram estimar frequentemente o IMC no ambiente de pr�tica. Enfermeiras frequentemente recomendam aumentar os n�veis de atividade (44,0%), mas recomendam reduzir a ingest�o cal�rica di�ria com menos frequ�ncia (25,0%). O conhecimento dos enfermeiros sobre o controle de peso foi vari�vel e a propor��o de respostas corretas para os itens de conhecimento variaram de 33,0 a 99,0%.

Unhealthy dietary patterns among healthcare professionals and students in Mexico18

2018

M�xico

Transversal

N = 319

Descrever os padr�es diet�ticos de estudantes e profissionais de sa�de e avaliar sua associa��o com dados sociodemogr�ficos, estilo de vida, caracter�sticas antropom�tricas e bioqu�micas.

Tr�s padr�es diet�ticos foram identificados: �Tradicional Ocidentalizado�, �Saud�vel� e �Prote�na animal e bebidas alco�licas�. Ap�s o ajuste, o �tradicional ocidentalizado� foi positivamente associado a ter menos de 22 anos (OR: 2,15; IC 95%: 1,1�4,1); o "saud�vel" foi positivamente associado a ter um gasto energ�tico di�rio da atividade f�sica superior a 605 kcal (OR: 4,19; IC 95%: 2,3�7,5), e foi negativamente associado a ter menos de 22 anos (OR: 0,48; IC 95%: 0,2�0,9); e "Prote�na animal e bebidas alco�licas" foi positivamente associado a ser do sexo masculino (OR: 3,07; IC 95%: 1,8-5,1) e tabagista (OR: 2,77; IC 95%: 1,2�6,3).

Qualidade da dieta da equipe de enfermagem de um hospital filantr�pico de Pelotas (RS)19

2020

Brasil

Transversal

N = 272

Avaliar a qualidade da dieta de profissionais de enfermagem.

Observou-se consumo elevado de legumes, verduras e frutas e reduzido de frango e leite e que os participantes n�o apresentavam o h�bito de trocar o almo�o por lanche. Tamb�m se verificou elevado consumo de refrigerantes, sucos artificiais e doces.

Influence of tobacco, alcohol consumption, eating habits and physical activity in nursing students20

2020

Espanha

Transversal

N = 264

Determinar o consumo de �lcool e tabaco, os h�bitos alimentares e a atividade f�sica entre estudantes de enfermagem e verificar se o fato de ser estudante de enfermagem � fator de prote��o contra estes h�bitos.

Do total da amostra, 15,5% fumavam, 83,7% consumiam bebidas alco�licas e destes 97,2% consumiam no final de semana. Um total de 68,6% n�o praticava exerc�cios, e 70,5% necessitavam de altera��es na dieta.

Dietary patterns in a nursing team measured by principal component analysis21

2020

Brasil

Transversal

N = 309

Caracterizar o padr�o alimentar de profissionais de enfermagem de um hospital p�blico no Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

A amostra consistia em 85,8% de indiv�duos do sexo feminino. Os padr�es foram chamados de "tradicionais" que incluiu arroz (0,747), feij�o (0,702) e carne (0,713); �Saud�vel�: vegetais (0,444), verduras (0,450), frutas (0,459), bananas e laranjas (0,379) e �salgadinhos�: a��car (0,661), p�o (0,471), bolos e biscoitos (0,334), bebidas n�o alco�licas (0,727).

Modifiable cardiovascular risk factors in nursing professionals at a cardiology sector: cross-sectional study22

2020

Brasil

Transversal

N = 122

Avaliar a preval�ncia dos fatores de risco cardiovascular e suas associa��es com as caracter�sticas sociodemogr�ficas em profissionais de enfermagem.

Os fatores de risco avaliados foram: hipertens�o arterial sist�mica, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, etilismo, sedentarismo, obesidade, sonol�ncia diurna excessiva, depress�o, estresse e risco de apneia obstrutiva do sono. Avaliados 122 profissionais na qual o sedentarismo, seguido da sonol�ncia diurna excessiva, obesidade e depress�o foram os fatores de risco mais prevalentes. A idade e o tempo de profiss�o foram as vari�veis com mais associa��o com os fatores de risco analisados.

Sleep Quality and the Mediating Role of Stress Management on Eating by Nursing Personnel23

2019

Espanha

Transversal

N = 1.073

Analisar o papel mediador do gerenciamento do estresse sobre o efeito que a qualidade do sono tem sobre o controle da alimenta��o emocional por profissionais de enfermagem.

O principal resultado deste estudo foi que o gerenciamento do estresse foi um mediador no efeito da qualidade do sono na alimenta��o descontrolada e emocional. Al�m disso, pontua��es baixas para problemas de sono foram correlacionadas com pontua��es altas para gerenciamento de estresse. Os resultados tamb�m revelaram uma forte associa��o negativa entre gerenciamento de estresse e alimenta��o descontrolada e emocional.

�Practice What You Teach� Public Health Nurses Promoting Healthy Lifestyles (PHeeL-PHiNe): Program Evaluation24

2018

Israel

Interven��o

N = 117

Avaliar o impacto do programa, um curso de treinamento experimental avan�ado para enfermeiras de sa�de p�blica, sobre atitudes e comportamentos pessoais de estilo de vida.

A propor��o de enfermeiras consumindo uma dieta balanceada e o uso de r�tulos de alimentos aumentou significativamente e foram mantidos ao longo do tempo. Melhorias de curto prazo na atividade f�sica tamb�m foram observadas. Enfermeiros que praticavam um estilo de vida saud�vel eram significativamente mais propensos a fornecer orienta��o e aconselhamento �s fam�lias sobre comportamentos saud�veis.

Association with the Quality of Sleep and the Mediating Role of Eating on Self-Esteem in Healthcare Personnel25

2019

Espanha

Transversal

N = 1.073

Analisar o papel mediador da alimenta��o na rela��o entre a qualidade do sono e autoestima em profissionais de enfermagem.

A qualidade do sono ruim e o tipo de alimenta��o direta e indiretamente afetam a autoestima. A qualidade do sono ruim reduziu a autoestima por meio da alimenta��o emocional e, embora a alimenta��o emocional facilite a alimenta��o descontrolada, esta rela��o n�o teve efeito sobre a autoestima.

Why people engage in a weight loss intervention at their workplace - a stratified case study26

2019

Dinamarca

Estudo de caso

N = 9

Explorar as raz�es para o envolvimento dos funcion�rios no projeto de perda de peso no local de trabalho e os incentivos de um munic�pio, um gerente de um centro de atendimento domiciliar e um gerente tem que lan�ar tal projeto.

A an�lise identificou diferentes pontos de vista e considera��es para se envolver em uma interven��o de perda de peso no local de trabalho. Para o representante do munic�pio o poss�vel ganho econ�mico do projeto foi o foco. O gerente de projeto e o gerente do centro de atendimento domiciliar refletiram principalmente na melhoria da sa�de dos profissionais de sa�de. Para o gerente de projeto, a obten��o de bons resultados cient�ficos foi destaque tamb�m. No entanto, os funcion�rios foram influenciados por v�rios fatores, como a pr�pria sa�de e perda de peso, a press�o do meio ambiente e sua luta por reconhecimento.

Health-related behaviours of nurses in Poland: The role of Type �D personality27

2020

Pol�nia

Transversal

N = 1.080

Avaliar os fatores que afetam os comportamentos relacionados � sa�de entre enfermeiros na

Pol�nia, incluindo a influ�ncia da personalidade Tipo D.

Um total de 379 (35,0%) enfermeiros consumiram �lcool de forma prejudicial e 20,0% eram fumantes. Quase todas as enfermeiras (94,5%) poderiam fazer melhorias diet�ticas. Mais da metade (68,0%) relataram n�veis moderados de estresse e 179 (16,6%) estavam extremamente estressados.

Registered nurses as role models for healthy lifestyles28

2020

Austr�lia

Transversal

N = 123

Relatar sobre ades�o das enfermeiras registradas as recomenda��es de comportamento de sa�de australianas. Barreiras e facilitadores para estilos de vida saud�veis e suas atitudes no sentido de serem modelos, promover a sa�de e estilos de vida para seus pacientes.

Quatro fatores de risco � sa�de foram examinados; dieta, tabagismo, exerc�cio f�sico e consumo de �lcool. O IMC tamb�m foi calculado e considerado como um quinto fator de risco. Desta amostra, 13,0% dos participantes atenderam as diretrizes para consumo de frutas e verduras, 5,2% fumavam, e apenas 24,2% se exercitavam o suficiente para ser classificados como suficientemente ativos para sua sa�de. De 93,6% dos participantes que consumiam �lcool, 69,3% consumiram mais de duas bebidas padr�o/dia. As barreiras mais comuns para aderir a pr�ticas saud�veis de estilos de vida eram trabalho por turnos, longas horas de trabalho e compromissos familiares.

Estilos de vida dos enfermeiros e queixas musculoes-quel�ticas29

2019

Portugal

Transversal

N = 260

Identificar os estilos de vida dos enfermeiros e analisar como os estilos de vida se relacionam com a presen�a de queixas musculoesquel�ticas nesses profissionais.

A maioria dos profissionais (65,1%) apresentou preval�ncia de queixas no n�vel do sistema musculoesquel�tico nos �ltimos 12 meses. Estes adotavam principalmente alimenta��o saud�vel e se relacionavam com a comunidade do entorno. No entanto, a pr�tica de atividade f�sica e gerenciamento de estresse ficaram aqu�m do que pode ser entendido como ado��o de um estilo de vida saud�vel.

Pre-employment health lifestyle profiles and actual turnover among newly graduated nurses: A descriptive and prospective longitudinal study30

 

2019

Coreia do Sul

Longitudinal descritivo e prospectivo

N = 464

Identificar os perfis de estilo de vida de sa�de pr�-emprego de enfermeiras rec�m-formadas, e examinar as rela��es longitudinais entre perfis de estilo de vida de sa�de e rotatividade real.

Classificaram os perfis de estilo de vida de sa�de pr�-contrata��o de enfermeiras rec�m-formadas em dois grupos: estilo de vida pouco saud�vel (15,6%) e discordante (84,4%). Comparado com as novas enfermeiras do grupo discordante, aqueles no grupo de estilo de vida n�o saud�vel tiveram maiores probabilidades significativamente de demitir-se (RP = 2,38, ICs de 95% de RP = 1,62�3,50); esta rela��o permaneceu significativa ap�s o ajuste para o estresse no trabalho percebido �s seis semanas de trabalho (RP = 2,26, IC de 95% de RP = 1,50�3,39).

Association between dietary patterns and sociodemographics: A cross-sectional study of Australian nursing students31

2019

Austr�lia

Transversal

N = 548

Examinar os padr�es alimentares de estudantes de enfermagem e seus fatores sociodemogr�ficos associados para informar o desenvolvimento de futuras interven��es de promo��o da sa�de.

Apenas 21,0% dos participantes foram classificados com um padr�o alimentar saud�vel, que eram mais propensos a ser mais velhos (> 35 anos) e ter uma renda pessoal anual entre $ 20.000 - $ 59.999 e $ 60.000 - $ 99.999. Estudantes com 1 - 2 e ≥ 3 filhos eram mais propensos a seguir a dieta ocidental padronizada.

Changes in health behaviours and health status of novice nurses during the first 2 years of work32

2019

Coreia do Sul

Longitudinal

N = 493

 

Explorar as mudan�as nos comportamentos de sa�de e no estado de sa�de de enfermeiras novatas durante os primeiros 2 anos de trabalho.

Comportamentos alimentares n�o saud�veis aumentaram ao longo de 6 meses, continuando por

2 anos. Qualidade e quantidade do sono, sintomas depressivos, estresse percebido e o estado de sa�de primeiro pioraram e depois melhoraram; no entanto, eles eram piores do que na linha de base.

Rotating night shift work and adherence to unhealthy lifestyle in predicting risk of type 2 diabetes: results from two large US cohorts of female nurses33

2018

EUA

Coorte

N = 143.410

 

Para avaliar prospectivamente a associa��o conjunta de dura��o do trabalho noturno rotativo e estilo de vida, fatores com risco de risco de diabetes tipo 2, e para decompor quantitativamente esta associa��o conjunta em trabalho noturno rotativo apenas, estilo de vida apenas, e para intera��o.

Durante 22-24 anos de acompanhamento, 10.915 casos de diabetes mellitus (DM2) incidente ocorreram. A multivari�veis taxas de risco ajustadas para DM2 foi 1,31 (IC de 95% 1,19-1,44) por cinco anos incremento da dura��o do trabalho noturno rotativo e 2,30 (1,88 a 2,83) por fator de estilo de vida pouco saud�vel (sempre tabagismo, dieta de baixa qualidade, baixa atividade f�sica e sobrepeso ou obesidade). Para a associa��o conjunta de incremento de 5 anos no trabalho noturno rotativo e por fator de estilo de vida pouco saud�vel com DM2, a raz�o de risco foi de 2,83 (2,15 a 3,73) com uma significativa intera��o aditiva (P para intera��o <0,001). As propor��es da associa��o conjunta foram de 17,1% (14,0% a 20,8%) para trabalho noturno rotativo sozinho, 71,2% (66,9% a 75,8%) para estilo de vida pouco saud�vel sozinho, e 11,3% (7,3% a 17,3%) para o seu aditivo intera��o.

Nurses� Perceptions of Self as Role Models of Health34

2018

EUA

Transversal

N = 804

 

Determinar a rela��o entre pr�ticas de sa�de dos enfermeiros e suas percep��es de si mesmas como modelos para promo��o da sa�de, e avaliar a rela��o pessoal e profissional, caracter�sticas tanto na percep��o de si mesmo como modelo e na pr�tica de comportamentos saud�veis.

4,0% relataram fumar, 24,9% bebiam �lcool, 34,0% estavam acima do peso e 30,0% eram obesos. Aproximadamente 70,0% n�o cumpriam a atividade f�sica semanal de 150 min, e 36,2% seguiam as diretrizes para uma vida saud�vel, dieta apenas 50,0% do tempo ou menos. Havia correla��es significativas entre seguir uma dieta saud�vel ou atividade f�sica.

 

Changes in job strain and subsequent weight gain: a longitudinal study, based on the Danish Nurse Cohort35

2017

Dinamarca

Coorte

N = 6.188

 

Examinar associa��es entre altera��es longitudinais nos componentes da tens�o no trabalho e ganho de peso subsequente.

Uma tend�ncia linear no ganho de peso foi observada em enfermeiras que frequentemente estavam ocupadas em 1999 entre aqueles que raramente estavam. Frequentemente ocupados em 1993 (p=0,03), com o maior ganho de peso em indiv�duos com alta ocupa��o sustentada em ambos os anos. Perda de influ�ncia entre 1993 e 1999 foi associada a maior ganho de peso subsequente do que alta influ�ncia sustentada (p=0,03) ou baixa sustentada influ�ncia (p=0,02). Para velocidade, nenhuma associa��o foi encontrada.

Diet quality and sleep quality among day and night shift nurses36

2017

EUA

Transversal

N = 103

 

Determinar se os trabalhadores noturnos t�m uma dieta de pior qualidade e qualidade do sono em compara��o com enfermeiras do turno diurno.

N�o houve diferen�as estatisticamente significativas entre os enfermeiros que trabalham turno diurno ou noturno e qualidade do sono (p=0,0684), bem como qualidade da dieta (p=0,6499). Houve uma diferen�a significativa entre os �ndices de massa corporal (p=0,0014) e exerc�cio (p=0,0020) em rela��o � qualidade da dieta. IMC e qualidade do sono tamb�m foram significativamente associados (p=0,0032).

Association of rotating night shift with lipid profile among nurses in an Egyptian tertiary university hospital37

2017

Egito

Transversal

N = 150

 

Identificar se os enfermeiros do turno da noite s�o mais propensos a dislipidemia do que enfermeiros do turno diurno.

Os preditores de alto n�vel de TG tinham idades entre 30-39 e ≥ 40 anos e eram do turno da noite. O �nico preditor de n�vel alto de LDL (>130 mg/dl) foi a idade ≥40 anos. Uma dieta pouco saud�vel e turno noturno foram preditores de n�veis de HDL arriscados. Setenta enfermeiras estavam insatisfeitas com seus empregos, e 137 comiam uma dieta semi-saud�vel.

The effect of shift work on the diet of accident and emergency nurses at a general hospital in Malta38

2017

Malta

Transversal

N = 110

 

Investigar o efeito do trabalho por turnos na dieta e estilo de vida em enfermeiras trabalhando no departamento de acidentes e emerg�ncia de um hospital geral em Malta.

Enfermeiras que trabalham em turnos consumiram significativamente mais energia em compara��o com enfermeiras diurnas (turno noturno 1.963kcal; enfermeiras de turno rotativo 2.065kcal; enfermeiras diaristas 1.722kcal; p=0,04). Enfermeiras que trabalham tamb�m consumiram mais prote�na (p=0,04), gordura (p=0,047) e fibras (p=0,005) em compara��o com o dia. No entanto, enfermeiras diurnas eram as mais propensas a fumar (p=0,009).

Effects of a 12-hour shift on mood states and sleepiness of Neonatal Intensive Care Unit nurses39

2017

Brasil

Transversal

N = 70

 

Avaliar o efeito de um turno de 12 horas sobre os estados de humor e sonol�ncia no in�cio e fim do turno.

Quando as pontua��es da escala de sonol�ncia e escala de humor foram comparadas no in�cio das associa��es de turno foram encontradas com a qualidade do sono anterior (p≤0,01) e qualidade de vida (p≤0,05). Efeitos estat�sticos significativos no estado de humor, pontua��es tamb�m foram associadas � qualidade do sono anterior, qualidade de vida, ingest�o de l�quidos, dieta saud�vel, estado civil e estresse no trabalho por turnos.

Health promoting practices and personal lifestyle behaviors of Brazilian health professionals40

2016

Brasil

Transversal

N = 798

Examinar os comportamentos de estilo de vida e as pr�ticas de promo��o da sa�de de m�dicos, enfermeiras e agentes comunit�rios de sa�de no Brasil.

Mais de 25,0% dos m�dicos, enfermeiras e agentes comunit�rios de sa�de relataram comer 0�2 por��es de frutas e vegetais por dia. Em termos de c�ncer cervical e de mama, as enfermeiras relataram estar "muito preparadas" para aconselhar os pacientes sobre esses t�picos com mais frequ�ncia do que os m�dicos. A preval�ncia de tabagismo variou de 4,9% entre os enfermeiros para 7,4% entre os agentes comunit�rios de sa�de.

Healthy Dietary Patterns and Oxidative Stress as Measured by Fluorescent Oxidation Products in Nurses� Health Study41

2016

EUA

Caso-controle

N = 1.688

Examinar associa��es entre dieta e produtos de oxida��o fluorescente, um global marcador de estresse oxidativo.

As pontua��es de �ndice de alimenta��o saud�vel, abordagem diet�tica para interromper a Hipertens�o e dieta do mediterr�neo foram significativamente associadas positivamente com concentra��es de oxida��o fluorescente de 360 e 320 (p-tend�ncia ≤0,04), mas n�o associado � de 400. Entre grupos de alimentos espec�ficos que contribuem para essas pontua��es de dieta, associa��es significativamente positivas foram observadas com legumes e vegetais para oxida��o fluorescente de 360, vegetais e frutas para de 320, e leguminosas e �lcool para de 400.

Shift Work and Obesity among Canadian Women: A Cross-Sectional Study Using a Novel Exposure Assessment Tool42

2015

Canad�

Transversal

N = 2.708

Examinar a associa��o entre trabalho por turnos e obesidade entre mulheres canadenses de dois estudos: uma coorte de ex-alunos da universidade e um estudo de base populacional.

 

Na amostra de base populacional, alta probabilidade de trabalho por turnos foi associada � obesidade (refer�ncia = probabilidade quase nula de trabalho por turnos, OR: 1,88, IC 95%: 1,01�3,51, p=0,047). Dentro da coorte de ex-alunos, nenhuma associa��o significativa foi detectada entre trabalho por turnos e sobrepeso ou obesidade.

Physical and psychosocial wellbeing of nurses in a regional Queensland hospital43

2014

Austr�lia

Transversal

N = 52

Investigar as dietas e n�veis de atividade f�sica dos enfermeiros e quantificar as rela��es entre esses comportamentos e ansiedade, humor deprimido, estresse e esgotamento.

Quase dois ter�os (65,0%) dos participantes atingiram os n�veis recomendados de atividade f�sica moderada e vigorosa na semana anterior. Os participantes atenderam aos n�veis recomendados para consumo de frutas, mas n�o vegetais. Os n�veis de Burnout e estresse ficaram pr�ximos �s normas para m�dicos e enfermeiras. As pontua��es para humor deprimido, ansiedade e sintomas de estresse estavam dentro de um desvio padr�o das normas para a popula��o adulta australiana. V�rias correla��es de tamanho moderado foram encontradas entre os construtos psicol�gicos medidos e atividade f�sica e nutri��o. Embora a maioria dos participantes fosse fisicamente ativa e parecesse consumir alimentos nutritivos, alguns enfermeiros podem precisar de incentivo para adotar comportamentos igualmente saud�veis.

Dietary practices in relation to the Dietary guidelines for the brazilian population: associated factors among Brazilian adults, 201844

2020

Brasil

Transversal

N = 900

 

Descrever a adequa��o de pr�ticas alimentares �s recomenda��es do Guia alimentar para a popula��o brasileira e analisar fatores sociodemogr�ficos associados, entre adultos.

Os participantes do estudo tinham, em m�dia, 33,5 anos; 52,2% eram mulheres; o escore m�dio na escala foi de 36,4 pontos (DP=8,5), e mostrou-se diretamente associado � idade (p=<0,001), e maior entre indiv�duos residentes nas regi�es Norte-Nordeste (37,8) comparados aos das regi�es Centro-Sul (35,8) (p T-teste=0,001).

Pr�ticas alimentares de estudantes universit�-rios da �rea da sa�de, de acordo com as recomenda-��es do Guia Alimentar para a Popula��o Brasileira45

2020

Brasil

Transversal

N = 148

 

Avaliar as pr�ticas alimentares de estudantes universit�rios ingressantes no 1� semestre dos cursos da �rea da sa�de de uma institui��o federal de ensino superior, de acordo com as recomenda��es do Guia Alimentar para a Popula��o Brasileira.

 

Foram entrevistados 148 estudantes, dos quais 58,1% eram mulheres, 61,5% tinham 20 anos ou menos, com idade variando de 18 a 31 anos. Pr�ticas alimentares inadequadas foram observadas em 23,7% dos estudantes, 52,0% mostraram pr�ticas de risco e 24,3%, adequadas. O somat�rio das categorias de risco e inadequa��o foi representado por 75,7% dos estudantes. Homens apresentaram maior frequ�ncia de pr�ticas alimentares de risco (64,5%) e mulheres, maior frequ�ncia de pr�ticas alimentares inadequadas (29,1%) (p=0,033).

Emotional eating, binge eating, physical inactivity, and vespertine chronotype are negative predictors of dietary practices during COVID-19 social isolation: A cross-sectional study46

2021

Brasil

Transversal

N = 724

 

Verificar a preval�ncia de fatores de estilo de vida (ou seja, tempo/ qualidade do sono e pr�tica de exerc�cios f�sicos), dimens�es do comportamento alimentar, cron�tipo e associa��o com pr�ticas alimentares (planejamento, organiza��o dom�stica, escolha alimentar, maneiras da alimenta��o) em confinamento domiciliar durante a pandemia de COVID-19.

Comer emocional e compuls�o alimentar foram positivamente correlacionados (r = 0,66; p<0,001). As pr�ticas diet�ticas foram negativamente correlacionadas com compuls�o alimentar, comer emocional e IMC.� A regress�o linear demonstrou que comer emocional, compuls�o alimentar, nenhuma pr�tica de exerc�cio f�sico em casa, sendo vespertino e idade s�o preditores negativos das pr�ticas diet�ticas. Finalmente, restri��o cognitiva, melhor qualidade do sono, recebendo 4 a 10 sal�rios por m�s e 10 a 20 sal�rios por m�s s�o preditores positivos de pr�ticas diet�ticas.

Absence of religious beliefs, unhealthy eating habits, illicit drug abuse, and self-rated health is associated with alcohol and tobacco use among college students � PADu study47

2021

Brasil

Transversal

N = 356

 

Descrever os fatores associados ao consumo de �lcool e uso de tabaco excessivo por estudantes universit�rios.

A preval�ncia de consumo de �lcool, uso de tabaco, consumo excessivo de �lcool e �consumo excessivo de �lcool e uso de tabaco� foi de 73,9%, 17,4%, 43,5% e 13,4%, respectivamente. N�o ter cren�as religiosas foi associado ao consumo de �lcool (OR: 1,86 IC 95% 1,06�3,27), uso de tabaco (OR: 2,00 IC 95% 1,06�3,78) e �consumo excessivo de �lcool e uso de tabaco� (OR: 2,33 IC 95% 1,09�4,96). Os h�bitos alimentares pouco saud�veis foram associados ao consumo de �lcool (OR: 2,06 IC95% 1,06�3,97) e ao uso de tabaco (OR: 2,74 IC95% 1,33�5,68; OR: 0,75 IC 95% 0,31-1,80). Drogas il�citas foram associadas ao consumo de �lcool (OR: 8,55 IC95% 1,12�65,42) e ao uso de tabaco (OR: 3,19 IC 95% 1,20�8,51). A autoavalia��o da sa�de foi associada ao uso de tabaco, combinado (OR: 2,93 IC 95% 1,37�6,28) ou n�o (OR: 2,46 IC 95% 1,32-4,61) com consumo excessivo de �lcool. Al�m disso, o uso de tabaco foi associado � cor da pele branca (OR: 2,62 IC 95% 1,35�5,07) e ser homossexual (OR: 0,37 IC 95% 0,18�0,75). Al�m disso, o "consumo excessivo de �lcool" foi associado ao excesso de peso (OR: 1,72 IC 95% 1,03�2,84). As associa��es permaneceram no ajustamento por idade e sexo.

Legenda: RP= Raz�o de Preval�ncia / TG=Triglicer�deos / OR = Odds Ratio / IC = Intervalo de Confian�a / DP = Desvio Padr�o

Fonte: elaborado pelas autoras, 2021.

DISCUSS�O

No estudo realizado com a equipe de enfermagem de um hospital filantr�pico no Rio Grande do Sul observou-se consumo elevado de legumes, verduras e frutas, mas reduzido de frango e leite e que os participantes n�o apresentavam o h�bito de trocar o almo�o por lanche, al�m de elevado consumo de refrigerantes, sucos artificiais e doces. A m�dia da qualidade da dieta foi 16,8 do total de 30 pontos evidenciando a baixa qualidade da dieta dos profissionais da enfermagem.19 Em estudo, realizado com enfermeiras, na Pol�nia, quase todas profissionais (94,5%) poderiam fazer melhorias diet�ticas.27 Uma pesquisa com enfermeiras da Austr�lia, identificou que apenas 13,0% dos participantes atenderam as diretrizes para consumo de frutas e verduras.28 Um outro estudo, realizado em um Hospital Universit�rio do Egito, identificou que 91,3% comiam uma dieta semisaud�vel.37 Em estudo com enfermeiras dos EUA, 36,2% seguiam as diretrizes para uma vida saud�vel e a dieta apenas 50,0% do tempo ou menos.34 Na pesquisa com profissionais brasileiros constatou que 28,8% das enfermeiras consumiram cinco ou mais por��es de frutas e vegetais por dia.40 No entanto, no estudo com enfermeiras australianas, foram atendidos os n�veis recomendados para consumo de frutas, mas n�o vegetais.43

Os enfermeiros relataram comportamentos relacionados � sa�de significativamente melhores em rela��o � popula��o trabalhadora em geral quanto consumo de frutas e vegetais.15 Observou-se que os resultados ap�s seis meses de interven��o mostraram que a dieta se tornou mais semelhante ao modelo do mediterr�neo.16 Entretanto, estudo com trabalhadores da enfermagem do Rio de Janeiro, destacaram o padr�o alimentar �tradicional� do consumo alimentar brasileiro baseado na combina��o de arroz, feij�o e carne.21

Os resultados da revis�o apontaram que o fornecimento de refei��es saud�veis, lanches e �gua durante o hor�rio de trabalho foi uma forma eficaz de melhorar a ingest�o alimentar dos funcion�rios. Al�m disso, aumentar a ingest�o de �gua esteve associada a efeitos ben�ficos na fadiga, vigor e humor total na equipe de sa�de que trabalhava por turnos.13 Depois de analisar a ingest�o de 25 grupos de alimentos um estudo do M�xico com profissionais de sa�de verificou que a ingest�o di�ria de �gua na maioria da amostra do estudo foi inferior a 1680ml, enquanto o consumo de bebidas a�ucaradas ultrapassou 200ml por dia. Ademais, metade da amostra consumiu pelo menos 200g de vegetais e pelo menos 300g de frutas por dia. Outro fato foi que em rela��o � ingest�o por sexo, os homens consumiram significativamente maior quantidade de ovos, carnes vermelhas, carnes processadas, peixes e frutos do mar, nozes, fast food e bebidas alco�licas do que as mulheres.18

Falta de tempo, quest�es financeiras e ambientes cl�nicos e educacionais estressantes em enfermagem promovem maior ingest�o de alimentos de conveni�ncia e fast foods carregados em gordura e a��car, que est�o ligados � redu��o da sa�de f�sica e mental. Apenas um quinto dos participantes foram classificados com um padr�o alimentar saud�vel, estes eram mais propensos a ser mais velhos e ter uma renda pessoal anual maior.31 Na pesquisa com enfermeiras dos EUA, n�o houve diferen�as estatisticamente significativas entre os enfermeiros que trabalham no turno diurno ou noturno e qualidade da dieta. Houve uma diferen�a significativa entre o IMC e o exerc�cio em rela��o � qualidade da dieta. Al�m do que, a maioria dos participantes faziam lanches pelo menos uma vez por dia.36 Todavia, no estudo com enfermeiras de Malta, constatou-se que o trabalho em turnos influenciava a dieta das enfermeiras.38

Em rela��o ao sexo verificaram-se em todos os estudos que a maioria dos trabalhadores de enfermagem eram do sexo feminino.10,12,19,21-23,29 Os homens apresentaram maior frequ�ncia de pr�ticas alimentares de risco do que as mulheres.45 Em concord�ncia, o estudo com profissionais de sa�de e estudantes do M�xico, ap�s o ajuste, a dieta com prote�na animal e bebidas alco�licas foi positivamente associado a ser do sexo masculino.18 Contrariando, outro estudo que n�o encontrou associa��o significativa do sexo com as pr�ticas alimentares.44

O estudo realizado no Brasil em 2020,44 e em conson�ncia com o estudo um estudo com trabalhadores de baixa renda nos EUA verificaram que com avan�o da idade foi maior a adequa��o as pr�ticas alimentares adequadas e a dieta saud�vel.10 Nesse sentido, o estudo com profissionais de sa�de e estudantes do M�xico, ap�s o ajuste, mostrou tamb�m que a dieta �tradicional ocidentalizado� foi positivamente associada a ter menos de 22 anos e a dieta saud�vel foi negativamente associada a ter menos de 22 anos.18 Adicionalmente, o estudo de realizado com a equipe de enfermagem de um hospital filantr�pico no Rio Grande do Sul, encontrou associa��o significativa da qualidade da dieta com o aumento da idade.19 Apesar de que, o estudo com universit�rios em Minas Gerais e o estudo realizado em S�o Paulo n�o encontraram associa��o significativa da idade com as pr�ticas alimentares.45-46

As pesquisas identificaram que a maioria dos participantes eram de cor de pele branca.19,21-22,36,40,42 O estudo com universit�rios em Minas Gerais n�o encontrou associa��o significativa da cor de pele com as pr�ticas alimentares.45

Segundo o estudo com trabalhadores de baixa renda nos EUA quanto maior a renda melhor foi a qualidade da dieta.10 Divergindo do estudo realizado no Brasil, na qual classes mais altas apresentaram piores pr�ticas alimentares.44 Contudo, o estudo com universit�rios em Minas Gerais, n�o encontrou associa��o significativa da renda familiar com as pr�ticas alimentares.45 No estudo realizado com profissionais de enfermagem de um Hospital Universit�rio (HU) de S�o Paulo, a escolaridade m�dia foi de 16,45 (DP 2,72) anos e variou de 10 a 28 anos de estudo.22 Quanto ao estado civil, grande parte dos participantes eram casados, ressalta-se que o estudo com universit�rios em Minas Gerais n�o encontrou associa��o significativa do estado civil com as pr�ticas alimentares.45

O estudo realizado com profissionais de enfermagem de um HU de S�o Paulo, demonstrou que n�o houve associa��o entre as caracter�sticas sociodemogr�ficas com o etilismo.22 Em conformidade, tamb�m n�o foi encontrada diferen�a significativa para o consumo de �lcool entre os grupos ocupacionais (enfermeiros em rela��o aos trabalhadores em geral).15 Al�m disso, o estudo com universit�rios em Minas Gerais, n�o encontrou associa��o significativa do consumo de �lcool com as pr�ticas alimentares.45 Diferentemente, observou-se no estudo transversal em Minas Gerais associa��o das pr�ticas alimentares inadequadas com as pessoas que ingeriam mais �lcool.47

Pesquisa realizada com profissionais de enfermagem de um HU, observou-se associa��o entre a menor m�dia de anos estudados e a categoria auxiliares de enfermagem com o tabagismo.22 Os enfermeiros relataram comportamentos relacionados � sa�de significativamente melhores em rela��o � popula��o trabalhadora em geral quanto ao fumo.15 No estudo com profissionais de sa�de e estudantes no M�xico, ap�s o ajuste, a dieta com prote�na animal e bebidas alco�licas foi positivamente associado a ser tabagista.18 Um estudo com estudantes em Minas Gerais encontrou associa��o das pr�ticas alimentares inadequadas com as pessoas que usavam mais tabaco,47 por�m outro estudo com universit�rios em Minas Gerais n�o encontrou associa��o significativa do tabagismo com as pr�ticas alimentares.45 No estudo realizado com a equipe de enfermagem de um hospital filantr�pico, observou-se associa��o significativa da qualidade da dieta com a pr�tica de atividade f�sica.19 No entanto, os enfermeiros relataram comportamentos relacionados � sa�de significativamente melhores em rela��o � popula��o trabalhadora em geral quanto a pr�tica de atividade f�sica.15 No que se refere ao trabalho dom�stico, no estudo de com enfermeiras na Austr�lia, uma das barreiras para aderir a pr�ticas saud�veis de estilos de vida eram os compromissos familiares.28

O estudo transversal realizado em S�o Paulo identificou associa��o significativa das pr�ticas alimentares adequadas com as pessoas que tinham o IMC menor em compara��o com as que possu�am as pr�ticas alimentares inadequadas ou parcialmente adequadas.46 Na pesquisa com enfermeiras nos EUA, IMC e qualidade do sono foram significativamente associados.36 No estudo realizado em um HU no Egito, as enfermeiras do turno da noite eram mais propensas a obesidade do que enfermeiras do turno diurno. Al�m disso, as enfermeiras do turno da noite estavam significativamente mais acima do peso do que enfermeiras do turno diurno.37 A investiga��o com universit�rios em Minas Gerais n�o encontrou associa��o significativa do IMC com as pr�ticas alimentares.45 Sobre a qualidade do sono, estudo realizado em S�o Paulo identificou que as pessoas com pr�ticas alimentares adequadas tiveram melhor efici�ncia e tempo das horas de sono (7,46h) em rela��o as com as pr�ticas alimentares inadequadas (7,19h) ou parcialmente adequadas (7,15h).46

Quanto as vari�veis laborais, as categorias da enfermagem mais prevalentes diferiram entre os estudos, alguns identificaram mais t�cnicos de enfermagem19,22 e outro estudo encontrou mais a categoria auxiliar de enfermagem.21 Observou-se associa��o significativa da qualidade da dieta com a categoria dos auxiliares de enfermagem.19 As barreiras mais comuns para aderir a pr�ticas saud�veis de estilos de vida eram trabalho por turnos e longas horas de trabalho.28 No estudo realizado com profissionais de enfermagem de um HU de S�o Paulo, o n�mero m�dio de empregos foi de 1,25.22 Al�m disso, observou-se associa��o significativa da qualidade da dieta com os profissionais da equipe da enfermagem que n�o tinham outra atividade remunerada na sa�de.19

Quanto a satisfa��o com o trabalho, um estudo transversal realizado no Jap�o, sugeriram que o maior engajamento no trabalho est� associado a um padr�o de comportamento alimentar mais saud�vel entre os trabalhadores.11 A dieta saud�vel, a situa��o financeira, a boa qualidade do sono e a pr�tica de atividade f�sica foram associadas positivamente ao engajamento no trabalho.14 No que se refere a sobrecarga de trabalho, os profissionais de sa�de est�o sujeitos a uma carga de trabalho psicof�sica pesada. A promo��o de sa�de e os programas podem ajudar a prevenir o aparecimento de doen�as cr�nicas e relacionadas ao trabalho.16

Dentre as limita��es deste estudo, temos o n�mero reduzido de estudos utilizando o instrumento das pr�ticas alimentares, por se tratar de um m�todo novo, publicado em 2019. Al�m disso, temos a restri��o metodol�gica imposta pelo uso de fontes secund�rias. No entanto, quatro estudos apresentaram N�vel de Evid�ncia (NE) N�vel III (ensaio cl�nico sem randomiza��o), cinco estudos N�vel IV (estudos de coorte e de caso-controle) e os demais foram classificados como N�vel VI (estudos descritivos ∕ transversais).8 Apesar disso, os achados deste estudo podem contribuir para ter um panorama da alimenta��o dos trabalhadores da enfermagem.

CONCLUS�ES

Os estudos indicam que aproximadamente 30% dos trabalhadores da enfermagem apresentam uma alimenta��o pouco saud�vel, ou seja, com pouco consumo de frutas e legumes, excesso de a��cares, de gorduras e com muitos alimentos ultraprocessados. Com pr�ticas alimentares inadequadas, s�o a maioria do sexo feminino, com idade entre 30 a 40 anos, cor de pele branca, ingerem bebida alco�lica, tem excesso de peso, estado civil casado(a), com um filho, n�o praticam atividade f�sica dentro das recomenda��es (150 a 300 minutos de atividade aer�bica moderada a vigorosa por semana), apresentam problemas de sa�de (Diabetes mellitus, Hipertens�o arterial, C�ncer, problemas card�acos, entre outros), com baixa qualidade do sono e vida, com sobrecarga de trabalho e com baixa satisfa��o com o trabalho. A revis�o bibliogr�fica de literatura descreve como preocupante a situa��o alimentar e de sa�de dos trabalhadores de enfermagem.

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Recebido em: 07/07/2022

Aceito em: 01/12/2022

Publicado em: 29/12/2022



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Como citar: Silveira FC, Jardim VMR. Pr�ticas alimentares dos trabalhadores da enfermagem e fatores associados: revis�o sistem�tica da literatura. J. nurs. health. 2022;12(2):e2212222359. Dispon�vel em: https://revistas.ufpel.edu.br/index.php/JONAH/article/view/4659